quarta-feira, 30 de julho de 2025

Batismo de Fogo! - Gripen estreia em combate real com sucesso na Tailândia

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O sueco JAS 39 Gripen realizou recentemente suas primeiras missões de combate real, marcando um importante capítulo em sua trajetória operacional. Pelo menos duas aeronaves Gripen foram mobilizadas para ataques precisos contra posições de artilharia cambojana, utilizando bombas guiadas a laser GBU-12. Essas operações integraram um esforço conjunto com caças F-16 Fighting Falcon da Tailândia, demonstrando a eficácia do Gripen em ambientes de combate modernos.

As autoridades tailandesas confirmaram que todas as aeronaves retornaram em segurança após as missões, consolidando o Gripen como uma plataforma confiável para operações reais. Este foi o primeiro uso em combate do caça sueco, que já integra a Força Aérea tailandesa desde 2016, com 11 unidades operacionais após a perda de um exemplar em 2017.

Em junho, o governo tailandês anunciou um contrato com a Saab para a aquisição de 12 exemplares do Gripen de nova geração JAS 39E/F, com as primeiras encomendas previstas para 2025. Contudo, a decisão final sobre essa venda ainda depende de uma avaliação detalhada do governo sueco, que monitora o cenário regional e avalia os impactos do conflito na fronteira cambodjana, além de passar pela análise dos órgãos reguladores de exportação de armas da Suécia.

Brasil opera a variante mais avançada do Gripen: o F-39E

Enquanto a Tailândia ainda se prepara para receber a nova geração do Gripen, o Brasil já está na vanguarda ao operar a versão mais sofisticada da aeronave: o F-39E Gripen. Desenvolvido em uma robusta parceria tecnológica com a Saab, o F-39E representa um marco para a Força Aérea Brasileira (FAB), trazendo uma combinação única de tecnologia de ponta, versatilidade operacional e autonomia tecnológica.

O F-39E é equipado com um radar AESA (Active Electronically Scanned Array) de última geração, que oferece maior alcance, precisão e capacidade de rastreamento múltiplo de alvos, além de sistemas de aviônica altamente integrados que proporcionam consciência situacional superior ao piloto. Sua arquitetura aberta permite constantes atualizações e integração com uma ampla variedade de armamentos modernos, incluindo mísseis ar-ar e ar-superfície, garantindo flexibilidade para diferentes tipos de missões, desde superioridade aérea até ataques de precisão.

Além disso, o Gripen brasileiro possui maior autonomia de voo e é adaptado às condições operacionais específicas do território nacional, refletindo a preocupação da FAB com a proteção das vastas fronteiras aéreas do país. O projeto envolve desenvolvimento local, com transferência tecnológica significativa e produção de componentes no Brasil, fortalecendo a indústria nacional de defesa e promovendo a soberania tecnológica.

A introdução do F-39E Gripen representa não apenas uma modernização da frota da FAB, mas um salto qualitativo na capacidade de defesa aérea do país, consolidando o Brasil como um dos operadores das plataformas de caça mais avançadas do mundo.

Mercado promissor para o Gripen

Além do Brasil e Tailândia, outros países da América Latina, como Colômbia e Peru, demonstram interesse na aquisição do Gripen, evidenciando o potencial global da aeronave. O JAS 39E/F, com seu custo-benefício, tecnologia de ponta e flexibilidade operacional, figura entre os caças mais competitivos do mercado internacional.

A estreia em combate real do Gripen na Tailândia e a introdução do F-39E brasileiro destacam a aeronave sueca como uma das principais plataformas de defesa aérea do século XXI, combinando inovação, eficiência e capacidade comprovada em cenários desafiadores.


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FAB realiza avaliação operacional do sistema de autodefesa do KC-390 Millennium na Base Aérea de Canoas

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Entre os dias 21 e 25 de julho, a Força Aérea Brasileira (FAB) conduziu a Avaliação Operacional Contratual (AVOP) do sistema de autodefesa da aeronave KC-390 Millennium, na Base Aérea de Canoas (BACO). A atividade fez parte da Operação Zeus 2025 – Fase Self Protection System (SPS) e teve como objetivo principal testar a eficácia e a conformidade dos sistemas de autoproteção embarcados, essenciais para o desempenho seguro da aeronave em cenários operacionais modernos e de alta complexidade.

Coordenada pelo Instituto de Pesquisa e Ensaios em Voo (IPEV), vinculado ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), a avaliação contou com o apoio do Comando de Preparo (COMPREP), por meio do Instituto de Aplicações Operacionais (IAOp), e da participação de diversas Organizações Militares. Entre elas destacam-se o Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) – Esquadrão Zeus, o Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) – Esquadrão Gordo, o Primeiro Grupo de Defesa Antiaérea (1º GDAAE) e o Grupo Logístico de Anápolis (GLOG-AN). Especialistas da EMBRAER também acompanharam a atividade como observadores técnicos.

A AVOP, realizada com o suporte do Primeiro Esquadrão do Décimo Quarto Grupo de Aviação (1º/14º GAV) – Esquadrão Pampa, teve como foco validar a capacidade do KC-390 de detectar e reagir a ameaças guiadas por radiofrequência, um aspecto crucial para garantir a sobrevivência da aeronave em ambientes aéreos hostis. A avaliação contou com uma estreita integração entre as equipes técnicas, responsáveis pelo planejamento das missões e pela programação dos sistemas embarcados, como o Radar Warning Receiver (RWR) e o Counter Measure Dispenser System (CMDS), e as equipes operacionais, que desenvolveram a doutrina de emprego e ofereceram o suporte logístico necessário para o pleno funcionamento do sistema de autodefesa.

Segundo o Capitão Aviador Fernando Polizel Culhari, do IPEV, “a capacidade de identificar e neutralizar ameaças é fundamental para a segurança da aeronave e da tripulação. A avaliação permitiu ao KC-390 fornecer informações precisas e opções de autodefesa cruciais para os pilotos em situações de combate”.

O Capitão Aviador Matheus Protásio do Nascimento, do Primeiro Grupo de Transporte de Tropa, destacou a importância da AVOP para validar o desempenho do sistema: “Os resultados e as lições aprendidas durante a campanha contribuirão significativamente para o aumento da taxa de sobrevivência da aeronave em cenários adversos. O uso eficaz de contramedidas eletrônicas é essencial para garantir a segurança em situações reais de combate”.

