terça-feira, 3 de junho de 2025

Kaplan MT: Uma Solução Moderna para as Necessidades do Corpo de Fuzileiros Navais?

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No contexto da guerra moderna, a busca por veículos blindados que combinem poder de fogo, mobilidade e proteção tornou-se fundamental para as forças armadas. Nesse cenário, os carros de combate médios surgem como uma solução equilibrada, oferecendo às tropas uma plataforma robusta, ágil e letal, capaz de enfrentar tanto ameaças convencionais quanto assimétricas.

Entre os modelos que se destacam nesse segmento está o Kaplan MT, desenvolvido pela empresa turca FNSS, em parceria com a indonésia PT Pindad. Trata-se de um blindado projetado para atender às demandas operacionais contemporâneas, combinando alta mobilidade, consciência situacional aprimorada e elevada capacidade de sobrevivência no campo de batalha.

Com uma silhueta baixa e excelente relação peso-potência, o Kaplan MT foi concebido para operar em terrenos desafiadores, como solos arenosos, alagadiços e acidentados, exatamente os cenários típicos das operações anfíbias, ribeirinhas e costeiras que compõem a doutrina do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) da Marinha do Brasil.

Entre seus principais diferenciais estão a torre de última geração equipada com canhão de 105 mm da John Cockerill Defense, sistemas de mira de terceira geração com capacidade Hunter-Killer e Autotracker, além de um avançado sistema de gerenciamento do campo de batalha (BMS – Battle Management System). O blindado também permite a integração de sistemas de proteção ativa e passiva, atendendo aos mais rigorosos padrões de segurança balística e contra ameaças explosivas.

Durante a LAAD Defence & Security 2025, realizada no Rio de Janeiro, a FNSS apresentou um exemplar do Kaplan MT, oportunidade na qual nosso editor, Angelo Nicolaci, pôde conhecer de perto a viatura, suas características técnicas e operacionais. Na ocasião, conversou diretamente com representantes da FNSS e da John Cockerill Defense, responsável pela torre do blindado, obtendo informações detalhadas sobre os sistemas de armas, sensores e soluções de integração aplicadas ao projeto.

O Interesse do Corpo de Fuzileiros Navais

Buscando modernizar sua frota de blindados, o Comando do Material de Fuzileiros Navais (CMatFN) deu início, recentemente, a um processo de consulta ao mercado internacional, visando encontrar um substituto para os atuais SK-105 A2S Kürassier, adquiridos no início dos anos 2000 e hoje empregados pelo Batalhão de Blindados de Fuzileiros Navais (BtlBldFuzNav).

Em visita realizada no dia 27 de maio às instalações do CMatFN, no Rio de Janeiro, nosso editor confirmou, junto aos oficiais responsáveis, que os estudos para a substituição do SK-105 estão oficialmente em andamento. O processo já inclui o envio de cartas de consulta (RFQ) a diversos fornecedores, contendo os requisitos técnicos e operacionais necessários para o novo blindado.


Entre os principais requisitos estão:

  • Peso máximo de 45 toneladas;

  • Autonomia mínima de 450 km;

  • Relação peso-potência superior a 20 hp/tonelada;

  • Proteção balística equivalente ao nível 4 do STANAG 4569, capaz de resistir a impactos de projéteis de até 14,5 mm e explosões de até 10 kg sob o casco;

  • Canhão de 105 mm ou 120 mm, com alcance efetivo mínimo de 3 km;

  • Cadência de tiro de, no mínimo, 10 disparos por minuto;

  • Sistemas de controle de tiro de última geração.


Kaplan MT: Uma Solução Alinhada às Necessidades do CFN?

Diante desses requisitos, o Kaplan MT se apresenta como uma solução altamente aderente às demandas operacionais do CFN. Seu design foi otimizado para oferecer baixa pressão sobre o solo, fator crítico para operações em ambientes como praias, manguezais, áreas alagadas e terrenos instáveis, muito comuns no litoral brasileiro e na região amazônica.

O veículo não apenas atende aos critérios de proteção, mobilidade e letalidade, como também possui histórico operacional comprovado, estando em uso nas Forças Armadas da Indonésia. Além disso, há a perspectiva concreta de transferência de tecnologia, suporte logístico e treinamento, alinhando-se diretamente aos objetivos do programa PROADSUMUS, que busca fortalecer a capacidade expedicionária e de pronta resposta do CFN.

A doutrina dos Fuzileiros Navais brasileiros exige meios capazes de operar em qualquer ambiente, especialmente em cenários de:

  • Operações anfíbias;

  • Operações ribeirinhas;

  • Operações costeiras;

  • Missões de paz;

  • Intervenções rápidas em ambientes de baixa e média intensidade de conflito.


Portanto, o CFN necessita de um blindado que:

  • Seja leve o suficiente para transporte por meios navais, como o NDM Bahia e o NDCC Almirante Saboia;

  • Possua baixa pressão sobre o solo, permitindo operar em terrenos desafiadores;

  • Ofereça elevada mobilidade tática, acompanhando a tropa nos movimentos pós-desembarque;

  • Tenha poder de fogo capaz de enfrentar blindados leves, fortificações e oferecer suporte contra infantaria e posições defensivas.

O Kaplan MT se encaixa naturalmente nesses parâmetros, reforçando os pilares da doutrina PROADSUMUS.


