sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Embraer firma parceria estratégica com a ILIAS Solutions para elevar a eficiência de gestão de frotas do C-390 Millennium e A-29 Super Tucano

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A Embraer anunciou hoje a assinatura de um acordo de parceria estratégica com a ILIAS Solutions, empresa reconhecida globalmente por seus softwares de defesa orientados para missões. A colaboração visa modernizar e ampliar a eficiência da gestão de frotas dos operadores das aeronaves C-390 Millennium e A-29 Super Tucano, dois dos principais produtos da companhia brasileira no mercado militar internacional.

Pelo acordo, o pacote de software da ILIAS será integrado aos sistemas de manutenção e logística da Embraer, permitindo que forças aéreas obtenham um gerenciamento mais preciso e centralizado de suas operações. A solução unifica dados de manutenção, operação e cadeia de suprimentos, oferecendo maior capacidade de planejamento, melhor alocação de recursos e, sobretudo, mais prontidão para missões críticas.

Segundo Douglas Lobo, Vice-Presidente de Suporte ao Cliente e Pós-Vendas da Embraer Serviços & Suporte, a parceria representa mais um passo importante na expansão das capacidades de apoio ao cliente. “Essa parceria reforça a colaboração da Embraer com a base industrial dos Países Baixos e, ao mesmo tempo, nos permite oferecer aos nossos clientes uma solução de gestão de frotas de última geração para apoiar nossas aeronaves”, destacou.

Jean-Pierre Wildschut, CEO da ILIAS Solutions, ressaltou a relevância da aliança para ambas as empresas. “A ILIAS Solutions reconhece a importância da parceria com a Embraer, que amplia nossa consolidada oferta de gestão de frotas e entrega valor adicional aos clientes da Embraer”, afirmou.

O sistema oferece aos comandantes uma visão imediata e confiável do status operacional por meio de uma única fonte de dados. Com insights em tempo real, análises avançadas e suporte à tomada de decisão, a plataforma eleva significativamente a capacidade de resposta das forças aéreas em diferentes cenários de emprego.

A parceria ocorre em um momento em que o C-390 Millennium consolida sua posição no mercado global. Em operação desde 2019 com a Força Aérea Brasileira, desde 2023 com a Força Aérea Portuguesa e desde 2024 com a Força Aérea Húngara, a aeronave acumula mais de 99% de taxa de conclusão de missão, um marco de produtividade em sua categoria. Até agora, o projeto de transporte multimissão da Embraer já foi selecionado por 11 forças aéreas ao redor do mundo, incluindo oito países europeus e sete nações integrantes da OTAN.

Com a integração das soluções da ILIAS, a Embraer fortalece seu ecossistema de suporte e se posiciona para oferecer um pacote ainda mais competitivo, alinhado às exigências de eficiência, transparência e disponibilidade operacional que pautam as missões do século XXI.


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Primeiro UH-60M Black Hawk chega ao Brasil e dá início à renovação da Aviação do Exército

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O Exército Brasileiro recebeu, na manhã de 20 de novembro, o primeiro helicóptero UH-60M Black Hawk de sua nova frota. A aeronave desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos a bordo de um C-17A Globemaster III da Força Aérea dos Estados Unidos, matrícula 97-0048, pertencente ao 445th Airlift Wing. A chegada marca o início prático de uma das mais importantes modernizações da Aviação do Exército nos últimos anos.

O UH-60M recebido é o primeiro de um total de 12 helicópteros adquiridos em 2024 por meio do programa Foreign Military Sales (FMS). Ao contrário das aquisições via “Excess Defense Articles”, normalmente associadas a equipamentos excedentes das Forças Armadas dos EUA, o Brasil está recebendo aeronaves novas de fábrica, configuradas na versão mais atual do Black Hawk hoje disponível para produção e exportação.

O pacote contratado pode chegar a até US$ 950 milhões e inclui, além das aeronaves, motores sobressalentes T700-GE-701D, sistemas avançados de navegação, rádios táticos, transponders, equipamentos criptográficos, ferramentas de manutenção, treinamento e suporte logístico. Menos da metade do valor está diretamente associado aos helicópteros; o restante corresponde a serviços de capacitação, peças e assistência técnica, fundamentais para garantir elevada disponibilidade operacional durante todo o ciclo de vida dos HM-2A, designação oficial da nova frota no Exército Brasileiro.

A modernização permitirá substituir quatro UH-60L Black Hawk (HM-2) e oito AS532UE Cougar (HM-3), atualmente distribuídos entre o 2º Batalhão de Aviação do Exército (Taubaté/SP), o 3º BAvEx (Campo Grande/MS) e o 4º BAvEx (Manaus/AM). Essas aeronaves vêm enfrentando custos crescentes de manutenção e limitações de disponibilidade, tornando a chegada dos novos UH-60M essencial para preservar a capacidade operacional da Aviação do Exército.

Documentos norte-americanos ressaltam que a venda fortalece a cooperação estratégica entre Brasil e Estados Unidos e amplia significativamente a capacidade brasileira em transporte tático, evacuação aeromédica, apoio em desastres naturais, infiltração e extração de tropas e missões de segurança interna. 

A preparação da Aviação do Exército para operar o novo modelo já está em andamento. Militares participaram de cursos e treinamentos nos Estados Unidos, enquanto equipes da Sikorsky e do Exército norte-americano inspecionaram as instalações de Taubaté, que devem concentrar parte significativa das operações, manutenção e treinamento da frota.

O cronograma de entrega prevê a chegada do primeiro helicóptero em 2025, já cumprido com a chegada do exemplar recebido na última quinta-feira (20), com a entrega das demais unidades entre 2027 e 2029, conforme programação oficial. Após sua incorporação, os novos HM-2A Black Hawk serão distribuídos entre o 2º, 3º e 4º BAvEx, garantindo padronização, maior interoperabilidade e ganho expressivo em desempenho operacional.

A chegada do primeiro UH-60M representa um marco para a Aviação do Exército e consolida uma renovação estrutural que fortalecerá as operações em todo o território nacional, especialmente nas regiões de difícil acesso, onde a capacidade de manobra aérea é decisiva para o cumprimento das missões da Força.


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Paquistão apresenta JF-17C Block III e arsenal de armas guiadas no Dubai Airshow 2025

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A Força Aérea do Paquistão levou ao Dubai Airshow 2025 uma das exibições mais completas do evento no segmento de combate tático, apresentando o caça JF-17C Block III acompanhado de um amplo conjunto de armas guiadas de precisão de origem paquistanesa e chinesa. A participação reforça a estratégia de Islamabad de demonstrar maturidade tecnológica e capacidade autônoma crescente na integração de armamentos avançados.

