O Exército Brasileiro assumiu papel de destaque na abertura da 1ª fase da Operação Atlas 2025, realizada na Escola Superior de Defesa (ESD). O exercício, coordenado pelo Ministério da Defesa, por meio do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, tem como objetivo central planejar, coordenar e executar o deslocamento estratégico das capacidades de defesa para um Teatro de Operações (TO) na Amazônia, com foco na interoperabilidade e na logística militar.
Nesta fase inicial, que segue até o dia 11 de julho, o Exército lidera os trabalhos de planejamento do emprego conjunto das Forças, definindo ações táticas, o emprego de tropas e os meios a serem utilizados. O ambiente operacional amazônico, com seus desafios logísticos e geográficos, exige atenção especial da Força Terrestre, que historicamente possui grande expertise em operações na região.
Exército reforça protagonismo logístico
Durante a cerimônia de abertura, o Chefe de Logística e Mobilização do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, General de Exército Guédon, reforçou o protagonismo do Exército no processo de planejamento estratégico da operação.
“Nestas duas semanas, nosso objetivo é planejar o deslocamento de uma concentração estratégica relacionada à Operação Conjunta idealizada. Vamos analisar as reais condições para que, em situação de exercício, seja possível realizar esse deslocamento em todo o território nacional”, enfatizou o General Guédon.
A operação envolve a simulação de cenários complexos, visando testar a capacidade de movimentação de tropas e equipamentos em grande escala. O Exército, com sua estrutura de comando, controle e logística, desempenha papel fundamental na construção desses cenários e na identificação dos gargalos operacionais.
Três fases de preparo e execução
A Operação Atlas 2025 será desenvolvida em três fases:
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1ª fase (até 11 de julho): Fase de planejamento conjunto na ESD, com destaque para a definição de estratégias logísticas e operacionais.
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2ª fase (27 de setembro a 1º de outubro): Início do deslocamento estratégico das forças para a Amazônia.
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3ª fase (2 a 11 de outubro): Realização de operações táticas e atividades práticas em terreno amazônico, com ênfase na atuação conjunta.
O coordenador da Operação Atlas, General de Divisão Alcio Costa, também destacou o papel do Exército na condução do exercício.
“Entre as metas está o aperfeiçoamento do planejamento do deslocamento estratégico de forças para o TO Amazônico. A partir desse planejamento, vamos identificar desafios e pontos de melhoria, pois é com base nele que atuaremos em situações reais de necessidade”, explicou.
Integração com as demais Forças
Embora a operação seja conjunta, o Exército tem papel decisivo por sua experiência acumulada em missões de grande mobilização e por sua presença permanente na Amazônia. A expertise da Força Terrestre é fundamental para o desenvolvimento de planos logísticos, emprego de tropas terrestres e para a garantia da interoperabilidade com a Marinha e a Aeronáutica.
A primeira fase conta com equipes multidisciplinares das três Forças, mas sob forte coordenação de oficiais-generais do Exército, dada a complexidade do deslocamento terrestre de grandes contingentes e meios de apoio.
A participação ativa e protagonista do Exército na Operação Atlas 2025 reafirma o compromisso da Força Terrestre com a defesa da soberania nacional e com a prontidão logística e operacional. Em um cenário geográfico como o amazônico, com desafios de mobilidade, infraestrutura limitada e necessidade de resposta rápida, a capacidade de planejamento e execução demonstrada pelo Exército é essencial para o sucesso de qualquer operação militar.
O exercício também evidencia a importância de investimentos contínuos em meios logísticos, capacitação de pessoal e modernização de sistemas de comando e controle, pilares que fazem do Exército Brasileiro uma das instituições mais preparadas para proteger o território nacional em qualquer circunstância.
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com Exército Brasileiro
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