terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Hangares de C-130 são inundados em Elefsina e revelam problemas estruturais na Grécia

A Base Aérea de Elefsina, principal ponto de operação dos C-130 da Força Aérea Helênica, registrou novos episódios de alagamento após a passagem da tempestade Byron, reacendendo o debate sobre a fragilidade da infraestrutura militar grega frente a eventos climáticos severos. Imagens divulgadas pela imprensa local mostram hangares transformados em verdadeiras áreas alagadas, incluindo instalações destinadas à manutenção e aeronaves de uso oficial do governo.

Segundo relatos, a água invadiu áreas críticas da unidade, incluindo o hangar de manutenção, apesar de o riacho Sarantapotamos, que passa ao lado da base, não ter transbordado. A situação reforçou percepções internas de que os danos não foram resultado exclusivo das condições meteorológicas, mas também de deficiências acumuladas na infraestrutura e da demora na execução de projetos já planejados.

Intervenção emergencial e falta de equipamentos

O alagamento atingiu setores operacionais essenciais e obrigou equipes de manutenção e apoio a agir rapidamente para conter danos às aeronaves e instalações. De acordo com fontes locais, o pessoal não dispunha de equipamentos adequados para evacuação de água, sendo necessário improvisar soluções emergenciais para evitar maiores prejuízos.

A tempestade Byron é o segundo evento de grande impacto em bases aéreas gregas em menos de três anos. Em 2023, a tempestade Daniel provocou o transbordamento do lago Karla, afetando severamente a Base Aérea de Stefanovikeio, onde dezenas de helicópteros, incluindo UH-1H, Apaches e Kiowas ficaram parcialmente submersos, forçando a redistribuição temporária das operações.

Reações e questionamentos internos

A recorrência de alagamentos em instalações estratégicas reacendeu discussões na imprensa e entre especialistas militares na Grécia. Veículos locais destacaram que os problemas estruturais são conhecidos há anos e que projetos de modernização permaneceram sem execução. A situação foi resumida por questionamentos amplamente repercutidos no país: “Como falar em reforma e modernização se uma base militar é inundada após uma única chuva forte? Como avançar quando as tropas precisam combater a lama?”

As avaliações apontam que a manutenção da capacidade operacional depende de investimentos robustos em infraestrutura e de medidas permanentes de proteção das instalações, diante da intensificação de eventos climáticos extremos. Para parte dos analistas, sem ações concretas, as Forças Armadas Gregas continuarão vulneráveis a paralisações intempestivas e ao comprometimento de meios essenciais.


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