O JF-17C Block III, versão mais moderna da plataforma desenvolvida em parceria com a China, foi exposto com mísseis ar-ar de médio e curto alcance PL-15E e PL-10E, além dos mísseis paquistaneses BREK e Al-Battar. O conjunto evidencia a evolução do vetor em termos de combate BVR (além do alcance visual) e performance em cenários de superioridade aérea, reforçando sua competitividade no mercado internacional.

Entre os armamentos apresentados, o destaque ficou para o míssil aerobalístico antirradiação CM-400AKG, de fabricação chinesa. A arma, conhecida por sua alta velocidade e capacidade de ataque contra alvos de elevada defesa, ganhou notoriedade por seu suposto papel na neutralização de um sistema indiano S-400 durante o confronto indo-paquistanês ocorrido em maio. Sua exibição em posição de destaque buscou consolidar a imagem do míssil como um multiplicador de poder estratégico.

A demonstração conjunta do caça e de seu arsenal sinaliza o avanço contínuo do Paquistão na modernização de sua aviação de combate, ao mesmo tempo em que evidencia a crescente integração de tecnologias de origem chinesa nos programas militares do país. No Dubai Airshow 2025, a apresentação da Força Aérea Paquistanesa reforçou a narrativa de que o JF-17C Block III já alcançou um novo patamar de capacidade operacional, ampliando tanto seu valor militar quanto seu potencial comercial no mercado global de defesa.


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Rússia apresenta o Su-57 no Dubai Airshow 2025 com novo motor Al-51F-1 e avanços em furtividade

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A Rússia levou ao Dubai Airshow 2025 uma de suas principais vitrines de tecnologia militar: o Sukhoi Su-57, apresentado na configuração T-50-9, atualmente a mais avançada em exibição pública do programa. A participação do caça de quinta geração no evento destacou a estratégia russa de reafirmar sua capacidade de desenvolvimento aeroespacial em meio à crescente competição internacional no setor.


Durante o salão, a Sukhoi e a fabricante de motores Lyulka-Saturn divulgaram detalhes sobre um novo propulsor destinado à aeronave, o Al-51F-1. A versão apresentada chamou atenção por incorporar bicos de escapamento serrilhados, uma solução voltada à redução da assinatura infravermelha e ao gerenciamento térmico, além de bicos achatados, vetorizados e com características de baixa observabilidade, elementos inéditos até então no programa.

As melhorias visam aproximar o Su-57 do desempenho esperado para caças de quinta geração plenamente maduros, reforçando parâmetros de furtividade, eficiência e manobrabilidade. Segundo engenheiros responsáveis pelo projeto, o novo motor deverá oferecer maior potência, melhor relação peso-empuxo e resposta mais rápida em regimes de combate.

Outro destaque revelado no Dubai Airshow 2025 foi a modernização do cockpit. A Sukhoi integrou ao Su-57 um display de grande área em peça única, seguindo a tendência das plataformas ocidentais e elevando a consciência situacional do piloto. A atualização amplia a capacidade de gerenciamento de sensores, armas e sistemas de missão, tornando o layout da cabine mais intuitivo e compatível com futuras evoluções da aeronave.

A presença do Su-57 no evento reforça o empenho da Rússia em posicionar o seu caça como uma alternativa competitiva no mercado global, ao mesmo tempo em que sinaliza avanços internos no desenvolvimento de tecnologias críticas para o vetor. Com o novo motor e as atualizações estruturais, o programa demonstra um esforço contínuo para maturar o Su-57 e consolidá-lo como peça central da aviação de combate russa nas próximas décadas.


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Visita técnica da Diretoria de Fabricação à IDV destaca processo dos kits CKD para as 420 novas VBMT Guaicurus

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Nos dias 20 e 21 de novembro de 2025, uma comitiva da Diretoria de Fabricação (DF) do Exército Brasileiro realizou uma série de visitas técnicas às instalações da IDV, em Bolzano e Piacenza, na Itália, além da Systems Car, empresa fornecedora da IDV, também localizada em Piacenza. A agenda contou com a participação da Capitão Rebeca Camurça, gerente técnica da Plataforma 6x6 Guarani, e do Tenente Reinaldo, gerente técnico do Projeto VBMT-LSR 4x4 Guaicurus.

A atividade teve como objetivo observar, de forma direta e com enfoque de engenharia, as linhas de produção e montagem de veículos que integram ou integrarão a frota do Exército Brasileiro. Entre eles, destacam-se a VBMT Guaicurus e a VBC Cav Centauro II, já em operação no País. A equipe brasileira acompanhou de perto os processos industriais e os padrões de qualidade empregados pela IDV, consolidando referências essenciais para os projetos conduzidos pela DF.


Um dos pontos altos da missão foi o acesso ao processo de montagem dos kits Completely Knocked-Down (CKD) destinados às futuras 420 unidades da VBMT Guaicurus, que serão fabricadas no Brasil em cumprimento ao Contrato nº 05/2024-DF. A observação minuciosa dessa etapa permitirá aprimorar a preparação da infraestrutura e dos fluxos produtivos nacionais para a fabricação local do blindado.

Além dos projetos diretamente ligados ao Exército Brasileiro, a comitiva também conheceu veículos de outros segmentos do portfólio da IDV, como as plataformas MTV e MUV, além de caminhões militares 8x8 e 6x6. Foi apresentada ainda a versão italiana da VBMT Guaicurus, contribuindo para ampliar o entendimento sobre soluções que podem dialogar com futuras necessidades da Força.


Segundo a DF, a participação da equipe em atividades dessa natureza é fundamental para o aprofundamento técnico e para a obtenção de parâmetros de referência que embasarão tanto a concepção de novos projetos quanto a condução dos programas atualmente em andamento. A missão também reforça o compromisso da Diretoria de Fabricação com a atualização tecnológica contínua e com a busca por maior autonomia industrial no setor de defesa.


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com Exército Brasileiro

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quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Marinha do Brasil e EDGE Group avançam em desenvolvimento de sistema antidrone

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A Marinha do Brasil e a EDGE Group deram continuidade à parceria iniciada com a assinatura de uma carta de intenções em abril de 2025, avançando para a próxima fase do desenvolvimento conjunto de um sistema antidrone para uso em locais estratégicos.

Durante o Dubai Airshow 2025, o acordo foi formalizado pelo Vice-Almirante Carlos Henrique de Lima Zampieri, Diretor de Sistemas de Armas da Marinha do Brasil, e por Hamad Al Marar, Diretor-Gerente e CEO do EDGE Group.

Um grupo de trabalho conjunto, composto por especialistas técnicos da Marinha e do EDGE Group, já foi estabelecido. Está prevista uma demonstração do sistema para dezembro de 2025, com o primeiro pacote de capacidades programado para entrega em 2026.

Esta é a primeira etapa de um processo mais amplo de colaboração entre a Marinha do Brasil e o EDGE Group, que futuramente poderá evoluir para o desenvolvimento de um escudo antimísseis. O programa faz parte de uma estratégia para fortalecer a eficácia operacional e as capacidades de combate a drones da Marinha brasileira.


