sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Definição do FX-2 será pela Transferência de Tecnologia


Um ponto que vai contribuir para definir em que mercado o Brasil vai adquirir os 36 caças para a Força Aérea Brasileira (FAB) poderá ser “qual dos três concorrentes terá a autorização de seu país de fazer a irrestrita transferência de tecnologia, sem nenhum segredo, para o Brasil”, afirmou hoje (8) o ministro da Defesa, Nelson Jobim, para quem, sem isso, a proposta dos concorrentes “estará descartada”.

Participam da concorrência os Estados Unidos, com a empresa Boeing, fabricante do caça F-18; a francesa Dassault, com o Rafale; e a Suíça Saab, com o caça Gripen NG.

Jobim disse que, no momento, a preferência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é pela Dassault, em função da parceria estratégica com a França “e, também, pela afirmação do presidente [Nicolas] Sarkozy da transferência irrestrita de tecnologia”.

Ele ressaltou, contudo, que é preciso ver a proposta da empresa fabricante dos caças franceses, porque se trata de uma empresa privada, na qual o governo francês tem participação, mas não o controle.

“As ações que o governo francês tem na Dassault são preferenciais, sem direito a voto. Portanto, tem que saber se a Dassault, nas propostas que fizeram à FAB, e que estão sendo examinadas, estão trazendo ou não [a questão da transferência irrestrita de tecnologia]. Eu creio que sim, mas vamos ter que verificar”, disse.

A FAB vai examinar todos os demais aspectos tecnológico, operacional e técnico. Jobim afirmou, contudo, que a transferência de tecnologia “é o ponto fulcral de qualquer tipo de decisão. Você ter, por exemplo, um aparelho 5% ou 10% superior a outro em termos operacionais, mas que importa em não transferir tecnologia, está descartado”, reiterou.

A decisão final sobre o assunto será levada pelo presidente da República ao Conselho Nacional de Defesa. A expectativa é que a conclusão seja divulgada até o fim deste mês

Fonte: Agência Brasil
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1 comentários:

  1. Existe um dado interessante nessa conversa toda do Jobim: ele é "rato", sabe negociar.

    Nas primeiras ofertas, acho que não teríamos TT de partes realmente importantes. O Jobim foi "acusando" todo mundo, desconfiando de todo mundo e as empresas foram cedendo.

    Acho que se apertar mais um pouco sai mais leite...hehehe

    abraços a todos

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