
O 7º. Seminário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Interesse da Defesa Nacional, promovido pelo Ministério da Defesa, em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia, teve início terça-feira (06/10), em Campinas, São Paulo, com a participação de 160 pesquisadores de institutos militares, representantes de agências de financiamentos, professores e integrantes do governo e do setor privado. O evento, que deverá discutir projetos, idéias e experiências de C&T e inovação na área de defesa em todo o País, será encerrado na próxima sexta-feira (09/10).
O seminário foi iniciado com uma palestra do Secretário de Ensino, Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia do Ministério da Defesa, General-de-Exército José Elito Carvalho Siqueira. O diretor do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), professor Jacobus Swart, que se encontra em viagem ao exterior, também dirigiu-se aos participantes em mensagem transmitida por um telão. Na mensagem, ele ressalta a importância do seminário para os estudos e pesquisas de C&T em favor da introdução de novos projetos na indústria de defesa, principalmente nas áreas de robótica, segurança na informação, microeletrônica, entre outras tecnologias.
Já o diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da FINEP, Eugenius Kaszkurewicz, que representou o ministro da Ciência e Tecnologia, defendeu o fortalecimento da integração entre as pesquisas de C&T realizadas por universidades como as desenvolvidas por institutos da área militar e também as da indústria de defesa.
Essa associação, segundo Kaszkurewicz, é necessária para formar um complexo industrial de defesa. “A idéia constitui um desafio – disse – para atingir o objetivo maior que é a reafirmação da soberania nacional. Não se trata de tecnologia strictu senso da defesa. Ela tem na verdade aplicações duais que perpassam para toda indústria do país”.
Uma das pesquisas citadas por Kaszkurewicz, que perpassam diferentes segmentos industriais, e que têm aplicações civis, são as tecnologias inerciais. Segundo ele, as tecnologias inerciais são os girômetros e os acelerômetros, mecanismos (que podem ser eletrônicos) destinados a guiar navios, aviões, satélites e veículos lançadores. “Para termos satélites autóctones precisamos dessas tecnologias. Para termos aviação avançada precisamos dessas tecnologias”, afirmou.
O diretor substituto do CTI, Silvio Ernesto Barbin, também citou algumas tecnologias já desenvolvidas no Brasil. São elas: tela de toque para urna eletrônica; método de avaliação de produtos de software; primeiro projeto de sistema de injeção eletrônica automotiva para carros brasileiros ; software livre para tratamento de imagens médicas; tecnologia para mostradores da informação por emissão de campo; infra-estrutura de harware para experimentos na Estação Espacial Internacional; implantação da primeira fábrica de software no Brasil;e tecnologia para inspeção aérea robotizada.
Barbin afirmou que todos esses projetos são executados por cientistas do CTI. Mas ainda há outros. Na área da TV Digital, ele afirmou que o CTI coordena uma rede de universidades que desenvolve uma plataforma livre, aberta e escalável de set top. Segundo afirmou, esse projeto permitirá a redução dos preços aparelhos digitais, o que beneficiará a população brasileira, em especial as camadas mais necessitadas.
A programação do seminário prosseguiu com a palestra do diretor do Departamento de C&T da Secretaria de Ensino, Logística, Mobilização e C&T do MD, Contra-Almirante Arthur Paraizo Campos, que falou sobre o papel do Departamento de Ciência e Tecnologia do MD; na quarta-feira, o comandante Orlando Ribeiro Vita Júnior abordou a experiência do Instituto de Pesquisas da Marinha em Projetos Integradores e Perspectivas Futuras.
Além de representantes do Ministério da Defesa e do Ministério da Ciência e Tecnologia, o seminário reúne integrantes do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, empresas privadas como a Equatoria, Armtec, Orbisat, AGX, Omnisys, Stefanini, Mectron, universidades como a USP e Unicamp, e instituições científicas e tecnológicas como Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).
Fonte: Ministério da Defesa
Colaboração: Hornet

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Essas últimas 3 notícias postadas pelo blog dão uma perspectiva das transformações que a END está fazendo no Brasil. É pra médio prazo, mas a idéia de constituir um complexo industrial-tecnológico de Defesa no país está andando e no rumo certo. E em muito isso se deve ao Mangabeira e, é claro, ao Jobim também. Defeitos todo político tem, mas também temos que enaltecer quando acertam.
ResponderExcluirabraços a todos
Angelo,
ResponderExcluirnão consigo copiar e colar notícias e nem links aqui. É assim mesmo? Tem como resolver esse "pepino".
Tal coisa ajudaria no debate...pois vc sabe, ás vezes precisamos citar um link ou uma outra matéria pra afirmar nossas posições e se não pode "copiar e colar" prejudica um pouco...
abração
Hornet vou verificar como isso funciona aqui, e tentar solucionar o problema
ResponderExcluirAngelo,
ResponderExcluirOK. Qualquer coisa nos avise.
abração