sábado, 1 de novembro de 2025

Avibras aciona Justiça por suposto uso indevido de propriedade intelectual; SIATT diz não ter sido notificada

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A Avibras Indústria Aeroespacial S.A., em Recuperação Judicial, informou ter ingressado com uma notificação judicial contra a SIATT para apurar possíveis indícios de uso indevido de propriedade intelectual.

A Avibras não detalhou o conteúdo da notificação, mas o tema envolve tecnologias sensíveis do setor de defesa, o que gerou atenção da Base Industrial de Defesa (BID).

Em nota, a SIATT afirmou ter tomado conhecimento do assunto apenas pela imprensa e ressaltou que ainda não foi formalmente notificada. A empresa declarou que só irá se manifestar após receber os documentos oficiais, reforçando respeito ao devido processo legal.

A SIATT destacou ainda que sua atuação segue princípios de ética, transparência e conformidade com legislações nacionais e internacionais, além de reafirmar seu compromisso com a inovação tecnológica, o fortalecimento da BID e a autonomia tecnológica do Brasil.

O caso deve evoluir inicialmente no campo jurídico. Novas informações serão divulgadas conforme houver manifestações oficiais das partes.


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Mexicanização Brasileira - Facções ocupam espaços do Estado e avançam sobre serviços públicos e negócios legais

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O poderio do crime que motivou a ação policial no Rio de Janeiro não é um caso isolado. É a tradução de uma doença metastática que consome o Brasil. O que se vê no Rio hoje é apenas o ensaio geral, a prévia mais avançada do que todo o país experimentará amanhã se não acordarmos para a realidade brutal: o crime não mais opera à margem do Estado; ele se infiltrou em suas veias e diversificou seus negócios em escala industrial.
 
O conceito de crime organizado transcende em muito aquele já conhecido como ilícito comum. Estamos falando de um conglomerado infiltrado nas instituições públicas, com gestão corporativa, que sistematicamente corrompe e coopta o Estado para garantir a impunidade e expandir seus impérios. Esta não é uma teoria conspiratória. É a prática documentada de facções como o PCC e o Comando Vermelho, que hoje controlam cadeias inteiras do poder público. A infiltração é a nova arma, agora eficaz e silenciosa. As fraudes em concursos públicos, criminosos eleitos para parlamentos e um judiciário leniente são as provas cabais de êxito desta estratégia.
 
Além disso, é um erro reduzir o poder do crime apenas ao tráfico de drogas. Atualmente uma vasta e complexa teia econômica lava seus recursos e financia sua expansão. Facções dominam o contrabando de cigarros, comercialização de vapes, adulteração de combustíveis em escala nacional e, de forma mais visível, parcelas do lucrativo mundo das apostas que envolvem influenciadores. Segundo a Receita Federal, apenas 27 das 134 empresas do setor possuem registro regular, criando um ambiente fértil para lavagem de dinheiro.
 
Enquanto o Rio de Janeiro chama a atenção pela visibilidade, vastas regiões do Norte e Nordeste do país já vivem sob um silencioso e férreo controle das facções. Inúmeras cidades têm seu comércio, transporte e até a vida social ditados pelo crime. Prefeitos governam sob a tutela de grupos criminosos ou fazem parte deles, enquanto a população vive sob a lei do silêncio, sabendo que o Estado, quando aparece, é muitas vezes apenas uma extensão do poder do tráfico e das milícias. Segundo o Monitor da Violência, 15% dos municípios brasileiros relataram episódios de guerra entre facções em 2023, um aumento de 40% em relação a 2020. São batalhas pelo domínio territorial.
 
Este cenário é a materialização do que especialistas chamam de “mexicanização”. Não se trata de uma simples importação cultural, mas da adoção de um modus operandi onde os cartéis não apenas disputam mercados ilícitos, mas contestam o monopólio estatal da força e controlam porções significativas do território e da economia formal e informal. O destino lógico e aterrador deste caminho é o nascimento de um modelo de narcoestado, onde as decisões de política pública, as nomeações para cargos-chave e a agenda econômica são influenciadas pelos interesses escusos que, além do crime, controlam parcelas do comércio, política, entretenimento, energia e outros setores.
 
A ação no Rio é um sintoma de uma guerra civil assimétrica, um conflito armado onde o Estado reage à superfície do problema, mas perde a guerra silenciosa nos corredores do poder e no campo econômico. Enquanto não houver uma estratégia nacional, unindo inteligência, investigação financeira, combate implacável à lavagem de dinheiro e, sobretudo, a desinfecção da máquina pública cooptada por essas milícias e facções, estaremos apenas enxugando gelo. O Brasil está caminhando a passos largos para se tornar o que o Rio já é: a tradução de um Estado falido.


por: Márcio Coimbra, CEO da Casa Política e Presidente-Executivo do Instituto Monitor da Democracia. Conselheiro e Diretor de Relações Internacionais da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig). Mestre em Ação Política pela Universidad Rey Juan Carlos (2007). Ex-Diretor da Apex-Brasil e do Senado Federal.
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AEROMOT lança Pedra Fundamental do AeroCITI e projeta o RS como referência da aviação no hemisfério sul

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A cidade de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, tornou-se palco de um marco histórico para a aviação brasileira. A Aeromot lançou, no dia 23 de outubro, data em que se celebra o Dia do Aviador, a Pedra Fundamental do AeroCITI, Aerocentro Integrado de Tecnologia e Inovação, um empreendimento que promete transformar o Rio Grande do Sul em um dos mais importantes polos aeronáuticos e tecnológicos da América Latina. Com investimento estimado em R$ 3 bilhões, o projeto representa um salto no desenvolvimento industrial, científico e econômico do Estado e do país.

A cerimônia de lançamento foi marcada por um clima de entusiasmo e otimismo, reunindo autoridades dos mais diversos segmentos. Estiveram presentes secretários estaduais e municipais, deputados, representantes das Forças Armadas, da segurança pública, lideranças empresariais e acadêmicas. O evento simbolizou não apenas o início das obras, mas o começo de uma nova era para a aviação brasileira, uma era de inovação, sustentabilidade e integração entre governo, indústria e sociedade.

