O Comando Conjunto Apoena segue conduzindo, de forma coordenada, a "Operação Ágata Amazônia 2025", com foco na intensificação da presença do Estado na faixa de fronteira no Alto Rio Negro, no estado do Amazonas. A operação reúne esforços das Forças Armadas, em articulação com agências e órgãos de segurança pública e fiscalização, buscando coibir atividades ilícitas e reforçar a soberania nacional.
O Exército Brasileiro desempenha papel central nas ações, com a atuação de militares especializados em operações na selva. Empregando meios terrestres, fluviais e aéreos, a tropa intensifica o patrulhamento de áreas de difícil acesso, executa missões de reconhecimento, estabelece pontos de controle e coopera diretamente com os órgãos parceiros no combate a ilícitos transfronteiriços e ambientais.
Na primeira fase da operação, iniciada em 10 de maio, as tropas do Exército priorizaram atividades de patrulhamento e reconhecimento em áreas sensíveis. O uso de meios aéreos, como helicópteros e sistemas de aeronaves remotamente pilotadas (SARP), foi fundamental para ampliar o alcance das operações, viabilizar transporte logístico, evacuação aeromédica e coleta de informações em tempo real, contribuindo para uma melhor análise do terreno e das rotas suspeitas.
Simultaneamente, as tropas executaram ações cívico-sociais, reforçando o compromisso das Forças Armadas com o apoio às populações locais. Atendimentos médicos, odontológicos e atividades de assistência social foram realizados em parceria com agências civis, além de palestras e orientações sobre saúde, segurança e meio ambiente.
As atividades se concentraram, principalmente, nos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos, que, juntos, somam uma área de aproximadamente 510 mil quilômetros quadrados, representando cerca de 33% do território do estado do Amazonas. Nessa região, de logística extremamente desafiadora, caracterizada pela predominância de rios, selva densa e escassez de vias terrestres, a atuação do Exército se dá por meio de Pelotões Especiais de Fronteira (PEF) e unidades de Infantaria de Selva, que possuem capacidade de operar de forma autônoma em ambiente isolado.
Além dos patrulhamentos fluviais e terrestres, foram estabelecidos postos de bloqueio e controle de vias, pontos de fiscalização em áreas sensíveis e intensificação das ações de presença em rotas frequentemente utilizadas para práticas ilícitas, como o garimpo ilegal, tráfico de drogas, contrabando e crimes ambientais. As operações contaram com o emprego de embarcações de casco semirrígido, viaturas operacionais adaptadas à região amazônica e apoio de meios aéreos, essenciais para vencer os desafios da geografia local.
A integração entre as Forças Armadas e órgãos de segurança pública e fiscalização tem sido um dos pilares da operação. O Exército tem desempenhado papel fundamental no transporte de agentes, equipamentos e materiais, além de fornecer segurança e suporte logístico para ações conjuntas com Polícia Federal, IBAMA, ICMBio, Receita Federal e FUNAI. Essa sinergia permite uma atuação mais eficiente na repressão aos ilícitos e na proteção das comunidades indígenas e ribeirinhas.
O Comando Militar da Amazônia (CMA) conduz diretamente as ações terrestres, coordenando as atividades dos batalhões de Infantaria de Selva e dos Pelotões Especiais de Fronteira, que possuem profundo conhecimento das características operacionais da região. A familiaridade das tropas com o ambiente amazônico, fruto de treinamento específico e contínuo, é um diferencial que garante maior eficácia nas operações.
A operação também contemplou o reforço das atividades de inteligência, com levantamento e cruzamento de dados sobre possíveis áreas de atuação de grupos criminosos, pontos de extração ilegal de recursos naturais e rotas de tráfico. A atuação integrada permite que as ações sejam planejadas de forma precisa, otimizando o emprego dos meios e recursos disponíveis.
No contexto da Operação Ágata Amazônia 2025, o Exército Brasileiro reforça seu compromisso permanente com a defesa da soberania, a proteção da integridade territorial e o combate aos ilícitos transfronteiriços e ambientais. Além do aspecto operacional, a presença das tropas nas comunidades reafirma o papel das Forças Armadas como agentes de apoio à população, sobretudo em regiões de difícil acesso, onde o Estado se faz presente, muitas vezes, por meio de seus militares.
As atividades continuarão ocorrendo ao longo dos próximos meses, dentro da estratégia permanente de fortalecimento da presença do Estado na Amazônia, alinhada às diretrizes do Ministério da Defesa e à Política Nacional de Defesa. O Exército, por meio de sua doutrina de operações na selva, segue contribuindo de forma decisiva para a preservação da Amazônia, o combate aos ilícitos e o fortalecimento da segurança das fronteiras do Brasil.
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com Exército Brasileiro
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