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Consciência para Quem? A Polêmica Que o Brasil Evita Encarar

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O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, foi instituído para reconhecer a contribuição afro-brasileira, promover o combate ao racismo e estimular reflexões sobre desigualdades históricas. No entanto, a data volta a gerar debate, especialmente entre setores que defendem uma abordagem mais ampla sobre identidade nacional e convivência social.

Críticos argumentam que “consciência” não deveria ter cor nem estar vinculada a um recorte racial específico. Para eles, consciência é um valor universal, um princípio humano que não se fragmenta entre grupos, raízes ou tonalidades de pele. Ao transformar um conceito universal em um tema racializado, há o risco de reforçar divisões em vez de superá-las.

Esse ponto é reforçado por uma comparação direta: qualquer tentativa de criar um hipotético “Dia da Consciência Branca” seria imediatamente e corretamente criticada, vista como segregadora, ofensiva e contraproducente. A reação negativa a tal ideia evidencia que a consciência não deve ser racializada. Se não faria sentido criar um dia baseado na consciência de um grupo específico, seja ele qual for, também se questiona o sentido de manter um modelo que, ao invés de integrar, pode acentuar fronteiras sociais.

No Brasil, país marcado pela miscigenação profunda de povos indígenas, africanos, europeus e imigrantes de diversas origens, alimentar divisões identitárias rígidas não reflete a realidade da própria sociedade. Para especialistas que defendem essa visão, o foco deveria estar na unidade nacional, e não na ampliação de categorias raciais que reforcem separações.

Não se trata de ignorar a história nem de minimizar injustiças, ao contrário. Os críticos reconhecem a importância de valorizar a herança afro-brasileira e de combater firmemente todas as formas de racismo. Mas defendem que a igualdade real se constrói com educação, oportunidades, cidadania e respeito todos os dias, para todos, e não por meio de datas que segmentam a consciência coletiva.

A reflexão proposta aponta para um caminho de integração: em vez de multiplicar rótulos raciais, o Brasil deveria fortalecer o que tem de mais singular, sua identidade plural, miscigenada e única. Para esses setores, avançar significa consolidar uma consciência comum, verdadeiramente humana, que não dependa de cor, origem ou divisão.

Ao tratar do tema, é importante reconhecer que o Brasil não precisa importar conflitos raciais que têm forte presença histórica e social em outros países, especialmente os que passaram por segregação institucionalizada. A realidade brasileira é distinta: somos um povo miscigenado, resultado de séculos de encontro entre diferentes culturas, povos e etnias. Existe racismo no Brasil? Sim, e deve ser combatido com rigor, mas de forma que fortaleça a união, não que alimente novos antagonismos.

Nesse contexto, políticas que incentivam divisões raciais ou que propõem modelos de “reparações” baseadas em culpas herdadas do passado não contribuem para a coesão nacional. Reconhecer os erros históricos, condená-los e impedir que se repitam é essencial. No entanto, criar benefícios, privilégios ou cotas baseados em um passado sofrido por pessoas que já não estão entre nós é um caminho que aprofunda separações em vez de superá-las. O foco deve estar na igualdade de oportunidades para todos os brasileiros, sem distinções forçadas que acabem por ressuscitar barreiras que a própria sociedade já caminhava para superar.


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EUA ampliam pressão sobre Maduro após autorização de operações clandestinas da CIA na Venezuela

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O ambiente geopolítico na América do Sul voltou a se tensionar após a revelação, publicada pelo The New York Times, de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou o início de operações clandestinas da CIA na Venezuela. A medida ocorre em meio ao envio do mais avançado porta-aviões americano, o USS Gerald R. Ford, para a região sob responsabilidade do Comando Sul (SOUTHCOM), acentuando a escalada entre Washington e o governo de Nicolás Maduro.

Segundo fontes anônimas citadas pelo jornal americano, as ações sigilosas podem fazer parte de uma estratégia mais ampla para preparar o terreno para uma possível campanha militar de maior escala contra Caracas. As informações surgem após meses de negociações diplomáticas entre representantes dos dois países, tratativas que não avançaram e que, segundo a Fox News, teriam incluído até mesmo uma proposta de Maduro para deixar o poder, mas apenas após “vários anos”, condição prontamente rejeitada pelo governo Trump.

Embora a Casa Branca ainda não tenha comentado oficialmente as alegações, o recrudescimento retórico é evidente. Em declarações recentes, Trump classificou Maduro como “terrorista” e afirmou que não descarta o envio de tropas terrestres americanas para o país vizinho. Ele também acusou o líder venezuelano de facilitar a entrada de detidos ilegais nos Estados Unidos, inflamando ainda mais o debate político interno.

Paralelamente ao discurso endurecido, Washington intensificou a presença militar na região. Desde o início do outono, as Forças Armadas dos EUA realizaram ao menos 21 operações contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas nas águas da América Central e do Sul. O secretário de Estado, Marco Rubio, também anunciou que o Cartel de los Soles, organização criminosa associada a figuras próximas ao chavismo, passará a ser tratado como grupo terrorista, reforçando a justificativa americana de que o país está engajado em um “conflito armado” contra cartéis transnacionais.

O envio do USS Gerald R. Ford, maior e mais moderno porta-aviões da Marinha dos EUA, gerou reações imediatas em Caracas. Maduro acusou Washington de tentar “fabricar uma nova guerra sem fim”, fazendo referência às intervenções no Iraque e no Afeganistão. Para o governo venezuelano, a presença do grupo aeronaval representa uma tentativa de desestabilizar a região e preparar uma ofensiva militar.

Do lado americano, autoridades sustentam que o destacamento do Gerald R. Ford integra uma campanha mais ampla de combate ao narcotráfico, alinhada à ampliação das operações da CIA, cuja nova diretriz busca fortalecer a coleta de informações e pressionar ainda mais o regime chavista.

Mesmo diante da escalada, Trump afirmou estar disposto a conversar com Maduro, ressaltando que “conversa com todos”. Ainda assim, o acirramento da postura política, diplomática e militar dos EUA indica que a crise venezuelana entrou em uma nova fase, marcada por movimentos mais assertivos e por um risco crescente de confrontos diretos.

A presença do porta-aviões americano e a autorização de operações clandestinas refletem um reposicionamento estratégico dos Estados Unidos, que, diante da persistente crise política e humanitária na Venezuela, buscam ampliar sua projeção de poder e moldar os rumos regionais, mesmo à custa de uma tensão crescente com Caracas.