Comparativo Técnico – Kaplan MT vs. SK-105 Kürassier

Característica SK-105 Kürassier Kaplan MT
Peso 18 toneladas 32 toneladas
Canhão 105 mm 105 mm (Cockerill)
Proteção STANAG Nível 1-2 STANAG Nível 4
Motor 320 hp 711 hp
Relação peso/potência ~17 hp/ton ~22,2 hp/ton
Velocidade máxima 70 km/h 70 km/h
Autonomia 500 km 450 km
Sistema de tiro Óptico analógico Digital (Hunter-Killer + Autotracker)
Proteção contra minas Limitada Até 10 kg (STANAG 4569 N4a)
Pressão sobre o solo ~0,78 kg/cm² ~0,88 kg/cm²


Principais ganhos na comparação:

  • Proteção balística superior, resistente a projéteis de até 14,5 mm e explosões de 10 kg sob o casco;

  • Canhão de alta pressão, capaz de neutralizar blindados modernos;

  • Eletrônica embarcada de última geração, incluindo BMS, sensores optrônicos, câmeras 360°, sistema de alerta laser e previsão para proteção ativa;

  • Maior mobilidade, com excelente relação peso/potência, mantendo capacidade em terrenos desafiadores.

Aderência aos Requisitos Operacionais do CFN

Requisito do CFN Kaplan MT Status
Peso ≤ 45 toneladas 32 t ✅ Atende
Autonomia mínima de 450 km 450 km ✅ Atende
Relação peso/potência >20 hp/ton 22,2 hp/t ✅ Atende
Proteção STANAG Nível 4 Nível 4 ✅ Atende
Resistência a minas (10 kg) Cumpre ✅ Atende
Canhão 105 mm ou 120 mm 105 mm ✅ Atende
Alcance efetivo até 3 km 3,5 km ✅ Atende
Fogo mínimo de 10 disparos por minuto 12/min ✅ Atende
Sistema de tiro de última geração Hunter-Killer + BMS ✅ Atende

Comparativo Internacional

Blindado Peso Canhão Proteção Potência Observações
SK-105 Kürassier 18 t 105 mm STANAG 1-2 320 hp Defasado, baixa proteção
Kaplan MT 32 t 105 mm STANAG 4 711 hp Alta proteção e mobilidade
M10 Booker (EUA) 42 t 105 mm STANAG 5 1.000 hp Maior proteção, mais pesado, foco em brigadas mecanizadas
CV90 Mk IV (Suécia) 37 t 105/120 mm STANAG 4-5 1.000 hp Modular, excelente proteção e mobilidade

Aspectos Tecnológicos Relevantes

  • Sistemas de mira de terceira geração com Hunter-Killer e Autotracker;

  • Sistema de gerenciamento de batalha (BMS) integrado;

  • Sensores de alerta laser, câmeras 360° e optrônicos de alta performance;

  • Capacidade para operação com sistemas de proteção ativa (APS);

  • Capacidade de operar em ambientes com negação GNSS, utilizando navegação inercial e sensores redundantes.


Mobilidade Estratégica – Um Diferencial para o CFN

O Kaplan MT é perfeitamente compatível com a logística da Marinha do Brasil, podendo ser transportado por navios da Esquadra e via transporte terrestre. Sua baixa pressão sobre o solo permite operar em ambientes costeiros, brejos e terrenos arenosos, mantendo plena mobilidade após o desembarque.

O Kaplan MT não é apenas um possível substituto natural para o SK-105 Kürassier, ele representa um salto qualitativo e doutrinário para o Batalhão de Blindados de Fuzileiros Navais. Seu equilíbrio entre potência de fogo, proteção e mobilidade o torna ideal para as missões expedicionárias, anfíbias e ribeirinhas do CFN, garantindo capacidade operacional alinhada às demandas das próximas décadas.

Adicionalmente, não se pode descartar a possibilidade de uma aquisição conjunta com o Exército Brasileiro, que conduz um programa semelhante para sua nova família de blindados. Uma decisão nesse sentido traria ganhos logísticos, econômicos e operacionais, ampliando a eficiência e a sustentabilidade do projeto.

O Kaplan MT se consolida, portanto, como um dos principais candidatos a integrar a próxima geração de blindados do Corpo de Fuzileiros Navais, sendo uma solução moderna, robusta e plenamente aderente às exigências operacionais da Marinha do Brasil.



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segunda-feira, 2 de junho de 2025

Brasil e Türkiye avançam em acordo de cooperação na indústria de defesa

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A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado aprovou, nesta quinta-feira (22), o Projeto de Decreto Legislativo (PDL 262/2024), que ratifica o acordo de cooperação entre Brasil e Turquia no setor de defesa, firmado em 2022. O texto agora segue para votação no Plenário do Senado e, se aprovado, abrirá caminho para uma nova etapa na relação estratégica entre os dois países.

O GBN Defense, que acompanha de perto, há alguns anos, o crescente estreitamento dos laços entre Brasil e Türkiye, tem mantido um canal aberto com a indústria de defesa turca e com a representação diplomática do país no Brasil. Nosso editor, Angelo Nicolaci, tem acompanhamento esse processo, e vê como promissor os avanços na cooperação bilateral.

Cooperação robusta e estratégica

O acordo visa fortalecer as capacidades das indústrias de defesa de ambos os países por meio da cooperação em desenvolvimento, produção, aquisição, manutenção de bens e serviços de defesa, além de suporte técnico e logístico.

Entre os principais pontos do acordo estão:

  • Pesquisa e desenvolvimento conjunto de tecnologias de defesa

  • Produção e modernização de equipamentos, sistemas e materiais de defesa

  • Implementação de projetos colaborativos nos territórios dos dois países

  • Intercâmbio de informações técnicas e científicas

  • Fabricação e venda conjunta de armamentos a terceiros, dentro dos marcos internacionais

  • Troca ou comercialização de excedentes militares

  • Parcerias entre instituições militares, empresas e centros de manutenção

Também estão previstas ações de intercâmbio de pessoal, visitas técnicas e participação mútua em feiras e simpósios especializados.

