A Marinha do Brasil (MB) iniciou hoje o deslocamento da Fragata “Liberal”, acompanhada pela aeronave AH-11B “Super Lynx”, para participar de uma série de operações navais de grande importância: “Fraterno XXXVII”, “Unitas LXV” e “Solidarex IV”. Estas operações representam um esforço significativo para aprimorar a capacidade operacional das forças navais brasileiras e fortalecer a cooperação entre diferentes marinhas ao redor do mundo.
Operação “Fraterno XXXVII”
A primeira etapa da missão é a Operação “Fraterno XXXVII”, que começará no dia 12 de agosto. Esta operação envolve a Fragata “Liberal” e o Submarino “Tikuna” realizando exercícios combinados com a Armada da República Argentina em águas jurisdicionais argentinas. A operação se estenderá até o dia 21 de agosto e é uma continuação de uma série de exercícios que visam fortalecer a interoperabilidade entre as forças navais brasileiras e argentinas.
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| S34 "Tikuna" participará dos exercícios |
Durante a operação, as forças navais dos dois países realizarão uma série de atividades, incluindo exercícios de tiro e manobras táticas complexas. Além disso, serão simuladas operações com submarinos e trânsito sob ameaça aérea, abrangendo um amplo espectro das habilidades navais. A Armada Argentina participará com suas Corvetas classe Meko 140, Contratorpedeiros classe Meko 360, o Navio-Patrulha “Almirante Storni” e uma variedade de aeronaves. A Operação “Fraterno”, que chega à sua 37ª edição, tem sido uma plataforma essencial para aumentar a interoperabilidade e fortalecer os laços bilaterais, além de contribuir para iniciativas regionais como a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (ZOPACAS), promovendo um ambiente de cooperação e confiança entre as marinhas do sul do Atlântico.
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| Navio-Patrulha ARA “Almirante Storni” |
Operação “Unitas LXV”
Seguindo a Operação “Fraterno XXXVII”, a Fragata “Liberal” participará da Operação “UNITAS LXV”, que ocorrerá entre 2 e 11 de setembro. Esta operação representa um exercício anfíbio multinacional que visa a formação de uma Força Naval integrada, composta por Marinhas de diversos países: Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México, Equador, EUA, Reino Unido e Peru. Os exercícios serão realizados nas águas jurisdicionais chilenas e terão como objetivo principal o fortalecimento do apoio mútuo entre as nações participantes, além da prática de operações anfíbias complexas que incluem desembarques e manobras navais em larga escala. A Operação “UNITAS” é uma das mais antigas e importantes operações navais internacionais, promovendo a integração e o treinamento conjunto de forças navais de diferentes países, o que contribui para a construção de uma capacidade coletiva de resposta a desafios globais.
Operação “Solidarex IV”
Por fim, a Operação “Solidarex IV” ocorrerá de 18 a 26 de setembro e focará em assistência humanitária em resposta a um desastre. O cenário simulado será um terremoto de grandes proporções no Peru, e contará com a participação de Brasil, Colômbia, Equador, México, EUA e o país anfitrião. A operação será crucial para aprimorar a capacidade das forças navais e de outros participantes em responder a situações de emergência e desastres naturais, coordenando esforços para fornecer ajuda humanitária de maneira eficiente e eficaz. A Operação “Solidarex” enfatiza a importância da preparação para desastres e a capacidade de mobilizar recursos e equipes de resposta rapidamente em situações de crise.
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| A "Liberal" contará com sua aeronave orgânica AH-11B "WildLynx" do EsqdHA-1 "Lince" |
Importância Estratégica e Operacional
O Grupo-Tarefa brasileiro, sob o comando do Contra-Almirante Nelson de Oliveira Leite, Comandante da 1ª Divisão da Esquadra, desempenhará um papel fundamental em cada uma dessas operações. O Almirante Leite destaca que “durante todo o período, realizaremos operações clássicas da guerra naval que contemplam todos os campos de atuação do Poder Naval brasileiro: Defesa Naval, Segurança Marítima, Diplomacia Naval e Apoio às ações do Estado”. A realização dessas operações em sequência demonstra a capacidade da Marinha do Brasil de projetar poder e colaborar com forças navais internacionais, reforçando o compromisso com a segurança marítima regional e global.
Essas operações não apenas fortalecem a posição da Marinha do Brasil no cenário internacional, mas também proporcionam uma oportunidade valiosa para o adestramento conjunto, o desenvolvimento de capacidades e o estreitamento dos laços de amizade entre as Marinhas dos países participantes, consolidando parcerias estratégicas e promovendo um ambiente de cooperação e segurança nos mares.
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com Marinha do Brasil
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