domingo, 11 de outubro de 2009

Rejeitar aumento de tropas no Afeganistão seria erro "histórico"


O senador republicano pelo Estado do Arizona John McCain disse neste domingo que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cometeria um erro se não aumentasse substancialmente o número de soldados no Afeganistão, como foi pedido pelo comandante das tropas americanas no país, general Stanley McChrystal.

Em entrevista concedida ao programa "State of the Union", da rede americana de TV CNN, McCain --que disputou com Obama a eleição presidencial no ano passado-- disse que os EUA não poderão vencer no Afeganistão se o presidente não enviar, pelo menos, 40 mil soldados a mais para o país.

Rejeitar as recomendações do general "seria um erro de dimensões históricas". O general McChrystal pediu reforços que oscilam entre 30 mil e 40 mil soldados, que se somariam aos atuais 68 mil.

O senador, que defendeu o aumento das tropas no Iraque durante o governo de George W. Bush (2001-2009), pediu a Obama que atue "com rapidez deliberada" sobre os próximos passos a serem dados no Afeganistão.

McCain lembrou que McChrystal, o chefe do Comando Conjunto Central Militar dos EUA, general David Petraeus, e o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas americanas, almirante Michael Mullen, disseram que a situação no país está se deteriorando.

O senador também ressaltou o êxito da estratégia no Iraque, onde um aumento substancial das tropas conseguiu reduzir a violência, para apoiar a ideia de que Obama deveria aceitar os pedidos de McChrystal.

"A estratégia, que foi desenvolvida pelo general Petraeus, em particular, mas também com (o apoio) do general McChrystal, como seu braço direito, teve êxito", disse o senador.



Meta

No último dia 6, Obama afirmou que não há previsão para retirada ou redução no número de soldados americanos presentes no Afeganistão. Em reunião com membros democratas e republicanos do Congresso, o presidente disse que nem todos ficarão satisfeitos com sua atitude diante da urgência da situação.

Obama disse que seu principal objetivo é impedir que membros da rede terrorista Al Qaeda mantenham uma base para ataques contra alvos americanos ou aliados. Recentemente, ele disse a 18 legisladores que manterá esse foco, embora saiba que sua decisão não agradará a todos.

O presidente americano deixou claro que não pretende dobrar o número de soldados no Afeganistão, tampouco retirar todas as tropas.

Lançada após os ataques terroristas de 11 de Setembro, a guerra no Afeganistão visava combater a insurgência Taleban e minar a estrutura da rede terrorista Al Qaeda no país.

Fonte: EFE

3 comentários:

  1. Após ganhar o Nobel da Paz, ficou complicado para Obama atender os pedidos do General. Não acham?

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  2. Pois é...Bom pro Obama não fica de geito nenhum,por que ele ja prometeu aumentar o efetivo no Afeganistão.

    abraços.

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  3. Angelo,

    o "erro histórico" talvez tenha sido outro, e nem foi exatamente no Afeganistão...e nem foi com o Obama também. Mas isso certa parte do pensamento militar e político dos EUA não irão reconhecer nunca!

    O Nobel da Paz tem um caráter político. O sentido foi mais ou menos esse que vc falou (pensou): chamar à razão os líderes mundiais, a começar pelo presidente dos EUA.

    abração

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