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Exército avança na integração do SISDAC ao sistema NAPOS durante testes com o M109 A5+BR em Santa Catarina

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Militares da Diretoria de Fabricação (DF) acompanharam, entre os dias 11 e 13 de novembro, uma etapa essencial do processo de modernização da artilharia do Exército Brasileiro. No Campo de Instrução de Marechal Hermes (CIMH), em Santa Catarina, foram conduzidos testes de campo para a integração do Sistema Digitalizado de Artilharia de Campanha (SISDAC) ao Sistema de Navegação e Pontaria (NAPOS) das Viaturas Blindadas de Combate Obuseiro Autopropulsadas M109 A5+BR, operadas pelo 5º Grupo de Artilharia Autopropulsado (5º GAC AP), de Curitiba (PR).

A avaliação prática permitiu que a equipe técnica da DF acompanhasse de perto o desempenho dos sistemas durante atividades tático-operacionais, observando sua resposta em cenários reais de emprego. A coleta de dados e registros de funcionamento é vista como um passo determinante para aprimorar as próximas fases de desenvolvimento, bem como para ampliar o índice de nacionalização dos componentes que equipam a viatura.

O esforço faz parte de um programa contínuo do Exército para reduzir dependências externas e consolidar uma base industrial de defesa mais robusta, capaz de sustentar e evoluir sistemas estratégicos. A integração entre SISDAC e NAPOS representa um avanço significativo nesse processo, elevando a precisão, a agilidade e a eficiência do apoio de fogo autopropulsado.

Ao final da atividade, os responsáveis classificaram a ação como bem-sucedida, reforçando o compromisso da Diretoria de Fabricação com a modernização da artilharia brasileira. Os resultados obtidos contribuem diretamente para o fortalecimento da capacidade operacional da Força Terrestre e para a consolidação de soluções cada vez mais alinhadas às exigências do campo de batalha moderno.


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com Exército Brasileiro

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KNDS apresenta os primeiros carros de combate Leopard 2A8 para Alemanha e Noruega

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A KNDS Deutschland apresentou oficialmente os primeiros carros de combate Leopard 2A8 destinados à Alemanha e à Noruega, marcando o início da produção em série da mais nova versão do consagrado carro de combate europeu. O evento de lançamento contou com a presença de autoridades de alto escalão, incluindo o Ministro da Defesa alemão Boris Pistorius, o Ministro-Presidente da Baviera Markus Söder, a Secretária de Estado da Defesa da Noruega Marte Gerhardsen e o Inspetor do Exército Christian Freuding.

A encomenda conjunta representa um salto significativo para a modernização das forças blindadas dos dois países. No total, a Alemanha adquiriu 123 carros de combate Leopard 2A8, enquanto a Noruega comprou 54 unidades. Todas as plataformas estão sendo produzidas do zero, com foco em melhorias substanciais em proteção, eletrônica, optrônica e armamento. O primeiro lote alemão de 18 unidades foi solicitado em julho de 2023, logo após Berlim transferir 18 Leopard 2A6 para a Ucrânia. Em julho de 2024, mais 105 unidades foram adicionadas ao contrato.

Um dos destaques do Leopard 2A8 é a incorporação do sistema de proteção ativa Trophy, da israelense Rafael. O conjunto de quatro antenas de radar e dois lançadores é capaz de detectar e interceptar projéteis antes do impacto, aumentando de forma expressiva a sobrevivência da tripulação. O teto da torre também recebeu blindagem adicional contra submunições, refletindo as lições aprendidas em conflitos recentes, sobretudo na Europa Oriental.

O novo sistema de controle de tiro, totalmente digital, aliado a canais de visão diurna e noturna aprimorados para comandante e artilheiro, amplia a capacidade de engajamento em condições adversas. A plataforma oferece ainda visão panorâmica óptica e térmica combinadas, elevando a consciência situacional do motorista e de toda a guarnição, um diferencial importante no combate moderno.

No quesito poder de fogo, o Leopard 2A8 mantém o canhão 120mm/L55A1, compatível com munições programáveis de alto explosivo e projéteis cinéticos de última geração. Segundo a KNDS, essa combinação permite neutralizar alvos blindados a distâncias de até cinco quilômetros, reforçando o papel do veículo como protagonista no campo de batalha de alta intensidade.

Os carros de combate entrarão agora na fase de verificação integrada conduzida pela Bundeswehr e pela BAAINBw, em parceria com a indústria. A expectativa é que o Leopard 2A8 equipe a Panzerbrigade 45, sediada na Lituânia, a partir de 2027. A entrega das 123 unidades alemãs está prevista para ser concluída em 2030.

Além do Leopard 2A8, o evento também marcou o lançamento do obuseiro autopropulsado modernizado PzH 2000A4. A Bundeswehr encomendou 22 sistemas após transferir unidades para a Ucrânia. A nova versão apresenta melhorias em eletrônica, controle de tiro, manuseio e uma nova unidade de potência, além da atualização completa dos computadores de bordo com o sistema Centurion. O PzH 2000A4 também será submetido a verificação integrada antes de iniciar a produção em série, com entregas programadas entre 2026 e 2029.

A apresentação simultânea das duas plataformas reforça o esforço europeu para aumentar rapidamente sua capacidade militar terrestre, especialmente diante das pressões estratégicas decorrentes da guerra na Ucrânia, ao mesmo tempo em que demonstra o ritmo acelerado de inovação industrial da KNDS para atender às demandas de defesa do século XXI.


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Leonardo e EDGE Group anunciam joint venture nos Emirados Árabes para desenvolver sistemas de defesa avançados

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A Leonardo, uma das maiores empresas de defesa e aeroespacial da Europa, e a EDGE Group, conglomerado estatal de tecnologia militar de Abu Dhabi, anunciaram na Dubai Airshow 2025 a criação de uma joint venture que promete fortalecer significativamente a capacidade industrial de defesa dos Emirados Árabes Unidos. A nova empresa, que será lançada oficialmente no próximo ano, terá foco no desenvolvimento, projeto e produção de sistemas de defesa de última geração.

Segundo as gigantes de defesa, a parceria atuará em áreas estratégicas como sensores avançados, plataformas integradas e soluções de comando e controle, tecnologias fundamentais para as Forças Armadas dos EAU e igualmente atrativas para mercados internacionais selecionados. Os produtos serão desenvolvidos a partir de soluções já consolidadas no portfólio da Leonardo, adaptadas às necessidades operacionais locais, ao mesmo tempo em que buscarão ampliar a presença global da EDGE Group.

Formalizada após um memorando de entendimento assinado no início do ano, a joint venture terá participação majoritária da EDGE Group, com 51%, enquanto a Leonardo deterá os 49% restantes. Para o CEO da Leonardo, Roberto Cingolani, o acordo representa o resultado de “meses de trabalho intenso entre os parceiros”, reforçando o compromisso mútuo de expandir capacidades industriais e tecnológicas nos setores de ar, terra, mar e eletro-óptica.

