sexta-feira, 25 de julho de 2025

Estados Unidos Reduzem Compras do F-35 para Priorizar Novos Caças

A produção do F-35 Lightning II, desenvolvido pela Lockheed Martin, entra em uma nova fase com o chamado "Lote 18", que incorpora versões com maior capacidade operacional. No entanto, junto com os avanços tecnológicos, o custo dessas aeronaves também está subindo significativamente. Segundo informações da Air & Space Forces Magazine, divulgadas em 11 de junho, cada unidade do Lote 18 e posteriores ultrapassará a marca dos US$ 100 milhões, um aumento expressivo em relação ao último contrato, que previa o valor de US$ 82 milhões por aeronave.

Esse acréscimo de preço é atribuído, em parte, à introdução de novas funcionalidades e sistemas embarcados previstos para a configuração TR-3, que representa um salto em termos de capacidade de missão e integração com plataformas de próxima geração. Inicialmente, versões entregues a alguns parceiros internacionais foram utilizadas apenas para treinamento e não incluíam todo o pacote TR-3. Agora, com a entrega das versões completas, o investimento cresce proporcionalmente.

Para países aliados que firmaram acordos recentes para aquisição do F-35, como a Romênia, essa elevação de custo representa um novo desafio orçamentário. O país europeu assinou recentemente uma carta de intenções para adquirir 32 exemplares do F-35, como parte de seu esforço de modernização da força aérea e alinhamento com os padrões da OTAN.

Além disso, o aumento de custo coincide com uma mudança de prioridades nos Estados Unidos. O Secretário de Defesa, Peter Hegseth, decidiu reduzir os investimentos diretos no programa F-35 para favorecer o avanço de projetos estratégicos como o bombardeiro furtivo B-21 Raider e o desenvolvimento de um caça de sexta geração, identificado como F-47 no planejamento preliminar. Como resultado, a Força Aérea dos EUA não executará a compra das 75 aeronaves F-35 inicialmente previstas para o atual ano fiscal.

Essa reconfiguração orçamentária e o encarecimento da plataforma levantam questionamentos sobre a viabilidade de grandes encomendas no médio prazo, especialmente entre países que dependem de financiamento externo ou possuem orçamentos de defesa limitados. Ainda assim, o F-35 segue sendo uma das aeronaves mais avançadas do mundo, com capacidades furtivas, sensores integrados e versatilidade comprovada em múltiplos teatros operacionais.


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