A realização da Avaliação Operacional Contratual reforça o compromisso da FAB com a modernização tecnológica, a capacitação contínua e a garantia da superioridade operacional do KC-390 Millennium, um vetor estratégico para a defesa e a mobilidade aérea nacional.


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com FAB

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Exército Brasileiro amplia capacidade de guerra eletrônica com novos bloqueadores de drones SCJ2000M

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Entre os dias 16 e 18 de junho, o Forte Marechal Rondon, em Brasília (DF), foi palco de um importante avanço na capacidade de defesa eletrônica do Exército Brasileiro. Durante o período, foram realizados a entrega oficial e o treinamento operacional de dois bloqueadores portáteis de drones do modelo SCJ2000M. A atividade integra as ações estratégicas dos Projetos de Sensoriamento e Apoio à Decisão (SAD), que fazem parte do Programa SISFRON (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras).

Compactos, eficientes e com tecnologia de ponta, os bloqueadores SCJ2000M são voltados à proteção de tropas em campo contra ameaças representadas pelos Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARPs), especialmente aqueles que operam em baixa altitude — como os drones de vigilância ou ataque de fabricação comercial ou artesanal.

Treinamento especializado e apoio técnico

A capacitação operacional contou com a presença do General de Brigada Jacy Barbosa Junior, Comandante de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército e gerente dos Projetos SAD/SISFRON, evidenciando a relevância da iniciativa. A participação do general reforça o compromisso da Força Terrestre com a modernização de seus meios e com a qualificação permanente do efetivo.

Durante o treinamento, militares do 1º Batalhão de Guerra Eletrônica participaram de exercícios práticos com simulações de interferência e bloqueio eletrônico de drones. As atividades contaram com o suporte técnico de um engenheiro da Organização Brasileira para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Controle do Espaço Aéreo, além de representantes da empresa fornecedora do equipamento.

Drones comerciais e modelos não padronizados foram empregados nas simulações, demonstrando a eficácia e a versatilidade do SCJ2000M em diferentes contextos operacionais.

Desempenho e versatilidade do SCJ2000M

O SCJ2000M é um equipamento portátil de interferência eletromagnética com controle direcional por software. Ele atua em múltiplas faixas de frequência programáveis, o que permite sua adaptação rápida a diferentes ameaças, incluindo drones fora dos padrões comerciais. Sua leveza e facilidade de transporte tornam o bloqueador ideal para operações de resposta rápida, seja em deslocamentos de tropas ou em ambientes de proteção temporária.

A combinação entre eficiência técnica, praticidade operacional e portabilidade contribui diretamente para o aumento da prontidão e segurança das tropas em missão, alinhando-se às exigências dos modernos teatros de operação.

A entrega e capacitação dos bloqueadores SCJ2000M representam mais um passo na consolidação do SISFRON como um dos pilares da superioridade tecnológica do Exército Brasileiro. Por meio dos Projetos SAD, o Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército (CCOMGEX) segue investindo em inovação, capacitação e fortalecimento da capacidade de resposta das tropas em ambiente de guerra eletrônica.

A iniciativa reflete o compromisso da Força com a modernização contínua e a adoção de tecnologias de ponta voltadas à proteção da soberania nacional e à segurança das fronteiras.


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com Exército Brasileiro

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SIATT aproxima jovens do ensino médio da realidade da indústria de defesa com programa educacional inovador

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A SIATT, empresa brasileira especializada em sistemas de alta tecnologia para defesa e segurança, realizou em julho a terceira edição do programa Profissionais do Futuro, iniciativa que aproxima estudantes do ensino médio da realidade profissional da indústria de defesa. Desde sua criação em julho de 2023, o programa é promovido durante o período de férias escolares e tem como objetivo inspirar e orientar jovens entre 15 e 17 anos quanto às múltiplas possibilidades de carreira no setor tecnológico.

A edição deste ano contou com a participação de 29 jovens, entre filhos de colaboradores, convidados e indicados pela equipe da empresa. Ao longo de um dia completo de atividades na sede da SIATT, os estudantes foram recebidos por Wagner Amaral, diretor de Engenharia e sócio-fundador da empresa, assistiram a apresentações de diferentes áreas, visitaram o showroom e instalações técnicas, almoçaram com os profissionais e finalizaram a experiência com uma mensagem do diretor-presidente, Rogerio Salvador.

Mais do que uma simples visita, o Profissionais do Futuro proporciona uma vivência transformadora. O contato direto com os profissionais da SIATT, que compartilham suas trajetórias, desafios e conquistas, contribui para que os participantes construam uma visão mais clara e concreta sobre suas escolhas profissionais.

Segundo Ana Maria Bettoni, gerente de Comunicação Organizacional da SIATT e responsável pela coordenação do programa, a iniciativa está inserida nas ações de relacionamento com a comunidade e reforça o compromisso da empresa com o desenvolvimento humano e os pilares sociais do ESG.

"Acreditamos que inspirar esses jovens hoje é uma forma concreta de construir o futuro que queremos na nossa sociedade", afirmou Ana Maria.

Entre os principais objetivos do programa estão:

  • contribuir para a formação de talentos,

  • promover acesso ao conhecimento e ao mercado de trabalho para jovens,

  • fortalecer o vínculo entre a empresa, a educação e a comunidade,

  • valorizar a mão de obra e os talentos locais, incentivando inclusão e mobilidade social.

Com ações como essa, a SIATT reafirma seu papel não apenas como protagonista na inovação tecnológica da defesa nacional, mas também como agente ativo na formação de uma nova geração de profissionais, comprometida com o futuro do Brasil.

A SIATT (Sistemas Integrados de Alto Teor Tecnológico) é uma empresa brasileira voltada ao desenvolvimento e produção de sistemas de armas de alta tecnologia, com foco em inovação, segurança e autonomia tecnológica nacional. Reconhecida pela excelência de seus produtos, a SIATT contribui diretamente para o fortalecimento da base industrial de defesa do país.


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com Rossi Comunicação

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terça-feira, 29 de julho de 2025

Brasil busca ampliar parcerias na indústria de defesa durante a IDEF 2025, na Türkiye

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O Ministério da Defesa Brasileiro marcou presença entre os dias 22 e 27 de julho na 17ª edição da Feira Internacional de Indústria de Defesa (IDEF 2025), realizada em Istambul, na Türkiye. A participação brasileira foi liderada por uma comitiva da Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod) e das Forças Armadas, com o objetivo de prospectar o mercado internacional, buscar parcerias estratégicas e fomentar a Base Industrial de Defesa (BID) do Brasil.