Hamad Al Marar, diretor-geral e CEO da EDGE Group, celebrou a parceria destacando que ela permitirá “adaptar soluções aos Emirados Árabes Unidos e a novos mercados inexplorados”, consolidando o país como um polo ascendente no cenário global de defesa. Al Marar também reforçou que o EDGE segue empenhado em ampliar colaborações estratégicas, especialmente com grandes empresas de defesa dos Estados Unidos, em um movimento que busca acelerar o desenvolvimento de tecnologias críticas e aumentar a competitividade do conglomerado nos próximos anos.

Além do desenvolvimento de produtos, a joint venture atuará em fases essenciais do ciclo industrial, como testes operacionais, industrialização e capacitação técnica. Um dos objetivos prioritários será formar uma força de trabalho local altamente qualificada, contribuindo para a autonomia tecnológica dos EAU e para a diversificação econômica promovida pelo governo de Abu Dhabi.

A parceria entre Leonardo e EDGE Group reflete uma tendência crescente no setor de defesa: a formação de polos industriais multinacionais capazes de integrar expertise ocidental, capacidade de investimento e ambições estratégicas de países emergentes, moldando um novo equilíbrio no mercado global de tecnologia militar.


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EUA planejam vender F-35 à Arábia Saudita em versão menos avançada para preservar a vantagem militar israelense

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Os Estados Unidos avançam com o plano de vender caças F-35 à Arábia Saudita, mas as aeronaves destinadas ao reino serão significativamente menos avançadas do que aquelas operadas por Israel. A decisão segue a legislação americana que determina a manutenção da vantagem militar qualitativa de Israel no Oriente Médio, um princípio que há décadas orienta as exportações de defesa de Washington para a região.

O anúncio da venda foi feito pelo presidente Donald Trump, mas autoridades americanas reforçaram que os F-35 sauditas não terão o mesmo pacote de capacidades da frota israelense, que inclui sistemas de armas mais sofisticados e equipamentos avançados de guerra eletrônica. Israel, inclusive, possui permissões exclusivas para modificar profundamente seus caças, integrando armamentos nacionais e incorporando recursos de interferência eletromagnética sem necessidade de autorização dos Estados Unidos.

Apesar dessas garantias, a Força Aérea Israelense registrou oposição formal ao negócio, alertando que a entrega dos F-35 ao reino poderia prejudicar sua superioridade aérea no ambiente regional. A preocupação foi detalhada em um documento enviado a autoridades políticas, conforme relatado pelo The Times of Israel.

Entre os pontos sensíveis está o míssil ar-ar AIM-260, a arma mais avançada atualmente associada às aeronaves de quinta geração americanas. Com alcance superior a 190 quilômetros, o míssil representa um salto tecnológico e, segundo especialistas como Douglas Birkey, dificilmente será oferecido à Arábia Saudita, mas provavelmente estará disponível para Israel.

O próprio F-35 é uma plataforma customizável, adaptada para cada país de acordo com pacotes de software e conjuntos específicos de sensores. Os modelos sauditas devem ser entregues com limitações tecnológicas, reforçando a política americana de conceder versões mais capazes apenas para suas próprias forças e para aliados estratégicos de maior confiança.

Além disso, Israel mantém ampla vantagem numérica e operacional: já opera dois esquadrões completos de F-35, com um terceiro a caminho, e acumula quase uma década de experiência prática com o caça mais avançado do mundo. A Arábia Saudita, por sua vez, estaria limitada a dois esquadrões com entregas previstas apenas para os próximos anos.

Antes da conclusão do acordo, será necessária uma avaliação formal da vantagem militar qualitativa de Israel, e o Congresso americano precisará aprovar a venda. Apesar do interesse geopolítico de integrar a Arábia Saudita aos Acordos de Abraão, autoridades reconhecem que a forte influência israelense no Capitólio pode representar um obstáculo adicional, ainda que uma oposição bem-sucedida exija maiorias qualificadas difíceis de alcançar.

Se concretizada, a venda colocará a Arábia Saudita em patamar semelhante a Catar e Emirados Árabes Unidos, países que já receberam propostas de aquisição do F-35. Contudo, esses acordos permanecem suspensos devido a divergências sobre prazos, capacidades e receios ligados ao acesso da China a tecnologias sensíveis.

Análise: um padrão que se repete

A atual discussão sobre a entrega de F-35 à Arábia Saudita remete a um padrão histórico nas relações de defesa dos Estados Unidos no Oriente Médio. Nas décadas passadas, algo semelhante ocorreu com a venda dos caças F-15 para Israel e para a própria Arábia Saudita. Embora ambos os países tenham recebido a mesma plataforma, Israel obteve primeiro versões superiores, com sistemas de armas mais avançados e maior liberdade de customização. Essa diferenciação, pensada para preservar a superioridade militar israelense, ecoa hoje nas negociações do F-35, demonstrando que a lógica estratégica americana permanece essencialmente a mesma, apenas aplicada à aeronave de quinta geração mais sofisticada de sua história.


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Relatório dos EUA acusa China de campanha de desinformação para prejudicar vendas do Rafale, Pequim nega

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A China conduziu uma campanha coordenada de desinformação com o objetivo de prejudicar a imagem internacional do caça francês Rafale após seu emprego pela Índia em confrontos recentes com o Paquistão, segundo relatório publicado pela Comissão de Revisão Econômica e de Segurança EUA-China. Pequim rejeitou as alegações, classificando-as como falsas e ideologicamente motivadas.

O documento, divulgado nesta terça-feira (18), ganhou ainda mais repercussão ao ser publicado logo após a Ucrânia assinar uma carta de intenções para adquirir até 100 aeronaves Rafale nos próximos 10 anos, reforçando o apelo crescente do caça da Dassault Aviation no mercado internacional.

De acordo com a comissão, a China teria utilizado perfis falsos em redes sociais para disseminar imagens manipuladas por inteligência artificial e até capturas de videogames, apresentadas como supostos destroços de Rafale abatidos por sistemas chineses (J-10C empregando míssil PL-15). O objetivo seria ampliar dúvidas sobre a robustez e a confiabilidade da aeronave francesa em um momento de disputa geopolítica cada vez mais intensa no campo da aviação militar.

A reputação do Rafale foi abalada no início do ano, quando ao menos uma aeronave operada pela Índia foi abatida por um caça J-10 de fabricação chinesa utilizado pelo Paquistão, durante um conflito de quatro dias entre os dois países, ambos detentores de armas nucleares. Apesar disso, o relatório afirma que a China teria explorado o episódio para fins de propaganda e influência regional.

Em respostas às acusações, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, afirmou que “o relatório divulgado pelo próprio comitê é falso” e acusou o órgão de manter “inclinação ideológica contra a China”, alegando que suas conclusões carecem de credibilidade. Índia e Indonésia, países citados no documento, não responderam aos pedidos de comentário.