Transferência de tecnologia e proteção de propriedade intelectual

Um dos pilares do acordo é a transferência de tecnologia, que será tratada caso a caso em acordos específicos, abrangendo temas sensíveis como propriedade intelectual, licenciamento, preservação de patentes e direitos de produção.

Os dois países assumem o compromisso de proteger esses direitos de acordo com suas legislações nacionais e normas internacionais, o que garante segurança jurídica e previsibilidade para os projetos futuros.

O acordo terá validade inicial de cinco anos, podendo ser renovado automaticamente por períodos sucessivos de um ano, desde que não haja manifestação contrária de nenhuma das partes.

Opinião: Uma relação estratégica que se consolida

O GBN Defense tem acompanhado, nos últimos anos, o avanço da relação estratégica entre Brasil e Türkiye no setor de defesa. Segundo nosso editor Ângelo Nicolaci, essa aproximação é fruto de interesses convergentes na busca por autonomia tecnológica, fortalecimento industrial e diversificação de parcerias internacionais.

"O diálogo constante com representantes da indústria turca e com a diplomacia turca no Brasil nos permite afirmar que há um forte interesse de ambos os lados em transformar essa parceria em uma relação de longo prazo, que vá além da simples compra e venda, promovendo efetivamente o desenvolvimento conjunto e a geração de empregos e capacidades tecnológicas para os dois países", destaca Nicolaci.

Ele ressalta ainda que essa aproximação representa uma oportunidade estratégica para o Brasil, que precisa urgentemente diversificar suas parcerias no campo da defesa, saindo da dependência dos tradicionais polos EUA-Europa, e evitando o polo China-Rússia. "Buscar parceiros fora desse eixo geopolítico tradicional é fundamental para ampliar nossa autonomia tecnológica e industrial. A Türkiye tem demonstrado ser um exemplo claro de como é possível, com investimentos estratégicos e visão de longo prazo, construir uma indústria de defesa robusta, moderna, independente e competitiva no cenário global."

Segundo Nicolaci, "para o Brasil, essa parceria é uma chance concreta de absorver tecnologias, acessar novos mercados e fortalecer nossa base industrial de defesa, ao mesmo tempo em que se cria um caminho de mão dupla, onde também podemos oferecer nossas competências e produtos. Esse modelo de cooperação é muito mais saudável e sustentável do que a simples aquisição de prateleira, pois fomenta empregos, gera conhecimento e reduz a dependência externa."

Ele conclui afirmando que "a construção de um ambiente multipolar na indústria de defesa é essencial não só para o Brasil, mas também para a estabilidade e a soberania de países que buscam autonomia estratégica. E a Türkiye se mostra um parceiro disposto a trilhar esse caminho junto conosco."

O avanço do acordo no Senado representa mais um passo concreto nesse caminho, que promete trazer impactos positivos para a base industrial de defesa nacional e para a projeção internacional do Brasil no setor.


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quarta-feira, 28 de maio de 2025

A-29 Super Tucano é reconhecido pela OTAN e ganha código de catalogação internacional

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O Centro de Apoio a Sistemas Logísticos de Defesa (Caslode), vinculado ao Ministério da Defesa, anunciou que a aeronave A-29 Super Tucano foi reconhecida pelo NATO Allied Committee 135 (AC/135), Comitê de Catalogação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). O reconhecimento faz parte do processo de padronização na identificação de materiais e equipamentos utilizados pelas Forças Armadas dos países membros da Organização.

A partir da aprovação pelo Comitê, a aeronave passa a utilizar o código SOC, sistema de catalogação da OTAN, para identificação e catalogação do projeto. Esse processo permite a troca de informações e garante a interoperabilidade logística com os demais membros da Organização.

O A-29 Super Tucano foi incluído na Codification Support Publication (CodSP) nº 24, uma das publicações técnicas elaboradas sob a supervisão do Comitê, que reúne projetos considerados de relevância para a OTAN. O feito é semelhante ao que ocorreu anteriormente com o projeto da aeronave KC-390, que foi o primeiro sistema da Base Industrial de Defesa (BID) do Brasil a ser reconhecido dessa forma pela Organização.

O chefe da Seção de Catalogação do Caslode, Capitão de Mar e Guerra (RM1-IM) Alessander de Paiva Nunes, destacou que “esse novo trabalho, em conjunto com as Forças Singulares e com a BID, demonstra mais uma vez a excelência da gestão de projetos e a qualidade dos produtos e sistemas de defesa nacionais, divulgando o nosso país no exterior, com vistas a permitir o fomento às exportações, à geração de empregos e renda, entre outros fatores que contribuem ao desenvolvimento do Brasil”.

O A-29 Super Tucano é uma aeronave moderna, destinada ao treinamento de pilotos de caça e ao emprego em missões de ataque leve, utilizada pela Força Aérea Brasileira em diversas operações de segurança aérea. A aeronave foi desenvolvida nos anos 1990 pela Embraer.


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com Ministério da Defesa

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Acre é o primeiro estado do Brasil a adquirir o drone tático HARPIA, da brasileira ADTech, para reforço na segurança pública

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O Governo do Acre deu um passo inédito na segurança pública brasileira com a aquisição do veículo aéreo não tripulado (VANT) HARPIA, desenvolvido pela empresa nacional Advanced Technologies Security e Defense (ADTech). A entrega oficial do equipamento representa um marco na utilização de tecnologia de ponta no combate ao crime organizado, monitoramento de fronteiras e preservação ambiental.

O HARPIA, drone de categoria tática, possui autonomia de até 12 horas, pode voar a 100 km/h, cobrindo uma distância de até 1.200 km, com alcance operacional homologado de 218 km pela ANAC e teto de voo de 5.000 metros. Dotado de câmeras de alta resolução e transmissão em tempo real, o sistema também pode receber sensores adicionais, como radar SAR, inteligência de sinais e fotogrametria, elevando exponencialmente a capacidade de vigilância aérea do estado.

