quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Cortes no reaparelhamento do Exército Brasileiro


A previsão de que o Congresso terá que definir cortes mais fundos do que nos anos anteriores para ajustar a proposta orçamentária que veio inflada do Executivo – o rombo a ser preenchido nas despesas da União poderá superar a casa dos R$ 10 bilhões, pelos cálculos iniciais dos consultores de Orçamento – colocou de prontidão a área da Defesa. As articulações com o relator setorial, deputado Francisco Rodrigues (DEM-RR), são para poupar os planos de reaparelhamento de cada Força.

O mais prejudicado na proposta do Executivo para o próximo ano foi o Exército. Detentor do maior orçamento, em função dos gastos com pessoal, e do menor volume de investimento – R$ 757 milhões – entre as três Forças, o Exército só obteve R$ 361,18 milhões para seu reaparelhamento. Ou seja, uma redução de 23,91% em relação a este ano.

Para turbinar essas cifras, a alternativa que está sendo negociada com o Ministério do Planejamento prevê a solicitação ao Congresso de quatro créditos especiais, que somam R$ 1,65 bilhão. Votados nesse final de ano, os recursos ficariam assegurados para o próximo exercício. O de maior valor, segundo informações do general Gerson Forini, responsável pela área de economia e finanças do Exército, alcança R$ 619 milhões para a compra de foguetes de longo alcance lançadores do sistema Astros, radares de vigilância e mísseis antiaéreos.

Outro, de R$ 302 milhões, vai garantir a recuperação de carros de combate e a fabricação nacional pela Fiat-Iveco de protótipos e de um lote piloto de 16 viaturas da nova família de blindados conhecidos como Urutu 3. A meta, conforme Forini, é a fabricação de 2 mil blindados em 20 anos. A proteção da fronteira terrestre da Amazônia, com novo sistema de vigilância eletrônica, responde pelo pedido de crédito de R$ 374 milhões. Outros R$ 363 milhões foram solicitados para modernizar a frota de veículos, com compras de 1.720 viaturas.

O Exército tem enfrentado fortes restrições orçamentárias. Este ano só incorporou 50 mil homens, adotando medidas emergenciais, como a redução do expediente por duas semanas. Perdeu R$ 342 milhões do orçamento de 2008 e luta para descontingenciar R$ 229 milhões deste ano para reforçar o sustento da tropa. Só a alimentação está orçada em R$ 274 milhões para 2010. Se esses recursos forem garantidos, o Exército poderá executar, segundo Forini, seu plano de recrutar 70 mil homens no próximo ano.

Fonte: Jornal do Senado

Nota do Blog: É um crime o que vem ocorrendo com nosso grandioso Exército Brasileiro. Uma instituição tão importante, que presta muitos serviços sociais a nossa população, deveria receber mais atenção de nossos governantes, e mesmo ter mais atuação nos projetos do governo. Pois temos um excelente centro tecnico, possuimos um bom contigente que esta ocioso em nossas casernas.
Como exemplo, ao invés de se gastar aos "tubos" com empreiteiras para concluir obras públicas, poderia ser adotado a utilização de nossos batalhões de engenharia, com isso o recurso economizado seria injetado na modernização destes batalhões e mesmo nos projetos de modernização do exército em geral, basta um pouco de boa vontade politica e um certo grau de capacidade mental e raciocinio estratégico. Pois assim ganha o governo, ganha o exército e principalmente, ganha nosso povo.

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