quinta-feira, 11 de setembro de 2025

11 de Setembro - "O dia que abalou o mundo": Como os Ataques Redefiniram a Geopolitica Global

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Em 11 de setembro de 2001, o mundo testemunhou uma tragédia que não apenas ceifou milhares de vidas, mas também alterou de forma permanente a maneira como os Estados Unidos e o sistema internacional lidam com segurança, defesa e economia. Quatro ataques coordenados pela Al-Qaeda atingiram o World Trade Center e o Pentágono, deixando cerca de 3.000 mortos e milhares de feridos, além de provocar uma destruição material e simbólica sem precedentes. Mais do que um atentado terrorista, o 11 de setembro revelou vulnerabilidades estratégicas e provocou transformações profundas nas estruturas de poder e na economia global.

A Al-Qaeda, liderada por Osama bin Laden, consolidou-se nos anos 1990 como uma rede terrorista transnacional, capaz de planejar ataques complexos contra os Estados Unidos. A escolha dos alvos, o World Trade Center, símbolo da supremacia financeira, e o Pentágono, núcleo do poder militar, evidenciou um cálculo estratégico: atingir simultaneamente a economia e a defesa americana, gerando impacto psicológico global. O quarto avião, o United 93, que caiu na Pensilvânia, simbolizou a resistência civil e a capacidade de cidadãos comuns de influenciar eventos estratégicos.

Os efeitos imediatos foram devastadores. A destruição das Torres Gêmeas gerou não apenas perdas humanas, mas também um colapso econômico momentâneo, afetando empresas, empregos e instituições financeiras localizadas no coração de Nova York. O Pentágono, epicentro da defesa americana, sofreu danos materiais que expuseram falhas na segurança de infraestruturas críticas. Esse cenário de vulnerabilidade forçou os Estados Unidos a reestruturar sua política de defesa e inteligência de forma ampla, criando o Departamento de Segurança Interna (DHS) e reformulando protocolos de vigilância e proteção de fronteiras. A aprovação do Patriot Act ampliou os poderes do governo em investigação e monitoramento, alterando de forma duradoura o equilíbrio entre segurança e liberdade civil.

O impacto sobre a geopolítica também foi profundo. Os ataques catalisaram a chamada Guerra ao Terror, inaugurando uma nova doutrina de intervenção preventiva. A invasão do Afeganistão em 2001 teve como objetivo destruir a Al-Qaeda e derrubar o regime Talibã que os apoiava, enquanto a subsequente invasão do Iraque em 2003, ainda que controversa, refletiu a determinação dos Estados Unidos de neutralizar ameaças percebidas antes que se materializassem em solo americano. Essas operações transformaram o Oriente Médio em um eixo central da estratégia de segurança americana, alterando alianças regionais e influenciando o equilíbrio global de poder. A presença militar prolongada em áreas estratégicas reforçou a importância de projeção de força, inteligência avançada e capacidade de resposta rápida a ameaças assimétricas, redefinindo o conceito de guerra no século XXI.

Economicamente, os impactos foram igualmente significativos. O fechamento temporário da Bolsa de Nova York e a queda abrupta de ações demonstraram a vulnerabilidade do sistema financeiro a ataques externos. Setores como turismo, transporte aéreo e seguros enfrentaram perdas massivas, enquanto a reconstrução do Lower Manhattan e o investimento em tecnologias de defesa e vigilância criaram novos setores econômicos centrados em segurança. Internacionalmente, o 11 de setembro evidenciou a interdependência dos mercados globais, mostrando que crises em um país podem gerar efeitos imediatos e profundos em cadeias produtivas e investimentos internacionais. Além disso, a tragédia acelerou o desenvolvimento de tecnologias de ciberdefesa, monitoramento e inteligência estratégica, ampliando o papel do setor privado na segurança nacional e global.

O impacto cultural e psicológico dos ataques também reforçou a necessidade de adaptação estratégica. A percepção de vulnerabilidade permanente influenciou políticas públicas, comportamento social e percepção coletiva de segurança. A vigilância tornou-se parte da rotina, enquanto governos e instituições internacionais reforçaram medidas de proteção em infraestruturas críticas, fronteiras e sistemas financeiros. Globalmente, os países alinharam suas políticas de segurança e defesa aos padrões norte-americanos, promovendo intercâmbio de informações, operações conjuntas e desenvolvimento de estratégias preventivas de combate ao terrorismo.

Mais de duas décadas depois, o legado do 11 de setembro permanece. A doutrina militar dos Estados Unidos continua enfatizando prevenção, vigilância e operações globais contra ameaças assimétricas. A economia de defesa e tecnologia se consolidou como setor estratégico, influenciando investimentos, políticas industriais e diplomacia. A projeção de poder americano, combinada com alianças estratégicas globais, mantém o país como ator central na segurança internacional, enquanto o 11 de setembro continua a servir como referência para planejamento de defesa, gestão de crises e avaliação de riscos em escala global.

O 11 de setembro mostrou que ameaças modernas não se limitam a ataques convencionais; grupos não estatais podem gerar impactos estratégicos profundos, desafiando estruturas de poder estabelecidas. Ao reconfigurar a defesa, a segurança e a economia, os atentados redefiniram paradigmas de poder, proteção e estabilidade internacional, lembrando que a segurança global depende de adaptação contínua, inteligência estratégica e integração entre políticas nacionais e globais.

Homenagem às vítimas

Entre números e análises estratégicas, é essencial lembrar que cada estatística do 11 de setembro representa uma vida perdida, famílias devastadas e histórias interrompidas. Bombeiros, policiais, socorristas e civis mostraram coragem extrema diante do caos, enquanto milhões de americanos e pessoas ao redor do mundo sentiram a dor da tragédia. Que a memória das vítimas inspire, sempre, a busca por segurança, paz e resiliência, lembrando-nos de que, mesmo diante da destruição, a humanidade pode se unir em solidariedade e compromisso com um futuro mais seguro.



por Angelo Nicolaci



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Brigada de Infantaria Aeromóvel realiza Operação Gorro Bege com foco em inteligência e reconhecimento

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Entre os dias 30 de agosto e 5 de setembro de 2025, a Brigada de Infantaria Aeromóvel (Bda Inf Amv) do Exército Brasileiro realizou a Operação Gorro Bege, um exercício de alto valor tático e doutrinário, concebido com o objetivo inédito de aprimorar o adestramento de seus sensores de Inteligência Militar.

A atividade reuniu cerca de 300 militares e se estendeu por quase 100 km de faixa de terreno, abrangendo a área entre a cidade de Piquete e a Fazenda da Onça, em Delfim Moreira (MG). O exercício teve como foco principal as ações de inteligência, reconhecimento, vigilância e aquisição de alvos (IRVA) no contexto das operações aeromóveis, envolvendo a 2ª Companhia de Precursores (2ª Cia Prec), pelotões de reconhecimento (Pel Rec) e equipes de caçadores (Eqp Cçd) dos batalhões de infantaria aeromóvel (BI Amv).