Estamos avançando cada vez mais com tecnologia. O VANT é uma ferramenta essencial, principalmente em um estado com milhares de quilômetros de fronteiras que precisam ser monitorados. Tudo que é tecnologia estamos trazendo para nosso estado”, destacou o governador Gladson Cameli, celebrando a parceria e o pioneirismo do Acre.

O CEO da ADTech, Bruno Santos, destacou que o HARPIA é um sistema de alto desempenho, desenvolvido especialmente para atender às necessidades das forças de segurança e defesa. “Toda informação gerada pela carga útil do HARPIA é transmitida em tempo real para os tomadores de decisão, que orientam as equipes em solo e as unidades táticas. Isso garante uma resposta rápida, eficaz e com total segurança para os operadores”, explicou.

O secretário de Segurança Pública, coronel Américo Gaia, ressaltou os ganhos operacionais: “O HARPIA é uma ferramenta que permite otimizar os recursos, tanto logísticos quanto humanos. Ele faz o reconhecimento das áreas, e, após essa análise, realizamos a infiltração com nossos helicópteros. Isso nos torna mais cirúrgicos, mais precisos nas nossas operações.”

O primeiro HARPIA será operado a partir de Rio Branco, e um segundo exemplar, já em processo de aquisição, será baseado em Cruzeiro do Sul, cobrindo a região do Vale do Juruá. O equipamento atenderá todo o sistema de segurança pública, incluindo Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e órgãos de fiscalização ambiental.

“O Acre sai na frente mais uma vez. Este é um marco para o nosso estado e, com certeza, um exemplo para o Brasil. O fator humano, aliado à tecnologia, é o que vai vencer o crime organizado e o contrabando”, concluiu Gladson Cameli, reforçando que a união entre os poderes e o investimento contínuo em inovação são fundamentais para garantir mais segurança e qualidade de vida à população.


ADTECH: Tecnologia nacional para defesa e segurança

A Advanced Technologies Security & Defense (ADTECH) é uma empresa 100% brasileira, reconhecida pelo Ministério da Defesa como Empresa de Defesa, e especializada no desenvolvimento de soluções tecnológicas para segurança pública, defesa territorial e inspeções patrimoniais. Seu compromisso com a inovação e a alta performance consolida a empresa como referência no setor.


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terça-feira, 27 de maio de 2025

Exército Brasileiro Intensifica Ações na Faixa de Fronteira durante a Operação Ágata Amazônia 2025

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O Comando Conjunto Apoena segue conduzindo, de forma coordenada, a "Operação Ágata Amazônia 2025", com foco na intensificação da presença do Estado na faixa de fronteira no Alto Rio Negro, no estado do Amazonas. A operação reúne esforços das Forças Armadas, em articulação com agências e órgãos de segurança pública e fiscalização, buscando coibir atividades ilícitas e reforçar a soberania nacional.

O Exército Brasileiro desempenha papel central nas ações, com a atuação de militares especializados em operações na selva. Empregando meios terrestres, fluviais e aéreos, a tropa intensifica o patrulhamento de áreas de difícil acesso, executa missões de reconhecimento, estabelece pontos de controle e coopera diretamente com os órgãos parceiros no combate a ilícitos transfronteiriços e ambientais.

Na primeira fase da operação, iniciada em 10 de maio, as tropas do Exército priorizaram atividades de patrulhamento e reconhecimento em áreas sensíveis. O uso de meios aéreos, como helicópteros e sistemas de aeronaves remotamente pilotadas (SARP), foi fundamental para ampliar o alcance das operações, viabilizar transporte logístico, evacuação aeromédica e coleta de informações em tempo real, contribuindo para uma melhor análise do terreno e das rotas suspeitas.

Simultaneamente, as tropas executaram ações cívico-sociais, reforçando o compromisso das Forças Armadas com o apoio às populações locais. Atendimentos médicos, odontológicos e atividades de assistência social foram realizados em parceria com agências civis, além de palestras e orientações sobre saúde, segurança e meio ambiente.

As atividades se concentraram, principalmente, nos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos, que, juntos, somam uma área de aproximadamente 510 mil quilômetros quadrados, representando cerca de 33% do território do estado do Amazonas. Nessa região, de logística extremamente desafiadora, caracterizada pela predominância de rios, selva densa e escassez de vias terrestres, a atuação do Exército se dá por meio de Pelotões Especiais de Fronteira (PEF) e unidades de Infantaria de Selva, que possuem capacidade de operar de forma autônoma em ambiente isolado.

Além dos patrulhamentos fluviais e terrestres, foram estabelecidos postos de bloqueio e controle de vias, pontos de fiscalização em áreas sensíveis e intensificação das ações de presença em rotas frequentemente utilizadas para práticas ilícitas, como o garimpo ilegal, tráfico de drogas, contrabando e crimes ambientais. As operações contaram com o emprego de embarcações de casco semirrígido, viaturas operacionais adaptadas à região amazônica e apoio de meios aéreos, essenciais para vencer os desafios da geografia local.

A integração entre as Forças Armadas e órgãos de segurança pública e fiscalização tem sido um dos pilares da operação. O Exército tem desempenhado papel fundamental no transporte de agentes, equipamentos e materiais, além de fornecer segurança e suporte logístico para ações conjuntas com Polícia Federal, IBAMA, ICMBio, Receita Federal e FUNAI. Essa sinergia permite uma atuação mais eficiente na repressão aos ilícitos e na proteção das comunidades indígenas e ribeirinhas.