Durante o lançamento, o governador Eduardo Leite destacou o impacto transformador do AeroCITI para o Estado, apontando o projeto como um motor de desenvolvimento regional e nacional. Segundo ele, o empreendimento resgata o protagonismo gaúcho no setor aeronáutico. “Estamos falando de empregos que consolidam a vocação do Rio Grande do Sul para a tecnologia e tornam o Estado referência em engenharia e inovação. O AeroCITI recupera o orgulho e o legado da aviação gaúcha”, afirmou o governador.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, também ressaltou o caráter abrangente do projeto, destacando que seus efeitos vão muito além da indústria aeronáutica. “O AeroCITI é um investimento significativo e simbólico para um Estado que se reconstrói após os desafios climáticos recentes. Ele traz novas oportunidades em áreas como turismo, educação, sustentabilidade e formação de talentos”, observou.

Concebido como um ecossistema integrado de inovação, o AeroCITI segue o conceito de aerotrópole, conectando infraestrutura aeroportuária, mobilidade aérea, centros de pesquisa, parques tecnológicos e espaços de cooperação entre empresas e universidades. O CEO da Aeromot, Guilherme Cunha, definiu o empreendimento como uma visão de futuro baseada na quíntupla hélice da inovação, que integra indústria, governo, ciência, sustentabilidade e sociedade. “O AeroCITI é símbolo de progresso, conhecimento e inovação, com impacto global. Ele nasce movido pela cooperação e sustentabilidade, reafirmando o papel do Brasil como protagonista do futuro da aviação”, destacou o executivo.

Entre os anúncios mais significativos realizados durante o evento está o desenvolvimento da primeira aeronave de transporte movida a etanol do mundo, um projeto totalmente brasileiro que será concebido no próprio Rio Grande do Sul. A iniciativa reforça o compromisso da Aeromot com a sustentabilidade e com o avanço tecnológico da aviação verde, um dos segmentos mais promissores da indústria aeronáutica global.

Outro destaque foi a formalização de parcerias estratégicas com o conglomerado italiano Leonardo Helicopters e com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), duas instituições de referência mundial em engenharia aeronáutica e inovação. A colaboração entre Aeromot e ITA resultou na assinatura de um protocolo de intenções para o Programa de Formação e Capacitação em Engenharia, que prevê a criação de um centro de excelência em pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Oito instituições de ensino e pesquisa já integram a iniciativa, consolidando o ecossistema de inovação e qualificação de profissionais no setor aeronáutico brasileiro.

O prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata, celebrou o impacto do empreendimento sobre a economia e a identidade local. Segundo ele, o complexo também impulsionará o turismo técnico e educativo. “Estamos inaugurando um polo que troca tecnologia com o mundo e atrai turismo, fortalecendo Guaíba como a capital da aviação”, afirmou. O projeto prevê ainda um museu a céu aberto dedicado à aviação, com 24 mil metros quadrados de área, integrando cultura e inovação em um mesmo espaço.

O AeroCITI será composto por uma fábrica de aeronaves certificadas, centros de pesquisa e manutenção, um hub de inovação e infraestrutura aeroportuária capaz de operar como alternativa ao Aeroporto Internacional Salgado Filho. Parceira da Aeromot desde 2016, a Diamond Aircraft também terá produção no Brasil, ampliando sua atuação para atender à crescente demanda do mercado latino-americano.

Com investimento total de R$ 3 bilhões e previsão de geração de 1.500 empregos diretos e indiretos, o AeroCITI consolida-se como um marco na história da indústria aeronáutica nacional. Mais do que um empreendimento econômico, o projeto expressa uma visão estratégica de país, um Brasil que aposta em sua capacidade de inovar, desenvolver tecnologias próprias e ocupar posição de destaque no cenário global.

O lançamento da Pedra Fundamental do AeroCITI reafirma o protagonismo do Rio Grande do Sul como novo eixo de inovação aeronáutica e tecnológica do hemisfério sul, reforçando o papel do Estado e do país em um setor de altíssimo valor agregado. O empreendimento é fruto de uma integração exemplar entre governo, indústria, academia e sociedade, demonstrando como a cooperação e o planejamento estratégico podem gerar resultados concretos, sustentáveis e transformadores.

Ao unir tradição e futuro, a Aeromot inscreve seu nome entre os protagonistas da retomada da aviação brasileira. O AeroCITI é mais do que uma obra de infraestrutura, é um símbolo de reconstrução, resiliência e visão de futuro. Um projeto que coloca o Brasil na rota da aviação mundial sustentável e reafirma a capacidade nacional de sonhar alto, inovar e realizar.


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sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Mostra BID Brasil 2026: confiança e protagonismo marcam o lançamento da 9ª edição, com 60% da área já reservada

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A Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE) realizou, na manhã do dia 29 de outubro, o lançamento oficial da 9ª Mostra BID Brasil, um dos eventos mais relevantes da Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS). A cerimônia, ocorrida na sede da entidade em São Paulo, contou com a presença de representantes de empresas associadas, autoridades civis e militares, além de convidados do setor. Com participação presencial e on-line, o lançamento reafirmou o protagonismo da indústria de defesa brasileira e demonstrou o grau de confiança e credibilidade que a Mostra conquistou ao longo dos anos.

Marcada para os dias 24 a 26 de novembro de 2026, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, a 9ª edição já nasce com um resultado expressivo: 60% da área de exposição foi reservada logo após o lançamento. Esse número, além de significativo, reflete o engajamento imediato das empresas e o reconhecimento da importância do evento como uma vitrine estratégica da capacidade tecnológica e industrial do país. A confiança do setor na Mostra BID Brasil não surge por acaso, ela é fruto de um trabalho contínuo de fortalecimento da BIDS, conduzido pela ABIMDE em parceria com o Ministério da Defesa, as Forças Armadas e as principais empresas nacionais.

Durante a apresentação, foram detalhadas as condições comerciais, as cotas de patrocínio e a nova configuração da feira, que em 2026 será realizada com dois pavilhões de exposição e uma área ampliada para demonstrações práticas, palestras e atividades institucionais. A proposta é oferecer uma experiência mais imersiva, com maior conforto para os visitantes e melhor visibilidade para as empresas expositoras. Essa estrutura reforça a evolução da Mostra ao longo das edições, consolidando-a não apenas como um evento de negócios, mas como um espaço de integração, debate e cooperação internacional.

O Presidente-Executivo da ABIMDE, Tenente-Brigadeiro do Ar R/1 José Augusto Crepaldi Afonso, destacou que os resultados do lançamento superaram todas as expectativas e reforçam o papel da Mostra como principal plataforma de exposição da indústria nacional de defesa e segurança. Segundo ele, a adesão imediata das empresas confirma o nível de mobilização e de maturidade do setor, que hoje ocupa uma posição estratégica dentro da economia e da política de soberania nacional. Para o Diretor de Projetos da ABIMDE, Coronel Antonio Ribeiro, o sucesso do lançamento é um indicativo claro do prestígio que o evento conquistou ao longo dos anos. Ele ressaltou que alcançar 60% da área reservada logo no início das inscrições demonstra o quanto a Mostra BID Brasil se tornou um símbolo de confiança, eficiência e oportunidade para o setor.