Adestramento e interoperabilidade

A Operação Gorro Bege não se restringiu ao adestramento individual de militares, mas buscou consolidar a interoperabilidade entre as frações participantes e reafirmar o papel essencial dessas unidades nas missões de assalto aeromóvel. Durante a semana, os pelotões de reconhecimento e a 2ª Cia Prec realizaram missões de vigilância e reconhecimento, aplicando técnicas avançadas de infiltração e exfiltração, procedimentos de contrainteligência e tiro de fração, com ênfase na técnica de ação imediata.

Um dos diferenciais do exercício foi o desdobramento, em campanha, da Célula de Inteligência da Bda Inf Amv. Em estreita coordenação com os sensores no terreno, a célula trabalhou as fases de obtenção, análise e difusão de informações, garantindo maior agilidade e eficácia ao processo decisório da brigada. Essa integração mostrou-se alinhada aos fundamentos dos manuais de Operações Aeromóveis e de Inteligência Militar, especialmente nas ações preparatórias que antecedem o assalto aeromóvel.

Participação de tropas convidadas e apoio aéreo

A Operação Gorro Bege contou com a presença de tropas convidadas, ampliando a complexidade e o realismo do exercício. Participaram um pelotão de exploradores da Brigada de Infantaria Paraquedista, um pelotão de reconhecimento da Brigada de Infantaria de Montanha e uma Equipe SAR (Busca e Salvamento) do 2º Batalhão de Aviação do Exército. O apoio aéreo foi fornecido por uma aeronave Pantera K2 do Comando de Aviação do Exército (CAvEx), enquanto o Pelotão de Suprimento Aeromóvel do 22º B Log Amv e o 1º Esquadrão de Cavalaria Aeromóvel garantiram a logística e a mobilidade da operação.

O encerramento do exercício ocorreu com uma ação de grande complexidade: a 2ª Cia Prec, em conjunto com a Equipe SAR, realizou um resgate simulado em área de combate (zona quente). A atividade testou a capacidade de emprego combinado das frações especializadas em cenários de risco elevado, simulando situações realistas de operação aeromóvel em território adversário.

Inovação doutrinária e excelência operacional

Concebida para se tornar referência em adestramento de inteligência, reconhecimento, vigilância e aquisição de alvos, a Operação Gorro Bege inovou na doutrina e na forma de preparo das frações de reconhecimento. O exercício visou maximizar a letalidade, mobilidade e consciência situacional da Força de Prontidão Aeromóvel, reforçando o comprometimento da Bda Inf Amv com a modernização doutrinária e a excelência operacional.

Mais do que um simples exercício, a Gorro Bege consolidou a Bda Inf Amv como uma das principais Forças de Emprego Estratégico do Exército Brasileiro, destacando sua capacidade de integrar inteligência, operações aeromóveis e emprego combinado de tropas especializadas em cenários complexos.


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com Exército Brasileiro



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Egito busca alternativas fora do eixo ocidental com adesão ao programa turco KAAN

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Em um movimento estratégico que desafia a tradicional dependência do Egito de fornecedores ocidentais, o Cairo decidiu aderir oficialmente ao programa de caças de quinta geração KAAN, desenvolvido pela Turkish Aerospace Industries (TAI). A decisão, ainda não confirmada formalmente pelas autoridades turcas, representa uma tentativa clara de superar as limitações impostas pelos Estados Unidos e países europeus sobre suas aeronaves, ao mesmo tempo em que diversifica sua aviação militar com tecnologias fora do eixo de poder tradicional.

Nos últimos meses, intensas negociações entre Cairo e Ancara abriram caminho para que o Egito participe do programa KAAN como coprodutor, com transferência de tecnologia, produção local de componentes e investimento direto em pesquisa e desenvolvimento. Estima-se que o programa, orçado em mais de US$ 10 bilhões, possa fornecer ao Egito acesso a capacidades stealth avançadas sem a vigilância e as restrições políticas que caracterizam contratos com fornecedores ocidentais.

O KAAN e o desejo de autonomia tecnológica

O KAAN é a primeira aeronave de quinta geração desenvolvida integralmente pela Türkiye, em resposta à exclusão de Ancara do programa F-35 Lightning II. Com tecnologia stealth, aviônica moderna e capacidade de integração local, o projeto representa para o Egito uma oportunidade de contornar limitações operacionais de suas atuais aeronaves ocidentais. Além disso, a cooperação com a Türkiye reforça a estratégia egípcia de desenvolver autonomia tecnológica e industrial em defesa, alinhada ao objetivo do presidente Abdel Fattah el-Sisi de reduzir a dependência de fornecedores externos.

Paralelamente, o Egito também realizou a aquisição dos caças chineses J-10C, tornando-se o segundo cliente internacional desse modelo, depois do Paquistão. Esta decisão reforça a tendência de diversificação da frota, buscando capacidades que não estejam sujeitas às restrições políticas ou logísticas impostas pelos EUA ou pela Europa.

Limitações da frota ocidental e motivação para diversificação

A Força Aérea Egípcia possui quase 200 caças F-16, oriundos dos Estados Unidos, que formam a espinha dorsal da frota. No entanto, essas aeronaves têm capacidades significativamente limitadas: só podem empregar armamentos ar-superfície de curto alcance, seu desempenho operacional é rigidamente controlado por Washington, e o fornecimento de peças de reposição depende de autorizações externas.

Além disso, os Rafale franceses adquiridos desde 2015 também enfrentam restrições críticas, como a ausência do míssil ar-ar Meteor, que limita seriamente sua capacidade de combate. Já os MiG-29 russos, adquiridos em 2015, estão sujeitos a sanções internacionais e restrições logísticas decorrentes da crise global em torno da Rússia após 2022. Essa combinação de limitações técnicas e políticas expõe a vulnerabilidade do Egito em cenários de conflito de alta intensidade e reforça a necessidade de alternativas estratégicas.

Busca por soluções fora do eixo de poder

Diante dessas restrições, a adesão ao programa KAAN e a compra do J-10C chineses refletem uma política clara: o Egito busca reduzir a dependência de potências ocidentais e garantir autonomia operacional. Por meio do KAAN, o país terá acesso a tecnologia de ponta sem condicionalidades políticas, podendo operar sua frota de quinta geração com maior liberdade tática. A aquisição do J-10C, por sua vez, oferece capacidades adicionais e diversificação de fornecedores, mitigando riscos geopolíticos e fortalecendo a resiliência da força aérea.

Essa estratégia demonstra que o Egito está alinhando sua política de defesa a uma abordagem multipolar, explorando parceiros que desafiam o monopólio tecnológico ocidental e permitindo que o país consolide um poder aéreo moderno e independente.

Implicações regionais

O novo eixo Cairo-Ancara, reforçado pela participação egípcia no programa KAAN, poderá equilibrar o poder regional em relação a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Israel, cuja supremacia aérea é baseada nos F-35I. Além disso, a diversificação fora do eixo ocidental abre espaço para maior autonomia estratégica, colocando o Egito em posição de protagonismo na reconfiguração multipolar da defesa aérea no Oriente Médio e Norte da África.

