
O Irã responderá a um ataque militar dos Estados Unidos atingindo tropas norte-americanas estacionadas no Oriente Médio, informou o comandante militar do país nesta quinta-feira.
"Se a América apresentar uma grave ameaça e tomar qualquer medida contra o Irã, nenhum dos soldados americanos que estiverem atualmente na região retornarão aos Estados Unidos com vida", disse o chefe de Estado-Maior General Hassan Firouzabadi, segundo a agência semi-oficial de notícias Fars.
Seus comentários intensificaram a retórica hostil na semana em que o presidente dos EUA, Barack Obama, excluiu o Irã da nova política restringindo o uso de armas nucleares por parte dos Estados Unidos.
Obama está insistindo para que os membros do Conselho de Segurança da ONU apoiem novas sanções nas próximas semanas para pressionar o Irã a frear seu programa nuclear, que o Ocidente teme levará à produção de armas nucleares.
O Irã já enviou alertas repetidos a Israel, que sugeriu possíveis ataques militares contra as atividades nucleares do Irã, dizendo que responderia militarmente a qualquer agressão.
Falando com repórteres nos bastidores de uma cerimônia militar, Firouzabadi disse que um ataque ao Irã também colocaria as fontes de petróleo em risco.
"Se os Estados Unidos quiserem o petróleo da região e seus mercados, então os mercados da região serão tirados dos Estados Unidos e o controle muçulmano sobre o petróleo irá aumentar", disse ele, segundo a emissora estatal IRIB.
A pressão sobre o Irã poderá aumentar na próxima semana quando Obama sediar uma cúpula sobre segurança nuclear com participação dos líderes da China e Índia, dois dos membros do Conselho de Segurança com poder de veto a quem ele tem pedido o apoio para as novas sanções da ONU.
Fonte: Reuters
Nota do Blog: A situação que se desenrola no Oriente Médio é preocupante, a atitude americana com relação a crise nuclear com o Irã tem de ser negociada de maneira mais objetiva. A postura de se isolar o Irã só irá aumentar a impopularidade americana e de seus aliados naquela região, acendendo o pavio que pode detonar mais uma vez o barril de pólvora que se constitui o Oriente Médio e levar o mundo a uma nova crise do petróleo e uma provável retração na economia mundial que ainda se recupera da crise financeira que abalou o mundo em 2008.
É hora de sentar e negociar, não de trocar ameaças e tomar medidas hostis e isoladoras, como pretende o governo americano e seus aliados.
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