O Comando Militar da Amazônia (CMA) conduz diretamente as ações terrestres, coordenando as atividades dos batalhões de Infantaria de Selva e dos Pelotões Especiais de Fronteira, que possuem profundo conhecimento das características operacionais da região. A familiaridade das tropas com o ambiente amazônico, fruto de treinamento específico e contínuo, é um diferencial que garante maior eficácia nas operações.

A operação também contemplou o reforço das atividades de inteligência, com levantamento e cruzamento de dados sobre possíveis áreas de atuação de grupos criminosos, pontos de extração ilegal de recursos naturais e rotas de tráfico. A atuação integrada permite que as ações sejam planejadas de forma precisa, otimizando o emprego dos meios e recursos disponíveis.

No contexto da Operação Ágata Amazônia 2025, o Exército Brasileiro reforça seu compromisso permanente com a defesa da soberania, a proteção da integridade territorial e o combate aos ilícitos transfronteiriços e ambientais. Além do aspecto operacional, a presença das tropas nas comunidades reafirma o papel das Forças Armadas como agentes de apoio à população, sobretudo em regiões de difícil acesso, onde o Estado se faz presente, muitas vezes, por meio de seus militares.

As atividades continuarão ocorrendo ao longo dos próximos meses, dentro da estratégia permanente de fortalecimento da presença do Estado na Amazônia, alinhada às diretrizes do Ministério da Defesa e à Política Nacional de Defesa. O Exército, por meio de sua doutrina de operações na selva, segue contribuindo de forma decisiva para a preservação da Amazônia, o combate aos ilícitos e o fortalecimento da segurança das fronteiras do Brasil.


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com Exército Brasileiro

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sábado, 24 de maio de 2025

Princesa de Gales Batiza a HMS Glasgow, Primeira das Novas Fragatas da Marinha Real Britânica

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Navio marca o início de uma nova geração de fragatas antissubmarino, com papel crucial na defesa do Reino Unido e seus aliados

Em uma cerimônia carregada de tradição e significado, Sua Alteza Real Catherine, a Princesa de Gales, oficializou o batismo da HMS Glasgow, a primeira de uma série de oito fragatas do Tipo 26 que irão reforçar a Marinha Real Britânica nas próximas décadas. O evento foi realizado no estaleiro da BAE Systems, na cidade escocesa que dá nome ao navio.

Como madrinha da embarcação, a Princesa de Gales assumiu o papel simbólico de garantir sorte e proteção tanto para o navio quanto para sua tripulação ao longo de toda sua vida útil. Durante a cerimônia, uma garrafa de uísque foi quebrada contra o casco da fragata, substituindo o tradicional champanhe, uma homenagem às raízes escocesas do navio.

Este é um momento histórico para a cidade de Glasgow, para todos os profissionais envolvidos no programa Tipo 26 e, principalmente, para a Marinha Real. A HMS Glasgow representa um marco fundamental no caminho rumo a uma frota de superfície mais moderna, preparada para enfrentar os desafios atuais e futuros”, declarou Simon Lister, presidente da divisão de navios da BAE Systems.

Com 149 metros de comprimento, deslocando 6.900 toneladas, as fragatas do Tipo 26 foram projetadas para desempenhar missões de guerra antissubmarino com alto desempenho, além de operações de escolta, vigilância e apoio a forças conjuntas. Elas serão, por décadas, a espinha dorsal da capacidade de superfície do Reino Unido.

O Vice-Almirante Sir Martin Connell, Segundo Sea Lord, destacou que a HMS Glasgow carrega consigo um legado de séculos. “Desde a primeira HMS Glasgow, no século XVII, até este navio do século XXI, a bandeira da Marinha Real britânica tem sido sinônimo de defesa, resiliência e excelência. Este novo navio reforça o compromisso contínuo com a segurança do Reino Unido e de seus aliados.

Tecnologia de ponta e interoperabilidade global

As fragatas Tipo 26 incorporam sistemas de última geração, incluindo o míssil antiaéreo Sea Ceptor, canhão de 127 mm, radares Artisan 997 e sonares de alta performance. As embarcações também contam com uma baía de missão flexível e silos verticais capazes de empregar diferentes tipos de armamento, tornando-as altamente adaptáveis a múltiplos cenários operacionais.

O projeto da Tipo 26 não se limita ao Reino Unido. Austrália e Canadá adotaram versões derivadas para suas próprias marinhas, e a Noruega avalia o modelo como candidato para substituir suas fragatas da classe Fridtjof Nansen, consolidando um programa naval conjunto que prevê a construção de até 29 navios.

Futuro da Classe Tipo 26

Além da HMS Glasgow, que deverá entrar em operação nos próximos anos, a construção das demais unidades avança rapidamente. A HMS Cardiff já está em fase de montagem, enquanto as HMS Belfast, Birmingham, Sheffield e Newcastle estão em diferentes estágios de construção nas instalações da BAE Systems. A previsão é que todas as oito embarcações sejam entregues entre 2028 e 2035, com vida útil estimada até a década de 2060.

Líder global no desenvolvimento de soluções de defesa, aeroespaciais e de segurança, a BAE Systems emprega cerca de 100 mil pessoas em mais de 40 países, sendo responsável por tecnologias que garantem segurança nacional, proteção de fronteiras e fortalecimento das capacidades de defesa de nações aliadas.


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Polônia Fortalece sua Defesa com Satélites ICEYE de Radar de Abertura Sintética

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A Polônia acaba de dar um passo significativo rumo à soberania em inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR) espacial. O Ministério da Defesa Nacional da República da Polônia assinou um contrato no valor de €200 milhões com a empresa finlandesa ICEYE, líder mundial em satélites com tecnologia de Radar de Abertura Sintética (SAR).

O acordo prevê a entrega inicial de três satélites SAR, com opção de aquisição de outros três, além do desenvolvimento de uma plataforma móvel de ISR em parceria com a indústria polonesa. Este projeto faz parte do programa MikroSAR, destinado a ampliar as capacidades estratégicas das Forças Armadas da Polônia.