Até 2030, espera-se que o Egito conte com uma frota mista que combine F-16, Rafale, MiG-29, J-10C e futuramente KAAN, capaz de operar de maneira independente e maximizar sua capacidade de defesa em um cenário regional cada vez mais complexo.


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Incursão de drones russos na Polônia reacende debate sobre OTAN e segurança internacional

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Na madrugada de 10 de setembro de 2025, o Leste Europeu testemunhou um episódio que expôs vulnerabilidades, testou limites de dissuasão e reacendeu debates sobre a credibilidade da OTAN. Dezenas de drones atribuídos à Rússia atravessaram o espaço aéreo polonês, atingindo regiões próximas à fronteira e provocando resposta imediata das Forças Armadas polonesas e de aliados da aliança. O incidente levou Varsóvia a acionar o Artigo 4 do Tratado do Atlântico Norte, mecanismo que prevê consultas emergenciais quando a integridade territorial de um Estado-membro é considerada ameaçada.

Mais do que uma violação de soberania, o episódio funcionou como um teste estratégico: até onde a OTAN está disposta a agir diante de ameaças híbridas e incidentes que não se enquadram nas definições tradicionais de ataque armado? A resposta envolve uma combinação de capacidade militar, diplomacia e interpretação do direito internacional.

A dimensão militar da incursão

De acordo com informações oficiais do governo polonês e da OTAN, entre 19 e 23 drones russos cruzaram a fronteira a partir da Bielorrússia, aliado estratégico de Moscou. Os ataques ocorreram em ondas simultâneas, explorando lacunas na vigilância aérea da região oriental da Polônia.

Os drones, do tipo Orlan-10 e Forpost, são veículos aéreos não tripulados de médio alcance, capazes de transportar cargas de explosivos e operar em ambientes de guerra eletrônica. Segundo relatórios da OTAN e do Ministério da Defesa da Polônia, esses sistemas têm autonomia de voo entre 120 a 250 km e podem ser controlados remotamente para missões de reconhecimento ou ataque localizado, representando ameaça assimétrica de baixo custo e alto impacto estratégico.

A Força Aérea Polonesa reagiu rapidamente. Caças F-16 Fighting Falcon, com apoio de aeronaves AWACS E-3 Sentry da OTAN, interceptaram parte dos drones, derrubando três com confirmação e neutralizando um quarto de forma presumida. Mesmo assim, alguns drones atingiram áreas civis. Na vila de Wyryki-Wola, um aparelho colidiu com residência, causando danos materiais e ferimentos leves. O episódio também levou ao fechamento temporário dos aeroportos de Varsóvia, Rzeszów e Lublin, evidenciando a fragilidade operacional diante de ataques híbridos.

Artigo 4 da OTAN: política, diplomacia e limites da escalada

Diante do incidente, Varsóvia acionou o Artigo 4 do Tratado do Atlântico Norte, convocando consultas emergenciais entre os Estados-membros. Diferente do Artigo 5, que prevê defesa coletiva em caso de ataque armado, o Artigo 4 permite coordenação política e diplomática, sem escalar automaticamente para conflito militar.

O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, classificou a incursão como “uma violação inaceitável da soberania polonesa e, portanto, de toda a aliança”, reafirmando a união dos membros na proteção de cada centímetro do território da OTAN.


A decisão de usar o Artigo 4, em vez do 5, reflete a complexidade do cenário jurídico e militar: houve violação do espaço aéreo e danos materiais, mas não ataque armado em larga escala, caracterizando zona cinzenta típica da guerra híbrida moderna.

Capacidade militar polonesa e integração aliada

O incidente evidenciou a importância da modernização militar da Polônia, que mantém atualmente cerca de 48 caças F-16 Block 52+ e sistemas de defesa aérea Patriot PAC-3 fornecidos pelos EUA. Os sistemas de radar 3D e integração com comandos da OTAN permitiram interceptações rápidas, mas também mostraram limitações diante de ataques coordenados com múltiplos drones.

O episódio reforça a necessidade de defesa aérea integrada no flanco leste da OTAN, incluindo sistemas antimíssil e antidrone, interoperabilidade total e protocolos de resposta a ameaças assimétricas. Para especialistas militares consultados pela OTAN, a combinação de radares avançados, caças e sistemas de comando e controle precisa ser expandida e adaptada à realidade da guerra cinzenta.

Reações internacionais

Polônia: O primeiro-ministro Donald Tusk classificou o episódio como “ponto de inflexão” e anunciou aceleração de programas de modernização militar, priorizando defesa aérea, vigilância e sistemas antidrone.

União Europeia: Bruxelas condenou o episódio, discutindo a ampliação de sanções econômicas contra Moscou e a implementação de um sistema de defesa aérea continental integrado, capaz de reagir a ameaças transfronteiriças.

Estados Unidos: O presidente Joe Biden reafirmou compromisso com a defesa da Polônia, mas manteve postura cautelosa para evitar escalada direta.

ONU: A Polônia solicitou reunião emergencial do Conselho de Segurança, denunciando o incidente como “ato de agressão”. A iniciativa buscou mobilizar apoio diplomático e pressionar Moscou, mesmo diante do poder de veto russo.

Rússia: Negou intenção deliberada, alegando desvio de rota durante operações na Ucrânia. A narrativa busca minimizar o episódio, enquanto mantém pressão psicológica sobre a OTAN.

Geopolítica e implicações estratégicas

O episódio pode ser interpretado como teste russo à credibilidade da OTAN, sondando limites da dissuasão e provocando sem ultrapassar formalmente o limiar de ataque armado. Moscou demonstra capacidade de atingir aliados da Ucrânia, pressionando politicamente a aliança e explorando ambiguidades jurídicas do direito internacional.

Para os EUA, o episódio reforça dilemas estratégicos: equilibrar compromissos europeus enquanto concentra recursos para conter a China no Indo-Pacífico. Para a União Europeia, evidencia urgência em assumir maior responsabilidade pela própria defesa.

Cenários hipotéticos futuros

  1. Escalada gradual: novos episódios de drones podem pressionar a OTAN até que um ataque seja considerado armado.

  2. Modernização da OTAN: integração acelerada de defesas aéreas, radares antidrone e protocolos de resposta rápida.

  3. Negociação indireta: Moscou pode usar episódios como barganha diplomática em negociações sobre a Ucrânia.

  4. Erro de cálculo: drones que causem vítimas em larga escala poderiam acionar o Artigo 5, com consequências imprevisíveis.

Precedentes históricos

  • 2022: míssil russo atingiu território polonês, gerando consultas emergenciais.

  • 2023-2024: drones russos violaram espaços aéreos de Romênia e Lituânia.

  • Artigo 4 da OTAN: histórico mostra que consultas fortalecem coordenação sem escalada militar automática.

Esses casos ajudam a contextualizar a resposta de 2025: firme, coordenada e juridicamente prudente.