Durante a visita, o Secretário de Produtos de Defesa, Heraldo Luiz Rodrigues, destacou a evolução tecnológica da indústria turca e apontou o evento como uma excelente oportunidade para ampliar os horizontes da BID brasileira. “A feira demonstrou claramente as capacidades que a indústria de defesa turca adquiriu nos últimos anos. Foi uma demonstração de crescimento excepcional nas áreas marítima, aérea, terrestre e espacial”, afirmou. Ele complementou que a IDEF 2025 ofereceu “uma oportunidade de explorar novas possibilidades para a indústria nacional de defesa”.

A feira reuniu empresas globais do setor de defesa, autoridades governamentais, especialistas e representantes militares de diversos países, proporcionando um ambiente propício para apresentações de soluções tecnológicas em áreas como segurança, logística, transporte, sistemas navais, terrestres, aeroespaciais e cibernéticos. A programação incluiu exposições, reuniões bilaterais e painéis de debates com foco em inovação e cooperação internacional.

Esta é a terceira vez consecutiva que o Brasil participa oficialmente da IDEF, também esteve presente nas edições de 2019 e 2023, reforçando o compromisso bilateral com a Türkiye. Os dois países mantêm um acordo de cooperação em matéria de indústria de defesa, assinado em 2022, que tem permitido o estreitamento das relações institucionais e o intercâmbio tecnológico entre os setores industriais de ambos os países.

A participação brasileira na IDEF 2025 integra o esforço estratégico do Ministério da Defesa de internacionalizar a Base Industrial de Defesa (BID) e atrair investimentos para o desenvolvimento de soluções autônomas e sustentáveis, alinhadas às necessidades das Forças Armadas e às demandas do mercado global.


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com Ministério da Defesa

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segunda-feira, 28 de julho de 2025

ADTECH inicia treinamento de operadores do HARPIA para forças de segurança do Acre

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No dia 21 de julho, teve início, na sede da ADTECH em São José dos Campos (SP), o treinamento dos primeiros operadores e pilotos do sistema HARPIA, recém-adquirido pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Acre. A capacitação marca o início da integração do HARPIA às operações estratégicas do estado, com aplicação em segurança pública, vigilância aérea e resposta a situações de emergência.

Desenvolvido pela ADTECH, o HARPIA é um Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada (SARP) multimissão, projetado para atuar em cenários complexos, como monitoramento de crimes ambientais, operações policiais e apoio em situações de desastre. O sistema foi adquirido em 2025 como parte do esforço do governo acreano para modernizar seus recursos tecnológicos e ampliar a capacidade de atuação das forças de segurança.

Com duração de oito semanas, o treinamento reúne agentes públicos em um cronograma intensivo de aulas teóricas e exercícios práticos. Os participantes terão contato com aspectos regulatórios do uso de drones, montagem e manutenção da plataforma aérea, operação de sensores embarcados e manuseio dos sistemas de software que compõem a solução HARPIA.

A capacitação dos operadores é etapa fundamental para garantir a eficácia do sistema em campo. É também uma oportunidade de preparar agentes altamente qualificados para atuar com tecnologia de ponta em favor da população.

A iniciativa reforça o papel da ADTECH como parceira de governos estaduais na implementação de soluções avançadas em defesa e segurança. Ao investir no HARPIA, o estado do Acre dá um passo decisivo rumo à modernização de suas operações, com ganhos diretos em eficiência, resposta rápida e proteção ambiental.

Sobre a ADTECH

Com sede em São José dos Campos (SP), a ADTECH SD é uma empresa brasileira certificada como “Empresa de Defesa” pelo Ministério da Defesa. Especializada no desenvolvimento de soluções tecnológicas para Defesa territorial, segurança pública e privada, agronegócio e monitoramento estratégico, a empresa integra um portfólio diversificado que inclui sistemas aéreos remotamente pilotados, como o HARPIA, além de radares terrestres, sistemas anti-drones, sistemas de monitoramento de sinais de rádio e Satélites.

Com foco na inovação e na eficiência operacional, a ADTECH SD se destaca como parceira estratégica de forças de segurança e defesa, oferecendo soluções robustas, de alto desempenho e com excelente relação custo-benefício, voltadas ao combate as mais adversas ameaças e à proteção de fronteiras e áreas sensíveis.


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domingo, 27 de julho de 2025

Entrega dos últimos obuseiros M109 A5 marca cerimônia de despedida do General Hertz

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No dia 17 de julho, cerca de mil militares se reuniram no Forte do Pinheirinho, em Porto Alegre (RS), para uma cerimônia de despedida em homenagem ao General de Exército Hertz Pires do Nascimento, comandante do Comando Militar do Sul (CMS). O evento, realizado no Campo de Parada Heróis da Lapa, contou com a presença de autoridades, convidados e uma guarda de honra especial.

Durante a solenidade, foi realizada a entrega simbólica das últimas 10 unidades do obuseiro M109 A5, fruto do programa de revitalização iniciado em 2019 no Parque Regional de Manutenção da 5ª Região Militar (Pq R Mnt/5). Sete desses obuseiros serão destinados ao 22º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado (22º GAC AP), em Uruguaiana (RS), dois ao 15º GAC AP, na Lapa (PR), e um ao 5º GAC AP, em Curitiba (PR). O General Hertz destacou a importância dessa entrega, ressaltando que ela marca o fechamento de um ciclo importante e traz nova motivação profissional para as unidades de Artilharia da região.

A escolta de honra foi realizada pelos batedores da 5ª Companhia de Polícia do Exército, que desfilaram com as novas motocicletas de alta cilindrada recentemente adquiridas. O General Hertz recebeu a continência da guarda e realizou a revista, acompanhada de uma salva de gala com 17 tiros.

Como parte das ações ambientais promovidas pela 5ª Divisão de Exército (5ª DE) no Paraná e Santa Catarina, o General plantou uma muda de ipê, simbolizando o programa “Uma árvore para cada soldado”, que reforça o compromisso do Exército com a preservação ambiental.

