
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) afirmou hoje que "são mínimas" as possibilidades de raios terem causado curtos-circuitos e gerado o apagão que na noite de terça-feira atingiu grande parte do Brasil e o Paraguai.
Em relatório divulgado nesta quinta-feira, o Inpe desmentiu o governo ao dizer que "são mínimas" as chances de raios terem causado o curto-circuito que interrompeu o funcionamento de três sistemas de transmissão na cidade paulista de Itaberá.
De acordo com o instituto, embora estivesse chovendo perto do município na hora do apagão, os raios mais próximos caíram a cerca de 2 quilômetros de uma das subestações, a 10 quilômetros da segunda e a 30 da terceira.
O Inpe também disse que os raios registrados eram de baixa intensidade.
Ontem à noite, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou em entrevista coletiva que o blecaute foi causado por "descargas atmosféricas", como raios, chuvas e ventos fortes, que provocaram um curto-circuito em linhas de transmissão (LTs) e causaram uma pane no sistema de interconexão elétrica.
Após uma reunião de emergência na qual o assunto foi discutido, Lobão disse que as descargas atmosféricas causaram um curto em três LTs entre a hidrelétrica de Itaipu e o estado de São Paulo.
O relatório do Inpe foi divulgado no mesmo dia em que o Ministério Público Federal deu um prazo de 72 horas para o Governo explicar as causas do apagão e informou que abriu uma investigação para determinar também os responsáveis pela pane.
O blecaute, que em algumas regiões durou mais de seis horas, afetou, entre outras, as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, as mais populosas do Brasil.
Fonte: EFE
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