sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Síria não está disposta a negociar diretamente com Israel


O presidente sírio, Bashar al-Assad, ignorou hoje a oferta de negociação direta feita pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, porque falta "um parceiro israelense disposto a avançar".

Depois de se reunir em Paris com o chefe de Estado francês, Nicolas Sarkozy, Assad garantiu à imprensa que "o processo de negociação não pode voltar a começar com uma única parte".

"A Síria quer a paz. Existe um mediador, que é a Turquia, e que está disposta a retomar a mediação. Existe também um apoio francês e europeu ao processo. O que nos falta é um parceiro israelense que queira avançar e conseguir um resultado", afirmou o presidente sírio.

Assad ressaltou que, se a oferta de diálogo que Netanyahu fez chegar ao presidente francês é "séria", o primeiro-ministro israelense poderia enviar uma equipe de analistas à Turquia, e a Síria faria o mesmo.

Israel e Síria voltaram a dialogar em 2008 por meio da Turquia. As conversas foram interrompidas pela ofensiva israelense à Faixa de Gaza iniciada em dezembro do ano passado e concluída em janeiro de 2009.

Para negociar, a Síria exige de Israel a restituição das Colinas de Golã, ocupadas em 1967 e anexadas em 1981, enquanto os israelenses não parecem dispostos a aceitar condições prévias para retomar as conversas.

"A Síria tem direitos e não cederá jamais sobre eles", afirmou Assad, depois de se reunir com Sarkozy no Palácio do Eliseu.

Por outro lado, o presidente sírio pediu aos Estados Unidos para que se envolvam no Oriente Médio, já que, em sua opinião, "o ponto fraco é o 'padrinho' americano".

"O que o presidente (americano, Barack) Obama expressou sobre a paz é bom. Concordamos com ele sobre os princípios, mas qual é o plano de ação?", perguntou Assad, ao lamentar que, após meses de encontros entre ambos os países, ainda não há suficiente "confiança entre Síria e EUA".

Assad também criticou a postura europeia que, nos últimos anos, "virou completamente para o lado dos EUA em detrimento da Síria".


Fonte: EFE
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