O Comandante da 5ª DE, General de Divisão Ricardo José Nigri, também falou durante a cerimônia, agradecendo a liderança do General Hertz e destacando o desempenho das tropas durante a Operação Taquari 2, realizada no Rio Grande do Sul. “As nossas tropas compuseram a Força-Tarefa Bormann para atuar em Canoas (RS), demonstrando estar adestradas e prontas para qualquer missão determinada pelo Comando Militar do Sul”, afirmou o General Nigri.

Por sua vez, o General Hertz elogiou o profissionalismo das tropas da 5ª DE na operação, relembrando o momento em que designou à Divisão a responsabilidade pela área mais difícil da missão, que foi cumprida com dedicação e competência. Durante a homenagem, ele também prestou tributo aos militares falecidos recentemente, o Tenente Oudinot Willadino e o Capitão Elmo Diniz, lembrando os 80 anos da Força Expedicionária Brasileira (FEB) e as homenagens realizadas durante as celebrações.

A passagem de comando do Comando Militar do Sul está marcada para o dia 13 de agosto, em Porto Alegre. O General Hertz assumirá a chefia do Departamento de Ciência e Tecnologia, em Brasília, e o General de Exército Luís Cláudio de Mattos Basto será o novo comandante do CMS, dando continuidade ao trabalho de excelência na região sul do país.


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com Exército Brasileiro

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CCOPAB capacita mais de 50 mil profissionais e reafirma liderança do Brasil em missões de paz

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O Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), unidade do Exército Brasileiro reconhecida pelo Ministério da Defesa, ultrapassou a marca de 50 mil profissionais capacitados para atuar em missões de paz e operações de desminagem humanitária ao redor do mundo. Com sede no Rio de Janeiro, o CCOPAB se destaca como referência internacional na formação de militares, policiais e civis preparados para enfrentar os desafios de cenários pós-conflito, crises humanitárias e tensões sociais.

Criado inicialmente para treinar tropas brasileiras destinadas à Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH), o Centro consolidou-se ao longo de mais de duas décadas como um polo de excelência na preparação de especialistas para operações sob a égide da ONU e da Organização dos Estados Americanos (OEA). Sua atuação reafirma o compromisso do Brasil com a promoção da paz mundial e amplia a influência brasileira nas principais frentes das missões internacionais.

O treinamento oferecido pelo CCOPAB segue rigorosos padrões internacionais, com foco na proteção de civis, respeito aos direitos humanos, igualdade de gênero e conduta ética. Para isso, o Centro investe em tecnologia de ponta, intercâmbio internacional e parcerias acadêmicas, utilizando simulações realistas e metodologias ativas que preparam os alunos para situações reais de conflito, mediação e apoio a populações vulneráveis.

Além da formação, o CCOPAB produz materiais doutrinários essenciais, como manuais, revistas e cartilhas, que contribuem para as diretrizes da ONU e do Exército Brasileiro. Também promove o diálogo e a cooperação internacional por meio de seminários temáticos em colaboração com organismos das Nações Unidas.

No cenário atual, o Centro desempenha papel estratégico, capacitando militares que integram o Sistema de Prontidão da ONU e os contingentes da Operação Acolhida, voltada a atender refugiados e migrantes venezuelanos. Novas iniciativas ampliam ainda mais o alcance do CCOPAB, como o Estágio de Capacitação de Civis para Operações de Paz (ECCOP) — voltado a profissionais de ciência política, direito internacional e relações internacionais — e o curso Prevention of Sexual Exploitation, Abuse and Harassment (PSEAH), pioneiro no mundo na prevenção a abusos e assédios sexuais em missões.

A promoção da equidade de gênero é uma prioridade constante no Centro, que tem visto o aumento da participação feminina em suas turmas refletir diretamente nas missões internacionais da ONU. Atualmente, militares brasileiras atuam em locais como Saara Ocidental, Sudão do Sul e República Centro-Africana, alinhando o Brasil à agenda internacional de Mulheres, Paz e Segurança.


Em 2018, nosso editor, Angelo Nicolaci, participou do Estágio de Preparação de Jornalistas e Assessores de Imprensa para atuar em Áreas de Conflito (EPJAIAC), uma formação especializada que capacita profissionais da comunicação para atuarem com segurança e responsabilidade em ambientes de conflito e operações militares. O curso aborda técnicas específicas de cobertura jornalística em zonas de conflito, gestão de riscos e as particularidades das missões militares, preparando jornalistas e assessores para fornecer informações precisas, contextualizadas e éticas mesmo em situações adversas. Essa experiência aprimorou a expertise do nosso editor, contribuindo para uma cobertura mais qualificada e profunda sobre temas de defesa e segurança.

Com uma trajetória sólida e um olhar voltado para o futuro, o CCOPAB reafirma seu papel fundamental na formação de profissionais preparados para construir e manter a paz global, elevando o protagonismo do Brasil na comunidade internacional.


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com Exército Brasileiro

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Brasil será sede do novo Centro de Excelência para helicópteros Sikorsky S-92 na América do Sul

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Uma importante parceria entre a Sikorsky, empresa da Lockheed Martin, a Heli-One, divisão de manutenção do Grupo CHC Helicopter, e a Milestone Aviation anuncia a criação de um Centro de Excelência dedicado aos helicópteros S-92, com sede no Rio de Janeiro. Essa iniciativa reforça o compromisso das três empresas em oferecer suporte especializado para a crescente frota de S-92 na região, com foco especial em operações de busca e salvamento.

O Centro, liderado pela Heli-One, pretende unir a expertise das três companhias para fornecer serviços integrados de manutenção, reparos e logística, ampliando a disponibilidade e a prontidão operacional das aeronaves. Atualmente, mais de 30 helicópteros S-92 estão em operação no Brasil, apoiados por um depósito alfandegado especial (Forward Stock Location – FSL) localizado estrategicamente no Rio de Janeiro, próximo aos principais operadores locais, como CHC Helicopter, Lider Aviação e Omni Helicopters International.

Leon Silva, vice-presidente de Sistemas Comerciais e Militares Globais da Sikorsky, destaca a importância da parceria:

Estamos comprometidos em entregar soluções rigorosas e confiáveis que garantam a continuidade das operações do S-92. Esta iniciativa combina o melhor da indústria para maximizar a vida útil e a prontidão dessas aeronaves.”

Além de fortalecer as operações brasileiras, o Centro atenderá também outros países da América do Sul, onde o S-92 já é certificado, incluindo Colômbia, Guiana, Ilhas Falkland, México e Trinidad e Tobago.

