sábado, 23 de agosto de 2025

Drone derruba Black Hawk na Colômbia matando 13 policiais, um alerta sobre a ousadia do narcotráfico na América Latina

Em 21 de agosto de 2025, a Polícia Nacional da Colômbia sofreu um ataque sem precedentes: um helicóptero UH-60 Black Hawk foi derrubado por um drone carregado com explosivos durante uma operação contra plantações de coca na província de Antioquia. A aeronave caiu em Los Toros, próximo à vila de Amalfi, com 16 policiais a bordo, apenas três sobreviveram. Dissidentes das FARC assumiram a responsabilidade pelo ataque, divulgando gravações do incidente nas redes sociais, demonstrando a ousadia crescente do narcotráfico e a incorporação de tecnologias militares avançadas por grupos criminosos.

O caso colombiano evidencia um salto na sofisticação operacional do crime organizado, com drones FPV usados de forma precisa para atacar forças de segurança. Esse modelo, inspirado por experiências internacionais, como os conflitos na Ucrânia, demonstra que o narcotráfico regional está cada vez mais capacitado a enfrentar estados, criando riscos significativos para as operações policiais tradicionais.

Paralelos com o cenário brasileiro

O Brasil, e especialmente o estado do Rio de Janeiro, observa tendências semelhantes. Recentemente na comunidade de Acari, foi apreendido um sistema antidrone ucraniano, capaz de interferir em sinais de drones e GPS em um raio de até sete quilômetros. Em outra ação, na zona oeste do Rio, a Polícia Civil interceptou drones preparados para lançar artefatos explosivos, ligados a facções locais. Esses eventos confirmam que o tráfico no Rio adapta tecnologias de conflito moderno para o ambiente urbano, aumentando o risco à população e desafiando as estratégias convencionais de segurança.

Diante dessa realidade, a resposta precisa ir além da vigilância passiva. É necessário um combate mais direto, com o emprego de meios de monitoramento avançados, integração das forças e rápida capacidade de intervenção. Sistemas como o drone HARPIA da ADTech, com grande autonomia e sensores especializados para detecção e rastreamento de atividades ilícitas, podem oferecer uma vantagem estratégica decisiva. A capacidade de monitoramento persistente permite interceptar operações antes que se transformem em ataques letais ou expandam áreas de influência do crime.

Neste contexto, o pioneirismo do Acre se destaca. O estado foi o primeiro no Brasil a integrar o drone HARPIA da Adtech às suas operações de monitoramento e segurança pública, utilizando a plataforma para vigilância avançada em áreas estratégicas, combate a ilícitos e apoio a operações policiais em tempo real. A experiência acreana mostra que o uso de drones de alta tecnologia pode transformar a inteligência operacional, fornecendo dados precisos, monitoramento persistente e capacidade de intervenção rápida.


Implicações estratégicas e políticas necessárias

O episódio colombiano e os registros recentes no Rio de Janeiro demonstram que o crime organizado está cruzando uma linha crítica, passando de tráfico convencional para ações de tipo paramilitar. Para conter essa evolução, o Estado precisa adotar medidas que combinem:

  • Tecnologia de ponta para vigilância e interceptação de drones e comunicações do crime.

  • Integração entre forças estaduais e federais, permitindo respostas rápidas e coordenadas.

  • Emprego de estratégias ofensivas e inteligência ativa, com presença contínua nos territórios vulneráveis.

  • Medidas preventivas e sociais, para reduzir o recrutamento de jovens e desmantelar o poder territorial do tráfico.

  • Controle mais efetivo de fronteiros e zonas marítimas, com objetivo de dificultar a entrada de armas e narcóticos.

O paralelo entre Colômbia e Rio de Janeiro mostra que o narcotráfico está aprendendo, adaptando-se e testando limites. A implementação de políticas firmes, uso de drones como o HARPIA e ações ofensivas coordenadas, mudanças na regras de engajamento e punição dos envolvidos com narcotráfico em todas as esferas, não é apenas estratégica, mas essencial para proteger vidas e manter o controle do território urbano.


por Angelo Nicolaci


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