A Mostra BID Brasil é reconhecida como o principal ponto de encontro entre a indústria, as autoridades civis e militares e as delegações estrangeiras interessadas em cooperação tecnológica e comercial. É nesse ambiente que o Brasil exibe ao mundo o resultado de sua competência técnica e a robustez de sua cadeia produtiva em defesa e segurança, setores fundamentais para o fortalecimento da soberania nacional e o desenvolvimento científico e tecnológico do país. O evento também serve como um importante instrumento de diplomacia e projeção internacional, abrindo espaço para acordos bilaterais, transferência de tecnologia e novos investimentos.

Participaram do lançamento empresas que representam o melhor da engenharia e da inovação brasileiras, como ADTECH, AEL Sistemas, Akaer, AMAZUL, ARES, ATECH, Condor Non Lethal Technologies, Embraer, EMGEPRON, Helibras/Airbus, IMBEL, Kryptus, Mac Jee, Saab, Safran Eletrônica & Defesa, SIATT e XMobots, entre outras. Também estiveram presentes virtualmente o Coordenador-Geral de Promoção Comercial da Secretaria de Produtos de Defesa (SEPROD), Arthur Diniz Marra, e representantes do Departamento de Promoção Comercial (DEPCOM), do Ministério da Defesa, reforçando a parceria entre o poder público e a indústria nacional.

O evento de 2026 contará com áreas internas e externas de exposição, espaços dedicados a demonstrações, palestras e atividades institucionais, além de ambientes planejados para networking e reuniões estratégicas. A nova configuração foi desenvolvida para valorizar as empresas expositoras e otimizar o fluxo de visitantes, permitindo que o público tenha contato direto com tecnologias de ponta e soluções inovadoras desenvolvidas no país. Essa modernização da estrutura da feira traduz o compromisso da ABIMDE com a constante evolução da Mostra e com o fortalecimento da presença brasileira no cenário internacional.

Ao longo dos anos, a Mostra BID Brasil consolidou-se como uma vitrine da capacidade nacional em desenvolver produtos e soluções de alta complexidade tecnológica. Mais do que uma feira, tornou-se um espaço de afirmação da soberania nacional e de valorização do conhecimento brasileiro em áreas estratégicas. O evento tem papel fundamental na integração entre o setor produtivo, o meio acadêmico e as instituições de pesquisa e desenvolvimento, estimulando a inovação e a busca por autossuficiência em tecnologias críticas para a defesa e a segurança.

O êxito do lançamento da 9ª edição reafirma o protagonismo do Brasil no contexto latino-americano e no hemisfério sul em termos de produção tecnológica e integração internacional na área de defesa. A Mostra BID Brasil é um exemplo claro de como o país vem consolidando sua posição de liderança regional, mostrando que possui não apenas uma base industrial sólida, mas também capacidade de articulação e visão estratégica.

A edição de 2026 chega com a missão de reforçar o papel da BIDS como pilar de desenvolvimento nacional. A indústria de defesa e segurança é, cada vez mais, um motor de inovação que gera empregos qualificados, estimula a pesquisa científica e fortalece a economia. A Mostra BID Brasil é, portanto, um reflexo desse movimento, sendo ao mesmo tempo um ponto de encontro de especialistas e um palco para o futuro da tecnologia nacional.

O sucesso do lançamento da 9ª Mostra BID Brasil mostra que o país segue firme na construção de uma indústria de defesa moderna, eficiente e voltada para o futuro. É essencial, no entanto, que o poder público mantenha o compromisso de garantir os recursos necessários para o fortalecimento e a ampliação da Base Industrial de Defesa e Segurança. Investir nesse setor é investir na soberania, na capacidade de resposta do Estado brasileiro e na valorização de uma indústria que, além de estratégica, é motivo de orgulho nacional.

A BID Brasil 2026 promete ser não apenas uma feira, mas um marco no caminho de consolidação da indústria de defesa como um dos grandes vetores da geopolítica brasileira. Um espaço onde o país reafirma sua competência, sua visão de futuro e sua determinação em ocupar um papel de destaque no cenário internacional, com tecnologia, inovação e orgulho nacional.


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com Rossi Comunicação

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quarta-feira, 29 de outubro de 2025

EDITORIAL - "Rio à mercê do narcoterrorismo": até quando o governo federal vai assistir?

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As operações recentes nos complexos da Penha e do Alemão lembram, em muitos aspectos, táticas empregadas por grupos terroristas internacionais como o Hamas. Facções criminosas no Rio demonstraram coordenação impressionante, utilizando drones armados para atacar policiais, comunicação via aplicativos para organizar bloqueios de ruas e mobilização de civis como auxiliares estratégicos. Cada movimento foi planejado com precisão operacional, enquanto parte da cobertura midiática insiste em inverter a narrativa, culpando as forças do Estado e minimizando a sofisticação e o impacto do narcoterrorismo.

Ao lado dessas técnicas de combate, surgem práticas que chamam atenção pelo caráter sistemático e pela intenção evidente de manipular a percepção pública. Relatos, imagens de campo e testemunhos coletados no pós‑confronto apontam para ações coordenadas de limpeza do cenário: moradores e apoiadores teriam removido armas, equipamentos militares, coletes e uniformes dos combatentes caídos; teriam reorganizado corpos e deslocado elementos do local; teriam recolhido e ocultado armamento. Há indícios de que essas ações visaram produzir imagens e narrativas que apresentassem as vítimas como civis desarmados, favorecendo alegações de massacre e ofuscando que se tratava de combatentes fortemente armados e preparados para o conflito. Tais procedimentos, se confirmados, configuram não apenas manipulação de cena, mas uma operação de guerra psicológica pensada para influenciar a opinião pública e contaminar o debate sobre a legitimidade da ação estatal.

Enquanto isso, o Estado do Rio de Janeiro demonstra coragem e profissionalismo numa guerra urbana cada vez mais híbrida e tecnológica. Policiais do CORE, BOPE e demais unidades especiais atuaram sob ataques diretos, drones lançando explosivos e táticas de guerra psicológica coordenadas, mantendo disciplina e foco operacional em condições extremas. Sem essa ação enérgica, as facções consolidariam ainda mais territórios, impondo lei própria, medo e um poder paralelo que transforma bairros em zonas de facto controladas por criminosos.