“Estamos orgulhosos de fortalecer as capacidades de defesa da Polônia com satélites SAR de última geração. Nosso sistema permite inteligência acionável para prontidão e resposta rápida, em qualquer condição climática e horário, além de possibilitar compartilhamento de dados com nações aliadas”, destacou Rafał Modrzewski, CEO e cofundador da ICEYE.

O vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa da Polônia, Władysław Kosiniak-Kamysz, ressaltou a importância histórica da assinatura. “É um grande dia para as Forças Armadas e para a Polônia. Estamos conquistando independência total em reconhecimento radar e imagens. Liberdade e soberania se defendem com inovação.”

Os satélites SAR da ICEYE oferecem a maior resolução do mercado, de até 25 centímetros, permitindo observação precisa de alvos e alta consciência situacional, independentemente de nuvens, chuva ou escuridão. Com 48 satélites já lançados, a ICEYE possui a maior constelação SAR do mundo, atendendo clientes civis e militares globalmente.

Além de aplicações militares, essa tecnologia terá impactos positivos em áreas como segurança, resposta a desastres, monitoramento ambiental, marítimo e até finanças.

A ICEYE mantém operações em diversos países, incluindo Polônia, Finlândia, Espanha, Reino Unido, EUA e Japão, consolidando-se como uma das empresas mais relevantes no mercado global de observação da Terra.

Com esse acordo, a Polônia se posiciona na vanguarda da defesa espacial europeia, elevando sua capacidade de vigilância e resposta frente aos desafios do cenário geopolítico atual.


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com G&A 

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Otokar marca presença no DSEI Japan 2025 e mira o mercado japonês de defesa

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A fabricante turca de sistemas terrestres Otokar reforçou sua presença no mercado asiático ao participar, pela primeira vez, da DSEI Japan 2025, realizada entre os dias 21 e 23 de maio, em Chiba, Japão. Reconhecida globalmente por seus veículos blindados, a Otokar levou ao evento os modelos em escala do COBRA II, equipado com a torre KESKİN, e do ARMA 8x8, equipado com a torre MIZRAK 30 mm, além de apresentar suas soluções em plataformas terrestres sobre rodas, sobre lagartas e sistemas de torres.

Fornecedor das Forças Armadas da OTAN e das Nações Unidas, a Otokar continua consolidando sua posição na indústria global de defesa. Seus veículos militares são empregados nas mais diversas operações, desde cenários de combate até missões de paz, sempre oferecendo alta proteção, modularidade e mobilidade superior, características que se tornaram marcas registradas da empresa.

“Estamos prontos para atender às Forças Armadas do Japão”

Durante o evento, Sedef Vehbi, chefe do cluster militar da Otokar, destacou:
Somos o maior exportador de plataformas terrestres da Turquia. Mais de 33 mil veículos militares nossos estão em operação em mais de 40 países e atendem a mais de 70 usuários finais. Nossa capacidade de design, testes e produção nos permite responder rapidamente às demandas em constante mudança dos nossos clientes. Participar do DSEI Japan pela primeira vez é uma oportunidade estratégica para desenvolver novas parcerias. Estamos prontos para atender às necessidades das Forças Armadas Japonesas com nossa ampla gama de produtos e experiência em sistemas terrestres.”

COBRA II: Potência modular para qualquer missão

O COBRA II já está em operação com mais de 20 usuários em todo o mundo. O blindado oferece alto nível de proteção balística, contra minas e artefatos explosivos improvisados (IED), além de excelente mobilidade e ampla capacidade de carga útil.

Sua estrutura modular permite ser configurado para uma variedade de missões, como:

  • Transporte blindado de pessoal (APC);

  • Plataforma para armas antitanque;

  • Reconhecimento e vigilância;

  • Veículo de reconhecimento CBRN (químico, biológico, radiológico e nuclear);

  • Veículo de comando e controle;

  • Veículo de recuperação;

  • Ambulância blindada para evacuação médica.

Na DSEI Japan 2025, o COBRA II foi apresentado com a torre KESKİN, demonstrando sua versatilidade e capacidade de integração com diferentes sistemas de armas.

ARMA 8x8: Blindado multifuncional de alta mobilidade

O ARMA 8x8 é uma plataforma modular de alto desempenho, capaz de operar em terrenos difíceis e sob condições climáticas adversas. Com proteção aprimorada contra minas e ameaças balísticas, o ARMA pode ser equipado com diferentes sistemas de armas, incluindo a torre MIZRAK 30 mm, apresentada na feira.

O veículo é projetado para múltiplas funções, como:

  • Transporte de tropas blindado;

  • Veículo de combate blindado;

  • Posto de comando móvel;

  • Veículo de recuperação e suporte;

  • Evacuação médica blindada;

  • Reconhecimento QBRN.

Com mais de 650 unidades em operação em cinco países, o ARMA já provou sua eficácia e flexibilidade em diversas forças armadas ao redor do mundo.

A presença da Otokar no DSEI Japan 2025 reforça a expansão da indústria de defesa turca na Ásia e abre caminho para futuras parcerias estratégicas, incluindo a possibilidade de atender às exigentes demandas das Forças de Autodefesa do Japão.


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ASELSAN reforça parceria com a Malásia e amplia presença no mercado de defesa asiático durante o LIMA 2025

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A ASELSAN, principal empresa de defesa da Turquia, se destacou na Exposição Marítima e Aeroespacial Internacional de Langkawi (LIMA) 2025, na Malásia, ao firmar importantes acordos estratégicos que envolvem produção conjunta, desenvolvimento de sistemas e fornecimento de soluções integradas de defesa. As parcerias consolidam a posição da ASELSAN como um parceiro confiável no setor de defesa da região Ásia-Pacífico.

