quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Incursão de drones russos na Polônia reacende debate sobre OTAN e segurança internacional

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Na madrugada de 10 de setembro de 2025, o Leste Europeu testemunhou um episódio que expôs vulnerabilidades, testou limites de dissuasão e reacendeu debates sobre a credibilidade da OTAN. Dezenas de drones atribuídos à Rússia atravessaram o espaço aéreo polonês, atingindo regiões próximas à fronteira e provocando resposta imediata das Forças Armadas polonesas e de aliados da aliança. O incidente levou Varsóvia a acionar o Artigo 4 do Tratado do Atlântico Norte, mecanismo que prevê consultas emergenciais quando a integridade territorial de um Estado-membro é considerada ameaçada.

Mais do que uma violação de soberania, o episódio funcionou como um teste estratégico: até onde a OTAN está disposta a agir diante de ameaças híbridas e incidentes que não se enquadram nas definições tradicionais de ataque armado? A resposta envolve uma combinação de capacidade militar, diplomacia e interpretação do direito internacional.

A dimensão militar da incursão

De acordo com informações oficiais do governo polonês e da OTAN, entre 19 e 23 drones russos cruzaram a fronteira a partir da Bielorrússia, aliado estratégico de Moscou. Os ataques ocorreram em ondas simultâneas, explorando lacunas na vigilância aérea da região oriental da Polônia.

Os drones, do tipo Orlan-10 e Forpost, são veículos aéreos não tripulados de médio alcance, capazes de transportar cargas de explosivos e operar em ambientes de guerra eletrônica. Segundo relatórios da OTAN e do Ministério da Defesa da Polônia, esses sistemas têm autonomia de voo entre 120 a 250 km e podem ser controlados remotamente para missões de reconhecimento ou ataque localizado, representando ameaça assimétrica de baixo custo e alto impacto estratégico.

A Força Aérea Polonesa reagiu rapidamente. Caças F-16 Fighting Falcon, com apoio de aeronaves AWACS E-3 Sentry da OTAN, interceptaram parte dos drones, derrubando três com confirmação e neutralizando um quarto de forma presumida. Mesmo assim, alguns drones atingiram áreas civis. Na vila de Wyryki-Wola, um aparelho colidiu com residência, causando danos materiais e ferimentos leves. O episódio também levou ao fechamento temporário dos aeroportos de Varsóvia, Rzeszów e Lublin, evidenciando a fragilidade operacional diante de ataques híbridos.

Artigo 4 da OTAN: política, diplomacia e limites da escalada

Diante do incidente, Varsóvia acionou o Artigo 4 do Tratado do Atlântico Norte, convocando consultas emergenciais entre os Estados-membros. Diferente do Artigo 5, que prevê defesa coletiva em caso de ataque armado, o Artigo 4 permite coordenação política e diplomática, sem escalar automaticamente para conflito militar.

O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, classificou a incursão como “uma violação inaceitável da soberania polonesa e, portanto, de toda a aliança”, reafirmando a união dos membros na proteção de cada centímetro do território da OTAN.


A decisão de usar o Artigo 4, em vez do 5, reflete a complexidade do cenário jurídico e militar: houve violação do espaço aéreo e danos materiais, mas não ataque armado em larga escala, caracterizando zona cinzenta típica da guerra híbrida moderna.

Capacidade militar polonesa e integração aliada

O incidente evidenciou a importância da modernização militar da Polônia, que mantém atualmente cerca de 48 caças F-16 Block 52+ e sistemas de defesa aérea Patriot PAC-3 fornecidos pelos EUA. Os sistemas de radar 3D e integração com comandos da OTAN permitiram interceptações rápidas, mas também mostraram limitações diante de ataques coordenados com múltiplos drones.

O episódio reforça a necessidade de defesa aérea integrada no flanco leste da OTAN, incluindo sistemas antimíssil e antidrone, interoperabilidade total e protocolos de resposta a ameaças assimétricas. Para especialistas militares consultados pela OTAN, a combinação de radares avançados, caças e sistemas de comando e controle precisa ser expandida e adaptada à realidade da guerra cinzenta.

Reações internacionais

Polônia: O primeiro-ministro Donald Tusk classificou o episódio como “ponto de inflexão” e anunciou aceleração de programas de modernização militar, priorizando defesa aérea, vigilância e sistemas antidrone.

União Europeia: Bruxelas condenou o episódio, discutindo a ampliação de sanções econômicas contra Moscou e a implementação de um sistema de defesa aérea continental integrado, capaz de reagir a ameaças transfronteiriças.

Estados Unidos: O presidente Joe Biden reafirmou compromisso com a defesa da Polônia, mas manteve postura cautelosa para evitar escalada direta.

ONU: A Polônia solicitou reunião emergencial do Conselho de Segurança, denunciando o incidente como “ato de agressão”. A iniciativa buscou mobilizar apoio diplomático e pressionar Moscou, mesmo diante do poder de veto russo.

Rússia: Negou intenção deliberada, alegando desvio de rota durante operações na Ucrânia. A narrativa busca minimizar o episódio, enquanto mantém pressão psicológica sobre a OTAN.

Geopolítica e implicações estratégicas

O episódio pode ser interpretado como teste russo à credibilidade da OTAN, sondando limites da dissuasão e provocando sem ultrapassar formalmente o limiar de ataque armado. Moscou demonstra capacidade de atingir aliados da Ucrânia, pressionando politicamente a aliança e explorando ambiguidades jurídicas do direito internacional.

Para os EUA, o episódio reforça dilemas estratégicos: equilibrar compromissos europeus enquanto concentra recursos para conter a China no Indo-Pacífico. Para a União Europeia, evidencia urgência em assumir maior responsabilidade pela própria defesa.

Cenários hipotéticos futuros

  1. Escalada gradual: novos episódios de drones podem pressionar a OTAN até que um ataque seja considerado armado.

  2. Modernização da OTAN: integração acelerada de defesas aéreas, radares antidrone e protocolos de resposta rápida.

  3. Negociação indireta: Moscou pode usar episódios como barganha diplomática em negociações sobre a Ucrânia.

  4. Erro de cálculo: drones que causem vítimas em larga escala poderiam acionar o Artigo 5, com consequências imprevisíveis.

Precedentes históricos

  • 2022: míssil russo atingiu território polonês, gerando consultas emergenciais.

  • 2023-2024: drones russos violaram espaços aéreos de Romênia e Lituânia.

  • Artigo 4 da OTAN: histórico mostra que consultas fortalecem coordenação sem escalada militar automática.

Esses casos ajudam a contextualizar a resposta de 2025: firme, coordenada e juridicamente prudente.

Leitura estratégica do fato

O episódio de 10 de setembro integra a lógica da pressão híbrida, em que a Rússia testa prontidão da OTAN, sondando respostas e vulnerabilidades sem provocar confronto direto.

Para Varsóvia, a defesa do território equivale à defesa da aliança inteira, reforçando a necessidade de solidariedade concreta. Para os EUA, evidencia o desafio de equilibrar promessas europeias com prioridades no Indo-Pacífico. Para a UE, reforça a necessidade de integração militar e aumento de gastos em defesa coletiva.