A omissão e a resposta insuficiente do governo federal tornam esse quadro ainda mais grave. Deixar o Rio sozinho diante de estruturas criminosas que operam com logística de guerra, financiamento transnacional e rotas de armamento é abdicar de uma função constitucional básica: coordenar e apoiar estados frente a ameaças que ultrapassam fronteiras administrativas. A falta de políticas nacionais continuadas, de financiamento estável e de integração entre forças federais e estaduais empurra o peso do confronto para os ombros do Rio, expondo agentes e civis a riscos evitáveis.

A modernização do aparato de segurança é, portanto, imperativa. Investimento estratégico em drones de patrulha, radares urbanos, sistemas C‑UAS e integração tecnológica, preferencialmente com soluções nacionais, é condição para reduzir a vulnerabilidade do espaço aéreo e mitigar ataques que hoje chegam do céu. Não se trata de militarizar por militarizar, mas de equipar o Estado com ferramentas compatíveis com a ameaça que enfrenta: um inimigo que pensa e age como organização paramilitar e que emprega tecnologia para atacar e manipular.

Não podemos omitir a dimensão humana dessa batalha. Homenageamos os policiais que tombaram no cumprimento do dever, prestamos solidariedade aos feridos que lutam pela recuperação e reconhecemos o sacrifício dos que continuam em campo. São homens e mulheres que arriscam a vida pela manutenção da ordem e da segurança pública; são heróis que merecem respeito, memorial e apoio do Estado e da sociedade.

O Rio de Janeiro mostra que não recua diante do narcoterrorismo. Mas a eficácia dessa resistência depende de visão estratégica, continuidade de políticas públicas e investimento real em tecnologia, inteligência e programas de estabilidade pós‑operação. Até quando o governo federal vai assistir, enquanto o Estado assume sozinho a responsabilidade de proteger vidas, recuperar territórios e enfrentar uma ameaça que não aceita meios‑tons?


por Angelo Nicolaci


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Guerra urbana no Rio: investimento em drones e sistemas antidrones é estratégico e urgente

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A operação policial realizada nos complexos da Penha e do Alemão em 28 de outubro de 2025 evidenciou de forma inequívoca que o narcoterrorismo no Rio de Janeiro não é mais apenas crime urbano: trata-se de um conflito híbrido, no qual o domínio do espaço aéreo se tornou tão estratégico quanto o controle de ruas e vielas. Durante o confronto, facções criminosas lançaram explosivos utilizando drones, demonstrando capacidade tecnológica avançada e um entendimento operacional sofisticado. Esse episódio deixou claro que, para proteger policiais, civis e infraestrutura crítica, o Estado precisa investir urgentemente em um ecossistema integrado de vigilância aérea e sistemas antidrones, capaz de operar de forma contínua, previsível e coordenada.

O núcleo dessa estratégia envolve drones próprios de patrulha e monitoramento, equipados com câmeras de alta resolução, sensores de infravermelho e capacidade de comunicação em tempo real com centros de comando. Esses veículos permitem rastrear movimentos suspeitos, antecipar ataques e apoiar operações de retomada territorial. Para neutralizar drones hostis, sistemas C‑UAS como o SIMAD da brasileira ADTECH podem atuar em múltiplos níveis: detectando a presença de drones em áreas críticas, identificando sinais de comando e controle e, quando necessário, interferindo na navegação ou efetuando a interceptação física, dependendo da ameaça. Radares ativos como o ATALAIA complementam o conjunto, garantindo cobertura aérea em diferentes altitudes e integrando alertas diretamente aos centros de operação, criando uma consciência situacional ampla e em tempo real.

A arquitetura operacional ideal consiste em camadas interdependentes. No primeiro nível, drones de patrulha e sensores fixos monitoram o espaço urbano continuamente. No segundo, sistemas C‑UAS interceptam qualquer incursão não autorizada, com protocolos automatizados de alerta e neutralização. No terceiro, o centro de comando consolida dados de múltiplas fontes, incluindo inteligência humana, imagens de satélite e comunicação policial, permitindo decisões táticas rápidas e precisas. Essa integração garante que, mesmo em áreas densamente povoadas, os agentes possam atuar com menor risco e maior eficiência, transformando o cenário urbano em um ambiente controlado e monitorado.

O roadmap de implementação deve ser gradual, mas consistente. Inicialmente, é necessário identificar pontos críticos de vulnerabilidade e instalar radares e sensores estratégicos, acompanhados de drones de patrulha com capacidade de resposta imediata. Na segunda fase, o sistema C‑UAS deve ser integrado, com testes de detecção e neutralização em ambiente controlado. Em seguida, o centro de comando deve consolidar dados de todas as plataformas, criando protocolos operacionais padronizados e garantindo interoperabilidade entre unidades e forças estaduais. Finalmente, treinamentos contínuos, manutenção preventiva e atualização tecnológica garantem que o sistema se mantenha eficaz frente à evolução das táticas criminosas.

O uso de tecnologias nacionais, como as desenvolvidas pela ADTECH, agrega um diferencial estratégico essencial: manutenção local, customização para o ambiente urbano brasileiro, integração com infraestrutura já existente e independência de fornecedores internacionais. A adoção de drones como o HARPIA, radares ATALAIA e sistemas SIMAD permite não apenas defender agentes e civis, mas criar um padrão operacional moderno, sustentável e replicável em outras regiões do país que enfrentam desafios semelhantes.

C-UAS SIMAD da ADTECH

A operação de 28 de outubro demonstrou de forma clara que, sem investimentos pesados e coordenados em drones, sistemas antidrones e integração tecnológica, o Estado continua reativo, sujeito a perdas humanas e à ação indiscriminada de facções armadas. Modernizar o aparato de defesa urbana é, portanto, uma necessidade estratégica urgente. Significa proteger vidas, restabelecer a presença do Estado em territórios vulneráveis e garantir que operações de retomada territorial sejam duradouras, eficientes e sustentáveis. O futuro do combate ao narcoterrorismo urbano depende de visão, planejamento e execução tecnológica capaz de acompanhar a sofisticação do inimigo.


por Angelo Nicolaci


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Estado do Rio de Janeiro reage com firmeza à escalada do narcoterrorismo

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O Rio de Janeiro viveu nesta terça-feira (28) um dos capítulos mais intensos de sua luta histórica contra o narcotráfico. A megaoperação deflagrada pelas forças de segurança do Estado nos complexos da Penha e do Alemão representou um marco na política de enfrentamento direto ao crime organizado. Longe de ser apenas uma resposta pontual, a ação simboliza o esforço de um Estado que, há décadas, carrega o fardo de combater praticamente sozinho uma guerra silenciosa e cada vez mais aberta, contra o narcoterrorismo que se alastra por suas comunidades.

