segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Exército tem plano para todo o Brasil


A experiência dos militares brasileiros no Haiti será crucial ao trabalho que o exército fará nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio. Com base no que as tropas vivenciam e nas informações do setor de inteligência, o exército montou um plano de ação para todos os Estados brasileiros. Se forem acionados, saberão o que fazer e como fazer.

É o que dizem dois ex-comandantes de tropa no Haiti, o general Augusto Heleno e o coronel da reserva Barroso Magno. "O exército tem um plano de atuação para apoio ao governo do Estado do Rio e a todos os Estados. Chama-se Plano de Segurança Integrada e é realizado para a contingência da Constituição, nas situações de Garantia da Lei e da Ordem", explica Magno, comandante do 6.º contingente brasileiro na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah).

De acordo com o coronel, responsável pela pacificação de uma das favelas mais violentas do país caribenho, a Cité Soleil, o exército atualiza as informações do plano anualmente.

Com a experiência de quem foi o primeiro militar a comandar as tropas brasileiras na Minustah, o general Heleno é enfático em observar que a pacificação do Haiti só aconteceu depois que os militares entenderam que era preciso fixar bases dentro das favelas. Chamadas de Ponto Forte, delas partiam as ações de combate e também as ações de cidadania, uma estrutura muito parecida como as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio.

"Nós entrávamos, combatíamos e saíamos. Eram combates muito violentos e com muita resistência. Com o tempo, fomos entendendo que era preciso fixar bases, que chamávamos de Ponto Forte, assim como são as UPPs. Delas partiam as ações militares e as ações de governo. A ocupação por si não é o bastante para mudar o local, sobretudo para ganhar o apoio da população. É preciso trazer serviços de saúde, lazer, saneamento."

Com exército e governo do Estado alinhados quanto às formas de se combater o poder do tráfico nas cidades, é preciso definir quem comanda as operações. "Vamos precisar definir a área de atuação, definir a missão, buscar amparo legal para as ações típicas de polícia, porque nós não temos poder de polícia. Tem de arranjar uma maneira de outorgar esse poder de polícia à tropa", disse o general.

Aplausos. Calejados na execução da Garantia da Lei e da Ordem, Heleno e Magno aplaudiram a decisão do exército em apoiar as ações no Rio. Os dois, no entanto, apontam para a necessidade de se reestruturar a forma política das próximas ações. "O exército é um vetor da sociedade que não pode deixar de participar de uma situação extrema de defesa da sociedade. Nós chegamos ao fundo do poço. Não há motivo, seja ele jurídico ou moral, que diga que não é a hora do exército", afirma Magno, acompanhado por Heleno. "A situação que foi criada não permitia nenhuma análise sobre amparo legal, sobre se aquela era a melhor maneira de atuar. A coisa foi tão rápida que as análises ficaram para depois. O importante ali era não negar um apoio que era altamente necessário em prol de uma causa que não podia ser adiada."


Fonte: Estadão
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5 comentários:

  1. o exercito tem plano para uma situação dramatica por todo o país, ao mesmo tempo ??? E se vier o pior, como muitos por aí estão dizendo ??? e se a economia mundial entrar mesmo em colapso, com graves consequências para todos, em todo o planeta ??? Todos correndo aos bancos para tentar salvar suas economias, saques, revoltas... Espero que o exército esteja preparado para algo assim, que realmente pode acontecer, pelo que vemos hoje no mundo...

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  2. Exercito preparado pra bater matar o povo né? só pode, porque a economia quebrar o povo tem todo o direito de brigar por isso, sendo que a economia vai mal graças a incompetencia dissimulada de governantes. Mas não é só a economia que vai quebrar, existem guerras sendo preparadas para asia e oriente medio, eles acham que vão salvar a economia mundial com guerras como foi no passado veremos se vão conseguir.
    E outra coisa essa história de exercito nas ruas não pasa de farsa autoritária, pois se eles quisessem impor ordem primeiro antes de toda essa presepada mudariam as leis impondo punição de verdade pra bandido, fariam o judiciario funcionar como se deve, ao invés de inventar essa história de por exercito nas ruas, que qualquer um que tenha inteligencia entende que tudo isso é apenas pra impor futuramente um estado "totaliOtario" nesta país.
    Exercito deveria estar nas fronteiras combatendo o narcotráfico das farc, mas isso o governo não faz.
    Porque não mudar as leis? impor punição severa e adequada? isso tudo é farsa presepada montada, cade os 600 bandidos do alemão? a polícia anuncia vamos invadir o morro em 24 hrs pra dar tempo dos bandidos fugirem, e aquele grupo de marginais fugindo apé a camera da globo e da record filmaram e a polícia estava onde? gente isso tudo é farsa.
    Lula pt cabral todos são metidos com o tráfico de drogas, quem achar que o governo federal ou do rio trabalha pra impor ordem está enganado, pois eles mesmos são financiados e dão apoio ao narcotráfico neste país.

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  3. Pessoal,

    O que esta disposto é que o exército esta pronto para atuar na preservação da lei e ordem caso a esfera estadual não possa faze-lo sozinha, isso não quer dizer que o EB irá assumir função de polícia.

    Com relação as leis eu concordo com o disposto pelo amigo Caetano, de nada adianta prender ou reprimir com ações policiais ou militares se as leis são frouxas e falhas, não tem capacidade de punir adequadamente tais criminosos, bem como o foco do combate deve ser a raíz do problema e não apenas podar os galhos.

    É preciso combater os tubarões do trafico e suas raízes no Estado, daí sim atacar suas bases operacionais.

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  4. Ô, Caetano, pensa um pouco melhor antes de escrever... É óbvio que eu, que fiz o primeiro comentário, estava me referindo a manter a ordem e evitar baderna, violência, saques, assaltos... Eu não quis dizer que o exército deveria impedir as pessoas de reclamarem e exigirem o que lhes é de direito. Você mesmo é um que hoje fala mal do exército e amanhã, se as coisas realmente piorarem no Brasil e no mundo, se sua casa correr risco de ser invadida, vai gritar pelo exército, pelas forças armadas nas ruas. Infelizmente não temos aqui uma guarda nacional, como nos EUA. Então, ao contrário deles, se houver descontrole social, precisaremos das forças armadas, porque a polícia não vai dar conta... Boa Sorte!

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  5. Vc pensa tanto que é anônimo, fala sério acha que vou perder tempo em discutir com quem se esconde? tenho mais o que fazer, eu sei muito bem pra que serve as forças armadas e se precisar delas estarão fazendo nada mais que a propria obrigação pois eu pago imposto e o salário deles.
    Creio que quem deveria pensar mais e deixar de se esconder é vc.
    E o brasil tem policia e quarda nacional de segurança até demais, só a policia de são paulo é maior que muitos exercitos no mundo, num vem com essa presepada de que a policia não dá conta por que dá conta sim, o que falta é o aparelhamento e armamento correto para a policia.
    Lugar de exercito é na fronteira.
    Se LIGA!

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