Leitura estratégica do fato

O episódio de 10 de setembro integra a lógica da pressão híbrida, em que a Rússia testa prontidão da OTAN, sondando respostas e vulnerabilidades sem provocar confronto direto.

Para Varsóvia, a defesa do território equivale à defesa da aliança inteira, reforçando a necessidade de solidariedade concreta. Para os EUA, evidencia o desafio de equilibrar promessas europeias com prioridades no Indo-Pacífico. Para a UE, reforça a necessidade de integração militar e aumento de gastos em defesa coletiva.

A incursão de drones russos sobre a Polônia não é apenas um incidente militar isolado. Testa a solidariedade da OTAN, a resiliência das instituições internacionais e a capacidade do Ocidente de responder a ameaças híbridas complexas.

Enquanto Moscou nega intenção deliberada, a incerteza persiste, mantendo alto risco de novos episódios. A forma como a OTAN e seus aliados reagirem definirá não apenas a segurança da Polônia, mas o futuro da arquitetura de defesa europeia.

O episódio evidencia que a fronteira entre guerra aberta e operações híbridas está cada vez mais tênue, exigindo adaptação tecnológica, doutrinas flexíveis e coordenação estratégica entre aliados. A guerra moderna não se limita a conflitos convencionais: a nova realidade exige respostas integradas, rápidas e inteligentes.


por Angelo Nicolaci


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Marinha reforça necessidade de previsibilidade orçamentária para fortalecer a Defesa Nacional

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O Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, Almirante de Esquadra Alexandre Rabello de Faria, participou nesta terça-feira de uma audiência pública no Senado Federal, defendendo a importância de maior previsibilidade orçamentária para as Forças Armadas e para o fortalecimento da Base Industrial de Defesa (BID).

O debate foi promovido pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e tratou da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 55, de 2023, que estabelece a destinação anual de pelo menos 2% do Produto Interno Bruto (PIB) para a Defesa. O autor da PEC e presidente da audiência, senador Carlos Portinho, destacou que a iniciativa busca ampliar o diálogo com as Forças Armadas e com a cadeia econômica da indústria de defesa, apontando que os recursos atuais são insuficientes e geram incertezas quanto à continuidade de projetos estratégicos.

Durante a audiência, o Almirante Rabello reforçou que a previsibilidade orçamentária é condição essencial para o avanço dos Programas Estratégicos das Forças Armadas e para a consolidação da Base Industrial de Defesa. “É fundamental que Marinha, Exército e Força Aérea atuem cada vez mais de forma integrada, aproveitando sinergias e somando competências em prol da Defesa Nacional. Por isso, é indispensável termos previsibilidade orçamentária, condição essencial para o avanço dos nossos Programas Estratégicos e para a consolidação da Base Industrial de Defesa”, afirmou.

A audiência contou com a presença de parlamentares, representantes da indústria de defesa e Oficiais-Generais das três Forças. Entre os participantes estavam os senadores Hamilton Mourão, Jorge Seif, Esperidião Amin, Randolfe Rodrigues, Chico Rodrigues e Sergio Moro; o Tenente-Brigadeiro do Ar Walcyr Josué de Castilho Araújo, Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica; e o General de Divisão Everton Pacheco da Silva, Chefe do Escritório de Projetos do Exército.

O debate evidenciou que a questão orçamentária para a Defesa vai além das Forças Armadas, abrangendo também a indústria nacional, a geração de empregos e renda, e a proteção de interesses estratégicos do país. Autoridades e especialistas presentes destacaram que dar previsibilidade ao setor é garantir que o Brasil esteja preparado para enfrentar desafios atuais e futuros, promovendo o desenvolvimento tecnológico, a autonomia industrial e a consolidação da Base Industrial de Defesa.

A participação ativa da Marinha na audiência reforça seu papel central no planejamento estratégico nacional e no fortalecimento de uma política de defesa baseada em continuidade, integração entre as Forças e investimento sustentável no setor.


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com Marinha do Brasil

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"Tecnologia e Doutrina Militar: quando a inovação redefine a guerra"

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“A rapidez do desenvolvimento tecnológico vai sempre alterá-la… Não podemos tornar a doutrina uma ‘verdade absoluta’.” O General Talles Vilela da Diretoria de Fabricação do Exército Brasileiro, resume em poucas palavras um princípio que define o presente e o futuro das Forças Armadas: a doutrina militar não é uma verdade imutável, mas um organismo vivo, que precisa evoluir com a tecnologia e se adaptar às exigências do campo de batalha.

Hoje, a guerra é muito mais do que confronto de forças. É um espaço em que conhecimento, inovação e capacidade de adaptação se tornaram tão decisivos quanto armas e equipamentos. E é nesse ambiente em constante mudança que a doutrina precisa funcionar como bússola, capaz de orientar sem engessar, de guiar sem perder flexibilidade.

História e tecnologia: quando o novo redefine a guerra

A interação entre tecnologia e doutrina não é novidade. Desde que os homens começaram a organizar forças para a guerra, cada avanço tecnológico forçou ajustes conceituais. Um dos primeiros exemplos modernos é a introdução do tanque na Primeira Guerra Mundial.

Criados para romper o impasse das trincheiras, os carros de combate, conhecidos popularmente como "tanques" inicialmente eram tratados apenas como apoio à infantaria. Mas rapidamente se percebeu que poderiam transformar a guerra terrestre. Países que entenderam isso reorganizaram suas forças, desenvolveram conceitos de guerra mecanizada e investiram em logística e manobra, enquanto os que ignoraram a mudança sofreram graves consequências. Heinz Guderian, estrategista alemão, mais tarde demonstraria como a mobilidade e a concentração de blindados poderiam redefinir o campo de batalha, um conceito que se consolidaria na Blitzkrieg durante a Segunda Guerra Mundial.

Na mesma guerra, mas em outro teatro, o radar mostraria que a informação também é arma. A capacidade de detectar aeronaves e navios além da linha de visão revolucionou a guerra aérea e naval. Países que dominaram essa tecnologia obtiveram vantagem estratégica decisiva, reorganizando defesas e operações ofensivas com base em dados antes impossíveis de coletar. O radar tornou claro que superioridade não dependia apenas do número de plataformas, mas da integração entre ciência, tecnologia e estratégia militar.

Durante a Guerra Fria, novas tecnologias, com mísseis balísticos, armas nucleares e satélites de vigilância, exigiram revisões profundas de doutrina. O conceito de dissuasão estratégica mudou a maneira como países percebiam segurança, capacidade de ataque e vulnerabilidade. A tecnologia não apenas fornecia ferramentas; redefinia a lógica de todo o confronto.

Mais recentemente, drones e veículos aéreos não tripulados alteraram novamente o paradigma. Conflitos no Oriente Médio e mais recentemente na Ucrânia, demonstraram que pequenos dispositivos podem mudar táticas e logística. Drones de reconhecimento e ataque permitem vigilância contínua, ataques cirúrgicos e saturação de defesas inimigas, obrigando a doutrina a considerar novos riscos e possibilidades de emprego.