A incursão de drones russos sobre a Polônia não é apenas um incidente militar isolado. Testa a solidariedade da OTAN, a resiliência das instituições internacionais e a capacidade do Ocidente de responder a ameaças híbridas complexas.

Enquanto Moscou nega intenção deliberada, a incerteza persiste, mantendo alto risco de novos episódios. A forma como a OTAN e seus aliados reagirem definirá não apenas a segurança da Polônia, mas o futuro da arquitetura de defesa europeia.

O episódio evidencia que a fronteira entre guerra aberta e operações híbridas está cada vez mais tênue, exigindo adaptação tecnológica, doutrinas flexíveis e coordenação estratégica entre aliados. A guerra moderna não se limita a conflitos convencionais: a nova realidade exige respostas integradas, rápidas e inteligentes.


por Angelo Nicolaci


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Marinha reforça necessidade de previsibilidade orçamentária para fortalecer a Defesa Nacional

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O Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, Almirante de Esquadra Alexandre Rabello de Faria, participou nesta terça-feira de uma audiência pública no Senado Federal, defendendo a importância de maior previsibilidade orçamentária para as Forças Armadas e para o fortalecimento da Base Industrial de Defesa (BID).

O debate foi promovido pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e tratou da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 55, de 2023, que estabelece a destinação anual de pelo menos 2% do Produto Interno Bruto (PIB) para a Defesa. O autor da PEC e presidente da audiência, senador Carlos Portinho, destacou que a iniciativa busca ampliar o diálogo com as Forças Armadas e com a cadeia econômica da indústria de defesa, apontando que os recursos atuais são insuficientes e geram incertezas quanto à continuidade de projetos estratégicos.

Durante a audiência, o Almirante Rabello reforçou que a previsibilidade orçamentária é condição essencial para o avanço dos Programas Estratégicos das Forças Armadas e para a consolidação da Base Industrial de Defesa. “É fundamental que Marinha, Exército e Força Aérea atuem cada vez mais de forma integrada, aproveitando sinergias e somando competências em prol da Defesa Nacional. Por isso, é indispensável termos previsibilidade orçamentária, condição essencial para o avanço dos nossos Programas Estratégicos e para a consolidação da Base Industrial de Defesa”, afirmou.

A audiência contou com a presença de parlamentares, representantes da indústria de defesa e Oficiais-Generais das três Forças. Entre os participantes estavam os senadores Hamilton Mourão, Jorge Seif, Esperidião Amin, Randolfe Rodrigues, Chico Rodrigues e Sergio Moro; o Tenente-Brigadeiro do Ar Walcyr Josué de Castilho Araújo, Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica; e o General de Divisão Everton Pacheco da Silva, Chefe do Escritório de Projetos do Exército.

O debate evidenciou que a questão orçamentária para a Defesa vai além das Forças Armadas, abrangendo também a indústria nacional, a geração de empregos e renda, e a proteção de interesses estratégicos do país. Autoridades e especialistas presentes destacaram que dar previsibilidade ao setor é garantir que o Brasil esteja preparado para enfrentar desafios atuais e futuros, promovendo o desenvolvimento tecnológico, a autonomia industrial e a consolidação da Base Industrial de Defesa.

A participação ativa da Marinha na audiência reforça seu papel central no planejamento estratégico nacional e no fortalecimento de uma política de defesa baseada em continuidade, integração entre as Forças e investimento sustentável no setor.


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com Marinha do Brasil

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"Tecnologia e Doutrina Militar: quando a inovação redefine a guerra"

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“A rapidez do desenvolvimento tecnológico vai sempre alterá-la… Não podemos tornar a doutrina uma ‘verdade absoluta’.” O General Talles Vilela da Diretoria de Fabricação do Exército Brasileiro, resume em poucas palavras um princípio que define o presente e o futuro das Forças Armadas: a doutrina militar não é uma verdade imutável, mas um organismo vivo, que precisa evoluir com a tecnologia e se adaptar às exigências do campo de batalha.

Hoje, a guerra é muito mais do que confronto de forças. É um espaço em que conhecimento, inovação e capacidade de adaptação se tornaram tão decisivos quanto armas e equipamentos. E é nesse ambiente em constante mudança que a doutrina precisa funcionar como bússola, capaz de orientar sem engessar, de guiar sem perder flexibilidade.

História e tecnologia: quando o novo redefine a guerra

A interação entre tecnologia e doutrina não é novidade. Desde que os homens começaram a organizar forças para a guerra, cada avanço tecnológico forçou ajustes conceituais. Um dos primeiros exemplos modernos é a introdução do tanque na Primeira Guerra Mundial.

Criados para romper o impasse das trincheiras, os carros de combate, conhecidos popularmente como "tanques" inicialmente eram tratados apenas como apoio à infantaria. Mas rapidamente se percebeu que poderiam transformar a guerra terrestre. Países que entenderam isso reorganizaram suas forças, desenvolveram conceitos de guerra mecanizada e investiram em logística e manobra, enquanto os que ignoraram a mudança sofreram graves consequências. Heinz Guderian, estrategista alemão, mais tarde demonstraria como a mobilidade e a concentração de blindados poderiam redefinir o campo de batalha, um conceito que se consolidaria na Blitzkrieg durante a Segunda Guerra Mundial.

Na mesma guerra, mas em outro teatro, o radar mostraria que a informação também é arma. A capacidade de detectar aeronaves e navios além da linha de visão revolucionou a guerra aérea e naval. Países que dominaram essa tecnologia obtiveram vantagem estratégica decisiva, reorganizando defesas e operações ofensivas com base em dados antes impossíveis de coletar. O radar tornou claro que superioridade não dependia apenas do número de plataformas, mas da integração entre ciência, tecnologia e estratégia militar.

Durante a Guerra Fria, novas tecnologias, com mísseis balísticos, armas nucleares e satélites de vigilância, exigiram revisões profundas de doutrina. O conceito de dissuasão estratégica mudou a maneira como países percebiam segurança, capacidade de ataque e vulnerabilidade. A tecnologia não apenas fornecia ferramentas; redefinia a lógica de todo o confronto.

Mais recentemente, drones e veículos aéreos não tripulados alteraram novamente o paradigma. Conflitos no Oriente Médio e mais recentemente na Ucrânia, demonstraram que pequenos dispositivos podem mudar táticas e logística. Drones de reconhecimento e ataque permitem vigilância contínua, ataques cirúrgicos e saturação de defesas inimigas, obrigando a doutrina a considerar novos riscos e possibilidades de emprego.

Inovações contemporâneas e o impacto na doutrina

Hoje, tecnologias emergentes redefinem como as Forças Armadas operam em todos os níveis. Drones, inteligência artificial, guerra cibernética e sistemas autônomos representam fronteiras que a doutrina precisa absorver.

Drones: olhos e braços do novo campo de batalha - Os drones surgiram como ferramentas de vigilância, mas rapidamente expandiram seu papel para ataque, saturação de defesas e coleta de dados em tempo real. Pequenos modelos oferecem capacidade de reconhecimento em tempo quase real, enquanto plataformas maiores permitem ataques de precisão a longa distância. A doutrina precisa integrar seu uso de forma coordenada, considerando vulnerabilidades, contra-medidas e regras de engajamento, algo inexistente há duas décadas.