O governador Cláudio Castro definiu a operação como “um dia importante para o Rio de Janeiro”, ressaltando que se trata da maior operação da história da polícia fluminense e de “um duro golpe na criminalidade”. A declaração traduz o espírito de um governo que compreende a necessidade de retomar o controle territorial e moral sobre áreas que há muito tempo foram sequestradas por facções criminosas.

Mas a contundência da ação também expõe uma dura realidade: o abandono do Rio de Janeiro por parte do governo federal, que, diante de um cenário de crescente violência e avanço das organizações criminosas, tem se limitado a discursos genéricos e gestos simbólicos. Enquanto o Estado age com coragem e determinação, a União parece fechar os olhos para a gravidade de uma crise que já ultrapassa os limites da segurança pública e ameaça diretamente a soberania nacional.

O secretário de Segurança Pública do Estado, Victor Santos, foi claro ao afirmar: “Estamos falando de 9 milhões de metros quadrados de desordem urbana. É impossível enfrentar isso apenas com o efetivo do Estado.” A declaração é um grito de alerta e de socorro dirigido a Brasília. Segundo ele, “o Estado do Rio não tem condições de enfrentar sozinho o crime organizado”, enfatizando a necessidade urgente de apoio logístico, financeiro e operacional da União.

Essa negligência federal tem custos humanos. São vidas de policiais e cidadãos ceifadas pela falta de uma política nacional de combate ao narcotráfico articulada, moderna e permanente. O Rio de Janeiro, apesar de ser o epicentro da crise, não é uma ilha, é o espelho de um problema que se alastra por todo o país. Permitir que o narcotráfico e o armamento pesado continuem dominando territórios urbanos é aceitar a fragmentação do Estado brasileiro diante de um poder paralelo.

É preciso compreender que ações enérgicas como a desta terça-feira não são apenas operações policiais, são atos de soberania. São demonstrações de que ainda há forças dentro do Estado dispostas a não ceder um milímetro ao crime, a não negociar princípios em troca de uma falsa paz imposta pelo medo.

Críticos que insistem em reduzir tais operações a números e estatísticas ignoram o contexto real: o narcotráfico transformou-se em um exército armado, que desafia abertamente as leis e as instituições. Enfrentá-lo exige coragem, inteligência e, sobretudo, vontade política, algo que o governo fluminense vem demonstrando com firmeza, mesmo sem o suporte adequado da esfera federal.

Ao final deste dia histórico, o saldo mais valioso não se mede em prisões ou apreensões, mas na preservação do propósito de lutar pelo que ainda é justo e possível: a retomada da ordem. A operação desta terça-feira é uma mensagem clara: o Rio de Janeiro não se renderá.

E é com respeito e profunda admiração que rendemos homenagem aos bravos policiais que tombaram no cumprimento do dever, aos feridos que lutam pela recuperação e aos que continuam em campo, sob fogo, defendendo a vida, a lei e a esperança. São eles os verdadeiros heróis dessa guerra, homens e mulheres que, mesmo diante do risco, não recuam.

O povo fluminense, e todo o Brasil, lhes deve honra, reconhecimento e gratidão.


por Angelo Nicolaci


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segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Secretário Nacional de Segurança Pública visita o CCOPAB e reforça cooperação para ampliar participação brasileira em missões de paz

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O secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, visitou no dia 21 de outubro, o Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), Centro Sérgio Vieira de Mello, localizado na Vila Militar, no Rio de Janeiro. A visita teve como objetivo conhecer e acompanhar in loco as atividades do Estágio de Preparação para Missões de Paz e fortalecer as ações do Grupo de Trabalho Interministerial voltadas à ampliação da presença de policiais brasileiros em missões sob a égide das Nações Unidas.

O secretário foi recebido pelo comandante do CCOPAB, coronel de Infantaria Adenir Fernandes Nogueira, que apresentou as instalações, os instrutores e o corpo técnico da instituição, destacando o papel central do centro na capacitação de militares e civis para o desempenho de funções em ambientes de conflito e missões humanitárias. Durante a visita, Sarrubbo teve a oportunidade de conhecer em detalhes a estrutura pedagógica e tecnológica do centro, além de assistir a duas apresentações, houve uma série de demonstrações práticas e simulações realistas que reproduzem cenários típicos de operações de paz.

Impressionado com o nível de excelência e a infraestrutura do CCOPAB, o secretário elogiou o trabalho conduzido pela equipe sob o comando do Coronel Adenir. “Fiquei muito impressionado com a estrutura, com o alto nível de profissionalismo e com o compromisso que se percebe em cada integrante desta instituição. O CCOPAB é um orgulho para o Brasil e demonstra o quanto nossas forças estão preparadas para atuar de forma exemplar em ambientes complexos, sempre sob os princípios da paz e da cooperação internacional”, afirmou Sarrubbo.

O secretário destacou ainda a importância da parceria entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Ministério da Defesa (MD) e o Exército Brasileiro, por meio da Inspetoria-Geral das Polícias Militares (IGPM), no fortalecimento da participação brasileira em missões da ONU. “Estamos estreitando relações e aperfeiçoando este projeto, que é muito importante para as nossas forças, pela experiência que se ganha nessas missões de paz no exterior. Isso demonstra que o Brasil continua sendo um país de relações internacionais, que trabalha com a lógica da cooperação internacional, no contexto em que essa fraternidade entre os países se torna cada vez mais necessária”, completou.

Atualmente, dois policiais brasileiros integram a Missão de Assistência Transitória das Nações Unidas na Somália (UNTMIS), que sucedeu a Missão de Assistência das Nações Unidas na Somália (UNSOM). Outros 72 profissionais foram aprovados na Avaliação para Missão a Serviço (AMS), exame aplicado pela ONU que habilita agentes para atuação em operações de paz. Dentre os aprovados estão 12 policiais rodoviários federais, 12 policiais civis, sendo quatro do Ceará (CE), quatro de São Paulo (SP) e quatro de Mato Grosso do Sul (MS) e outros 48 policiais militares de diversas unidades da federação, incluindo Bahia, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Distrito Federal e São Paulo.

O Estágio de Preparação para Missões de Paz, conta atualmente com 39 participantes, sendo 26 militares das Forças Armadas, cinco policiais militares, dois policiais rodoviários federais e seis estrangeiros, provenientes do Reino Unido e do Peru. O curso prepara os participantes para atuar em contextos de instabilidade, com ênfase na proteção de civis, na cooperação internacional e no respeito aos direitos humanos.