O relatório também aponta que diplomatas chineses teriam persuadido a Indonésia a suspender temporariamente uma compra já em andamento de caças Rafale, enquanto Jacarta avalia uma oferta chinesa do caça J-10. O vice-ministro da Defesa indonésio havia declarado em junho que o país analisaria cuidadosamente o desempenho da aeronave chinesa, levando em conta relatos sobre o abate de aeronaves indianas.

A comissão dos EUA destaca ainda que, embora caracterizar o confronto de maio como uma “guerra por procuração” seja exagerado, Pequim aproveitou o episódio para testar sistemas de armas, avaliar reações regionais e nutrir sua estratégia de comunicação global no setor de defesa.

O caso expõe a crescente disputa entre potências globais não apenas no desenvolvimento de tecnologias militares, mas também na batalha pela narrativa, cada vez mais moldada por operações de influência digital, inteligência artificial e campanhas de desinformação direcionadas.

Análise do GBN Defense

À luz desse cenário, nossa análise aponta que o uso de resultados obtidos em operações reais como ferramenta de marketing é uma prática comum e amplamente consolidada no setor de defesa. Fabricantes e governos frequentemente valorizam o desempenho comprovado de seus sistemas em situações de combate para fortalecer narrativas de eficiência, confiabilidade e superioridade tecnológica, elementos decisivos no momento de conquistar novos clientes. Em um mercado altamente competitivo e influenciado por fatores geopolíticos, é natural que episódios de êxito operacional sejam transformados em argumentos comerciais, seja para destacar a robustez de uma plataforma, seja para contrapor a ascensão de produtos concorrentes.


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EUA aprovam venda de sistemas Javelin e munições Excalibur para a Índia em acordo de US$ 93 milhões

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O Departamento de Estado dos Estados Unidos aprovou a venda de sistemas de mísseis antitanque Javelin e de munições de artilharia guiada Excalibur para a Índia, em um acordo avaliado em US$ 93 milhões. A informação foi divulgada pela Agência de Cooperação de Segurança de Defesa (DSCA), que destacou o caráter estratégico da negociação para o fortalecimento das relações entre Washington e Nova Déli.

A compra marca a primeira aquisição indiana pelo programa de vendas militares estrangeiras dos EUA desde o agravamento das tensões diplomáticas em agosto, quando o governo do então presidente Donald Trump elevou para 50% as tarifas sobre produtos indianos em retaliação às compras de petróleo russo realizadas por Nova Déli.

O novo pacote sucede outra encomenda realizada no início do mês, envolvendo motores de aeronaves fabricados pela General Electric para equipar novos caças Tejas produzidos pela indústria indiana. O movimento reforça a busca de Nova Déli por diversificação tecnológica e modernização de suas capacidades militares.

Em comunicado, a DSCA afirmou que o acordo “apoia os objetivos de política externa e segurança nacional dos Estados Unidos, fortalecendo a relação estratégica EUA-Índia e contribuindo para a segurança de um importante parceiro de defesa”. A agência ressaltou ainda que a Índia desempenha papel essencial para a estabilidade política, a paz e o desenvolvimento econômico no Indo-Pacífico e no Sul da Ásia.

O pedido indiano inclui até 216 projéteis táticos Excalibur e 100 unidades do sistema Javelin. As munições Excalibur já são conhecidas do Exército Indiano, que as utiliza em conjunto com seus obuseiros ultraleves M-777, adquiridos nos últimos anos. Agora, com a inclusão dos Javelin, Nova Déli amplia significativamente sua capacidade antitanque em um cenário regional marcado por disputas fronteiriças e constantes tensões com seus vizinhos.

O acordo reforça a tendência de aproximação entre Washington e Nova Déli no setor de defesa, ao mesmo tempo em que projeta a Índia como um ator cada vez mais relevante no equilíbrio estratégico asiático.


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quarta-feira, 19 de novembro de 2025

LOpRib "São Félix do Araguaia" reforça ações de segurança durante a COP 30 em Belém

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Entre 10 e 14 de novembro de 2025, o Comando Militar do Norte (CMN) empregou meios navais táticos do 2º Batalhão de Infantaria de Selva para apoiar o esquema de segurança da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP 30. As operações ribeirinhas contaram com a utilização da embarcação tática Guardian 25 e da amostra da Lancha de Operações Ribeirinhas São Félix do Araguaia (LOpRib SFA), recebida pelo CMN em outubro deste ano.

A presença da LOpRib SFA nas ações de patrulhamento marcou um passo importante para a avaliação operacional do novo modelo, projetado para ampliar a capacidade de emprego das tropas em ambientes ribeirinhos e garantir maior proteção em missões de segurança. Durante a COP 30, a lancha integrou rotinas de navegação, monitoramento e pronta-resposta em áreas de interesse, reforçando a atuação das tropas de selva em um evento de visibilidade internacional.

A LOpRib SFA faz parte do Projeto de Obtenção de Embarcações Blindadas (POEB), desenvolvido pela Diretoria de Fabricação em parceria com o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. As amostras fornecidas servirão de base para a futura produção das Embarcações Patrulha de Grupo Blindadas Tipo 2, destinadas a ampliar a segurança das operações do Exército em regiões de rios e afluentes.

O POEB integra o Programa Estratégico do Exército Obtenção da Capacidade Operacional Plena e conta com recursos do Programa Estratégico SISFRON, sob coordenação do Estado-Maior do Exército. A iniciativa reforça o esforço institucional de modernização de meios e de expansão da capacidade de atuação em um cenário operacional cada vez mais complexo e desafiador.

Com o emprego da nova lancha durante a COP 30, o Exército Brasileiro demonstra avanços concretos em sua capacidade ribeirinha e a importância de investimentos contínuos em segurança, mobilidade e proteção para missões em áreas sensíveis da Amazônia.


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com Exército Brasileiro

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EDGE Group amplia ofensiva global e busca coprodução com industrias de defesa dos Estados Unidos

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A gigante de defesa dos Emirados Árabes Unidos, EDGE Group, avança em uma estratégia agressiva de internacionalização ao buscar parcerias industriais com grandes industrias de defesa dos Estados Unidos. O objetivo é coproduzir sistemas de defesa voltados ao mercado americano e fortalecer laços com Washington, afirmou o diretor-geral e CEO, Hamad Al Marar, em entrevista durante o Dubai Airshow.

O movimento marca um novo capítulo na política industrial de Abu Dhabi, que tem investido pesadamente em autonomia tecnológica e diversificação de mercados. Na semana passada, o EDGE Group anunciou um acordo com a americana Anduril para o desenvolvimento conjunto de uma nova aeronave não tripulada nos Emirados Árabes Unidos, parceria que também prevê a transferência de parte da produção para território norte-americano.