Inteligência artificial: multiplicador de decisão A inteligência artificial transforma dados em decisão. Ela permite que grandes volumes de informação sejam analisados rapidamente, identifica padrões, antecipa movimentações inimigas e otimiza logística. Sistemas de apoio à decisão operacional, fusão de sensores e planejamento preditivo aumentam significativamente a capacidade de resposta. Mas a IA exige revisões doutrinárias: procedimentos, treinamento e princípios éticos precisam ser atualizados para evitar falhas e riscos legais.

Ciberespaço e guerra eletrônica - O domínio do ciberespaço tornou-se tão crítico quanto o domínio físico do campo de batalha. Redes de comando, sistemas de comunicação e sensores interligados oferecem vantagem estratégica, mas também criam vulnerabilidades. A doutrina moderna deve incorporar proteção de dados, redundâncias e operação em ambientes degradados, garantindo que uma eventual falha tecnológica não paralise a operação.

Sistemas autônomos e dilemas éticos

A introdução de sistemas de armas autônomas levanta desafios inéditos. Decisões antes humanas, como engajar um alvo, podem ser parcialmente automatizadas. Isso exige definição clara de responsabilidades, supervisão e regulamentação, demonstrando que inovação tecnológica e doutrina não podem andar separadas.

A doutrina como processo vivo

O ponto central é que a doutrina militar deve ser um processo em movimento. Laboratórios de conceito, exercícios de inovação e ciclos de revisão contínua são fundamentais para testar hipóteses antes de incorporá-las oficialmente. Isso garante que a doutrina acompanhe o ritmo das mudanças tecnológicas e minimize riscos de obsolescência.

A cultura organizacional é outro fator crítico. Uma Força que valoriza inovação incentiva experimentação, pensamento crítico e integração entre áreas como operações, inteligência, logística e tecnologia. Inserir ciência de dados, cibersegurança e ética tecnológica na formação do pessoal garante que a doutrina não apenas absorva novas tecnologias, mas as transforme em vantagem operacional.

Desafios e oportunidades para o Brasil

Para o Brasil, a relação entre tecnologia e doutrina é especialmente relevante. A Estratégia Nacional de Defesa (END) reconhece que ciência, tecnologia e uma base industrial robusta são fundamentais para a soberania. Empresas como Embraer Defesa, Avibras, SIATT e Akaer demonstram capacidade tecnológica avançada, mas enfrentam desafios de continuidade, financiamento e integração com universidades e centros de pesquisa.

A dependência tecnológica externa e a obsolescência prematura representam riscos reais, que precisam ser mitigados por políticas de governança, investimentos em P&D e planejamento estratégico de longo prazo. Além disso, o preparo do pessoal é essencial. Treinamento contínuo, exercícios realistas e integração com centros de pesquisa permitem que novas tecnologias sejam testadas antes de serem aplicadas em larga escala, garantindo que a doutrina seja operacional e não apenas teórica.

Navegando no futuro da guerra

O futuro da guerra não será definido apenas nos campos de batalha. Ele será moldado em laboratórios, universidades e centros de comando, onde ciência, tecnologia e doutrina se encontram. O desafio do Brasil é claro: transformar inovação tecnológica em conhecimento operacional e este, em vantagem estratégica.

Como lembra o General Talles Vilela, "a doutrina não pode ser uma verdade absoluta". Ela é como um navio em mar aberto: precisa de rumo, mas também de flexibilidade para ajustar as velas quando o vento muda. A tecnologia é esse vento constante, por vezes favorável, por vezes adverso, e a capacidade de navegar por ele determina a eficácia militar.

O país tem a oportunidade de não apenas acompanhar tendências, mas de liderar, integrando Forças Armadas, indústria, universidades e políticas públicas em um ciclo contínuo de inovação e aprendizado estratégico. O sucesso dependerá da capacidade de alinhar tecnologia, doutrina e cultura organizacional, garantindo que o Brasil transforme potencial em poder real e mantenha relevância em um cenário global cada vez mais competitivo.


por Angelo Nicolaci


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um agradecimento especial ao Gen. Talles Vilela da Diretoria de Fabricação

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Brasil e Reino Unido firmam Declaração de Intenções para produção do Obuseiro L119

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O Brasil, representado pela Diretoria de Fabricação, organização militar subordinada ao Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), assinou nesta quinta-feira (11), uma Declaração de Intenções (Statement of Intent) com o governo do Reino Unido, estabelecendo uma parceria estratégica para tratar da produção do obuseiro leve L119 pelo Exército Brasileiro.

O documento estabelece um canal de comunicação que viabiliza o possível licenciamento da produção nacional do Obuseiro L119 Light Gun. A fabricação poderá ser realizada pelo Arsenal de Guerra do Rio (AGR) e pelo Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP), com apoio técnico da BAE Systems, fabricante original do sistema.

O L119 é um obuseiro leve de calibre 105 mm, amplamente reconhecido por sua alta mobilidade, adaptabilidade e confiabilidade. Ele é utilizado por diversos países e destaca-se por sua flexibilidade operacional, atributos que o tornam um sistema de artilharia valorizado internacionalmente.

Segundo o comunicado oficial, o acordo representa o início de um novo capítulo na cooperação bilateral estratégica entre Brasil e Reino Unido. Além disso, reforça os esforços do Sistema de Fabricação do Exército Brasileiro para fortalecer a Base Industrial de Defesa (BID), contribuindo para o desenvolvimento de capacidades nacionais, geração de empregos qualificados, avanço tecnológico e soberania nacional.

A assinatura da Declaração de Intenções é parte de um movimento contínuo do Exército Brasileiro para modernizar sua indústria de defesa e consolidar parcerias internacionais que promovam a transferência de tecnologia e o fortalecimento da produção nacional de equipamentos estratégicos.


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Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro celebra 262 anos

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Com mais de dois séculos e meio de história, o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) reafirma sua relevância estratégica na construção naval militar brasileira. Fundado em 29 de dezembro de 1763, no sopé do Mosteiro de São Bento, o estaleiro teve como missão inicial construir e reparar navios da Marinha de Portugal. Desde então, o AMRJ se consolidou como um polo de inovação tecnológica e engenharia naval, mantendo presença ativa na defesa da soberania nacional e no desenvolvimento de capacidades navais complexas.

Ao longo dos séculos, o Arsenal passou por diversas denominações e expansões. Após a Independência, em 1822, tornou-se o Arsenal de Marinha da Corte, e com a Proclamação da República consolidou oficialmente o nome atual em 1948, quando suas operações foram totalmente concentradas na Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro. Desde o século XIX, a instituição participou de marcos da engenharia naval brasileira, como a Corveta Campista (1824), o Cruzador Tamandaré (1884) e o Monitor Fluvial Parnaíba (1936), ainda em atividade, demonstrando a durabilidade e a excelência da construção naval nacional.

