domingo, 15 de novembro de 2009

Chávez pede que EUA deixem bases na Colômbia para superar tensões na A.do Sul


O presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou hoje que a melhor maneira "prática" de superar as tensões geradas na América do Sul pelo acordo que permite a presença de tropas americanas na vizinha Colômbia é a "retirada das bases" pelos Estados Unidos.

"Se os EUA querem soluções práticas, podemos resumi-las em uma: que se retirem as bases e libertem a Colômbia", disse Chávez à imprensa após votar nas eleições internas de sua legenda, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).

A declaração de Chávez foi uma resposta ao porta-voz do Departamento de Estado americano, Ian Kelly, que na última sexta-feira pediu para que Colômbia e Venezuela encontrem formas "práticas" de diminuir as tensões.

O presidente venezuelano, por sua vez, disse estar "pronto" para ajudar nesse processo.

Para Chávez, não existiriam tensões se o acordo militar entre Bogotá e Washington não tivesse sido assinado.

Além disso, voltou a falar que, de acordo com os documentos entregues ao Congresso dos EUA, o objetivo do uso das bases não tem nada a ver com a luta contra o narcotráfico ou o terrorismo, como se argumentou inicialmente.

"(Os documentos) dizem claramente que, a partir de Palanquero (base militar colombiana), poderão exercer de maneira eficaz trabalhos de espionagem em toda a América do Sul e desenvolver operações de guerra diante de uma ameaça de Governo antiamericana", afirmou o governante.

Chávez acrescentou que a Colômbia se transformou em "uma única base militar ianque" que representa uma "ameaça para toda a América do Sul e, em primeiro lugar, para a Venezuela. O Governo da Colômbia não está mais em Nariño (palácio presidencial), está em Washington, mais concretamente no Pentágono".

Como fez no sábado, o presidente da Venezuela descartou qualquer possibilidade de negociação ou mediação que não passe por um retorno à situação anterior à assinatura do acordo militar entre Colômbia e EUA.

"Quando se trata de soberania, não há o que discutir. Queremos a paz, mas vão monitorar todos a partir dessas bases", explicou.

Para Chávez, o verdadeiro perigo para a América do Sul é a política bélica estabelecida por Bogotá e Washington, e não seus chamados ao povo venezuelano para se preparar para defender a soberania do país.

"Temos as maiores reservas de petróleo do mundo e grandes reservatórios de gás e água. Por isso, temos que estar preparados para sua defesa, embora a guerra não dependa de nós. Não somos os que instalamos as bases de guerra", argumentou Chávez.

Fonte: EFE

Um comentário:

  1. Ótima Visão do CHÁVEZ,esse sim e verdadeiro Sul Americano,só o BRASIL não Ve que os Americanos são um Câncer no MUNDO.
    Acordo GIGANTE adormecido,o TEMPO esta acabando.....

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