
O governo brasileiro advertiu seus empresários sobre possíveis sanções administrativas por parte dos Estados Unidos, caso realizem negócios com o Irã, país no centro de uma disputa com Washington por seu programa nuclear. O alerta foi feito no dia em que uma missão de 90 empresários do país, chefiada pelo ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, desembarca em Teerã, capital iraniana.
"Os Estados Unidos têm uma lei bastante complexa para o comércio externo e, no caso do Irã, há uma série de restrições", afirmou Welber Barral, secretário de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, ao jornal econômico "Valor".
"Empresas brasileiras, por exemplo, com filial nos Estados Unidos podem não obter permissão do governo americano para abrir outras lojas no país se mantiverem negócios com Teerã", precisou.
A missão comercial brasileira visita, também, Egito e Líbano, para fomentar o comércio e investimentos brasileiros na região.
"Os setores de alimentos e bebidas, em especial, carnes, frutas e sucos estão entre as prioridades", declarou em nota à imprensa Luiz Cláudio Caruso, funcionário do Ministério da Agricultura.
Em 2009, o Brasil teve, em relação ao Irã, balança comercial favorável com exportações de US$ 1,21 bilhões e importações de US$ 18,9 milhões, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento.
Contrariando pedidos da comunidade internacional, o Brasil recebeu o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, em novembro passado. Na época, o presidente Luiz Inacio Lula da Silva defendeu o direito iraniano a um programa nuclear, desde que não fosse com fins militares.
O Brasil é ainda um dos mais verbais opositores à campanha americana por uma quarta rodada de sanções no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) contra o programa nuclear iraniano. Apesar de não ter poder de veto, o Brasil integra o conselho com uma vaga rotativa.
No próximo mês, o presidente Lula deverá retribuir a visita.
Fonte: France Presse
Nota do Blog: Temos de nos preparar para tais situações e buscar burlar tais sanções, como exemplo empresas que operam nos EUA e podem sofrer retaliações caso estabeleçam negócios no Irã, podem muito bem criar empresas desvinculadas a ela para realizar tais negócios, cabe ao governo brasileiro fomentar práticas para superar barreiras que venham a tentar suprimir nossa soberania de estabelecer laços e comercio com quem desejarmos, afinal somos um Estado soberano e não devemos ficar dando satisfação ou pedir autorização a um terceiro estado para prosseguir com nossas politicas externas e comerciais, uma vez qu a mesma não representa perigo a segurança mundial, como é o caso das atitudes de washington
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