Nos anos seguintes, destacou-se na produção de Navios-Patrulha Costeiros, Navios de Assistência Hospitalar e Corvetas da Classe Inhaúma, consolidando sua capacidade de projetar e construir meios navais sofisticados. Um salto tecnológico relevante ocorreu em 1982, com o início do programa de submarinos em parceria com a Alemanha, que permitiu a formação de gerações de engenheiros e técnicos brasileiros. O resultado foi a construção dos submarinos da Classe Tupi: “Tamoio”, “Timbira” e “Tapajó” e do "Tikuna", entregue à Esquadra em 2006, além da Corveta Barroso (2008), um marco da engenharia naval militar nacional.

Retomada da construção naval: Navios-Patrulha em destaque

Nos últimos anos, o AMRJ tem protagonizado a retomada da construção naval militar. A entrega do Navio-Patrulha Maracanã, em 2022, marcou a reinauguração da linha de produção. Atualmente, o estaleiro desenvolve simultaneamente os NPa Mangaratiba e Miramar, no Edifício 17, reforçando a capacidade de produção e a tradição construtiva do Arsenal.

Segundo o Diretor do AMRJ, Contra-Almirante Mauro Nicoloso Bonotto, “A construção simultânea dos NPa ‘Mangaratiba’ e ‘Miramar’ demonstra a retomada da capacidade e vocação histórica do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. Desde a entrega do NPa ‘Maracanã’, estamos investindo na melhoria contínua da linha de produção, aperfeiçoando processos e sistemas fundamentais para a prontificação dos meios”.

Esses navios-patrulha têm papel estratégico na proteção da Amazônia Azul, garantindo segurança do tráfego aquaviário, fiscalização das águas jurisdicionais e combate a crimes como contrabando, pesca ilegal e tráfico de drogas. Além disso, apoiam missões de busca e salvamento e fornecem suporte a comunidades em áreas remotas, contribuindo para a presença e atuação da Marinha em toda a costa brasileira.

Modernização e manutenção de grandes meios navais

O AMRJ também mantém uma atuação significativa na manutenção e modernização de embarcações da Marinha, como demonstrou a primeira docagem do Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico, entre setembro de 2024 e março de 2025, no Dique Almirante Régis. O processo incluiu revisões de linhas de eixo, hélices, lemes, válvulas de fundo, reaplicação de pintura anti-incrustante e ajustes nos sistemas de propulsão, reforçando a segurança operacional e a eficiência do navio.

Segundo o Diretor do AMRJ: “A primeira docagem do NAM ‘Atlântico’ no Dique ‘Almirante Régis’ foi uma manobra desafiadora, não somente pelas dimensões do navio, mas pelo seu ineditismo no Brasil”.

Perspectivas e próximos projetos

O Arsenal mantém um cronograma robusto de entregas e modernizações para os próximos anos. Em 2026, está prevista a cerimônia de batismo do NPa Mangaratiba, que será incorporado ao Setor Operativo da Marinha, enquanto o NPa Miramar deve ser entregue em dezembro de 2028. Estas embarcações integram o Programa de Obtenção de Navios-Patrulha (PRONAPA), dentro do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), garantindo investimentos contínuos em infraestrutura e tecnologia naval.

Além da construção e modernização de navios militares, o AMRJ mantém serviços de suporte para embarcações comerciais, reafirmando seu papel estratégico como centro de excelência em engenharia naval, capaz de atender às demandas da Defesa Nacional, de operações humanitárias e de apoio logístico em águas interiores e costeiras.

Com mais de 260 anos de história, o AMRJ continua a combinar tradição, inovação e tecnologia de ponta, fortalecendo a soberania nacional e consolidando a presença brasileira nos cenários marítimos internacionais.


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com Marinha do Brasil



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Marinha do Brasil adquire navio doca HMS Bulwark, que será renomeado NDM Oiapoque

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A Marinha do Brasil (MB) deu um passo importante na modernização da Esquadra ao adquirir nesta quarta-feira (10), em Londres, o HMS Bulwark, navio doca-multipropósito da Classe Albion da Marinha Real Britânica. A embarcação será renomeada NDM Oiapoque, em homenagem ao extremo norte do Brasil, símbolo da expressão “do Oiapoque ao Chui”, que representa os limites do território nacional.

O contrato foi assinado a bordo do HMS Mersey, com a presença do Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, do Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante Edgar Luiz Siqueira Barbosa, e do Second Sea Lord da Royal Navy, Vice-Almirante Martin Connell, além de autoridades civis e militares. O acordo formaliza o protocolo de intenções firmado em abril na LAAD Defence & Security 2025, no Rio de Janeiro, e foi oficializado durante a DSEI UK 2025, em Londres.

Um navio estratégico para defesa e ajuda humanitária

Com 176 metros de comprimento, deslocamento de 18.500 toneladas e capacidade para 710 militares, o NDM Oiapoque combina robustez e versatilidade. Ele será capaz de transportar pessoal, carga, mantimentos, medicamentos e hospitais de campanha para apoiar operações de defesa e emergências humanitárias, além de atuar na proteção da Amazônia Azul, região estratégica rica em recursos naturais e minerais.

O Comandante da Marinha, Alte Esq. Marcos Sampaio Olsen, ressaltou: “A aquisição do HMS Bulwark constitui um marco no esforço de recomposição do núcleo do Poder Naval, contribuindo sobremodo para o exercício da soberania em águas sob jurisdição do Estado. A Marinha do Brasil reafirma, assim, seu compromisso com a ampliação da capacidade de presença em áreas de interesse e com a condição de eficiência adequada para atuar em diferentes cenários, seja em operações de defesa ou em apoio à população brasileira em situações de emergência, em especial nas respostas a desastres naturais e missões de assistência humanitária”.

O NDM Oiapoque será o quarto navio da Marinha a ostentar este nome. O primeiro foi um navio de madeira a vapor, adquirido em 1865, com participação indireta na Guerra do Paraguai. O segundo foi um pequeno vapor fluvial da Flotilha do Amazonas, incorporado em 1891. O terceiro, Aviso Fluvial Oiapoque, construído na Inglaterra, foi descomissionado em 1964.

Revitalização e treinamento da tripulação

O navio está atualmente em Plymouth, Inglaterra, passando por revitalização completa, incluindo atualização dos sistemas de comando e controle, comunicações, propulsão e geração de energia. A modernização garante vida útil de pelo menos duas décadas, atendendo às demandas atuais da Marinha.

Para operar a embarcação, cerca de 48 militares brasileiros viajarão em setembro para treinamento e reconhecimento do navio, seguidos por mais 44 militares em novembro. A capacitação inclui simulações e exercícios conjuntos para assegurar a plena operacionalidade do NDM Oiapoque.

O Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante Edgar Luiz Siqueira Barbosa, destacou a parceria estratégica com a Royal Navy: “A relação entre a Marinha do Brasil e a Royal Navy é histórica. O Navio Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico, principal embarcação da Esquadra Brasileira, também foi adquirido da Inglaterra e chegou ao Brasil em 2018. As aquisições do NAM ‘Atlântico’ e do HMS Bulwark refletem essa parceria estratégica, que envolve não apenas transferência de meios navais, mas também intercâmbio de conhecimentos, treinamento de tripulações e cooperação em áreas de interesse comum. Essa aproximação fortalece os laços diplomáticos entre os dois países”.