Durante o evento, foram assinados dois acordos de cooperação (Teaming Agreements) e um Memorando de Entendimento (MoU), reforçando o compromisso da empresa em fortalecer a indústria de defesa da Malásia. As cerimônias contaram com a presença de autoridades dos setores de defesa da Turquia e da Malásia, evidenciando a relevância dessas alianças estratégicas.

O primeiro acordo foi firmado com a Sapura Secured Technologies e prevê desenvolvimento conjunto de produtos, produção local e avanços em capacidades de criptologia nacional, voltadas para soluções de comunicação militar seguras.

Outro destaque foi o acordo assinado com a MILDEF International Technologies, que visa equipar o Exército da Malásia com modernos sistemas de armas remotamente controlados, sistemas de comunicação, sensores eletro-ópticos e soluções de comando e controle. Esses sistemas serão integrados aos veículos blindados Tarantula, das Forças Terrestres da Malásia.

Além disso, a ASELSAN firmou uma colaboração com a Ventura IOT para desenvolver soluções avançadas de segurança para dutos de infraestrutura crítica, atendendo às demandas específicas do Exército da Malásia.

Durante a LIMA 2025, a ASELSAN apresentou um portfólio abrangente de tecnologias de defesa, incluindo:

  • Sistemas de armas remotamente controladas;

  • Soluções de defesa de ponto (close-in defense);

  • Veículos de superfície não tripulados (USVs);

  • Sistemas sonar e contramedidas contra torpedos;

  • Sistemas eletro-ópticos, guerra eletrônica, munições guiadas de precisão e kits de orientação para UAVs;

  • Sistemas de radar de última geração e soluções completas de defesa aérea;

  • Tecnologias avançadas de comunicação e aviônicos.

Em declaração, o presidente e CEO da ASELSAN, Ahmet Akyol, destacou:
Nossa participação no LIMA 2025 reflete nosso compromisso em fortalecer o ecossistema de defesa da Malásia, por meio de parcerias estratégicas e soluções inovadoras. Estamos entusiasmados em colaborar com empresas locais para desenvolver capacidades tecnológicas e contribuir para a segurança da região.”

O avanço da ASELSAN no mercado asiático não apenas demonstra a confiança mútua entre a Turquia e a Malásia, mas também reafirma a crescente importância da cooperação internacional na indústria de defesa em um cenário geopolítico cada vez mais desafiador.


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Mulheres assumem o leme no setor marítimo: II Workshop “No Mar com Elas” celebra protagonismo feminino

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No próximo dia 27 de maio, o Centro de Instrução Almirante Graça Aranha (CIAGA), no Rio de Janeiro, será palco de uma importante iniciativa que reforça o protagonismo feminino no setor marítimo. Trata-se do II Workshop “No Mar com Elas, que integra as comemorações do Dia Internacional da Mulher Marítima 2025, promovido pela Organização Marítima Internacional (IMO).

Com o tema “Um Oceano de Oportunidades para as Mulheres”, o evento tem como objetivo valorizar, fortalecer e ampliar a presença das mulheres no ambiente marítimo e portuário, tradicionalmente dominado pelo público masculino.

A programação contará com painéis e palestras técnicas conduzidas por profissionais que se destacam na Marinha Mercante, na Marinha do Brasil e em setores portuários, abordando temas cruciais e atuais, como:

  • Segurança operacional no mar e em terra;

  • Desafios da transição de carreira da Marinha Mercante para a Marinha do Brasil;

  • O papel do Port Captain na integração entre frota, mar e porto;

  • Enfrentamento ao assédio no ambiente de trabalho marítimo;

  • Praticagem na Amazônia e os desafios da navegação em períodos de seca.

Além de promover o debate e a troca de experiências, o workshop também marcará um passo significativo rumo à inclusão feminina no setor marítimo. Será formalizada uma parceria entre a Red MAMLa, Wista Brasil, Centro de Capitães da Marinha Mercante, SINDMAR e a Associação Mulheres Aquaviárias do Brasil, que visa garantir não só o ingresso, mas também a permanência e o desenvolvimento das mulheres nas carreiras do mar.

A iniciativa demonstra o compromisso da Marinha do Brasil e das entidades parceiras com a promoção da diversidade e da equidade de gênero, alinhando-se às melhores práticas internacionais para a construção de um setor marítimo mais justo, seguro e inclusivo.


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quinta-feira, 22 de maio de 2025

O J-10C Veio para Desafiar os Caças Ocidentais? O Avanço Chinês...

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O recente conflito aéreo entre Índia e o Paquistão, ocorrido em maio de 2025, deixou marcas profundas no cenário geopolítico e militar da Ásia. Pela primeira vez, os caças chineses J-10C, equipados com mísseis de longo alcance PL-15, foram empregados em combate real, e os resultados acenderam um alerta para analistas de defesa em todo o mundo.

Pela primeira vez, um caça Dassault Rafale, considerado um dos principais vetores de combate ocidentais de quarta geração (4G+), foi abatido em um confronto direto. O episódio não apenas colocou em xeque a percepção de superioridade tecnológica do Ocidente, como também ofereceu à China uma vitrine para suas ambições no mercado global de defesa.

O Poder do J-10C: Tecnologia em Evolução

O J-10C é uma versão aprimorada do caça J-10, desenvolvido pela Chengdu Aircraft Corporation, projetado para ser uma alternativa mais acessível e moderna aos caças ocidentais como o F-16, o Gripen e o próprio Rafale. Dotado de radar AESA, sistemas modernos de guerra eletrônica, datalink e cockpit digital, o J-10C representa o ápice da aviação de quarta geração chinesa antes da consolidação dos caças stealth como o J-20.