Inovações contemporâneas e o impacto na doutrina

Hoje, tecnologias emergentes redefinem como as Forças Armadas operam em todos os níveis. Drones, inteligência artificial, guerra cibernética e sistemas autônomos representam fronteiras que a doutrina precisa absorver.

Drones: olhos e braços do novo campo de batalha - Os drones surgiram como ferramentas de vigilância, mas rapidamente expandiram seu papel para ataque, saturação de defesas e coleta de dados em tempo real. Pequenos modelos oferecem capacidade de reconhecimento em tempo quase real, enquanto plataformas maiores permitem ataques de precisão a longa distância. A doutrina precisa integrar seu uso de forma coordenada, considerando vulnerabilidades, contra-medidas e regras de engajamento, algo inexistente há duas décadas.

Inteligência artificial: multiplicador de decisão A inteligência artificial transforma dados em decisão. Ela permite que grandes volumes de informação sejam analisados rapidamente, identifica padrões, antecipa movimentações inimigas e otimiza logística. Sistemas de apoio à decisão operacional, fusão de sensores e planejamento preditivo aumentam significativamente a capacidade de resposta. Mas a IA exige revisões doutrinárias: procedimentos, treinamento e princípios éticos precisam ser atualizados para evitar falhas e riscos legais.

Ciberespaço e guerra eletrônica - O domínio do ciberespaço tornou-se tão crítico quanto o domínio físico do campo de batalha. Redes de comando, sistemas de comunicação e sensores interligados oferecem vantagem estratégica, mas também criam vulnerabilidades. A doutrina moderna deve incorporar proteção de dados, redundâncias e operação em ambientes degradados, garantindo que uma eventual falha tecnológica não paralise a operação.

Sistemas autônomos e dilemas éticos

A introdução de sistemas de armas autônomas levanta desafios inéditos. Decisões antes humanas, como engajar um alvo, podem ser parcialmente automatizadas. Isso exige definição clara de responsabilidades, supervisão e regulamentação, demonstrando que inovação tecnológica e doutrina não podem andar separadas.

A doutrina como processo vivo

O ponto central é que a doutrina militar deve ser um processo em movimento. Laboratórios de conceito, exercícios de inovação e ciclos de revisão contínua são fundamentais para testar hipóteses antes de incorporá-las oficialmente. Isso garante que a doutrina acompanhe o ritmo das mudanças tecnológicas e minimize riscos de obsolescência.

A cultura organizacional é outro fator crítico. Uma Força que valoriza inovação incentiva experimentação, pensamento crítico e integração entre áreas como operações, inteligência, logística e tecnologia. Inserir ciência de dados, cibersegurança e ética tecnológica na formação do pessoal garante que a doutrina não apenas absorva novas tecnologias, mas as transforme em vantagem operacional.

Desafios e oportunidades para o Brasil

Para o Brasil, a relação entre tecnologia e doutrina é especialmente relevante. A Estratégia Nacional de Defesa (END) reconhece que ciência, tecnologia e uma base industrial robusta são fundamentais para a soberania. Empresas como Embraer Defesa, Avibras, SIATT e Akaer demonstram capacidade tecnológica avançada, mas enfrentam desafios de continuidade, financiamento e integração com universidades e centros de pesquisa.

A dependência tecnológica externa e a obsolescência prematura representam riscos reais, que precisam ser mitigados por políticas de governança, investimentos em P&D e planejamento estratégico de longo prazo. Além disso, o preparo do pessoal é essencial. Treinamento contínuo, exercícios realistas e integração com centros de pesquisa permitem que novas tecnologias sejam testadas antes de serem aplicadas em larga escala, garantindo que a doutrina seja operacional e não apenas teórica.

Navegando no futuro da guerra

O futuro da guerra não será definido apenas nos campos de batalha. Ele será moldado em laboratórios, universidades e centros de comando, onde ciência, tecnologia e doutrina se encontram. O desafio do Brasil é claro: transformar inovação tecnológica em conhecimento operacional e este, em vantagem estratégica.

Como lembra o General Talles Vilela, "a doutrina não pode ser uma verdade absoluta". Ela é como um navio em mar aberto: precisa de rumo, mas também de flexibilidade para ajustar as velas quando o vento muda. A tecnologia é esse vento constante, por vezes favorável, por vezes adverso, e a capacidade de navegar por ele determina a eficácia militar.

O país tem a oportunidade de não apenas acompanhar tendências, mas de liderar, integrando Forças Armadas, indústria, universidades e políticas públicas em um ciclo contínuo de inovação e aprendizado estratégico. O sucesso dependerá da capacidade de alinhar tecnologia, doutrina e cultura organizacional, garantindo que o Brasil transforme potencial em poder real e mantenha relevância em um cenário global cada vez mais competitivo.


por Angelo Nicolaci


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um agradecimento especial ao Gen. Talles Vilela da Diretoria de Fabricação

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Brasil e Reino Unido firmam Declaração de Intenções para produção do Obuseiro L119

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O Brasil, representado pela Diretoria de Fabricação, organização militar subordinada ao Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), assinou nesta quinta-feira (11), uma Declaração de Intenções (Statement of Intent) com o governo do Reino Unido, estabelecendo uma parceria estratégica para tratar da produção do obuseiro leve L119 pelo Exército Brasileiro.

O documento estabelece um canal de comunicação que viabiliza o possível licenciamento da produção nacional do Obuseiro L119 Light Gun. A fabricação poderá ser realizada pelo Arsenal de Guerra do Rio (AGR) e pelo Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP), com apoio técnico da BAE Systems, fabricante original do sistema.

O L119 é um obuseiro leve de calibre 105 mm, amplamente reconhecido por sua alta mobilidade, adaptabilidade e confiabilidade. Ele é utilizado por diversos países e destaca-se por sua flexibilidade operacional, atributos que o tornam um sistema de artilharia valorizado internacionalmente.

Segundo o comunicado oficial, o acordo representa o início de um novo capítulo na cooperação bilateral estratégica entre Brasil e Reino Unido. Além disso, reforça os esforços do Sistema de Fabricação do Exército Brasileiro para fortalecer a Base Industrial de Defesa (BID), contribuindo para o desenvolvimento de capacidades nacionais, geração de empregos qualificados, avanço tecnológico e soberania nacional.

A assinatura da Declaração de Intenções é parte de um movimento contínuo do Exército Brasileiro para modernizar sua indústria de defesa e consolidar parcerias internacionais que promovam a transferência de tecnologia e o fortalecimento da produção nacional de equipamentos estratégicos.


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Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro celebra 262 anos

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Com mais de dois séculos e meio de história, o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) reafirma sua relevância estratégica na construção naval militar brasileira. Fundado em 29 de dezembro de 1763, no sopé do Mosteiro de São Bento, o estaleiro teve como missão inicial construir e reparar navios da Marinha de Portugal. Desde então, o AMRJ se consolidou como um polo de inovação tecnológica e engenharia naval, mantendo presença ativa na defesa da soberania nacional e no desenvolvimento de capacidades navais complexas.

