sábado, 1 de novembro de 2025

Avibras aciona Justiça por suposto uso indevido de propriedade intelectual; SIATT diz não ter sido notificada

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A Avibras Indústria Aeroespacial S.A., em Recuperação Judicial, informou ter ingressado com uma notificação judicial contra a SIATT para apurar possíveis indícios de uso indevido de propriedade intelectual.

A Avibras não detalhou o conteúdo da notificação, mas o tema envolve tecnologias sensíveis do setor de defesa, o que gerou atenção da Base Industrial de Defesa (BID).

Em nota, a SIATT afirmou ter tomado conhecimento do assunto apenas pela imprensa e ressaltou que ainda não foi formalmente notificada. A empresa declarou que só irá se manifestar após receber os documentos oficiais, reforçando respeito ao devido processo legal.

A SIATT destacou ainda que sua atuação segue princípios de ética, transparência e conformidade com legislações nacionais e internacionais, além de reafirmar seu compromisso com a inovação tecnológica, o fortalecimento da BID e a autonomia tecnológica do Brasil.

O caso deve evoluir inicialmente no campo jurídico. Novas informações serão divulgadas conforme houver manifestações oficiais das partes.


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Mexicanização Brasileira - Facções ocupam espaços do Estado e avançam sobre serviços públicos e negócios legais

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O poderio do crime que motivou a ação policial no Rio de Janeiro não é um caso isolado. É a tradução de uma doença metastática que consome o Brasil. O que se vê no Rio hoje é apenas o ensaio geral, a prévia mais avançada do que todo o país experimentará amanhã se não acordarmos para a realidade brutal: o crime não mais opera à margem do Estado; ele se infiltrou em suas veias e diversificou seus negócios em escala industrial.
 
O conceito de crime organizado transcende em muito aquele já conhecido como ilícito comum. Estamos falando de um conglomerado infiltrado nas instituições públicas, com gestão corporativa, que sistematicamente corrompe e coopta o Estado para garantir a impunidade e expandir seus impérios. Esta não é uma teoria conspiratória. É a prática documentada de facções como o PCC e o Comando Vermelho, que hoje controlam cadeias inteiras do poder público. A infiltração é a nova arma, agora eficaz e silenciosa. As fraudes em concursos públicos, criminosos eleitos para parlamentos e um judiciário leniente são as provas cabais de êxito desta estratégia.
 
Além disso, é um erro reduzir o poder do crime apenas ao tráfico de drogas. Atualmente uma vasta e complexa teia econômica lava seus recursos e financia sua expansão. Facções dominam o contrabando de cigarros, comercialização de vapes, adulteração de combustíveis em escala nacional e, de forma mais visível, parcelas do lucrativo mundo das apostas que envolvem influenciadores. Segundo a Receita Federal, apenas 27 das 134 empresas do setor possuem registro regular, criando um ambiente fértil para lavagem de dinheiro.
 
Enquanto o Rio de Janeiro chama a atenção pela visibilidade, vastas regiões do Norte e Nordeste do país já vivem sob um silencioso e férreo controle das facções. Inúmeras cidades têm seu comércio, transporte e até a vida social ditados pelo crime. Prefeitos governam sob a tutela de grupos criminosos ou fazem parte deles, enquanto a população vive sob a lei do silêncio, sabendo que o Estado, quando aparece, é muitas vezes apenas uma extensão do poder do tráfico e das milícias. Segundo o Monitor da Violência, 15% dos municípios brasileiros relataram episódios de guerra entre facções em 2023, um aumento de 40% em relação a 2020. São batalhas pelo domínio territorial.
 
Este cenário é a materialização do que especialistas chamam de “mexicanização”. Não se trata de uma simples importação cultural, mas da adoção de um modus operandi onde os cartéis não apenas disputam mercados ilícitos, mas contestam o monopólio estatal da força e controlam porções significativas do território e da economia formal e informal. O destino lógico e aterrador deste caminho é o nascimento de um modelo de narcoestado, onde as decisões de política pública, as nomeações para cargos-chave e a agenda econômica são influenciadas pelos interesses escusos que, além do crime, controlam parcelas do comércio, política, entretenimento, energia e outros setores.
 
A ação no Rio é um sintoma de uma guerra civil assimétrica, um conflito armado onde o Estado reage à superfície do problema, mas perde a guerra silenciosa nos corredores do poder e no campo econômico. Enquanto não houver uma estratégia nacional, unindo inteligência, investigação financeira, combate implacável à lavagem de dinheiro e, sobretudo, a desinfecção da máquina pública cooptada por essas milícias e facções, estaremos apenas enxugando gelo. O Brasil está caminhando a passos largos para se tornar o que o Rio já é: a tradução de um Estado falido.


por: Márcio Coimbra, CEO da Casa Política e Presidente-Executivo do Instituto Monitor da Democracia. Conselheiro e Diretor de Relações Internacionais da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig). Mestre em Ação Política pela Universidad Rey Juan Carlos (2007). Ex-Diretor da Apex-Brasil e do Senado Federal.
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AEROMOT lança Pedra Fundamental do AeroCITI e projeta o RS como referência da aviação no hemisfério sul

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A cidade de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, tornou-se palco de um marco histórico para a aviação brasileira. A Aeromot lançou, no dia 23 de outubro, data em que se celebra o Dia do Aviador, a Pedra Fundamental do AeroCITI, Aerocentro Integrado de Tecnologia e Inovação, um empreendimento que promete transformar o Rio Grande do Sul em um dos mais importantes polos aeronáuticos e tecnológicos da América Latina. Com investimento estimado em R$ 3 bilhões, o projeto representa um salto no desenvolvimento industrial, científico e econômico do Estado e do país.

