Navio marca o início de uma nova geração de fragatas antissubmarino, com papel crucial na defesa do Reino Unido e seus aliados
Em uma cerimônia carregada de tradição e significado, Sua Alteza Real Catherine, a Princesa de Gales, oficializou o batismo da HMS Glasgow, a primeira de uma série de oito fragatas do Tipo 26 que irão reforçar a Marinha Real Britânica nas próximas décadas. O evento foi realizado no estaleiro da BAE Systems, na cidade escocesa que dá nome ao navio.
Como madrinha da embarcação, a Princesa de Gales assumiu o papel simbólico de garantir sorte e proteção tanto para o navio quanto para sua tripulação ao longo de toda sua vida útil. Durante a cerimônia, uma garrafa de uísque foi quebrada contra o casco da fragata, substituindo o tradicional champanhe, uma homenagem às raízes escocesas do navio.
“Este é um momento histórico para a cidade de Glasgow, para todos os profissionais envolvidos no programa Tipo 26 e, principalmente, para a Marinha Real. A HMS Glasgow representa um marco fundamental no caminho rumo a uma frota de superfície mais moderna, preparada para enfrentar os desafios atuais e futuros”, declarou Simon Lister, presidente da divisão de navios da BAE Systems.
Com 149 metros de comprimento, deslocando 6.900 toneladas, as fragatas do Tipo 26 foram projetadas para desempenhar missões de guerra antissubmarino com alto desempenho, além de operações de escolta, vigilância e apoio a forças conjuntas. Elas serão, por décadas, a espinha dorsal da capacidade de superfície do Reino Unido.
O Vice-Almirante Sir Martin Connell, Segundo Sea Lord, destacou que a HMS Glasgow carrega consigo um legado de séculos. “Desde a primeira HMS Glasgow, no século XVII, até este navio do século XXI, a bandeira da Marinha Real britânica tem sido sinônimo de defesa, resiliência e excelência. Este novo navio reforça o compromisso contínuo com a segurança do Reino Unido e de seus aliados.”
Tecnologia de ponta e interoperabilidade global
As fragatas Tipo 26 incorporam sistemas de última geração, incluindo o míssil antiaéreo Sea Ceptor, canhão de 127 mm, radares Artisan 997 e sonares de alta performance. As embarcações também contam com uma baía de missão flexível e silos verticais capazes de empregar diferentes tipos de armamento, tornando-as altamente adaptáveis a múltiplos cenários operacionais.
O projeto da Tipo 26 não se limita ao Reino Unido. Austrália e Canadá adotaram versões derivadas para suas próprias marinhas, e a Noruega avalia o modelo como candidato para substituir suas fragatas da classe Fridtjof Nansen, consolidando um programa naval conjunto que prevê a construção de até 29 navios.
Futuro da Classe Tipo 26
Além da HMS Glasgow, que deverá entrar em operação nos próximos anos, a construção das demais unidades avança rapidamente. A HMS Cardiff já está em fase de montagem, enquanto as HMS Belfast, Birmingham, Sheffield e Newcastle estão em diferentes estágios de construção nas instalações da BAE Systems. A previsão é que todas as oito embarcações sejam entregues entre 2028 e 2035, com vida útil estimada até a década de 2060.
Líder global no desenvolvimento de soluções de defesa, aeroespaciais e de segurança, a BAE Systems emprega cerca de 100 mil pessoas em mais de 40 países, sendo responsável por tecnologias que garantem segurança nacional, proteção de fronteiras e fortalecimento das capacidades de defesa de nações aliadas.
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