Criado em 2010 a partir do antigo Centro de Instrução de Operações de Paz (CIOpPaz) do Exército Brasileiro, o CCOPAB homenageia o diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, morto em missão no Iraque em 2003. Reconhecido internacionalmente, o centro tem se consolidado como referência global na formação de militares e civis para missões de paz e operações humanitárias. Além de treinar brasileiros, o CCOPAB recebe regularmente participantes de países como Argentina, Chile, Estados Unidos, França, Canadá e Reino Unido, consolidando-se como um polo de intercâmbio e de difusão de boas práticas operacionais.

Além dos cursos e estágios voltados para o público militar, o centro oferece também capacitações voltadas ao público civil, como o Estágio de Preparação para Assessores de Imprensa em Áreas de Conflito, o Curso de Proteção de Civis dentre outros. Essas iniciativas ampliam o alcance da formação oferecida pelo CCOPAB e reforçam o papel do Brasil como promotor da paz e da cooperação internacional.

A visita contou com a presença de autoridades civis e militares, instrutores do CCOPAB e representantes de organismos internacionais. O editor do GBN Defense, Angelo Nicolaci, também acompanhou a visita, destacando a relevância do centro como ferramenta estratégica de projeção do Brasil no cenário internacional e como exemplo de excelência na formação de contingentes e especialistas para missões de paz.

Segundo Nicolaci, “o CCOPAB é uma vitrine do profissionalismo das Forças Armadas e das instituições brasileiras. Sua atuação demonstra a capacidade e a seriedade do Brasil em contribuir com a ONU e com a estabilidade global, reforçando nosso papel como nação comprometida com a paz e a diplomacia multilateral.”


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quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Ucrânia avança em produção conjunta de defesa aérea com a Saab

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O Ministério da Defesa da Ucrânia confirmou que a empresa sueca Saab firmou acordos para a produção conjunta de sistemas de defesa aérea no país, dentro da iniciativa "Build in Ukraine". O programa busca integrar a indústria de defesa ucraniana ao ecossistema europeu, fortalecendo sua presença no mercado global de tecnologia militar.

A iniciativa incentiva empresas estrangeiras a instalar operações de produção na Ucrânia, garantindo entrega mais rápida de equipamentos às Forças Armadas e impulsionando a economia local. Segundo o Ministério da Defesa, o programa demonstra que a Ucrânia deixa de ser apenas receptora de assistência militar para se tornar parceira ativa na produção de armas modernas.

A Saab se une a outras empresas internacionais, como BAE Systems, Rheinmetall e Northrop Grumman, que também participam de operações localizadas no país. Essas parcerias refletem uma mudança estratégica rumo à coprodução e investimentos de longo prazo no setor de defesa ucraniano, mesmo em cenário de conflito.

Atualmente, mais de 25 empresas estrangeiras estão em diferentes fases de estabelecimento de operações na Ucrânia, incluindo empresas especializadas em tecnologias avançadas, como sistemas não tripulados, capacidades antidrones e segurança cibernética.

Com a instalação de unidades de produção conjunta para sistemas de defesa aérea, a Ucrânia fortalece sua segurança nacional e sua capacidade industrial. O Ministério enfatizou que o país caminha para se tornar um polo europeu de tecnologias de defesa avançadas, consolidando uma transformação que já se mostra irreversível.


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FAB anuncia compra de 11 helicópteros UH-60L para reforçar frota

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A Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou a intenção de adquirir diretamente 11 helicópteros UH-60L da empresa americana ACE Aeronautics, LLC. As aeronaves fazem parte do programa Blackhawk Exchange Sales Team (BEST) do Exército dos Estados Unidos, e a compra será realizada sem licitação, conforme permite a lei em casos em que não há possibilidade de competição.

O processo inclui ainda a atualização tecnológica de 24 helicópteros UH-60L/S-70A da frota, somando as 11 unidades do programa BEST às 13 já em operação. O valor total da contratação é de cerca de 230 milhões de dólares.

A publicação oficial da FAB prevê um prazo de 10 dias úteis para que interessados possam se manifestar sobre a contratação e acessar informações do processo, exceto aquelas protegidas por sigilo legal.

Analistas destacam que a aquisição vai fortalecer significativamente a capacidade da FAB em transporte, resgate e apoio a missões humanitárias. A incorporação dos novos helicópteros permitirá maior eficiência operacional, modernização da frota e segurança nas operações, além de incentivar o desenvolvimento de conhecimento técnico e avançar a tecnologia da aviação militar brasileira.


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Suécia e Ucrânia avançam em cooperação aérea com possível venda de 100 a 150 caças Gripen

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O Primeiro-Ministro sueco, Ulf Kristersson, e o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinaram recentemente uma carta de intenções (Letter of Intent – LOI) para cooperação em defesa aérea, dando início a um potencial acordo de exportação de aeronaves de combate. A iniciativa marca o primeiro passo concreto para o fortalecimento da futura Força Aérea ucraniana e consolida a parceria entre os dois países no setor de defesa.

O acordo prevê troca de experiências e conhecimentos em combate aéreo e defesa aérea, incluindo o uso de capacidades avançadas como aeronaves de caça. Segundo Kristersson, a LOI pode resultar em um contrato abrangente para a aquisição de 100 a 150 caças Gripen E/F, contribuindo para a construção de uma Força Aérea ucraniana moderna e robusta. O presidente ucraniano teve a oportunidade de conhecer pessoalmente as capacidades do Gripen, observando o potencial da plataforma para fortalecer a defesa da Ucrânia e da região europeia.

A parceria também se baseia no compartilhamento de experiências. A Ucrânia traz conhecimento prático adquirido em cenários reais de combate aéreo e defesa antiaérea, enquanto a Suécia oferece expertise no desenvolvimento e operação de plataformas modernas, como o JAS 39E Gripen. Essa combinação de experiências visa otimizar treinamentos, operações e o desenvolvimento de capacidades conjuntas em defesa aérea.

Especialistas destacam que a iniciativa pode ter impactos estratégicos importantes para a segurança europeia, ampliando a interoperabilidade entre os países e fortalecendo as capacidades defensivas da Ucrânia em um momento de alta complexidade geopolítica. A LOI serve, portanto, como uma etapa preparatória para negociações detalhadas que poderão definir o futuro do relacionamento militar entre Suécia e Ucrânia, consolidando tecnologias, conhecimento e cooperação em um setor de alta tecnologia e relevância estratégica.


