A Marinha Indiana colocou em serviço o INS Mahe, novo navio antissubmarino para águas rasas projetado para reforçar a vigilância costeira e a proteção do litoral do país. A embarcação, equipada com sensores modernos, armamentos especializados e sistemas de comunicação de última geração, foi concebida para detectar, rastrear e neutralizar ameaças submersas com elevada precisão, um passo estratégico para a segurança marítima indiana em um cenário regional cada vez mais desafiador.
Projetado e construído no Cochin Shipyard, um dos pilares da expansão naval indiana, o navio atinge um marco importante: quatro em cada cinco de seus componentes são fabricados na Índia, refletindo o avanço da nacionalização no setor naval militar. Segundo o Ministério da Defesa, o INS Mahe foi desenhado para operar em ambientes de baixa profundidade e sustentar operações prolongadas, integrando máquinas e sistemas de controle de alta tecnologia concebidos no país.
Um símbolo da indústria de defesa indiana em ascensão
Durante a cerimônia de comissionamento, realizada em Mumbai, o Chefe do Estado-Maior do Exército, General Upendra Dwivedi, destacou que o INS Mahe representa “o crescente domínio da Índia na capacidade de projetar, construir e colocar em serviço embarcações de combate complexas com tecnologia nacional”.
O navio é o primeiro de uma série de oito embarcações antissubmarino de águas rasas encomendadas pela Marinha Indiana ao Cochin Shipyard, reforçando uma estratégia que busca modernizar a frota nacional e reduzir dependências externas, especialmente da Rússia, tradicional fornecedora de armamentos desde os anos 1960.
O Ministério da Defesa ressaltou que o Mahe é “especialmente projetado” para atuar em águas costeiras e rasas, áreas onde submarinos convencionais ou minisubmarinos podem operar com vantagem tática. A capacidade do navio de manter vigilância constante e resposta rápida a ameaças submersas fortalece significativamente o escudo marítimo indiano.
Expansão naval e parcerias estratégicas
A Índia planeja ampliar sua frota para mais de 200 navios e submarinos até 2035, com possibilidade de alcançar 230 unidades até 2037, em uma das maiores expansões navais da atualidade. Essa ambição está diretamente alinhada à iniciativa “Make in India”, lançada pelo primeiro-ministro Narendra Modi, que busca transformar o país em um polo global de produção militar.
Nesse contexto, Nova Déli tem incentivado empresas de países parceiros a cooperarem com fabricantes locais, reforçando transferências de tecnologia e ampliando a autonomia industrial. O recente caso da fragata Tamal, entregue pela Rússia em julho, ilustra essa tendência: embora construída no estaleiro Yantar, em Kaliningrado, 26% de seus componentes são indianos, e a supervisão técnica foi conduzida por especialistas de Nova Déli.
Um passo estratégico em um ambiente marítimo sensível
O comissionamento do INS Mahe ocorre em um momento de crescente disputa geopolítica no Oceano Índico, onde a expansão naval chinesa, a competição por rotas marítimas vitais e a presença de submarinos de potências regionais e extrarregionais elevam a importância de capacidades antissubmarino avançadas.
Para a Índia, aumentar a segurança de seu litoral, especialmente em zonas de águas rasas onde a detecção subaquática se torna mais complexa, é essencial para proteger infraestruturas críticas, rotas comerciais e bases militares.
O INS Mahe não é apenas mais um navio incorporado à frota: ele representa o esforço contínuo de Nova Déli para consolidar uma marinha moderna, autossuficiente e tecnologicamente preparada para enfrentar desafios atuais e futuros. Com ele, a Índia dá mais um passo rumo ao fortalecimento de sua dissuasão marítima e à consolidação de uma indústria de defesa de classe mundial.
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