Tom Burke, presidente e CEO do Grupo CHC Helicopter, reforça a relevância do momento:

“Com o aumento da escolha do S-92 para operações críticas, especialmente busca e salvamento, criar um Centro de Excelência no Brasil permitirá uma oferta de suporte mais integrada, ágil e eficiente para a região.”

Os serviços a serem oferecidos contemplam desde inspeções de manutenção programadas, revisões e reparos até o fornecimento de um amplo estoque de peças críticas, como caixas de transmissão, pás e amortecedores. A iniciativa também prevê melhorias na gestão da cadeia de suprimentos e na logística, garantindo rapidez e eficiência no atendimento aos operadores.

Pat Sheedy, CEO da Milestone Aviation, ressalta:

“Essa colaboração reforça nosso compromisso com o crescimento do mercado de aviação comercial no Brasil. Combinando nossas capacidades, ofereceremos um serviço robusto que aumenta a confiabilidade e a eficiência das operações dos clientes.”

A Sikorsky, com mais de 50 anos de presença no Brasil, mantém o compromisso contínuo de investir no desenvolvimento da plataforma S-92, refletido em recentes melhorias no helicóptero para atender às exigências dos mercados comercial e de defesa.

A implantação efetiva do Centro de Excelência depende de aprovações internas das empresas parceiras, e mais detalhes serão divulgados nos próximos meses. Entretanto, o anúncio já posiciona o Brasil como um polo estratégico para manutenção e suporte de helicópteros de alta tecnologia na América do Sul.


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República Tcheca reforça defesa antiaérea com solução MSHORAD integrada pela Saab

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A Saab anunciou um novo pedido para fornecer à República Tcheca uma versão móvel e integrada de seu sistema de defesa antiaérea de curto alcance, o MSHORAD (Mobile Short Range Air Defence), reforçando ainda mais as capacidades de defesa das Forças Armadas Tchecas. A aquisição inclui unidades móveis de tiro equipadas com o sistema RBS 70 NG, já em operação no país em sua versão portátil, além de mísseis Bolide de última geração.

As unidades de tiro serão montadas sobre viaturas MARS S-330, fabricadas pela empresa tcheca SVOS, combinando mobilidade, proteção e poder de fogo em um único sistema. O pacote inclui ainda a integração de um sistema de comando e controle fornecido por um parceiro tcheco, além de uma solução radar já empregada pelas Forças Armadas do país.

Temos orgulho de continuar apoiando a capacidade das Forças Armadas Tchecas, que já operam nosso sistema de defesa antiaérea RBS 70 NG em sua versão portátil. Nossa solução MSHORAD complementa esse sistema com uma configuração altamente móvel, oferecendo proteção adicional para as tropas em movimento”, declarou Görgen Johansson, chefe da área de negócios Dynamics da Saab.

O MSHORAD é uma solução modular e flexível desenvolvida pela Saab, projetada para fornecer defesa antiaérea de curto alcance em ambientes de alta mobilidade. Ela integra radares móveis para detecção de ameaças aéreas e unidades de tiro para neutralização de alvos, todos coordenados por um avançado sistema de comando e controle.

Além da entrega de uma solução completa e pronta para o campo de batalha, a Saab oferece a possibilidade de personalização conforme as necessidades do cliente, com integração a sistemas já existentes. A iniciativa representa mais um passo na modernização da defesa aérea tcheca e fortalece a cooperação industrial entre empresas suecas e tchecas no setor de defesa.


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sexta-feira, 25 de julho de 2025

Conflito entre Tailândia e Camboja se intensifica com artilharia pesada e acusações mútuas

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Pelo segundo dia consecutivo, Tailândia e Camboja trocaram intensos disparos de artilharia pesada ao longo de uma fronteira disputada há mais de um século, numa escalada que gerou pelo menos 16 mortos, a maioria civis tailandeses, e forçou a evacuação de mais de 130 mil pessoas em ambos os países. O conflito, o mais grave em mais de dez anos, persiste apesar dos apelos internacionais por cessar-fogo.

As hostilidades se espalharam para pelo menos 12 locais ao longo da linha de fronteira. As forças tailandesas acusam o Camboja de atacar deliberadamente áreas civis, incluindo escolas e hospitais, usando artilharia pesada e sistemas de foguetes BM-21 de fabricação russa. Em contrapartida, o governo cambojano denuncia o uso de munições de fragmentação por parte da Tailândia — armamento controverso e amplamente condenado pela comunidade internacional.

O primeiro-ministro interino da Tailândia, Phumtham Wechayachai, declarou que o país está apenas defendendo seu território contra ataques múltiplos e alertou que o conflito pode evoluir para um estado de guerra. Segundo ele, "atos de intrusão e agressão" têm causado sofrimento à população civil e elevam o risco de um confronto em larga escala.

Os combates foram desencadeados após a explosão de minas terrestres que feriram soldados tailandeses, situação pela qual Bangkok culpa tropas cambojanas, acusação negada por Phnom Penh. Em resposta, a Tailândia expulsou o embaixador do Camboja e convocou seu enviado em Phnom Penh.

Na quinta-feira, a Tailândia realizou um raro ataque aéreo com um caça F-16 contra instalações militares cambojanas, ação que Phnom Penh classificou como “agressão militar imprudente e brutal” e pediu ao Conselho de Segurança da ONU que interceda. O Camboja também confirmou ao menos um civil morto e cinco feridos, além da evacuação de aproximadamente 1.500 famílias em regiões afetadas.

Na província tailandesa de Surin, jornalistas testemunharam o deslocamento de tropas, blindados e tanques rumo à fronteira, enquanto explosões e clarões de artilharia marcavam a linha de frente. Mais de 130 mil pessoas fugiram das áreas de conflito na Tailândia, muitas buscando abrigo em locais públicos improvisados.

Relatos emocionados de civis revelam o medo e o sofrimento provocados pelo conflito. Aung Ying Yong, 67 anos, evacua-se com lágrimas nos olhos: "Ouvimos explosões muito fortes e tivemos muito medo. Estamos tristes por viver esta guerra."

Apesar das ofertas de mediação por parte dos Estados Unidos, China e Malásia, atual presidente da ASEAN, bloco do qual Tailândia e Camboja fazem parte, o governo tailandês rejeitou a intervenção externa, defendendo negociações bilaterais para a resolução do conflito. “Mantemos nossa posição de que o mecanismo bilateral é a melhor saída”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores tailandês, Nikorndej Balankura.

