A Coreia do Norte propôs nesta segunda-feira discutir um tratado de paz permanente para substituir o armistício que deu fim à Guerra da Coreia (1950-53), e propôs o reinício, sob condições, das negociações sobre o fim de seu programa nuclear. Ambas as propostas viriam acompanhadas do fim das sanções impostas ao país.
O pedido de diálogo do Ministério norte-coreano das Relações Exteriores, divulgado pela imprensa oficial, aconteceu um mês depois da visita a Pyongyang do enviado especial americano Stephen Bosworth.
A Guerra da Coreia terminou com um armistício, mas sem tratado de paz, o que deixa tecnicamente a península Coreana em estado de guerra.
A assinatura de um tratado de paz entre as duas Coreias requer ainda as assinaturas dos Estados Unidos e da China, países que participaram no conflito.
Por ocasião do Ano Novo, o governo da Coreia do Norte defendeu o fim das relações hostis com os Estados Unidos, em um texto publicado pela imprensa oficial.
O governo americano considerou que Pyongyang deveria demonstrar boa fé retornando às negociações multilaterais (entre China, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Japão, EUA e Rússia) sobre seu programa nuclear.
Os Estados Unidos e a Coreia do Norte mantêm negociações nucleares desde 1993, quando Pyongyang anunciou sua intenção de se retirar do Tratado de Não Proliferação Nuclear.
Em 6 de outubro, o líder norte-coreano, Kim Jong-il, condicionou seu retorno ao diálogo de seis lados ao resultado de negociações prévias com Washington. O país convidou então o emissário americano para tentar reativar as conversações sobre a questão nuclear.
As conversas de seis partes foram interrompidas há cerca de um ano, quando Pyongyang disse que boicotaria as sessões até que Washington encerasse as "atitudes hostis". Iniciadas em 2003, as conversas têm como objetivo obter do regime norte-coreano a renúncia de suas ambições atômicas em troca de uma ajuda no campo energético.
Nesta segunda-feira, o regime comunista manifestou disposição para retomar as discussões, mas desde que as sanções contra o país sejam suspensas.
Fonte: Folha

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