Ao longo dos séculos, o Arsenal passou por diversas denominações e expansões. Após a Independência, em 1822, tornou-se o Arsenal de Marinha da Corte, e com a Proclamação da República consolidou oficialmente o nome atual em 1948, quando suas operações foram totalmente concentradas na Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro. Desde o século XIX, a instituição participou de marcos da engenharia naval brasileira, como a Corveta Campista (1824), o Cruzador Tamandaré (1884) e o Monitor Fluvial Parnaíba (1936), ainda em atividade, demonstrando a durabilidade e a excelência da construção naval nacional.

Nos anos seguintes, destacou-se na produção de Navios-Patrulha Costeiros, Navios de Assistência Hospitalar e Corvetas da Classe Inhaúma, consolidando sua capacidade de projetar e construir meios navais sofisticados. Um salto tecnológico relevante ocorreu em 1982, com o início do programa de submarinos em parceria com a Alemanha, que permitiu a formação de gerações de engenheiros e técnicos brasileiros. O resultado foi a construção dos submarinos da Classe Tupi: “Tamoio”, “Timbira” e “Tapajó” e do "Tikuna", entregue à Esquadra em 2006, além da Corveta Barroso (2008), um marco da engenharia naval militar nacional.

Retomada da construção naval: Navios-Patrulha em destaque

Nos últimos anos, o AMRJ tem protagonizado a retomada da construção naval militar. A entrega do Navio-Patrulha Maracanã, em 2022, marcou a reinauguração da linha de produção. Atualmente, o estaleiro desenvolve simultaneamente os NPa Mangaratiba e Miramar, no Edifício 17, reforçando a capacidade de produção e a tradição construtiva do Arsenal.

Segundo o Diretor do AMRJ, Contra-Almirante Mauro Nicoloso Bonotto, “A construção simultânea dos NPa ‘Mangaratiba’ e ‘Miramar’ demonstra a retomada da capacidade e vocação histórica do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. Desde a entrega do NPa ‘Maracanã’, estamos investindo na melhoria contínua da linha de produção, aperfeiçoando processos e sistemas fundamentais para a prontificação dos meios”.

Esses navios-patrulha têm papel estratégico na proteção da Amazônia Azul, garantindo segurança do tráfego aquaviário, fiscalização das águas jurisdicionais e combate a crimes como contrabando, pesca ilegal e tráfico de drogas. Além disso, apoiam missões de busca e salvamento e fornecem suporte a comunidades em áreas remotas, contribuindo para a presença e atuação da Marinha em toda a costa brasileira.

Modernização e manutenção de grandes meios navais

O AMRJ também mantém uma atuação significativa na manutenção e modernização de embarcações da Marinha, como demonstrou a primeira docagem do Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico, entre setembro de 2024 e março de 2025, no Dique Almirante Régis. O processo incluiu revisões de linhas de eixo, hélices, lemes, válvulas de fundo, reaplicação de pintura anti-incrustante e ajustes nos sistemas de propulsão, reforçando a segurança operacional e a eficiência do navio.

Segundo o Diretor do AMRJ: “A primeira docagem do NAM ‘Atlântico’ no Dique ‘Almirante Régis’ foi uma manobra desafiadora, não somente pelas dimensões do navio, mas pelo seu ineditismo no Brasil”.

Perspectivas e próximos projetos

O Arsenal mantém um cronograma robusto de entregas e modernizações para os próximos anos. Em 2026, está prevista a cerimônia de batismo do NPa Mangaratiba, que será incorporado ao Setor Operativo da Marinha, enquanto o NPa Miramar deve ser entregue em dezembro de 2028. Estas embarcações integram o Programa de Obtenção de Navios-Patrulha (PRONAPA), dentro do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), garantindo investimentos contínuos em infraestrutura e tecnologia naval.

Além da construção e modernização de navios militares, o AMRJ mantém serviços de suporte para embarcações comerciais, reafirmando seu papel estratégico como centro de excelência em engenharia naval, capaz de atender às demandas da Defesa Nacional, de operações humanitárias e de apoio logístico em águas interiores e costeiras.

Com mais de 260 anos de história, o AMRJ continua a combinar tradição, inovação e tecnologia de ponta, fortalecendo a soberania nacional e consolidando a presença brasileira nos cenários marítimos internacionais.


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com Marinha do Brasil



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Marinha do Brasil adquire navio doca HMS Bulwark, que será renomeado NDM Oiapoque

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A Marinha do Brasil (MB) deu um passo importante na modernização da Esquadra ao adquirir nesta quarta-feira (10), em Londres, o HMS Bulwark, navio doca-multipropósito da Classe Albion da Marinha Real Britânica. A embarcação será renomeada NDM Oiapoque, em homenagem ao extremo norte do Brasil, símbolo da expressão “do Oiapoque ao Chui”, que representa os limites do território nacional.

O contrato foi assinado a bordo do HMS Mersey, com a presença do Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, do Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante Edgar Luiz Siqueira Barbosa, e do Second Sea Lord da Royal Navy, Vice-Almirante Martin Connell, além de autoridades civis e militares. O acordo formaliza o protocolo de intenções firmado em abril na LAAD Defence & Security 2025, no Rio de Janeiro, e foi oficializado durante a DSEI UK 2025, em Londres.

Um navio estratégico para defesa e ajuda humanitária

Com 176 metros de comprimento, deslocamento de 18.500 toneladas e capacidade para 710 militares, o NDM Oiapoque combina robustez e versatilidade. Ele será capaz de transportar pessoal, carga, mantimentos, medicamentos e hospitais de campanha para apoiar operações de defesa e emergências humanitárias, além de atuar na proteção da Amazônia Azul, região estratégica rica em recursos naturais e minerais.

O Comandante da Marinha, Alte Esq. Marcos Sampaio Olsen, ressaltou: “A aquisição do HMS Bulwark constitui um marco no esforço de recomposição do núcleo do Poder Naval, contribuindo sobremodo para o exercício da soberania em águas sob jurisdição do Estado. A Marinha do Brasil reafirma, assim, seu compromisso com a ampliação da capacidade de presença em áreas de interesse e com a condição de eficiência adequada para atuar em diferentes cenários, seja em operações de defesa ou em apoio à população brasileira em situações de emergência, em especial nas respostas a desastres naturais e missões de assistência humanitária”.

O NDM Oiapoque será o quarto navio da Marinha a ostentar este nome. O primeiro foi um navio de madeira a vapor, adquirido em 1865, com participação indireta na Guerra do Paraguai. O segundo foi um pequeno vapor fluvial da Flotilha do Amazonas, incorporado em 1891. O terceiro, Aviso Fluvial Oiapoque, construído na Inglaterra, foi descomissionado em 1964.

Revitalização e treinamento da tripulação

O navio está atualmente em Plymouth, Inglaterra, passando por revitalização completa, incluindo atualização dos sistemas de comando e controle, comunicações, propulsão e geração de energia. A modernização garante vida útil de pelo menos duas décadas, atendendo às demandas atuais da Marinha.