Por sua vez, o Camboja pediu uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para tratar do conflito, classificando as ações tailandesas como agressão não provocada.

O conflito expõe a fragilidade da paz em uma fronteira marcada por disputas territoriais desde o período colonial, e acende alertas sobre o risco de uma escalada maior na região do Sudeste Asiático.


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com Reuters

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Egito deve adquirir sistema de defesa aérea NASAMS em pacote de US$ 4,67 bilhões aprovado pelos EUA

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O Departamento de Estado dos Estados Unidos aprovou uma potencial Venda Militar Estrangeira (FMS, na sigla em inglês) ao Egito, que inclui o avançado Sistema Nacional de Mísseis Terra-Ar (NASAMS) e suporte logístico associado, num contrato estimado em US$ 4,67 bilhões. A decisão foi oficialmente comunicada ao Congresso americano pela Agência de Cooperação para a Segurança da Defesa (DSCA).

De acordo com as informações divulgadas, o governo egípcio solicitou um pacote robusto composto por quatro radares AN/MPQ-64F1 Sentinel, 100 mísseis ar-ar de alcance estendido AIM-120C-8 AMRAAM-ER e 600 mísseis AIM-9X Sidewinder Block II. A proposta inclui ainda equipamentos de comunicação, sistemas de treinamento, receptores GPS, peças de reposição, ferramentas de suporte, além de serviços técnicos prestados por terceiros.

A possível aquisição tem como objetivo fortalecer as capacidades egípcias de vigilância e resposta a ameaças aéreas contemporâneas e emergentes, ampliando significativamente a cobertura de defesa de seu espaço aéreo. Segundo a DSCA, o Egito está apto a incorporar os novos sistemas sem dificuldades operacionais, o que facilitará a integração com suas forças armadas.

Em nota oficial, o governo norte-americano declarou que a proposta de venda contribui para os interesses estratégicos dos EUA no Oriente Médio, ao reforçar a segurança de um parceiro-chave fora da OTAN e promover a estabilidade regional. Ainda segundo Washington, a transferência de tecnologia e equipamentos “não alterará o equilíbrio militar básico na região”.


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com DSCA

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Estados Unidos Reduzem Compras do F-35 para Priorizar Novos Caças

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A produção do F-35 Lightning II, desenvolvido pela Lockheed Martin, entra em uma nova fase com o chamado "Lote 18", que incorpora versões com maior capacidade operacional. No entanto, junto com os avanços tecnológicos, o custo dessas aeronaves também está subindo significativamente. Segundo informações da Air & Space Forces Magazine, divulgadas em 11 de junho, cada unidade do Lote 18 e posteriores ultrapassará a marca dos US$ 100 milhões, um aumento expressivo em relação ao último contrato, que previa o valor de US$ 82 milhões por aeronave.

Esse acréscimo de preço é atribuído, em parte, à introdução de novas funcionalidades e sistemas embarcados previstos para a configuração TR-3, que representa um salto em termos de capacidade de missão e integração com plataformas de próxima geração. Inicialmente, versões entregues a alguns parceiros internacionais foram utilizadas apenas para treinamento e não incluíam todo o pacote TR-3. Agora, com a entrega das versões completas, o investimento cresce proporcionalmente.

Para países aliados que firmaram acordos recentes para aquisição do F-35, como a Romênia, essa elevação de custo representa um novo desafio orçamentário. O país europeu assinou recentemente uma carta de intenções para adquirir 32 exemplares do F-35, como parte de seu esforço de modernização da força aérea e alinhamento com os padrões da OTAN.

Além disso, o aumento de custo coincide com uma mudança de prioridades nos Estados Unidos. O Secretário de Defesa, Peter Hegseth, decidiu reduzir os investimentos diretos no programa F-35 para favorecer o avanço de projetos estratégicos como o bombardeiro furtivo B-21 Raider e o desenvolvimento de um caça de sexta geração, identificado como F-47 no planejamento preliminar. Como resultado, a Força Aérea dos EUA não executará a compra das 75 aeronaves F-35 inicialmente previstas para o atual ano fiscal.

Essa reconfiguração orçamentária e o encarecimento da plataforma levantam questionamentos sobre a viabilidade de grandes encomendas no médio prazo, especialmente entre países que dependem de financiamento externo ou possuem orçamentos de defesa limitados. Ainda assim, o F-35 segue sendo uma das aeronaves mais avançadas do mundo, com capacidades furtivas, sensores integrados e versatilidade comprovada em múltiplos teatros operacionais.


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UE aprova uso inédito de fundos de coesão para defesa

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Em uma decisão histórica, o Parlamento Europeu e a Presidência dinamarquesa do Conselho da União Europeia chegaram a um acordo que permitirá, pela primeira vez, a utilização dos fundos da Política de Coesão da UE para fins ligados à defesa, proteção civil e segurança das fronteiras externas do bloco. A medida, aprovada na quarta-feira (23), altera a destinação tradicional desses recursos, anteriormente voltados exclusivamente ao desenvolvimento econômico e social das regiões menos favorecidas da Europa.

O acordo, que se aplica ao atual quadro financeiro plurianual (2021-2027), especialmente aos anos de 2026 e 2027, representa uma resposta direta à crescente instabilidade geopolítica causada pela guerra da Rússia contra a Ucrânia. Os estados-membros do Comitê de Representantes Permanentes (COREPER) chegaram a um entendimento preliminar sobre a medida, que agora aguarda votação final no Parlamento Europeu e posterior formalização pelo Conselho, processo que poderá ser concluído já na segunda quinzena de setembro de 2025.

Segundo o documento oficial do acordo, “dada a necessidade da União de garantir sua própria defesa e preparação civil, os fundos da política de coesão devem ser mobilizados rapidamente para apoiar diretamente os investimentos em capacidades de defesa e segurança civil.” Ainda que não se trate de novos recursos, mas sim de maior flexibilidade no uso dos já aprovados € 392 bilhões, aproximadamente um terço do orçamento total da UE, os estados-membros poderão redirecionar os valores para iniciativas estratégicas em defesa e segurança.

Entre os projetos elegíveis estão o fortalecimento da capacidade de produção da indústria de defesa, o reforço da proteção das fronteiras orientais e investimentos em infraestrutura crítica. Não haverá restrições geográficas ou de porte das empresas beneficiadas, permitindo que pequenas e médias companhias também possam acessar os fundos.