O NDM Oiapoque deve ser comissionado e trasladado ao Brasil em 2026, quando passará a integrar a Esquadra Brasileira, ampliando a capacidade da Marinha de atuar em defesa, projeção de poder e operações humanitárias.


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com Marinha do Brasil



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Diretoria de Fabricação aprimora Lanchas de Operações Ribeirinhas e aumenta prontidão operacional

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Entre os dias 2 e 4 de setembro de 2025, militares do Sistema de Fabricação (Sis Fab) realizaram atividades técnicas no Centro de Embarcações do Comando Militar da Amazônia (CECMA), em Manaus (AM), nas Amostras 1 e 2 da Lancha de Operações Ribeirinhas São Félix do Araguaia (LOp Rib-SFA).

O trabalho incluiu a montagem de equipamentos de sinalização, comunicação e geoposição na Amostra 2, além da preparação, pintura e instalação das chapas balísticas na Amostra 1. Essas ações elevam a prontidão operacional das embarcações, garantindo que estejam aptas para cumprir missões críticas em ambientes ribeirinhos.

Segundo a Diretoria de Fabricação, as atividades executadas contribuem de forma direta para o aumento do poder de combate do Comando Militar da Amazônia (CMA), reforçando a soberania e a presença das Forças Armadas na região amazônica.

As Lanchas de Operações Ribeirinhas desempenham papel estratégico na mobilidade das tropas em rios e áreas de difícil acesso terrestre, possibilitando respostas rápidas e efetivas em operações de segurança, patrulha e apoio logístico.

“Essas melhorias representam não apenas um avanço tecnológico, mas também o compromisso da Diretoria de Fabricação com a segurança e a soberania na Amazônia”.

Com esta intervenção, o Sis Fab reafirma seu papel essencial na manutenção e modernização de equipamentos, garantindo que o CMA mantenha capacidade operacional plena e pronta para desafios estratégicos na região amazônica.


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com Exército Brasileiro



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Lockheed Martin e BAE Systems lançam parceria para revolucionar sistemas aéreos não tripulados

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A defesa aérea está prestes a entrar em uma nova era. A Lockheed Martin e a BAE Systems anunciaram uma parceria estratégica para desenvolver uma geração inédita de sistemas aéreos autônomos não tripulados, projetados para atuar de forma modular, rápida e com múltiplos efeitos, incluindo capacidades disruptivas que podem redefinir operações militares.

O projeto combina as divisões de pesquisa e desenvolvimento avançado das duas empresas, Skunk Works, da Lockheed Martin, e FalconWorks, da BAE Systems, reunindo expertise em design ágil, prototipagem rápida e manufatura avançada. O objetivo é criar sistemas econômicos, de fácil operação e com múltiplas opções de lançamento, capazes de complementar e aumentar a sobrevivência das aeronaves tripuladas já em operação.

O sistema será adaptável a diferentes missões, podendo ser lançado de forma aérea, terrestre, marítima ou a partir de aeronaves logísticas de grande porte, oferecendo flexibilidade estratégica para um campo de batalha em rápida transformação. Com isso, a parceria busca entregar “massa de combate” de forma ágil e acessível, combinando plataformas tripuladas e não tripuladas.

“É uma satisfação unir forças com a BAE Systems, combinando nossa expertise em prototipagem rápida e desenvolvimento avançado para oferecer capacidades transformadoras. Ao trabalharmos juntos, estamos abrindo novas possibilidades para nossos clientes e avançando no futuro dos sistemas autônomos”, destacou OJ Sanchez, vice-presidente e gerente-geral da Lockheed Martin Skunk Works.

Para a BAE Systems, a colaboração representa uma forma de entregar capacidades disruptivas rapidamente, atendendo às demandas do cenário militar contemporâneo. Dave Holmes, diretor-geral da FalconWorks, afirmou:

“Por meio de nossa colaboração com a Lockheed Martin, vamos entregar capacidades disruptivas que podem fazer a diferença para nossos clientes militares rapidamente, permitindo que enfrentem as exigências do campo de batalha atual.”

Um passo estratégico para o futuro da defesa

A parceria surge em um momento crítico, em que nações de todo o mundo buscam integrar plataformas tripuladas e não tripuladas, aumentando a eficiência, a adaptabilidade e a capacidade de resposta em operações militares complexas. Ao combinar tecnologias avançadas e modularidade, Lockheed Martin e BAE Systems prometem abrir novos caminhos para o desenvolvimento de sistemas autônomos no setor de defesa.

A Lockheed Martin é líder global em tecnologia de defesa, dedicada à inovação e ao avanço científico, com soluções que abrangem múltiplos domínios e a visão 21st Century Security®.

A BAE Systems oferece algumas das soluções mais avançadas do mundo em defesa, aeroespacial e segurança, empregando cerca de 100.000 pessoas em mais de 40 países. A empresa desenvolve tecnologias que protegem fronteiras, salvam vidas, fortalecem nações e garantem a segurança de informações e infraestrutura crítica.


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com AND,ALL


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Espaço Brasil é inaugurado na DSEI 2025 e reúne 11 empresas brasileiras de defesa

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O Espaço Brasil foi inaugurado nesta terça-feira (9), no primeiro dia da Defence and Security Equipment International (DSEI) 2025, em Londres, uma das maiores feiras internacionais de defesa e segurança.

A cerimônia contou com a presença do Embaixador Antonio de Aguiar Patriota, representante do Brasil no Reino Unido, e do Comandante da Marinha do Brasil, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, além de autoridades civis e militares de destaque.

Entre os presentes estavam o Almirante de Esquadra Edgar Luiz Siqueira Barbosa, Diretor-Geral do Material da Marinha; o Tenente-Brigadeiro do Ar Heraldo Luiz Rodrigues, Secretário de Produtos de Defesa (SEPROD); o General de Divisão Alcio Alves Almeida e Costa, Vice-Chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa; o General Tales Villela, Diretor de Fabricação do Exército; o Coronel Antônio Ribeiro, da ABIMDE; e Daniel Pirola, representando a ApexBrasil.

União da indústria brasileira

Coordenado pela ABIMDE, em parceria com a ApexBrasil e com apoio do Ministério da Defesa e do Ministério das Relações Exteriores, o Espaço Brasil reúne 11 empresas brasileiras: Atech, Berkana, CSA, CSD, Kryptus, M&K, Modirum Gespi, Protecta, Simtech, Ocellott e Vertical do Ponto.

Durante os quatro dias de evento, o espaço receberá delegações internacionais e autoridades, oferecendo às empresas a chance de apresentar soluções em defesa e segurança, fortalecer parcerias e ampliar sua visibilidade no mercado global.

Segundo o Coronel Antônio Ribeiro, o início da feira foi intenso, com grande número de visitantes e oportunidades de negócios:

“O primeiro dia foi muito produtivo, com representantes comerciais interessados em conhecer nossos expositores. O ponto alto foi a inauguração, marcada pela presença do Embaixador Antonio Patriota, que se dedicou a conhecer detalhadamente cada empresa e suas soluções de defesa”, afirmou.

