quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Senado dos EUA aprova verba de US$ 626 bilhões para Pentágono


Enquanto o presidente Barack Obama faz reuniões com conselheiros e legisladores para avaliar a estratégia americana para a a Guerra do Afeganistão, o Senado dos Estados Unidos aprovou, com maioria esmagadora, um orçamento para o Pentágono que eleva para US$ 300 bilhões (R$ 530 bilhões) os gastos totais do país com o conflito desde seu início em 2001.

A medida de US$ 626 bilhões (cerca de R$ 1,1 trilhão) foi aprovada com 93 votos a favor e 7 contra e estabelece ainda a proibição de qualquer transferência de combatentes acusados aos EUA da baía de Guantánamo, em Cuba. A atual lei permite que os prisioneiros sejam transferidos a solo americano para enfrentar julgamento ou ir para prisão americana.

A medida combina US$ 128 bilhões (cerca de R$ 226 bilhões) para operações no Iraque e no Afeganistão com US$ 498 bilhões (R$ 879 bilhões) para o resto do orçamento do Departamento de Defesa.

A medida orçamentário do Pentágono aprovada nesta terça-feira também aprova o envio de 21 mil soldados ao Afeganistão, já anunciado pelo presidente Obama, até o fim do ano --o que elevará para 68 mil o número de militares americanos no país.

A medida precisa agora ser reconciliada com o plano aprovado pela Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados) há semanas e depois apresentada a Obama para sua assinatura.

Veja os principais pontos da medida

-- Inclui uma verba de US$ 2,7 bilhões (cerca de R$ 4,75 bilhões) para centenas de projetos menores de legisladores --de um museu para a Segunda Guerra (1939-1945) a um centro de educação cívica nomeado em homenagem ao senador Edward Kennedy. Os projetos não foram um pedido do Pentágono e atraem críticas dos vigilantes orçamentários sobre o desperdício de verba federal.

-- US$ 7,7 bilhões (R$ 13,5 bilhões) para um sistema de defesa de mísseis --que estabelece um corte de US$ 1,4 bilhão (R$ 2,46 bilhões) do ano passado.

-- US$ 154 bilhões (R$ 271 bilhões) para operações e manutenção --um corte de US$ 2,4 bilhões (R$ 4,22 bilhões) em relação ao pedido do Pentágono

-- US$ 125 bilhões (R$ 220 bilhões) para pagar salários e outros custos de pessoal para 1,43 milhão de soldados ativos, incluindo o aumento de 22 mil militares para o Exército e uma força reserva de 845 mil.

-- A medida concede ainda US$ 3,65 bilhões (R$ 6,4 bilhões) para a construção de dois destróieres DDG-51, um a mais do que o pedido do Pentágono.

-- Encerra a produção do avião militar F-22 e do helicóptero presidencial VH-71, ambos da Lockheed-Martin Corp.'s. O Pentágono diz não precisar mais destas aeronaves.

-- Estabelece ainda uma verba de US$ 2,5 bilhões (R$ 4,45 bilhões) para continuar a produção do avião de carga Boeing Co.'s C-17.

-- Proíbe a administração Obama de transferir suspeitos de terrorismo estrangeiros atualmente presos em Guantánamo para prisões nos EUA.

Fonte: Folha

Nota do Blog: Como seria bom termos ao menos 1 décimo deste orçamento aplicado por nosso governo em nossas forças armadas e tecnologia.
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3 comentários:

  1. Angelo,

    é verdade, seria bom termos 1 décimo dessa verba investida em defesa! Se bem que juntando os subs, os navios patrulha, os helis novos, as modernizações todas que estão em andamento ou vão se iniciar logo e mais o FX2 acho que chegamos a perto disso, será que não? Perto do 1 décimo, eu me refiro...hehehehe

    Mas precisamos lembrar (e sei que vc sabe disso) que a economia dos EUA gira em torno de sua máquina de guerra. A indústria de defesa nos EUA é maior que a industria do entretenimento (que inclui Hollywood, esportes, TVs etc.) ou mesmo que a indústria automobilística (nos EUA mesmo).

    Seja como for, uma coisa que me chamou a atenção no orçamento dos EUA: os F-22 encerram de vez sua curta produção. Já era. Mais um dos aviões que são ótimas máquinas, mas que foram derrotados pelo preço e pela inutilidade real de emprego (vão usar isso aí contra quem? Os passarinhos do Afeganistão?...hehehe).

    Acho que com isso, a idéia de caças de quinta geração (stealth) começa a enferrujar...e não dá pra acreditar que o F-35 seja um caça stealth de verdade...ele é meia boca. Dá pro gasto. Stealth mesmo só o F-22.


    abração

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  2. Angelo Nicolaci08/10/2009, 09:22

    Concerteza Hornet,

    Os americanos amparam sua economia na máquina de guerra, e o atual cenário mundial determinou o fim do F-22 devido aos custos elevados e a falta de um adversário, afinal esta mais que comprovado no Afeganistão e Iraque, que neste novo teatro de guerra assimétrica, tais tecnologias são anuladas pela simplicidade e "furtividade" dos novos inimigos. Com relação aos F-35 acredito que possuem um RCS muito pequeno, mas que não tem a tecnologia que os Raptors possuem, por isso mais baratos até estão sendo oferecidos aos aliados dos EUA.
    Realmente estamos quase perto do valor de 1/10 do orçamento americano, mas nosso orçamento esta cotado em dolares ou em real??? pq se for em real estamos muito longe, pois 1/10 convertido daria em torno de R$ 129 bilhões

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  3. Angelo,

    eu pensei no valor em dólar mesmo. Mesmo assim fica perto, pero no mucho...hehehe

    abração

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