Um dos pontos mais significativos do acordo é a possibilidade de financiamento integral, 100% para projetos implementados em regiões da UE que fazem fronteira com a Rússia, Belarus e Ucrânia, como os países bálticos, a Polônia, a Romênia e nações escandinavas. Além disso, os projetos nessas regiões receberão adiantamentos maiores e terão o prazo de liquidação estendido até o final de 2030.

Os incentivos não se restringem à defesa. Áreas como habitação, gestão de recursos hídricos, transição energética e desenvolvimento urbano sustentável também estão entre as prioridades para o uso dos fundos, ampliando o escopo de impacto social e estratégico da medida.

A decisão se soma ao esforço mais amplo de rearmamento europeu proposto pela Comissão Europeia em abril deste ano, que inclui o ambicioso programa SAFE (Plataforma de Tecnologias Estratégicas para a Europa). Com recursos de até € 150 bilhões, o SAFE combina subvenções, garantias e empréstimos em condições vantajosas, com prazos de reembolso de até 30 anos, e visa fortalecer a base industrial e tecnológica da defesa europeia.

O novo uso dos fundos de coesão é visto como um avanço sem precedentes na integração entre políticas econômicas, sociais e de segurança, refletindo a transformação da arquitetura de defesa europeia em um contexto de crescente ameaça externa. Ao alinhar recursos regionais a objetivos estratégicos da União, a medida busca não apenas fortalecer o pilar defensivo do bloco, mas também proteger o desenvolvimento sustentável e a coesão territorial em um cenário geopolítico cada vez mais desafiador.


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FAB avança na integração do Link-BR2 ao Gripen durante workshop em São José dos Campos

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Entre os dias 22 e 24 de julho, o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) promoveu, em São José dos Campos (SP), o Workshop de Integração do Link-BR2 na aeronave F-39E Gripen, consolidando mais um passo na modernização das capacidades de Comando e Controle da Força Aérea Brasileira (FAB).

O encontro técnico-operacional foi realizado no Laboratório de Guerra Eletrônica do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e reuniu militares da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), do Comando de Preparo (COMPREP), do Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) e do próprio DCTA. A proposta central do workshop foi alinhar os aspectos técnicos e doutrinários da integração do Sistema de Enlace de Dados Link-BR2 com o F-39E Gripen, o mais avançado caça em operação na América Latina.

Durante o evento, foram discutidos e refinados elementos do Conceito Operacional (CONOPS) do Link-BR2, com foco especial na interoperabilidade entre os diferentes vetores aéreos da FAB. A iniciativa visa aumentar a coesão entre os meios de combate da Força e ampliar a consciência situacional no cenário operacional, elementos vitais para o emprego eficaz do poder aeroespacial.

Segundo o Coronel Especialista em Comunicações Romulo Silva de Oliveira, da Gerência do Projeto F-X2 na COPAC, a atividade teve grande relevância para a consolidação da doutrina operacional. “O workshop teve grande relevância para as áreas técnica e operacional, pois marca o progresso profissional das equipagens de combate, além de consolidar o Link-BR2 como ferramenta essencial de Comando e Controle no âmbito do COMAER”, afirmou.

O Gerente Técnico do Projeto F-X2, Coronel Aviador George Luiz Guedes de Oliveira, destacou a importância estratégica da integração. “Esta fase de integração é um marco para a consolidação das capacidades do F-39. O Link-BR2 representa uma das principais ferramentas de conectividade e consciência situacional da FAB, e a participação conjunta das áreas técnica e operacional é fundamental para assegurar sua eficácia no ambiente real de missão”, declarou.

O F-39E Gripen, desenvolvido pela sueca Saab em parceria com empresas brasileiras, representa a espinha dorsal do futuro da aviação de caça da FAB. O Link-BR2 é um sistema de enlace de dados tático de última geração desenvolvido pela AEL Sistemas, empresa brasileira com sede em Porto Alegre e subsidiária da israelense Elbit Systems. Projetado para atender aos requisitos específicos das Forças Armadas brasileiras, o Link-BR2 permite a comunicação segura, criptografada e em tempo real entre diversas plataformas aéreas, navais e terrestres, viabilizando o compartilhamento de informações como imagens, vídeos, dados de radar e comandos de missão. Com sua arquitetura aberta e capacidade de operar de forma autônoma, o sistema é uma das principais ferramentas de Comando e Controle da Força Aérea Brasileira (FAB), contribuindo para a elevação da consciência situacional e a interoperabilidade entre diferentes vetores de combate. A integração do Link-BR2 ao caça F-39 Gripen marca um avanço estratégico importante, consolidando a soberania tecnológica brasileira em áreas sensíveis e reforçando o protagonismo da AEL Sistemas no desenvolvimento de soluções críticas para a defesa nacional.

A realização do workshop reforça o compromisso da Força Aérea com a modernização tecnológica e doutrinária, assegurando a soberania do espaço aéreo brasileiro com recursos de última geração e excelência no preparo das tripulações.


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com FAB

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quinta-feira, 24 de julho de 2025

Airbus e Turkish Aerospace firmam parceria para exportação do Hürjet

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Durante a Feira Internacional da Indústria de Defesa (IDEF) 2025, realizada em Istambul, a Turkish Aerospace Industries (TAI) e a Airbus assinaram um acordo estratégico para acelerar a exportação do jato de treinamento avançado Hurjet para a Espanha. O memorando de entendimento marca um passo importante na consolidação do jato turco no mercado europeu e reforça a cooperação industrial entre a Türkiye e a Europa.

O acordo define as responsabilidades de ambas as empresas no projeto e apoia o processo de aquisição de até 30 aeronaves Hurjet pela Força Aérea Espanhola. O contrato definitivo deverá ser firmado até o fim de 2025, com início das entregas previsto para 2028.

O CEO da TAI, Mehmet Demiroğlu, celebrou o avanço como uma demonstração clara da maturidade tecnológica da indústria aeroespacial da Türkiye. “Esta parceria estratégica com uma empresa global como a Airbus não é apenas um sucesso de exportação, mas uma prova da força da engenharia turca no cenário mundial”, declarou. Ele também afirmou que o acordo pode abrir caminho para uma participação ainda mais ativa da engenharia turca em futuros programas de aviação europeus.

A cerimônia de assinatura contou com a presença de Haluk Görgün, presidente da Secretaria de Indústrias de Defesa da Türkiye (SSB), e altos executivos da Airbus e da TAI, sinalizando o fortalecimento de laços estratégicos no setor de defesa.