Com mais de 40 anos de atuação, a ABIMDE se consolidou como uma ponte entre a indústria brasileira e o mercado internacional, promovendo políticas, iniciativas e parcerias que ampliam a presença do Brasil no setor de defesa e segurança. A entidade é referência na promoção de capacidades industriais e tecnológicas, conectando empresas nacionais a novos mercados e fortalecendo a posição do país no exterior.


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CSD leva portfólio de sistemas e componentes de defesa à DSEI 2025 em Londres

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A CSD – Componentes e Sistemas de Defesa será um dos destaques brasileiros na Defense and Security Equipment International (DSEI), uma das maiores feiras internacionais do setor de defesa e segurança, que acontece em Londres, entre os dias 9 e 12 de setembro. A presença faz parte da estratégia da empresa para fortalecer sua marca no mercado externo no segundo semestre.

Presença brasileira no exterior

A CSD integrará o Pavilhão Brasil, organizado pela Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), ao lado de outras empresas nacionais do setor. Esta será a segunda participação da companhia na DSEI. Em 2023, a empresa apresentou sua expertise no desenvolvimento e produção de munições, bombas aéreas, foguetes e outros componentes de alta tecnologia para a defesa.

Neste ano, a CSD apresentará seu portfólio completo de Sistemas e Componentes de Defesa, com destaque para:

  • Bombas da série MK80;

  • Munições de morteiro 60 mm, 81 mm e 120 mm;

  • Munição de obuseiro 155 mm;

  • Foguetes 70 mm modelos MK66 e MK40;

  • Sistemas de espoletas para munições;

  • Soluções VANT com sistemas de armamento.

Expansão internacional e inovação

Para o diretor de vendas da CSD, Paulo Kleinke, a participação na DSEI é estratégica para ampliar a presença internacional da empresa:

“A participação na DSEI é uma oportunidade estratégica para expandir nossa presença internacional e consolidar nossa marca no setor de defesa global. A expectativa é que a feira proporcione um ambiente ideal para apresentar nosso portfólio, além de fortalecer parcerias, atrair novos clientes e promover a inovação tecnológica da empresa”, afirmou.

Kleinke também destacou a relevância da parceria institucional:
“É preciso agradecer à ABIMDE pela oportunidade de viabilizar nossa presença neste grande evento”, completou.

A CSD – Componentes e Sistemas de Defesa é uma Empresa Estratégica de Defesa (EED) e integra a Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS) do Brasil. Vários de seus produtos são reconhecidos como Produtos Estratégicos de Defesa (PED) pelo Ministério da Defesa.

A companhia possui expertise na fabricação de bombas aéreas, foguetes, espoletas, munições e outros componentes, contando com cinco fábricas no Brasil dedicadas a fundição, usinagem e montagem.

Com mais de uma década de experiência, a CSD alia tecnologia nacional a processos modernos de desenvolvimento e produção, consolidando-se como um dos principais nomes brasileiros no setor, com atuação crescente também no mercado internacional.


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Akaer e ASELSAN firmam Memorando de Entendimento durante a DSEI em Londres

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A Akaer, empresa brasileira de engenharia avançada para os setores de defesa e aeroespacial, e a turca ASELSAN, referência global em sistemas de alta tecnologia, assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para o desenvolvimento conjunto de soluções em defesa.

O acordo foi formalizado nesta terça-feira (9) por Cesar Silva, CEO da Akaer, e Ahmet Akyol, CEO da ASELSAN, durante a DSEI (Defense and Security Equipment International), uma das principais feiras de defesa e segurança do mundo, realizada em Londres, no Reino Unido.

Complementaridade e expansão internacional

A parceria reúne a experiência da Akaer em integração de sistemas complexos e sua atuação consolidada no Brasil com a expertise da ASELSAN em sistemas de defesa de última geração, fortalecendo a presença das duas empresas tanto no mercado latino-americano quanto no internacional.

Este acordo reforça a estratégia da Akaer de ampliar parcerias internacionais e oferecer soluções de ponta para o Brasil e para o mundo, consolidando nosso papel como integradores de tecnologia e inovação”, afirmou Cesar Silva.

Áreas de cooperação

O Memorando de Entendimento tem como objetivo viabilizar a transferência de tecnologia, prospectar oportunidades e desenvolver soluções integradas em diferentes áreas, incluindo:

  • aviônica e eletro-óptica,

  • cargas úteis para missões especiais,

  • modernização de veículos blindados,

  • sistemas navais e terrestres,

  • visão noturna e tecnologias autônomas.

Com portfólios complementares, Akaer e ASELSAN buscam desenvolver inovações alinhadas às necessidades do setor de defesa, com potencial de ampliar mercados estratégicos no Brasil e no exterior.

Reforço à Base Industrial de Defesa

A união estabelece uma frente conjunta voltada à industrialização de tecnologias de ponta, fortalecendo a Base Industrial de Defesa, ampliando a capacidade tecnológica nacional e apoiando a expansão global das duas empresas.

Com mais de 33 anos de experiência, a Akaer acumula um portfólio de mais de 10 milhões de horas de engenharia, com participação em mais de 50 programas aeroespaciais globais. A empresa teve papel fundamental no desenvolvimento da aeronave de transporte militar C-390 Millennium da Embraer, do caça Gripen E em parceria com a Saab e do jato supersônico Hürjet, da Turkish Aerospace Industries.

Em 2024, a Akaer tornou-se a primeira empresa brasileira a ser reconhecida como Fornecedora Global de Nível 1 no setor aeroespacial, ao assinar contrato com a Deutsche Aircraft para o fornecimento da fuselagem dianteira do D328eco.

Com quase 50 anos de atuação, a ASELSAN é uma das líderes globais em eletrônica de defesa, com soluções que vão de sistemas submarinos a aplicações espaciais. Seu portfólio inclui defesa aérea, radares, guerra eletrônica, eletro-óptica, aviônicos, guiagem, sistemas terrestres e navais, comunicações, satélites e comando e controle militar.

No setor civil, também oferece tecnologias para transporte, energia, saúde e segurança, consolidando-se como referência mundial em inovação tecnológica.


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Coreia do Sul acelera planos para transformar o KF-21 Boramae em caça stealth de quinta geração

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A Coreia do Sul deu mais um passo decisivo em sua ambição de consolidar-se como potência aeroespacial ao anunciar investimentos estratégicos no programa do caça KF-21 Boramae. O governo pretende transformar a aeronave em uma plataforma stealth de quinta geração, elevando seu desempenho para competir com modelos consagrados como o F-35 Lightning II.

Segundo a proposta de orçamento de defesa para 2026, o Ministério da Defesa destinou recursos para aprimorar o design furtivo da aeronave, desenvolver motores nacionais de última geração e incorporar compartimentos internos de armas, reduzindo sua assinatura de radar e aumentando a capacidade de sobrevivência em cenários de combate de alta intensidade.

Blocos de desenvolvimento: do I ao III

A fabricante Korea Aerospace Industries (KAI) está em fase final do desenvolvimento do Block I, previsto para ser concluído até o fim de 2026. Em seguida, virá o Block II, com foco em ampliar as capacidades ar-solo, e, posteriormente, o Block III, que trará as principais inovações stealth.