Para operar a embarcação, cerca de 48 militares brasileiros viajarão em setembro para treinamento e reconhecimento do navio, seguidos por mais 44 militares em novembro. A capacitação inclui simulações e exercícios conjuntos para assegurar a plena operacionalidade do NDM Oiapoque.

O Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante Edgar Luiz Siqueira Barbosa, destacou a parceria estratégica com a Royal Navy: “A relação entre a Marinha do Brasil e a Royal Navy é histórica. O Navio Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico, principal embarcação da Esquadra Brasileira, também foi adquirido da Inglaterra e chegou ao Brasil em 2018. As aquisições do NAM ‘Atlântico’ e do HMS Bulwark refletem essa parceria estratégica, que envolve não apenas transferência de meios navais, mas também intercâmbio de conhecimentos, treinamento de tripulações e cooperação em áreas de interesse comum. Essa aproximação fortalece os laços diplomáticos entre os dois países”.

O NDM Oiapoque deve ser comissionado e trasladado ao Brasil em 2026, quando passará a integrar a Esquadra Brasileira, ampliando a capacidade da Marinha de atuar em defesa, projeção de poder e operações humanitárias.


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com Marinha do Brasil



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Diretoria de Fabricação aprimora Lanchas de Operações Ribeirinhas e aumenta prontidão operacional

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Entre os dias 2 e 4 de setembro de 2025, militares do Sistema de Fabricação (Sis Fab) realizaram atividades técnicas no Centro de Embarcações do Comando Militar da Amazônia (CECMA), em Manaus (AM), nas Amostras 1 e 2 da Lancha de Operações Ribeirinhas São Félix do Araguaia (LOp Rib-SFA).

O trabalho incluiu a montagem de equipamentos de sinalização, comunicação e geoposição na Amostra 2, além da preparação, pintura e instalação das chapas balísticas na Amostra 1. Essas ações elevam a prontidão operacional das embarcações, garantindo que estejam aptas para cumprir missões críticas em ambientes ribeirinhos.

Segundo a Diretoria de Fabricação, as atividades executadas contribuem de forma direta para o aumento do poder de combate do Comando Militar da Amazônia (CMA), reforçando a soberania e a presença das Forças Armadas na região amazônica.

As Lanchas de Operações Ribeirinhas desempenham papel estratégico na mobilidade das tropas em rios e áreas de difícil acesso terrestre, possibilitando respostas rápidas e efetivas em operações de segurança, patrulha e apoio logístico.

“Essas melhorias representam não apenas um avanço tecnológico, mas também o compromisso da Diretoria de Fabricação com a segurança e a soberania na Amazônia”.

Com esta intervenção, o Sis Fab reafirma seu papel essencial na manutenção e modernização de equipamentos, garantindo que o CMA mantenha capacidade operacional plena e pronta para desafios estratégicos na região amazônica.


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com Exército Brasileiro



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Lockheed Martin e BAE Systems lançam parceria para revolucionar sistemas aéreos não tripulados

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A defesa aérea está prestes a entrar em uma nova era. A Lockheed Martin e a BAE Systems anunciaram uma parceria estratégica para desenvolver uma geração inédita de sistemas aéreos autônomos não tripulados, projetados para atuar de forma modular, rápida e com múltiplos efeitos, incluindo capacidades disruptivas que podem redefinir operações militares.

O projeto combina as divisões de pesquisa e desenvolvimento avançado das duas empresas, Skunk Works, da Lockheed Martin, e FalconWorks, da BAE Systems, reunindo expertise em design ágil, prototipagem rápida e manufatura avançada. O objetivo é criar sistemas econômicos, de fácil operação e com múltiplas opções de lançamento, capazes de complementar e aumentar a sobrevivência das aeronaves tripuladas já em operação.

O sistema será adaptável a diferentes missões, podendo ser lançado de forma aérea, terrestre, marítima ou a partir de aeronaves logísticas de grande porte, oferecendo flexibilidade estratégica para um campo de batalha em rápida transformação. Com isso, a parceria busca entregar “massa de combate” de forma ágil e acessível, combinando plataformas tripuladas e não tripuladas.

“É uma satisfação unir forças com a BAE Systems, combinando nossa expertise em prototipagem rápida e desenvolvimento avançado para oferecer capacidades transformadoras. Ao trabalharmos juntos, estamos abrindo novas possibilidades para nossos clientes e avançando no futuro dos sistemas autônomos”, destacou OJ Sanchez, vice-presidente e gerente-geral da Lockheed Martin Skunk Works.

Para a BAE Systems, a colaboração representa uma forma de entregar capacidades disruptivas rapidamente, atendendo às demandas do cenário militar contemporâneo. Dave Holmes, diretor-geral da FalconWorks, afirmou:

“Por meio de nossa colaboração com a Lockheed Martin, vamos entregar capacidades disruptivas que podem fazer a diferença para nossos clientes militares rapidamente, permitindo que enfrentem as exigências do campo de batalha atual.”

Um passo estratégico para o futuro da defesa

A parceria surge em um momento crítico, em que nações de todo o mundo buscam integrar plataformas tripuladas e não tripuladas, aumentando a eficiência, a adaptabilidade e a capacidade de resposta em operações militares complexas. Ao combinar tecnologias avançadas e modularidade, Lockheed Martin e BAE Systems prometem abrir novos caminhos para o desenvolvimento de sistemas autônomos no setor de defesa.

A Lockheed Martin é líder global em tecnologia de defesa, dedicada à inovação e ao avanço científico, com soluções que abrangem múltiplos domínios e a visão 21st Century Security®.

A BAE Systems oferece algumas das soluções mais avançadas do mundo em defesa, aeroespacial e segurança, empregando cerca de 100.000 pessoas em mais de 40 países. A empresa desenvolve tecnologias que protegem fronteiras, salvam vidas, fortalecem nações e garantem a segurança de informações e infraestrutura crítica.


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com AND,ALL


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Espaço Brasil é inaugurado na DSEI 2025 e reúne 11 empresas brasileiras de defesa

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O Espaço Brasil foi inaugurado nesta terça-feira (9), no primeiro dia da Defence and Security Equipment International (DSEI) 2025, em Londres, uma das maiores feiras internacionais de defesa e segurança.

A cerimônia contou com a presença do Embaixador Antonio de Aguiar Patriota, representante do Brasil no Reino Unido, e do Comandante da Marinha do Brasil, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, além de autoridades civis e militares de destaque.

Entre os presentes estavam o Almirante de Esquadra Edgar Luiz Siqueira Barbosa, Diretor-Geral do Material da Marinha; o Tenente-Brigadeiro do Ar Heraldo Luiz Rodrigues, Secretário de Produtos de Defesa (SEPROD); o General de Divisão Alcio Alves Almeida e Costa, Vice-Chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa; o General Tales Villela, Diretor de Fabricação do Exército; o Coronel Antônio Ribeiro, da ABIMDE; e Daniel Pirola, representando a ApexBrasil.

