A cada dia vemos ruir o "Império" Norte-americano, os últimos dados de sua economia não são dos melhores, bem como sua taxa de desenvolvimento. Outras nações vem traçando alianças com vistas a se precaver contra uma quebra da economia americana, seja com o câmbio adotando outras moedas que não o Dólar, seja pela implementação de esforços conjuntos para se atingir resultados com a criação de novos blocos.
Hoje é eminente que o mundo esta mudando mais uma vez, após passarmos pela hegemonia americana após a queda da URSS, e antes desta a Bi-polarização do poder que durou do Pós II GM ao eclipese da URSS. Vemos hoje o surgimento de uma nova ordem mundial, onde países emergentes lutam por mais espaço nas decisões mundiais, como Brasil, Índia, China e muitos outros atores que querem entrar em cena neste novo cenário geopolítico mundial.
A nova ordem que se desenha esta ficando a cada dia mais clara com o aumento dos membros das Cúpulas mundias, antes predominava o G-7, hoje temos tantos G's que é fácil se confundir. Mas vemos um marco, é a cooperação e a criação de dependência de decisões conjuntas, onde não temos mais a voz ativa de uma nação a respeito de uma causa ou tomando uma decisão isolada de seus parceiros, mas um coro unísono, onde governos interagem e planejam em conjunto a abordagem de temas de vulto mundial.
Outro fator que deixa claro a multipolarização, é a união de diversos países em seus programas de desenvolvimento industrial/comercial, onde muitos acordos são firmados para derrubar as barreiras do protecionismo, abrindo seu comercio a participação de outros países, com isso fortalecendo o investimento em pesquisa e desenvolvimento. Podemos incluir nestes desenvolvimentos os de tecnologia sensiveis, pois os governos não querem mais arcar com seus programas cada dia mais caros sozinhos, quando se pode dividir tal investimento e maior lastro para desenvolvimento.
O Brasil é um claro exemplo desta mudança mundial, estando entre os futuros grandes atores do mundo multipolar. O seu crescimento se dá gradual e aos poucos esta se acelerando, embora enfrente uma certa desorganização em face da estrutura politica que muitas vezes atrasa o andamento dos projetos politicos e economicos do país devido a certas rinhas politicas.
O pré-sal pode ser o combustivel para essa guinada, mas vale ressaltar que isso não é tudo, pois devemos aproveitar dessa fonte de recursos e investir em tecnologia de ponta e já adotar incentivos ao desenvolvimento das fontes de energia renováveis, pois este será o grande trunfo na manga de quem quer ser um líder mundial em médio-longo prazo, pois as reservas de combustíveis fósseis estão exaurindo, assim como a poluição compromete o futuro da humanidade. Ainda que tenhamos uma vasta reserva, temos que deixar de ser o país do amanhã e ser o de hoje, nos tornando pioneiros no desenvolvimentos de fontes de energia limpa.
O Brasil tem tudo para se tornar um dos condutores da geopolitica mundial, só resta a nós conduzirmos com seriedade e responsabilidade nossa nação rumo a esse futuro que esta a nossas portas, afinal os grandes atores estão fatigados após a crise economica que atingiu o mundo após a explosão da bolha da expeculação economica americana, aliado a isso vemos o desgaste do império americano em guerras que entrou por escolha e hoje vê bilhões saindo de seus cofres e nenhuma perspectiva que justifique tal gasto e perda de vidas no longinquo Oriente Médio
Por Angelo D. Nicolaci (GeoPolitica Brasil)
O Brasil já está conduzindo (de forma relativa, é claro, pois a idéia é não se ter mais um único poder centralizador no mundo) a nova ordem mundial. Não se trata de "iremos fazer isso", já estamos fazendo.
ResponderExcluirHoje o Financial Times publicou uma reportagem muito boa sobre a nova liderança do Brasil neste novo mundo que estamos criando.
Pra quem não acreditava nos Brics e não se aproximou de nenhum deles (como fez a França com o Brasil)...vai ficar chupando o dedo....hehehe
abraços a todos