O governo dos Estados Unidos estuda ampliar sua atuação no combate ao narcotráfico na região do Caribe, incluindo a possibilidade de ataques aéreos de precisão contra cartéis que operam a partir da Venezuela. Fontes citadas pela NBC News indicam que o planejamento envolve missões cirúrgicas, realizadas com caças de última geração e drones de ataque, focadas em líderes de organizações criminosas e laboratórios de processamento de drogas. A decisão final depende da aprovação do presidente Donald Trump.
Nos últimos dias, o Pentágono deslocou dez caças F‑35 para Porto Rico, juntamente com seis drones MQ‑9 Reaper de reconhecimento e ataque, conhecidos por sua capacidade de vigilância de longo alcance e precisão em alvos estratégicos. O movimento logístico sugere que Washington está considerando todas as opções disponíveis, enquanto busca aumentar a pressão sobre o regime de Nicolás Maduro.
O planejamento ocorre após uma série de ataques a embarcações suspeitas de transportar drogas venezuelanas. Um incidente em setembro, envolvendo um navio atribuído à gangue Tren de Aragua, resultou na morte de 11 pessoas, intensificando a tensão bilateral. O governo norte-americano afirma que Maduro não tem feito esforços suficientes para conter o fluxo de drogas, justificando a presença militar expandida na região.
Do lado venezuelano, as autoridades reagiram com exercícios de defesa aérea e reforço de sistemas capazes de abater aeronaves inimigas, destacando a determinação de proteger o espaço aéreo e a soberania nacional. O ministro das Relações Exteriores, Yvan Gil Pinto, classificou a possibilidade de ataques como “uma ameaça militar ilegal e imoral”, acusando os EUA de objetivar recursos estratégicos como petróleo e gás.
Embora o combate às drogas seja a justificativa oficial, o contexto político sugere objetivos mais amplos. O Departamento de Justiça norte-americano indiciou Nicolás Maduro por tráfico de drogas em 2020 e recentemente aumentou a recompensa por sua captura para US$ 50 milhões. Analistas apontam que ações limitadas podem pressionar o regime sem necessidade de intervenção terrestre direta, criando condições para mudanças políticas internas em Caracas.
Paralelamente à movimentação militar, canais diplomáticos indiretos permanecem abertos. Fontes indicam negociações por intermediários no Oriente Médio, com Maduro demonstrando disposição a conceder algumas medidas para permanecer no poder. Mesmo assim, a Casa Branca mantém posição firme, reiterando que considera o regime ilegítimo e que está preparada para usar “todos os meios necessários” para deter o narcotráfico.
Até o momento, qualquer ataque depende de decisão presidencial, enquanto a região do Caribe mantém elevada presença militar e vigilância reforçada. A situação combina pressão diplomática, movimentação estratégica e preparação operacional, mantendo o tema sob intenso acompanhamento internacional.
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com NBC News
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