Participação brasileira no projeto Hurjet

O desenvolvimento do Hurjet também conta com a participação da indústria brasileira. A brasileira AKAER desempenha um papel importante na engenharia da fuselagem da aeronave, sendo responsável pelo projeto estrutural de componentes críticos. A inclusão da AKAER no programa reforça a presença do Brasil em projetos internacionais de alta tecnologia e destaca a capacidade da indústria aeroespacial nacional de contribuir em programas de defesa de alcance global.

A cooperação que agora conta com suporte da Airbus no projeto Hurjet evidencia o crescente interesse internacional pela aeronave turca, que combina desempenho avançado com versatilidade para missões de treinamento e combate leve.


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Tensão na Ásia: Tailândia e Camboja entram em confronto armado em área de fronteira disputada

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Tropas da Tailândia e do Camboja entraram em confronto armado na manhã de quinta-feira (24) em uma região de fronteira disputada entre os dois países. O episódio reacende tensões históricas entre os vizinhos do Sudeste Asiático e resultou na evacuação de milhares de civis em território tailandês, além de trocas de acusações e bombardeios envolvendo aeronaves de combate.

Os combates começaram nas proximidades do templo Ta Moan Thom, localizado ao longo da fronteira leste da Tailândia com o Camboja, cerca de 360 quilômetros da capital tailandesa, Bangkok. Segundo autoridades locais, projéteis de artilharia disparados do lado cambojano atingiram áreas residenciais, forçando moradores a abandonar suas casas e buscar abrigo em bunkers improvisados.

De acordo com a agência Reuters, mais de 40 mil pessoas de 86 vilarejos da província de Surin, no lado tailandês, foram retiradas da região por medida de segurança. Imagens divulgadas por veículos locais mostram o momento em que civis correm em meio ao som de explosões e tiros.

Em meio ao caos, tanto Camboja quanto Tailândia trocaram acusações sobre quem iniciou o conflito. Um porta-voz do Ministério da Defesa cambojano afirmou que tropas tailandesas realizaram uma incursão não provocada em território cambojano, o que motivou a reação em legítima defesa. Por outro lado, autoridades tailandesas alegam que o bombardeio inicial partiu das forças do Camboja.

A situação escalou rapidamente quando a Força Aérea Real Tailandesa mobilizou seis caças F-16 para a região, sendo que uma das aeronaves realizou o lançamento de mísseis contra um alvo militar cambojano. O Ministério da Defesa cambojano confirmou que duas bombas atingiram uma estrada em território sob seu controle e condenou o que chamou de "agressão militar imprudente e brutal" por parte da Tailândia.

O episódio revive um histórico de disputas entre os dois países, que há mais de um século mantêm desacordos sobre a delimitação da fronteira terrestre de 817 km. A área próxima ao templo Ta Moan Thom é uma das mais sensíveis, palco de confrontos anteriores, incluindo um embate em 2011 que resultou em diversas mortes.

As tensões recentes haviam voltado a crescer em maio, após a morte de um soldado cambojano durante uma troca de tiros esporádica. Desde então, o clima diplomático deteriorou-se, culminando nos combates desta semana. Além disso, autoridades tailandesas acusaram o Camboja de instalar novas minas terrestres em áreas disputadas, ferindo três soldados. Phnom Penh negou a acusação, afirmando que os militares tailandeses se desviaram de rotas previamente acordadas e acionaram minas antigas remanescentes do período de guerra civil.

Organizações internacionais de desminagem alertam que o território cambojano ainda abriga milhares de minas não detonadas. No entanto, a Tailândia insiste que houve movimentações recentes para posicionar novos artefatos explosivos, o que, segundo Camboja, seria uma alegação sem fundamento.

A comunidade internacional acompanha com preocupação o recrudescimento da crise. Até o momento, não há confirmação oficial sobre vítimas fatais, mas o risco de novos combates permanece alto, enquanto ambos os governos reforçam posições militares ao longo da linha de fronteira.


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PROSUB - Submarino Tonelero lança torpedo F21 e Almirante Karam cumpre marcos importantes

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Recentemente, o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) viveu mais um momento de celebração em Itaguaí: o Tonelero (S42) e o Almirante Karam (S44), ambos da Classe Riachuelo, alcançaram marcos industriais que reforçam o progresso técnico e operacional do projeto conduzido pela Marinha do Brasil em parceria com a Naval Group e executado pela Itaguaí Construções Navais (ICN). No dia 16 de julho, o Tonelero realizou com perfeição o lançamento do Torpedo de Exercício F21, etapa final antes de sua incorporação ao setor operativo da Marinha e prova cabal de sua maturidade como vetor de combate submerso. Esse êxito coroou um ciclo que teve início em 25 de outubro de 2024, quando o submarino passou pela Imersão Estática (J08), ensaio crucial para validar sua estabilidade e segurança, e desde então, acumulou nove saídas ao mar sem interrupções para ajustes ou reparos, refletindo o aprimoramento rigoroso dos processos construtivos.

Enquanto o Tonelero avança rumo à sua fase operativa plena, o Almirante Karam também registrou progresso significativo ao atingir as etapas J02 e J04, correspondentes à primeira carga completa de baterias do sistema de propulsão. Esses marcos iniciais, alcançados dentro do cronograma previsto, apontam para a próxima série de testes de sistemas e a preparação para novas provas em mar aberto. Para Renaud Poyet, diretor-presidente da ICN, “cada marco cumprido reforça a evolução técnica da nossa equipe. Com o Tonelero, conseguimos evitar retrabalhos e atender aos rígidos prazos e padrões de qualidade exigidos pela Marinha, colhendo agora os frutos do aprendizado acumulado desde os primeiros submarinos entregues.”

O avanço simultâneo dessas duas embarcações demonstra não apenas a maturidade crescente do PROSUB, mas também o fortalecimento da indústria naval de defesa brasileira. A ênfase na transferência de tecnologia, na formação de mão de obra especializada e no cumprimento rigoroso de cronogramas coloca o Brasil em destaque no cenário mundial de construção de submarinos convencionais. À medida que o Tonelero se aproxima da incorporação definitiva e o Almirante Karam prossegue em sua jornada de testes, o Brasil consolida sua autonomia estratégica e amplia sua capacidade de dissuasão no ambiente marítimo.


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