União da indústria brasileira

Coordenado pela ABIMDE, em parceria com a ApexBrasil e com apoio do Ministério da Defesa e do Ministério das Relações Exteriores, o Espaço Brasil reúne 11 empresas brasileiras: Atech, Berkana, CSA, CSD, Kryptus, M&K, Modirum Gespi, Protecta, Simtech, Ocellott e Vertical do Ponto.

Durante os quatro dias de evento, o espaço receberá delegações internacionais e autoridades, oferecendo às empresas a chance de apresentar soluções em defesa e segurança, fortalecer parcerias e ampliar sua visibilidade no mercado global.

Segundo o Coronel Antônio Ribeiro, o início da feira foi intenso, com grande número de visitantes e oportunidades de negócios:

“O primeiro dia foi muito produtivo, com representantes comerciais interessados em conhecer nossos expositores. O ponto alto foi a inauguração, marcada pela presença do Embaixador Antonio Patriota, que se dedicou a conhecer detalhadamente cada empresa e suas soluções de defesa”, afirmou.

Com mais de 40 anos de atuação, a ABIMDE se consolidou como uma ponte entre a indústria brasileira e o mercado internacional, promovendo políticas, iniciativas e parcerias que ampliam a presença do Brasil no setor de defesa e segurança. A entidade é referência na promoção de capacidades industriais e tecnológicas, conectando empresas nacionais a novos mercados e fortalecendo a posição do país no exterior.


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com Rossi Comunicação



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CSD leva portfólio de sistemas e componentes de defesa à DSEI 2025 em Londres

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A CSD – Componentes e Sistemas de Defesa será um dos destaques brasileiros na Defense and Security Equipment International (DSEI), uma das maiores feiras internacionais do setor de defesa e segurança, que acontece em Londres, entre os dias 9 e 12 de setembro. A presença faz parte da estratégia da empresa para fortalecer sua marca no mercado externo no segundo semestre.

Presença brasileira no exterior

A CSD integrará o Pavilhão Brasil, organizado pela Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), ao lado de outras empresas nacionais do setor. Esta será a segunda participação da companhia na DSEI. Em 2023, a empresa apresentou sua expertise no desenvolvimento e produção de munições, bombas aéreas, foguetes e outros componentes de alta tecnologia para a defesa.

Neste ano, a CSD apresentará seu portfólio completo de Sistemas e Componentes de Defesa, com destaque para:

  • Bombas da série MK80;

  • Munições de morteiro 60 mm, 81 mm e 120 mm;

  • Munição de obuseiro 155 mm;

  • Foguetes 70 mm modelos MK66 e MK40;

  • Sistemas de espoletas para munições;

  • Soluções VANT com sistemas de armamento.

Expansão internacional e inovação

Para o diretor de vendas da CSD, Paulo Kleinke, a participação na DSEI é estratégica para ampliar a presença internacional da empresa:

“A participação na DSEI é uma oportunidade estratégica para expandir nossa presença internacional e consolidar nossa marca no setor de defesa global. A expectativa é que a feira proporcione um ambiente ideal para apresentar nosso portfólio, além de fortalecer parcerias, atrair novos clientes e promover a inovação tecnológica da empresa”, afirmou.

Kleinke também destacou a relevância da parceria institucional:
“É preciso agradecer à ABIMDE pela oportunidade de viabilizar nossa presença neste grande evento”, completou.

A CSD – Componentes e Sistemas de Defesa é uma Empresa Estratégica de Defesa (EED) e integra a Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS) do Brasil. Vários de seus produtos são reconhecidos como Produtos Estratégicos de Defesa (PED) pelo Ministério da Defesa.

A companhia possui expertise na fabricação de bombas aéreas, foguetes, espoletas, munições e outros componentes, contando com cinco fábricas no Brasil dedicadas a fundição, usinagem e montagem.

Com mais de uma década de experiência, a CSD alia tecnologia nacional a processos modernos de desenvolvimento e produção, consolidando-se como um dos principais nomes brasileiros no setor, com atuação crescente também no mercado internacional.


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com Rossi Comunicação


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Akaer e ASELSAN firmam Memorando de Entendimento durante a DSEI em Londres

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A Akaer, empresa brasileira de engenharia avançada para os setores de defesa e aeroespacial, e a turca ASELSAN, referência global em sistemas de alta tecnologia, assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para o desenvolvimento conjunto de soluções em defesa.

O acordo foi formalizado nesta terça-feira (9) por Cesar Silva, CEO da Akaer, e Ahmet Akyol, CEO da ASELSAN, durante a DSEI (Defense and Security Equipment International), uma das principais feiras de defesa e segurança do mundo, realizada em Londres, no Reino Unido.

Complementaridade e expansão internacional

A parceria reúne a experiência da Akaer em integração de sistemas complexos e sua atuação consolidada no Brasil com a expertise da ASELSAN em sistemas de defesa de última geração, fortalecendo a presença das duas empresas tanto no mercado latino-americano quanto no internacional.

Este acordo reforça a estratégia da Akaer de ampliar parcerias internacionais e oferecer soluções de ponta para o Brasil e para o mundo, consolidando nosso papel como integradores de tecnologia e inovação”, afirmou Cesar Silva.

Áreas de cooperação

O Memorando de Entendimento tem como objetivo viabilizar a transferência de tecnologia, prospectar oportunidades e desenvolver soluções integradas em diferentes áreas, incluindo:

  • aviônica e eletro-óptica,

  • cargas úteis para missões especiais,

  • modernização de veículos blindados,

  • sistemas navais e terrestres,

  • visão noturna e tecnologias autônomas.

Com portfólios complementares, Akaer e ASELSAN buscam desenvolver inovações alinhadas às necessidades do setor de defesa, com potencial de ampliar mercados estratégicos no Brasil e no exterior.

Reforço à Base Industrial de Defesa

A união estabelece uma frente conjunta voltada à industrialização de tecnologias de ponta, fortalecendo a Base Industrial de Defesa, ampliando a capacidade tecnológica nacional e apoiando a expansão global das duas empresas.

Com mais de 33 anos de experiência, a Akaer acumula um portfólio de mais de 10 milhões de horas de engenharia, com participação em mais de 50 programas aeroespaciais globais. A empresa teve papel fundamental no desenvolvimento da aeronave de transporte militar C-390 Millennium da Embraer, do caça Gripen E em parceria com a Saab e do jato supersônico Hürjet, da Turkish Aerospace Industries.

Em 2024, a Akaer tornou-se a primeira empresa brasileira a ser reconhecida como Fornecedora Global de Nível 1 no setor aeroespacial, ao assinar contrato com a Deutsche Aircraft para o fornecimento da fuselagem dianteira do D328eco.

Com quase 50 anos de atuação, a ASELSAN é uma das líderes globais em eletrônica de defesa, com soluções que vão de sistemas submarinos a aplicações espaciais. Seu portfólio inclui defesa aérea, radares, guerra eletrônica, eletro-óptica, aviônicos, guiagem, sistemas terrestres e navais, comunicações, satélites e comando e controle militar.

No setor civil, também oferece tecnologias para transporte, energia, saúde e segurança, consolidando-se como referência mundial em inovação tecnológica.


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