Segundo Al Marar, o grupo pretende expandir iniciativas semelhantes com gigantes como Raytheon, Northrop Grumman e Lockheed Martin. Embora não tenha detalhado quais projetos podem ser coproduzidos, o executivo reforçou que a cooperação industrial é um eixo prioritário tanto para os Emirados quanto para a atual administração dos EUA, que vem estimulando uma agenda de parcerias estratégicas com aliados de confiança.

Os Emirados Árabes Unidos, que este ano anunciaram um plano de investimentos de US$ 1,4 trilhão nos EUA, incluindo aportes significativos na área de defesa, são considerados um dos parceiros militares mais próximos de Washington no Oriente Médio. “Quanto mais estreitos os laços, maiores as oportunidades de negócios”, destacou Al Marar, revelando ainda que a EDGE Group avalia adquirir participação acionária na Anduril, avaliada em US$ 30 bilhões em abril.

Expansão global e foco em novos mercados

Criado em 2019 e controlado pelo governo de Abu Dhabi, o EDGE Group consolidou-se rapidamente como um dos conglomerados de defesa que mais crescem no mundo. Seu portfólio inclui armamentos, drones, veículos blindados, sistemas de radar, equipamentos navais e soluções de cibersegurança.

A empresa conta hoje com uma carteira de encomendas estimada em US$ 21 bilhões. África e América Latina têm sido mercados decisivos para essa expansão, enquanto Europa e Sudeste Asiático aparecem como alvos estratégicos para os próximos anos.

Durante o Dubai Airshow, a EDGE Group assinou acordos com empresas de países como Itália e Estados Unidos e fechou um pacto de cooperação de US$ 7 bilhões com a indonésia Republikorp, que prevê a localização de parte da produção naquele país, movimento alinhado ao esforço global do grupo para consolidar cadeias industriais regionais.

Com ambições cada vez maiores, o EDGE Group se posiciona como um ator central no redesenho da indústria de defesa do Golfo, agora voltada não apenas à importação, mas à exportação de tecnologia avançada e à construção de alianças estratégicas com os principais fabricantes mundiais.


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com Reuters


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Emirados Árabes Unidos avançam em parceria estratégica com a França para o desenvolvimento do Rafale F5 e do novo drone de combate

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Os Emirados Árabes Unidos estão em negociações avançadas com a França para estabelecer uma parceria industrial e operacional no desenvolvimento do Rafale F5 e do drone de combate furtivo que acompanhará a aeronave. O movimento reforça uma relação de quatro décadas entre ambos os países no campo do poder aéreo e marca um passo decisivo para que Abu Dhabi assuma um papel ativo em um dos programas de sistemas não tripulados mais ambiciosos da Europa.

Segundo análises recentes, os Emirados não buscam apenas adquirir futuras plataformas, mas passar a atuar como cofinanciadores e parceiros industriais do ecossistema Rafale F5. A iniciativa abre espaço para que o país influencie diretamente tecnologias emergentes e eleve sua capacidade de dissuasão em um ambiente regional cada vez mais complexo.

A cooperação segue uma trajetória consolidada. A Dassault Aviation e os Emirados Árabes Unidos trabalham lado a lado desde a era Mirage, culminando no acordo firmado em dezembro de 2021 para a compra de 80 Rafale F4, avaliados em cerca de 17 bilhões de euros, considerado o maior contrato de exportação da história do caça francês. O primeiro avião destinado à força aérea emiradense foi apresentado este ano pelo Ministério da Defesa do país, saudado como símbolo da parceria estratégica com Paris.

O desenvolvimento do Rafale F5 representa a próxima etapa dessa relação. A nova versão amplia significativamente as capacidades introduzidas no atual padrão F4.2, transformando o Rafale em um nó central de combate em rede, concebido para operar de forma colaborativa com enxames de drones. Documentos oficiais e informações da indústria apontam que a variante F5 incorporará o radar AESA RBE2 XG de nova geração, sistemas SPECTRA aprimorados, enlaces de dados de alta largura de banda e maior integração à futura nuvem de combate francesa.

Entre as mudanças estruturais previstas, estão tanques de combustível integrados na fuselagem superior, aumentando o alcance e liberando pontos externos para armamentos. A redução da assinatura radar também está no centro das melhorias, garantindo maior capacidade de sobrevivência em ambientes saturados por defesas antiaéreas modernas.

O elemento mais transformador do programa é o drone colaborativo. A aeronave não tripulada furtiva, inspirada no demonstrador nEUROn, contará com compartimento interno de armas, autonomia avançada e comunicação direta com o Rafale F5. A expectativa é que vários desses drones voem à frente do caça, atuando como plataforma de reconhecimento, ataque eletrônico e ofensiva, ampliando a consciência situacional e multiplicando o poder de combate. Nesse conceito, o piloto do F5 torna-se um comandante da missão, dirigindo um conjunto de vetores conectados.

Para os Emirados Árabes Unidos, o projeto atende a necessidades estratégicas específicas do Golfo. O avanço dos sistemas de defesa aérea iranianos, como a família Bavar-373, e o crescimento das capacidades de mísseis balísticos do país vizinho exigem que as forças locais operem a maiores distâncias e com soluções capazes de reduzir riscos às aeronaves tripuladas. A combinação Rafale F5 + drones colaborativos surge como resposta direta a esse cenário.

Embora Paris demonstre abertura para ampliar a participação industrial emiradense, existem limites bem definidos. Tecnologias sensíveis ligadas à dissuasão nuclear, códigos-fonte de radares e sistemas de guerra eletrônica, além de elementos-chave da arquitetura de sensores, permanecerão sob controle francês. Dessa forma, a participação dos Emirados deverá se concentrar em componentes estruturais, partes da aviônica, seções compostas da fuselagem e elementos da arquitetura de comunicação e controle.

A parceria, caso consolidada, promete redefinir a cooperação franco-emiradense em aviação de combate e ampliar o papel de Abu Dhabi como ator industrial e operacional no desenvolvimento de tecnologias estratégicas para as próximas décadas.


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Indra e EDGE Group avançam em nova joint venture para desenvolver armas inteligentes na Espanha

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O Grupo Indra e a EDGE Group deram um passo decisivo para ampliar sua cooperação internacional ao assinarem um Memorando de Entendimento que abre caminho para a criação de uma joint venture na Espanha. A nova empresa terá foco no desenvolvimento, produção e manutenção de munições de ataque de precisão e armas inteligentes, com atuação voltada para os mercados espanhol, europeu e para países selecionados ao redor do mundo. O acordo também prevê a possibilidade de participação em programas de defesa no âmbito europeu.

A assinatura ocorreu durante o Dubai Airshow, formalizada por Ángel Escribano e José Vicente de Los Mozos, representando a Indra, e por Hamad Al Marar, pela EDGE. As empresas destacaram que a parceria pretende unir a forte presença industrial da Indra no território espanhol à expertise consolidada da EDGE no desenvolvimento de munições de precisão.