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Aprovado Projeto de Lei que destina R$ 30 bilhões para modernização das Forças Armadas

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O Senado Federal aprovou nesta semana o projeto de lei complementar PLP 204/2025, de autoria do senador Carlos Portinho (PL-RJ), em versão alternativa apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues (PT-AP). A matéria, que reuniu apoio de base e oposição, obteve 57 votos favoráveis e quatro contrários, demonstrando um raro consenso em torno de um tema estratégico: a Defesa Nacional.

O texto aprovado estabelece que pelo menos R$ 30 bilhões sejam destinados nos próximos anos a projetos estratégicos das Forças Armadas, incluindo Exército, Marinha e Força Aérea. Entre os programas contemplados estão o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), a renovação da frota de caças Gripen e o desenvolvimento do submarino nuclear brasileiro, iniciativas que representam marcos fundamentais para a soberania e a segurança do país.

Para o senador Randolfe Rodrigues, o PLP 204 tem como objetivo garantir a previsibilidade financeira necessária para que os projetos de defesa possam ser executados sem interrupções. Já o senador Rogério Marinho, embora tenha criticado a retirada dos investimentos de defesa do arcabouço fiscal, reconheceu a relevância da matéria para assegurar que as Forças Armadas estejam bem equipadas, motivadas e adequadamente remuneradas.

O projeto seguirá agora para análise da Câmara dos Deputados antes de ser enviado para sanção presidencial. A expectativa é que, com a aprovação final, o Brasil fortaleça sua capacidade de planejamento estratégico, modernização tecnológica e presença em frentes de defesa de relevância regional e global.

Análise do GBN: a importância do investimento robusto em Defesa

O PLP 204/2025 evidencia a importância de manter previsibilidade orçamentária em áreas estratégicas como a Defesa Nacional. Quando o país consegue planejar investimentos bilionários de forma estável, os projetos de longo prazo ganham segurança para avançar, evitando atrasos, descontinuidade ou dependência de exceções fiscais.

Investir de forma robusta nas Forças Armadas gera efeitos que vão além da segurança e soberania. A aplicação de recursos em programas como submarinos nucleares, caças modernos e sistemas de monitoramento de fronteira impulsiona a indústria nacional de defesa, cria empregos altamente qualificados, movimenta a economia e fortalece a pesquisa tecnológica. Cada real investido retorna à sociedade não apenas em proteção e capacidade estratégica, mas também em inovação, desenvolvimento industrial e geração de oportunidades em setores adjacentes.

Em síntese, a aprovação do PLP 204/2025 representa mais do que uma conquista legislativa; é um passo decisivo para consolidar a Defesa como prioridade de Estado, assegurando que o país conte com recursos contínuos para avançar em tecnologia, segurança, economia e desenvolvimento social de forma integrada.


por Angelo Nicolaci


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Otokar e Guardiaris firmam acordo estratégico em simulação militar

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Durante a International Defence Exhibition and Conference (SIDEC 2025), a Otokar, maior exportadora de plataformas terrestres da Turquia, e a Guardiaris, empresa eslovena especializada em soluções de treinamento e simulação militar, firmaram um acordo estratégico de cooperação. A parceria visa fortalecer o desenvolvimento conjunto de tecnologias de simulação para veículos militares, ampliando oportunidades de inovação e mercado para ambas as companhias.

O entendimento prevê iniciativas colaborativas no desenvolvimento de simuladores de veículos da Otokar, além do compartilhamento de conhecimento técnico e comercial, ações conjuntas em marketing e pesquisa e projetos voltados à inovação tecnológica. Segundo as empresas, o acordo consolida um esforço mútuo em aprimorar a qualidade e o realismo das soluções de treinamento, reforçando o compromisso com a excelência e a modernização da indústria de defesa.

A parceria já parte de um novo contrato para o simulador do veículo Cobra II, assinado logo após o sucesso da entrega do simulador Arma 8x8 para um cliente africano. O acordo reflete o avanço de ambas as empresas em direção a soluções mais completas e integradas, voltadas ao preparo operacional e à eficiência de forças armadas em diferentes regiões do mundo.

Fundada em 1963, a Otokar atua na produção de veículos blindados 4x4, 6x6 e 8x8, veículos rastreados, plataformas não tripuladas e sistemas de torres. Com sede em Arifiye, Sakarya, a empresa conta com mais de 3.500 funcionários e tem presença consolidada em mais de 40 países, sendo fornecedora de veículos para a OTAN e as Nações Unidas.

A Guardiaris, por sua vez, é reconhecida pelo desenvolvimento de sistemas de simulação baseados em sua própria tecnologia GUARDTM, com rastreamento de armas sem laser e soluções móveis de treinamento. Suas plataformas são utilizadas por forças armadas e instituições civis em todo o mundo, oferecendo realismo, precisão balística e análises avançadas de desempenho.

A nova cooperação entre Otokar e Guardiaris reforça a tendência de integração tecnológica na área de defesa, aliando experiência industrial e inovação digital para aprimorar o treinamento de tropas e expandir a competitividade internacional do setor.


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ABIMDE realiza 1ª Oficina do Projeto Offset Exportação – Brasil

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A 1ª Oficina do Projeto Offset Exportação – Brasil (POE-BR) marcou mais um passo concreto na articulação entre o setor público e a Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS) em torno de um tema estratégico para o país: o uso de mecanismos de compensação (offset) em exportações. O encontro foi realizado nesta terça-feira (22), na sede da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), em São Paulo, reunindo especialistas e representantes de empresas e instituições parceiras.

Fruto da cooperação entre a ABIMDE, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), a oficina teve como propósito discutir práticas e oportunidades que possam fortalecer a inserção internacional da indústria brasileira de defesa, além de aprimorar modelos de negociação tecnológica em contratos internacionais.

Estiveram presentes o Presidente-Executivo da ABIMDE, Tenente-Brigadeiro do Ar R1 José Augusto Crepaldi Affonso; o Diretor de Projetos da entidade, Coronel Antonio Ribeiro; pela ABDI, participou Karen Cristina Leal da Silva Ilogti; pelo CGEE, Alessandra Brandão e Fernando Bueno; além dos consultores William S. Moreira e Júlia Jones.

A programação foi aberta de forma conjunta pelas três instituições, seguida pela apresentação da equipe do CGEE, responsável pela coordenação técnica do projeto. Durante as discussões, representantes da indústria compartilharam experiências e apresentaram sugestões voltadas à criação de um modelo nacional de offset exportador, com o intuito de fortalecer a competitividade das empresas brasileiras no mercado global.

