F-7 BGI da Força Aérea de Bangladesh cai sobre escola e deixa mortos e feridos

 

Uma aeronave de treinamento F-7 BGI da Força Aérea de Bangladesh caiu nesta segunda-feira (21) sobre o campus da Milestone School and College, no bairro de Uttara, em Dhaka, deixando ao menos 19 mortos, entre eles o piloto da aeronave. Mais de 50 pessoas ficaram feridas, a maioria com queimaduras, segundo informações divulgadas pela BBC. O acidente ocorreu durante o horário de almoço, quando o refeitório da escola estava cheio de estudantes e funcionários.

A aeronave, de fabricação chinesa, caiu diretamente sobre o telhado do refeitório, provocando um incêndio de grandes proporções e danos significativos à estrutura do prédio. Equipes de resgate e emergência atuaram rapidamente para conter o fogo e prestar socorro às vítimas, que foram encaminhadas para hospitais próximos. A escola suspendeu as atividades e autoridades locais estão prestando apoio aos familiares dos feridos e mortos.

O F-7 BGI é uma versão atualizada do caça Chengdu J-7, derivado do MiG-21 soviético, e foi desenvolvido especificamente para a Força Aérea de Bangladesh. A aeronave conta com cockpit digital, radar aprimorado e aviônicos modernos, características que o aproximam dos padrões de quarta geração, embora mantenha uma fuselagem baseada em um projeto mais antigo. Bangladesh opera atualmente 16 unidades do modelo, todas entregues entre 2011 e 2013, utilizadas tanto em missões de defesa aérea quanto em treinamento de pilotos.

A aeronave acidentada realizava uma missão de instrução no momento da queda. Embora o F-7 BGI represente um avanço em relação a versões anteriores, a plataforma carrega um histórico de acidentes superior ao de caças mais modernos, em parte devido às suas margens operacionais reduzidas e à ausência de sistemas automatizados de controle de voo. Em resposta, a Força Aérea de Bangladesh declarou que uma investigação formal foi iniciada, mas ainda não há detalhes sobre as possíveis causas do acidente.

O episódio gerou forte comoção no país e reacendeu o debate sobre a continuidade do uso de aeronaves antigas em missões de treinamento, especialmente em áreas urbanas. O governo e as forças armadas enfrentam agora pressão por respostas e medidas que garantam maior segurança tanto para os militares quanto para a população civil.

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