Entre os dias 10 e 14 de novembro, as forças armadas da Suécia e do Reino Unido realizaram uma série de testes conjuntos com foco em autoproteção de aeronaves de combate no Campo de Testes de Armas Aéreas de Donna Nook, em Lincolnshire, na Inglaterra. A atividade, batizada de Viking Flame, teve como objetivo reforçar a capacidade de sobrevivência das plataformas aéreas da OTAN diante de ameaças emergentes em cenários operacionais cada vez mais complexos.
Os ensaios integraram o projeto Easyrider, uma iniciativa voltada ao desenvolvimento e validação de soluções avançadas de proteção de plataformas aéreas, liderada pelo Centro de Guerra Aérea e Espacial da Força Aérea Real (RAF Air and Space Warfare Centre – ASWC) em parceria com o Laboratório de Ciência e Tecnologia de Defesa do Reino Unido (Dstl). A cooperação também contou com o apoio direto da FMV (Administração de Material de Defesa da Suécia), do Instituto Sueco de Pesquisa de Defesa e da Força Aérea Sueca.
No centro da operação estiveram duas aeronaves Saab JAS 39 Gripen, pertencentes à unidade de Teste e Avaliação da FMV. A partir da base aérea da RAF Coningsby, esses caças foram empregados como plataformas de teste para a integração e validação de contramedidas de última geração, desenvolvidas para enfrentar um espectro crescente de ameaças, incluindo mísseis guiados e sistemas de defesa aérea modernos.
A escolha do Gripen não foi casual. Sua arquitetura aberta e sua comprovada flexibilidade para integração de novos sensores, softwares e sistemas de autoproteção o tornaram a plataforma ideal para esse tipo de avaliação. Segundo Martin Palmér Bouvin, gestor de campanha da FMV T&E Luft, o Gripen é único em sua capacidade de incorporar rapidamente novas funções e sistemas, permitindo ciclos de testes mais ágeis e eficientes em comparação com outras plataformas de combate.
Mesmo diante de condições climáticas adversas, seis voos de teste foram concluídos durante a janela operacional. As missões geraram um volume significativo de dados de alta qualidade, que agora serão analisados para orientar futuras decisões sobre a integração de contramedidas avançadas nas plataformas de combate aéreo de próxima geração empregadas pela OTAN.
Mais do que uma atividade técnica isolada, o Viking Flame simboliza o aprofundamento da cooperação militar e tecnológica entre a Suécia e o Reino Unido em um momento em que a superioridade aérea depende cada vez mais da capacidade de sobrevivência em ambientes contestados. A interoperabilidade entre os aliados, aliada ao compartilhamento de conhecimentos, infraestrutura e expertise científica, aparece como um fator decisivo para acelerar o desenvolvimento de soluções eficazes de proteção aérea.
O êxito dos testes reforça a importância de programas colaborativos dentro da aliança, voltados não apenas à capacidade de ataque, mas sobretudo à sobrevivência e continuidade da missão. Em um cenário internacional marcado pelo avanço de sistemas antiaéreos, guerra eletrônica sofisticada e mísseis cada vez mais letais, a capacidade de detectar, enganar e neutralizar ameaças se torna tão estratégica quanto o poder de fogo.
Ao combinar tecnologia de ponta, doutrina integrada e cooperação bilateral de alto nível, Suécia e Reino Unido deram um passo relevante para fortalecer o escudo aéreo da OTAN, evidenciando que a dissuasão moderna não se constrói apenas com armas, mas com inteligência, integração e inovação contínua.
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com FMV





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