O Projeto Offset Exportação – Brasil é resultado direto dos acordos firmados entre a ABIMDE e a ABDI durante a LAAD Defence & Security 2025, realizada no Rio de Janeiro. Os documentos foram assinados pelo Presidente do Conselho de Administração da ABIMDE, Luiz Teixeira, e pela Diretora de Sustentabilidade da ABDI, Perpétua Almeida.

Esses acordos preveem o fortalecimento do monitoramento da Base Industrial de Defesa e Segurança e a estruturação de um banco de offset ofertante para o país, com a participação do CGEE. A proposta é dotar o Brasil de ferramentas técnicas que permitam negociar contrapartidas em aquisições de tecnologias e serviços de defesa, ampliando o intercâmbio com empresas estrangeiras e impulsionando a capacidade produtiva nacional.

Conduzida de forma presencial, a oficina proporcionou um ambiente de diálogo construtivo entre representantes do governo, da indústria e de instituições de pesquisa. A troca de experiências e ideias servirá de base para a formulação do estudo final do projeto, que busca consolidar um modelo brasileiro de offset voltado à exportação, instrumento fundamental para alavancar a inovação e a competitividade da indústria nacional de defesa.


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com Rossi Comunicação

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Análise - O que pode acontecer com as relações Brasil-Israel, após o cessar fogo na Faixa de Gaza.

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Após o cessar-fogo entre Hamas e Israel, assinado em 8 de outubro de 2025, as chances de melhoria nas relações entre Brasil e Israel dependem de vários fatores. As relações estão em um ponto historicamente baixo, com laços diplomáticos rebaixados em agosto de 2025, após trocas de acusações: o Brasil condenou as ações de Israel em Gaza como “genocídio”, enquanto Israel declarou o presidente Lula persona non grata e o acusou de antissemitismo. Apesar disso, o comércio bilateral de cerca de US$ 2 a 3 bilhões por ano permanece forte.

O Brasil celebrou o cessar-fogo, exigindo a retirada total de Israel de Gaza, ajuda humanitária e reconstrução liderada por palestinos. Lula indicou que o problema do Brasil é com o governo de Netanyahu, não com Israel, sugerindo abertura para melhorar laços se as políticas israelenses mudarem. Fatores que favorecem a melhoria incluem a implementação bem-sucedida da paz, interesses econômicos mútuos e possíveis mudanças políticas em Israel. No entanto, tensões persistentes, como a questão dos assentamentos ou pressões de ativistas pró-Palestina no Brasil, podem dificultar o progresso.

As chances de melhoria nos próximos 6 a 18 meses são moderadas, entre 50-70%, desde que a paz se mantenha e haja esforços diplomáticos pragmáticos. A normalização total exigiria concessões, como Israel atender às preocupações humanitárias do Brasil ou o Brasil moderar sua retórica


por Mauro Beirão


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Condor lança granada ecológica de alta precisão na COP 2025

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A Condor Non Lethal Technologies apresenta nesta quinta-feira (23), durante a COP Internacional 2025, sua mais nova inovação em tecnologia não letal: a granada tática GT-807/ECO. O lançamento acontece às 15h, no estande A16 do São Paulo Expo, e marca o início de uma nova geração de dispositivos de luz e som, unindo precisão, desempenho e compromisso ambiental.

Desenvolvida para operações em ambientes de média e alta ameaça, a GT-807/ECO foi projetada para neutralizar e desorientar ameaças armadas em frações de segundo. O equipamento oferece uma onda de choque sonora amplificada, atingindo até 175 decibéis a dois metros, sem comprometer o brilho intenso característico das granadas de efeito atordoante.

Pertencente à consagrada linha ECO, a nova granada reforça o compromisso da Condor com a sustentabilidade operacional. Seu corpo é totalmente biodegradável, produzido em polímero natural de fibra de celulose, e se fragmenta após a detonação, eliminando riscos ambientais e reduzindo o impacto da dispersão de fragmentos. Tudo isso sem interferir na performance acústica e visual do equipamento.

Entre os avanços tecnológicos da GT-807/ECO está a Espoleta Eletrônica de Tempo (EET), um sistema de controle temporal de alta precisão que substitui as espoletas mecânicas convencionais. O processo é simples e familiar para os operadores: o pino de segurança é removido e a granada lançada. Em seguida, uma chave eletrônica interna, ativada pela ejeção da alça, inicia a contagem programada, controlada por um algoritmo calibrado em milissegundos. O resultado é um disparo com precisão de frações de segundo, garantindo maior confiabilidade, segurança e eficiência operacional.

O sistema eletrônico oferece vida útil de até cinco anos e opera com baixo consumo de energia. Outro destaque é o projeto de duplo estágio, que impede que o acionador se torne um projétil, sendo ejetado antes da detonação, uma medida que amplia a segurança do operador e atende aos mais altos padrões internacionais.

A GT-807/ECO também incorpora o sistema i-REF, um microchip integrado ao acionador que permite rastrear e identificar cada unidade mesmo após o uso. O recurso oferece total transparência e controle sobre o ciclo de vida do produto, reforçando a responsabilidade no emprego de tecnologias não letais.

Segundo o CEO da Condor, Frederico Aguiar, a GT-807/ECO representa o futuro das tecnologias não letais: uma solução mais inteligente, precisa e ambientalmente responsável, que traduz o equilíbrio entre inovação, controle e preservação da vida. A granada é fruto de quatro décadas de experiência da empresa no desenvolvimento de soluções voltadas ao uso proporcional da força e à proteção da integridade humana.

Reconhecida como Empresa Estratégica de Defesa e integrante do Grupo EDGE, um dos principais conglomerados de defesa e tecnologia do mundo, a Condor foi fundada em 1985 e tem sede no estado do Rio de Janeiro. A empresa é líder global em tecnologias não letais e uma das maiores exportadoras brasileiras de soluções de defesa e segurança, com presença em mais de 85 países. Suas instalações ocupam um milhão de metros quadrados, com 18 laboratórios de pesquisa e um instituto próprio de ciência e tecnologia dedicado à inovação e à fabricação de dispositivos e sistemas não letais.

Produzida sob certificações ISO 9001 e ISO 14001, a GT-807/ECO reforça o compromisso da Condor com a inovação responsável e com o aprimoramento constante dos meios de atuação policial e militar. O lançamento, que acontece hoje durante a COP Internacional 2025, simboliza não apenas um avanço tecnológico, mas também um passo à frente na integração entre eficiência tática e respeito ao meio ambiente, pilares que definem o DNA da Condor e o caminho das forças de segurança rumo a um futuro mais sustentável e controlado.


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