A cerimônia de lançamento foi marcada por um clima de entusiasmo e otimismo, reunindo autoridades dos mais diversos segmentos. Estiveram presentes secretários estaduais e municipais, deputados, representantes das Forças Armadas, da segurança pública, lideranças empresariais e acadêmicas. O evento simbolizou não apenas o início das obras, mas o começo de uma nova era para a aviação brasileira, uma era de inovação, sustentabilidade e integração entre governo, indústria e sociedade.

Durante o lançamento, o governador Eduardo Leite destacou o impacto transformador do AeroCITI para o Estado, apontando o projeto como um motor de desenvolvimento regional e nacional. Segundo ele, o empreendimento resgata o protagonismo gaúcho no setor aeronáutico. “Estamos falando de empregos que consolidam a vocação do Rio Grande do Sul para a tecnologia e tornam o Estado referência em engenharia e inovação. O AeroCITI recupera o orgulho e o legado da aviação gaúcha”, afirmou o governador.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, também ressaltou o caráter abrangente do projeto, destacando que seus efeitos vão muito além da indústria aeronáutica. “O AeroCITI é um investimento significativo e simbólico para um Estado que se reconstrói após os desafios climáticos recentes. Ele traz novas oportunidades em áreas como turismo, educação, sustentabilidade e formação de talentos”, observou.

Concebido como um ecossistema integrado de inovação, o AeroCITI segue o conceito de aerotrópole, conectando infraestrutura aeroportuária, mobilidade aérea, centros de pesquisa, parques tecnológicos e espaços de cooperação entre empresas e universidades. O CEO da Aeromot, Guilherme Cunha, definiu o empreendimento como uma visão de futuro baseada na quíntupla hélice da inovação, que integra indústria, governo, ciência, sustentabilidade e sociedade. “O AeroCITI é símbolo de progresso, conhecimento e inovação, com impacto global. Ele nasce movido pela cooperação e sustentabilidade, reafirmando o papel do Brasil como protagonista do futuro da aviação”, destacou o executivo.

Entre os anúncios mais significativos realizados durante o evento está o desenvolvimento da primeira aeronave de transporte movida a etanol do mundo, um projeto totalmente brasileiro que será concebido no próprio Rio Grande do Sul. A iniciativa reforça o compromisso da Aeromot com a sustentabilidade e com o avanço tecnológico da aviação verde, um dos segmentos mais promissores da indústria aeronáutica global.

Outro destaque foi a formalização de parcerias estratégicas com o conglomerado italiano Leonardo Helicopters e com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), duas instituições de referência mundial em engenharia aeronáutica e inovação. A colaboração entre Aeromot e ITA resultou na assinatura de um protocolo de intenções para o Programa de Formação e Capacitação em Engenharia, que prevê a criação de um centro de excelência em pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Oito instituições de ensino e pesquisa já integram a iniciativa, consolidando o ecossistema de inovação e qualificação de profissionais no setor aeronáutico brasileiro.

O prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata, celebrou o impacto do empreendimento sobre a economia e a identidade local. Segundo ele, o complexo também impulsionará o turismo técnico e educativo. “Estamos inaugurando um polo que troca tecnologia com o mundo e atrai turismo, fortalecendo Guaíba como a capital da aviação”, afirmou. O projeto prevê ainda um museu a céu aberto dedicado à aviação, com 24 mil metros quadrados de área, integrando cultura e inovação em um mesmo espaço.

O AeroCITI será composto por uma fábrica de aeronaves certificadas, centros de pesquisa e manutenção, um hub de inovação e infraestrutura aeroportuária capaz de operar como alternativa ao Aeroporto Internacional Salgado Filho. Parceira da Aeromot desde 2016, a Diamond Aircraft também terá produção no Brasil, ampliando sua atuação para atender à crescente demanda do mercado latino-americano.

Com investimento total de R$ 3 bilhões e previsão de geração de 1.500 empregos diretos e indiretos, o AeroCITI consolida-se como um marco na história da indústria aeronáutica nacional. Mais do que um empreendimento econômico, o projeto expressa uma visão estratégica de país, um Brasil que aposta em sua capacidade de inovar, desenvolver tecnologias próprias e ocupar posição de destaque no cenário global.

O lançamento da Pedra Fundamental do AeroCITI reafirma o protagonismo do Rio Grande do Sul como novo eixo de inovação aeronáutica e tecnológica do hemisfério sul, reforçando o papel do Estado e do país em um setor de altíssimo valor agregado. O empreendimento é fruto de uma integração exemplar entre governo, indústria, academia e sociedade, demonstrando como a cooperação e o planejamento estratégico podem gerar resultados concretos, sustentáveis e transformadores.

Ao unir tradição e futuro, a Aeromot inscreve seu nome entre os protagonistas da retomada da aviação brasileira. O AeroCITI é mais do que uma obra de infraestrutura, é um símbolo de reconstrução, resiliência e visão de futuro. Um projeto que coloca o Brasil na rota da aviação mundial sustentável e reafirma a capacidade nacional de sonhar alto, inovar e realizar.


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