O Block III prevê compartimentos internos capazes de transportar até quatro mísseis ar-ar Meteor ou munições guiadas de precisão. Além disso, incluirá sistemas avançados de guerra eletrônica, sensores ópticos internos e melhorias estruturais que aproximam o Boramae de um caça de quinta geração.

Motores nacionais e tecnologias furtivas

Um dos pontos centrais do programa é a redução da dependência externa. Hoje, o KF-21 utiliza turbofans GE F414-GE-400K fabricados nos EUA, mas o governo sul-coreano já destinou cerca de US$ 62 milhões para o desenvolvimento de motores próprios.

A Hanwha Aerospace e a Doosan Energy estão à frente do projeto, que prevê um turbofan de 7.335 kg de empuxo, com protótipo inicial de 2.588 kg já em testes até o fim deste ano. Paralelamente, aproximadamente US$ 453 milhões foram reservados para o desenvolvimento de materiais absorventes de radar e tecnologias de sensores.

Novas armas e superioridade aérea

O plano sul-coreano também inclui o desenvolvimento de um míssel ar-ar de longo alcance, inspirado no Meteor europeu, mas projetado para superar o desempenho do AIM-120 AMRAAM americano, especialmente em sua fase terminal. Para esse projeto, o orçamento já prevê US$ 5,4 bilhões.

Integração com drones e guerra em rede

Outra inovação prevista é a integração do KF-21 a sistemas não tripulados. Através de um link de dados de alta velocidade, o caça poderá comandar enxames de drones autônomos, ampliando seu alcance operacional. Essa capacidade permitirá que aeronaves não tripuladas realizem ataques em espaços aéreos contestados, enquanto o piloto permanece em posição segura.

Ambições estratégicas

Com o avanço do programa, a Coreia do Sul não busca apenas fortalecer seu poder aéreo, mas também consolidar uma indústria de aviação competitiva no cenário global. O objetivo é replicar o modelo do KAAN, da Turquia, posicionando o KF-21 como um produto de exportação de alta tecnologia.

Se os prazos forem cumpridos, o KF-21 Block III será o primeiro caça stealth totalmente desenvolvido na Coreia do Sul, representando um marco histórico para a indústria de defesa do país e uma mudança significativa no equilíbrio de poder aéreo na região da Ásia-Pacífico.



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terça-feira, 9 de setembro de 2025

Polônia em Estado de Alerta Após Violação de Espaço Aéreo por Drones Russos

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Na madrugada desta quarta-feira (10), a Polônia mobilizou suas aeronaves e ativou sistemas de defesa aérea em resposta a relatos de possíveis incursões de drones russos em seu território, em meio a ataques aéreos massivos na Ucrânia. O incidente ocorreu nas regiões ocidentais ucranianas de Volyn e Lviv, que fazem fronteira com a Polônia, membro da OTAN.

O Comando Operacional das Forças Armadas polonesas informou em comunicado que “aeronaves polonesas e aliadas estão operando em nosso espaço aéreo, enquanto os sistemas de defesa aérea terrestre e de reconhecimento por radar foram levados ao mais alto estado de prontidão”. O comando destacou ainda que todas as medidas necessárias para garantir a segurança do espaço aéreo foram acionadas, com tropas prontas para uma resposta imediata.

Em consequência dos alertas, o Aeroporto Internacional Chopin, em Varsóvia, foi temporariamente fechado. Um aviso aos aviadores publicado pela Administração Federal de Aviação dos EUA indicou que o fechamento se deu por “atividades militares não planejadas relacionadas à garantia da segurança do Estado”.

A Força Aérea da Ucrânia havia informado inicialmente em seu canal no Telegram que drones russos se dirigiam para a cidade polonesa de Zamosc, mas a publicação foi posteriormente retirada. Reportagens locais ucranianas mencionaram que pelo menos um drone se aproximava de Rzeszow, no sudeste da Polônia. Até o momento, não há confirmação oficial sobre a quantidade de drones que possam ter atravessado o território polonês, e agências internacionais como Reuters e CNN não puderam verificar de forma independente os relatos.

Paralelamente, mapas de rastreamento de voos mostraram aeronaves sobre Rzeszow, e informações nas redes sociais indicaram que os Estados Unidos teriam acionado jatos F-35 para patrulhar os céus poloneses, monitorando e dissuadindo possíveis incursões adicionais.

Em reação ao episódio, o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, anunciou o fechamento temporário de todas as passagens fronteiriças com Belarus, incluindo rotas ferroviárias, a partir da meia-noite desta quinta-feira. Segundo Tusk, as manobras militares próximas à fronteira polonesa refletem uma “doutrina militar muito agressiva” e exigem ação defensiva imediata.

O ministro do Interior, Marcin Kierwinski, acrescentou que a medida permanecerá enquanto houver qualquer ameaça à população. Países vizinhos da OTAN, como Lituânia e Letônia, também reforçaram a segurança nas fronteiras, acompanhando de perto a evolução das tensões.

O episódio aumenta a preocupação internacional sobre a escalada de conflitos nas fronteiras da Ucrânia, colocando a Polônia e seus aliados em alerta máximo para proteger seu espaço aéreo e garantir a segurança regional.


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Brasil se torna o primeiro país da América do Sul a integrar o programa Javelin

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O Brasil entrou oficialmente no grupo de operadores do Javelin, sistema anticarro desenvolvido pela Javelin Joint Venture (JJV), parceria entre a Raytheon e a Lockheed Martin, após a assinatura de um contrato de produção pelo Exército dos Estados Unidos para o ano fiscal de 2025. O acordo, no valor total de até US$ 900,5 milhões, inclui também a Tunísia, marcando a estreia do sistema na América do Sul e no Norte da África.

O contrato faz parte de um modelo de entrega e quantidade indefinidas (IDIQ), iniciado em maio de 2023, e reforça a capacidade da JJV de atender à crescente demanda global pelo Javelin. Para isso, a JJV implementou novas ferramentas e equipamentos de teste em suas linhas de produção, garantindo maior eficiência e rapidez na fabricação dos mísseis e unidades de lançamento.

Segundo Brian Burton, vice-presidente de Precisão de Fogo e Manobra da Raytheon, “o Javelin continua sendo o sistema anticarro mais eficaz e comprovado em combate do mundo. Estamos investindo nas nossas instalações e trabalhando em estreita colaboração com o Exército dos EUA e clientes internacionais para atender à demanda global”.

O sistema Javelin já está em operação em mais de 25 países, abrangendo todos os continentes, exceto a Antártida. A entrada do Brasil reforça a importância estratégica do país no continente, oferecendo capacidades modernas de defesa anticarro e ampliando a interoperabilidade com padrões internacionais de operação.

Rich Liccion, vice-presidente da JJV e diretor do programa Javelin na Lockheed Martin, destacou que a inclusão do Brasil demonstra a confiança internacional no sistema, além de representar uma oportunidade para fortalecer a capacidade de dissuasão regional. Para especialistas em defesa, o acesso ao Javelin permitirá ao Brasil modernizar suas tropas, desenvolver doutrinas operacionais avançadas e aprimorar a prontidão frente a ameaças de blindados e veículos fortemente protegidos.