O grande diferencial no conflito recente foi a combinação desse vetor com o míssil PL-15E, que possui um alcance estimado superior a 150 km, guiagem radar ativa e performance de velocidade superior a Mach 4. Na prática, isso permite que o J-10C realize ataques “além do alcance visual” (BVR) com grande precisão, reduzindo consideravelmente as chances de resposta do inimigo.

O Abate do Rafale: Fatores e Consequências

Embora os detalhes técnicos do abate permaneçam nebulosos, fontes confirmam que, durante uma interceptação sobre a região da Caxemira, o J-10C paquistanês conseguiu, a partir de uma posição vantajosa, travar e lançar o PL-15 contra um Rafale da Força Aérea Indiana. Este embate representou não só um duro golpe simbólico para a Índia, como também expôs vulnerabilidades de aeronaves ocidentais operando em ambientes altamente contestados.

Especialistas como Yun Sun, do Stimson Center, afirmam que o evento “forçará uma reavaliação do equilíbrio de poder aéreo, especialmente em cenários de crise como Taiwan ou Mar do Sul da China”.

Além do Rafale, o Paquistão alega ter abatido outras aeronaves indianas, incluindo MiG-29 e Su-30MKI, embora essas informações não tenham sido confirmadas de forma independente.

A Ascensão do Armamento Chinês

Este foi o primeiro teste real de combate para o J-10C e, mais ainda, para o PL-15. E o resultado, favorável ao Paquistão, poderá impactar diretamente a indústria de defesa chinesa. Até então, a China figurava como o quarto maior exportador de armas do mundo, porém concentrava grande parte de suas vendas no Paquistão, país onde 80% do arsenal militar já é de origem chinesa.

O sucesso no embate contra um dos mais modernos caças europeus poderá impulsionar vendas para países em busca de alternativas de menor custo frente aos equipamentos norte-americanos e europeus. Nações do Oriente Médio, África e Sudeste Asiático, que buscam ampliar suas defesas aéreas sem a dependência do Ocidente, passam a ver o J-10C como uma opção mais viável e comprovada.

Uma Nova Era para o Combate Aéreo?

Embora o J-10C não seja um caça furtivo, seu desempenho no conflito levanta uma questão pertinente: até que ponto a superioridade ocidental, baseada em sensores e doutrinas BVR, permanece garantida frente às novas gerações de armamento chinês?

O próprio abate de um míssil SCALP lançado por Rafales, segundo alegações do Paquistão, também reforça a eficiência dos sistemas defensivos integrados aos caças e às redes de defesa aérea chinesas operadas por Islamabad.

Desafios e Limitações

Apesar do êxito, o J-10C ainda depende de motores russos AL-31F, o que limita parcialmente sua independência tecnológica. Além disso, não há como ignorar que o sucesso no abate também envolve fatores táticos, como posicionamento, apoio eletrônico e até vulnerabilidades momentâneas do inimigo.

A apreensão de um míssil PL-15E que falhou ou foi neutralizado por guerra eletrônica indiana poderá, no médio prazo, fornecer contramedidas e vulnerabilidades a serem exploradas por adversários da China.

Quando o Céu Decide: J-10C x Rafale

O recente confronto aéreo entre Índia e Paquistão em maio de 2025 colocou frente a frente duas gerações de poder aéreo: o francês Dassault Rafale e o chinês Chengdu J-10C. O resultado, com pelo menos um Rafale abatido, coloca em evidência não apenas o avanço da indústria de defesa chinesa, mas também levanta uma pergunta crucial para as potências globais: Estaria a era da supremacia tecnológica ocidental chegando ao fim nos céus?

 Tabela Comparativa – J-10C vs Dassault Rafale

Característica J-10C Dassault Rafale
Origem China França
Radar AESA KLJ-7A AESA RBE2
Motor Saturn AL-31FN (russo) Snecma M88-2
Velocidade Máx. Mach 2.2 Mach 1.8
Alcance 1.850 km (sem tanques externos) 1.850 km
Carga Bélica 6.000 kg 9.500 kg
Aviónicos Data-link, ECM, targeting avançado SPECTRA, OSF, data-link, ECM avançado
Preço Unitário ~US$ 45 milhões ~US$ 85-100 milhões
Geração 4.5 4.5


 Box Técnico – O Confronto dos Mísseis BVR (Além do Alcance Visual)

Característica PL-15 (China) Meteor (Europa) AIM-120D (EUA)
Alcance 150-200 km 150-200 km 160 km
Propulsão Motor foguete sólido Ramjet (sustentado) Motor foguete sólido
Velocidade Mach 4+ Mach 4 Mach 4
Orientação Radar ativo (AESA) Radar ativo + datalink Radar ativo + datalink
Resistência ECM Alta (datalink avançado) Muito Alta (ECCM robusto) Alta
Diferencial Grande alcance, baixo custo Alcance sustentado,  No-Escape Zone superior Amplo uso global, comprovado


- O Meteor se destaca na zona de no-escape e resistência ECM.
- O PL-15 impressiona no custo-benefício e grande alcance.
- O AIM-120D é o mais testado em combate real, com ampla integração.


Conclusão: Um Aviso ao Mundo

O conflito entre Índia e Paquistão em 2025 não apenas elevou a tensão no sul da Ásia, mas também ofereceu à China uma oportunidade única de provar que sua indústria de defesa alcançou um novo patamar de maturidade tecnológica. O J-10C, fortalecido pelo PL-15, emerge agora como um sério competidor global na categoria dos caças de quarta geração.

Se o Rafale, símbolo do orgulho tecnológico francês, pôde ser derrubado, o recado está dado: o domínio aéreo não é mais monopólio do Ocidente.


por Angelo Nicolaci


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