Ángel Escribano ressaltou que a futura joint venture combinará capacidades complementares, criando soluções avançadas para atender às necessidades atuais e futuras de seus clientes. Para ele, a união de competências reforça a capacidade de entregar produtos de classe mundial em um segmento cada vez mais estratégico.

Hamad Al Marar observou que a EDGE construiu um ecossistema industrial ágil e orientado para exportação, capaz de responder rapidamente a novas demandas. Segundo ele, a colaboração com a Indra representa não apenas a continuidade de uma relação de confiança, mas também uma oportunidade estratégica para expandir a presença da empresa nos mercados europeus por meio de inovação e manufatura avançada.

Já José Vicente de los Mozos destacou que o estabelecimento de capacidades de engenharia e produção em solo europeu fortalece a soberania industrial e amplia oportunidades comerciais dentro do continente. Para ele, atuar a partir da Europa é um diferencial que facilita o acesso a mercados-chave e solidifica a posição da futura joint venture.

As duas empresas reforçaram que armas inteligentes e munições de longo alcance têm papel central no campo de batalha contemporâneo, oferecendo flexibilidade e capacidade de engajar alvos ocultos ou de curta oportunidade sem expor plataformas de alto valor. Esse tipo de tecnologia aumenta a precisão, reduz riscos e amplia o leque de opções estratégicas para forças armadas modernas.

Indra e EDGE também apresentaram a iniciativa como mais um passo na consolidação dos laços industriais e tecnológicos entre a Espanha e os Emirados Árabes Unidos. A parceria promete unir o acesso da Indra aos mercados europeu e da OTAN com a abordagem ágil de desenvolvimento e as capacidades de engenharia avançada da EDGE.

O novo projeto se soma a iniciativas anteriores entre as duas empresas. Em 2024, foi criada a PULSE NOVA, joint venture dedicada ao desenvolvimento, fabricação, integração e manutenção de sistemas de radar, consolidando uma cooperação que vem ganhando amplitude e relevância no cenário internacional.


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Exército assina protocolo para estudos de criação da ENDEFORTE, nova estatal voltada ao desenvolvimento da Força Terrestre

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O Exército Brasileiro deu um passo significativo em sua estratégia de modernização ao assinar, em 18 de novembro, o protocolo de intenções que marca o início dos estudos para a criação da Empresa Nacional de Desenvolvimento da Força Terrestre (ENDEFORTE). A cerimônia ocorreu no Quartel-General do Exército, em Brasília, e foi presidida pelo Chefe do Departamento de Engenharia e Construção, General de Exército Anísio David de Oliveira Júnior. Estiveram presentes oficiais-generais do Alto-Comando e diversas autoridades civis e militares.

O documento formaliza a etapa inicial para estruturar a futura empresa estatal, que deverá atuar como um instrumento de financiamento de projetos vinculados ao Portfólio Estratégico do Exército. A proposta é permitir o aporte de novas fontes de recursos sem ferir os limites orçamentários previstos na Lei Orçamentária da União, ampliando a capacidade da Força Terrestre de tocar projetos de grande impacto tecnológico, operacional e industrial.

A assinatura reuniu a Secretária-Geral do Ministério da Defesa, Cinara Wagner Fredo, e o Chefe do Estado-Maior do Exército, General de Exército Francisco Humberto Montenegro Junior. Também participaram do ato o Secretário-Adjunto de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, Pedro Luiz Costa Cavalcante, e o Diretor de Planejamento e Relações Institucionais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Nelson Barbosa, reforçando o caráter interinstitucional da iniciativa.

O Portfólio Estratégico do Exército, conduzido pelo Escritório de Projetos do Exército (EPEx), integra 13 programas estruturantes que abrangem áreas essenciais para a capacidade operacional da Força Terrestre. Entre eles estão Astros, Forças Blindadas, Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras, Aviação, Defesa Antiaérea, Defesa Cibernética, Obtenção da Capacidade Operacional Plena, Amazônia Protegida, Sentinela da Pátria, Lucerna, Sistema Operacional Militar Terrestre, Sistema Logístico Militar Terrestre e Sistema Educação, Cultura e Desporto.

Esses programas não apenas modernizam as estruturas militares, mas também geram benefícios diretos para a sociedade. O fortalecimento da Base Industrial de Defesa, a criação de empregos qualificados, o desenvolvimento de tecnologias de uso dual, o incremento da projeção internacional e a contribuição para a paz e a segurança estão entre os ganhos já identificados. A expectativa é que a futura ENDEFORTE amplifique esses resultados, consolidando uma ferramenta de Estado voltada ao desenvolvimento sustentável da Defesa e ao atendimento de necessidades estratégicas nacionais.


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Force Commander da MONUSCO reforça cooperação com Uganda para ampliar segurança no leste da RDC

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O Comandante da Força da Missão de Paz da ONU na República Democrática do Congo (MONUSCO), General de Divisão Ulisses de Mesquita Gomes, reuniu-se em Entebbe com o Chefe das Forças de Defesa do Povo de Uganda (UPDF), General Muhoozi Kainerugaba, em um encontro que reforçou a necessidade de coordenação integrada no enfrentamento a grupos armados que atuam no leste da RDC. A região permanece como uma das mais sensíveis do continente africano, marcada por ações de grupos extremistas e desafios constantes à estabilidade local.

Durante a reunião, as delegações discutiram iniciativas para ampliar a segurança fronteiriça e fortalecer a cooperação operacional contra as Forças Aliadas da Uganda (ADF) e outras organizações terroristas que atuam na área. O General Ulisses destacou o papel de Uganda na busca pela paz regional, ressaltando os resultados expressivos da Operação Shujaa, conduzida de forma conjunta entre a UPDF e as Forças Armadas da RDC (FARDC). A ofensiva tem contribuído para o enfraquecimento de grupos extremistas e proporcionado maior proteção às populações afetadas pelos conflitos.

O encontro reuniu oficiais de alto escalão das duas forças, reforçando o alinhamento estratégico e o intercâmbio de informações de inteligência, elementos considerados essenciais para combater ameaças transnacionais que ultrapassam fronteiras e desafiam estruturas de segurança locais. As delegações reafirmaram ainda o compromisso de aprofundar a cooperação militar e ampliar os esforços voltados à proteção de civis, ao combate direto a grupos armados e à construção de um ambiente mais seguro e estável no leste da RDC.

A aproximação entre a MONUSCO e Uganda ocorre em um momento em que a comunidade internacional reforça a atenção à região, buscando consolidar avanços recentes e impedir a expansão de grupos extremistas. Para o Brasil, que mantém a liderança militar da missão, o diálogo contínuo com nações parceiras representa um pilar essencial para garantir resultados duradouros e fortalecer a segurança regional.


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