O programa Javelin é desenvolvido e produzido nos EUA, com linhas na Raytheon, em Tucson, Arizona, e na Lockheed Martin, em Orlando, Flórida. Desde seu início, a JJV produziu mais de 55.000 mísseis Javelin e mais de 12.000 unidades de lançamento reutilizáveis, consolidando o sistema como referência global em combate anticarro.

Para o Brasil, esta aquisição representa mais do que o acesso a uma tecnologia de ponta, abre caminho para integração com padrões internacionais de defesa, amplia a capacidade de resposta rápida e letal em combate e fortalece o país como um ator estrategicamente relevante na América do Sul. Além disso, o sistema pode servir de plataforma para treinamento e desenvolvimento tecnológico local, alinhando-se à necessidade de modernização das forças armadas brasileiras em consonância com tendências globais.


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com Lockheed Martin



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Rússia acusa Finlândia de preparar ataque após adesão à OTAN

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A recente declaração de Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, acusando a Finlândia de preparar um ataque contra Moscou após sua adesão à OTAN, trouxe à tona uma tensão que, embora localizada no Norte Europeu, possui profundas implicações estratégicas para toda a Eurásia. Medvedev afirmou que Helsinque estaria utilizando medidas defensivas como pretexto para projetar poder ofensivo, destacando a presença ativa da OTAN em todos os cinco domínios operacionais, terra, mar, ar, espaço e ciberespaço, no norte finlandês.

Porém, enquanto a retórica russa enfatiza uma ameaça externa, imagens de satélite analisadas pela emissora finlandesa Yle revelam que a própria Rússia está realizando uma expansão significativa de infraestrutura militar ao longo da fronteira. A base de Lupche-Savino, em Kandalaksha, Murmansk, antes limitada a funções logísticas, está sendo convertida em um complexo completo, com alojamentos, depósitos de veículos, áreas de comando e facilidades para uma brigada de artilharia e unidade de engenharia. Além disso, o governo regional confirmou a construção de uma cidade militar, refletindo o compromisso de Moscou em consolidar uma presença permanente nesta fronteira estratégica.

O planejamento russo, iniciado no inverno de 2024, antes mesmo da adesão plena da Finlândia à OTAN, sugere que Moscou considera esta região um teatro operacional de longo prazo, e não uma reação imediata a movimentos defensivos finlandeses. A modernização das instalações, anteriormente utilizadas com equipamentos obsoletos, eleva substancialmente a capacidade russa de sustentar operações prolongadas, mobilizar forças de reação rápida e projetar poder na região do Ártico e do Atlântico Norte.

A situação ilustra um clássico dilema de segurança: ações percebidas como defensivas por um Estado, no caso, a integração da Finlândia à OTAN e a expansão de sua infraestrutura militar, são interpretadas pelo vizinho como ameaças, provocando uma espiral de fortificação e mobilização. Murmansk, com sua posição estratégica no Ártico, torna-se vital para o controle das rotas marítimas do Atlântico Norte, enquanto a presença da OTAN no norte da Finlândia assegura capacidade de monitoramento, defesa avançada e resposta rápida a qualquer movimentação russa.

Do ponto de vista histórico, a Rússia mantém uma tradição de forte presença militar na região do Mar Branco e da Península de Kola, aproveitando a geografia para proteger o acesso a portos estratégicos e centros industriais. A nova infraestrutura reforça não apenas a defesa, mas também a capacidade de dissuasão, integrando unidades modernas de artilharia, engenharia e logística, aptas a operar em condições extremas de clima e terreno.

Sob o prisma geopolítico, essa escalada evidencia que a segurança no Norte Europeu não pode mais ser vista isoladamente. A expansão russa e o fortalecimento da OTAN em áreas adjacentes convergem para um ambiente de vigilância permanente, onde inteligência, projeção de força e percepção estratégica se tornam elementos centrais da política externa e da diplomacia militar. Essa tensão também ressalta a importância de mecanismos de comunicação e protocolos de crise, capazes de evitar que mal-entendidos ou percepções equivocadas gerem escaladas indesejadas.

Além disso, a situação reflete a crescente interdependência entre capacidade militar, tecnologia de vigilância e geopolítica energética, já que Murmansk e áreas próximas abrigam infraestrutura crítica, portos estratégicos e rotas de transporte de energia que conectam a Rússia à Europa. A presença de forças modernizadas e permanentes atua tanto como ferramenta de dissuasão quanto como instrumento de influência política regional.

Em última análise, a dinâmica entre Rússia, Finlândia e OTAN demonstra que a segurança territorial moderna é multifacetada, envolvendo aspectos militares, econômicos, tecnológicos e diplomáticos. A região do Norte Europeu está se consolidando como um espaço de vigilância constante e planejamento estratégico prolongado, onde qualquer alteração, seja na infraestrutura militar ou na política de alianças, reverbera globalmente. A gestão dessa tensão exigirá, portanto, não apenas capacidade militar, mas também sofisticação diplomática, planejamento estratégico e mecanismos robustos de prevenção de crises, capazes de evitar que a percepção de ameaça se transforme em conflito aberto.


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MBDA avança com míssil de cruzeiro Crossbow de longo alcance e baixo custo

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A MBDA, líder europeia em sistemas de defesa, está em negociações com potenciais clientes para demonstrar seu novo conceito de míssil de cruzeiro de longo alcance e baixo custo, o Crossbow, ainda antes do final de 2025. Segundo um funcionário do programa, o sistema avançou rapidamente e pode estar pronto para produção e entregas já no próximo ano.

Também conhecido como One Way Effector (Pesado), o Crossbow foi projetado para transportar uma carga útil de até 300 kg a um alcance superior a 800 km. Com cerca de 750 kg de peso, 5,3 metros de comprimento, 350 mm de diâmetro e 3 metros de envergadura, o míssil é compatível com contêineres ISO de 20 pés, o que facilita o transporte e lançamento em diferentes plataformas.

O sistema é projetado para atingir alvos fixos e de alto valor, incluindo nós logísticos profundos atrás das linhas inimigas, e opera em altas velocidades subsônicas. Para garantir autonomia mesmo em cenários de guerra eletrônica, o Crossbow utiliza navegação baseada em imagens para orientação em meio curso e na fase terminal, capacidade que compartilha com a arma Spear Glide da MBDA.

O programa evidencia a capacidade da MBDA de responder rapidamente às demandas do mercado, levando o míssil do projeto inicial à prontidão para demonstração em cerca de sete meses.

Para reduzir custos e acelerar a produção, a MBDA incorporou componentes comerciais e militares prontos para uso, em parceria com a fabricante tcheca de turbojatos PBS Group, a fabricante de drones Modini e a especialista em ogivas Nammo. Essa abordagem permite manter o projeto competitivo, sem comprometer desempenho e confiabilidade.

O Crossbow integra a família de efetores unidirecionais da MBDA, que inclui também um drone de ataque de longo alcance e baixo custo, apresentado no Paris Air Show, projetado para saturar defesas aéreas inimigas em operações de alta intensidade.

O avanço do Crossbow reforça a estratégia da MBDA de oferecer soluções versáteis, economicamente viáveis e tecnologicamente avançadas, alinhadas às necessidades modernas de operações militares, em um cenário global de rápidas transformações na guerra de precisão.


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