O sueco JAS 39 Gripen realizou recentemente suas primeiras missões de combate real, marcando um importante capítulo em sua trajetória operacional. Pelo menos duas aeronaves Gripen foram mobilizadas para ataques precisos contra posições de artilharia cambojana, utilizando bombas guiadas a laser GBU-12. Essas operações integraram um esforço conjunto com caças F-16 Fighting Falcon da Tailândia, demonstrando a eficácia do Gripen em ambientes de combate modernos.
As autoridades tailandesas confirmaram que todas as aeronaves retornaram em segurança após as missões, consolidando o Gripen como uma plataforma confiável para operações reais. Este foi o primeiro uso em combate do caça sueco, que já integra a Força Aérea tailandesa desde 2016, com 11 unidades operacionais após a perda de um exemplar em 2017.
Em junho, o governo tailandês anunciou um contrato com a Saab para a aquisição de 12 exemplares do Gripen de nova geração JAS 39E/F, com as primeiras encomendas previstas para 2025. Contudo, a decisão final sobre essa venda ainda depende de uma avaliação detalhada do governo sueco, que monitora o cenário regional e avalia os impactos do conflito na fronteira cambodjana, além de passar pela análise dos órgãos reguladores de exportação de armas da Suécia.
Brasil opera a variante mais avançada do Gripen: o F-39E
Enquanto a Tailândia ainda se prepara para receber a nova geração do Gripen, o Brasil já está na vanguarda ao operar a versão mais sofisticada da aeronave: o F-39E Gripen. Desenvolvido em uma robusta parceria tecnológica com a Saab, o F-39E representa um marco para a Força Aérea Brasileira (FAB), trazendo uma combinação única de tecnologia de ponta, versatilidade operacional e autonomia tecnológica.
O F-39E é equipado com um radar AESA (Active Electronically Scanned Array) de última geração, que oferece maior alcance, precisão e capacidade de rastreamento múltiplo de alvos, além de sistemas de aviônica altamente integrados que proporcionam consciência situacional superior ao piloto. Sua arquitetura aberta permite constantes atualizações e integração com uma ampla variedade de armamentos modernos, incluindo mísseis ar-ar e ar-superfície, garantindo flexibilidade para diferentes tipos de missões, desde superioridade aérea até ataques de precisão.
Além disso, o Gripen brasileiro possui maior autonomia de voo e é adaptado às condições operacionais específicas do território nacional, refletindo a preocupação da FAB com a proteção das vastas fronteiras aéreas do país. O projeto envolve desenvolvimento local, com transferência tecnológica significativa e produção de componentes no Brasil, fortalecendo a indústria nacional de defesa e promovendo a soberania tecnológica.
A introdução do F-39E Gripen representa não apenas uma modernização da frota da FAB, mas um salto qualitativo na capacidade de defesa aérea do país, consolidando o Brasil como um dos operadores das plataformas de caça mais avançadas do mundo.
Mercado promissor para o Gripen
Além do Brasil e Tailândia, outros países da América Latina, como Colômbia e Peru, demonstram interesse na aquisição do Gripen, evidenciando o potencial global da aeronave. O JAS 39E/F, com seu custo-benefício, tecnologia de ponta e flexibilidade operacional, figura entre os caças mais competitivos do mercado internacional.
A estreia em combate real do Gripen na Tailândia e a introdução do F-39E brasileiro destacam a aeronave sueca como uma das principais plataformas de defesa aérea do século XXI, combinando inovação, eficiência e capacidade comprovada em cenários desafiadores.
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