quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Boeing diz que proposta de caças prevê transferência de tecnologia e centro de capacitação


O vice-presidente da Boeing, Roberto Gower, afirmou nesta quarta-feira aos deputados da Comissão de Ciência e Tecnologia que se o governo brasileiro optar pela proposta norte-americana na licitação para compra de 36 caças, o país terá garantias de ter a transferência de tecnologia não apenas para a fabricação do F-18, mas para a próxima geração de aeronaves.

Segundo o executivo, será criado um centro de capacitação da Boeing para desenvolver tecnologia. "Nossa certeza é que o Brasil merece a tecnologia existente hoje e aquela que estará disponível em 2040. Com este objetivo, gostaria de anunciar que nos comprometemos a criar no Brasil um centro integrado de capacitação da Boeing que focalizara na evolução da próxima geração de tecnologias. Com a Boeing promessas feitas, promessas cumpridas", disse.

Gower sustentou que os norte-americanos estão dispostos a dar autonomia para a FAB (Força Aérea Brasileira) fazer melhorias no projeto. A Boeing disputa a licitação com a sueca Saab e a francesa Dassault, que oferecem ao Brasil os caças Gripen e Rafale, respectivamente.

"A Boeing transferirá as instalações, o conhecimento e dará treinamento que possibilitará à FAB e à indústria brasileira adquirirem capacitação necessária para apoiar e gerencia o projeto. Estes benefícios permitirão que o Brasil possa aplicá-los em futuros projetos aeroespaciais brasileiros.

"Esse país não pode ser colocado em uma posição onde correrá o risco de ser mantido refém de outra nação. A segurança nacional é uma função chave de qualquer governo e não pode ser relegado ao acaso.

O vice-presidente da Boeing afirmou que a venda do F-18 tem apoio político do Congresso norte-americano.

"De acordo com as leis vigentes, no país, o Congresso dos Estados Unidos deverá ser notificado sobre futuras vendas militares. Caso não existam objeções à venda dentro do prazo regulamentar de 30 dias, a venda é dada como autorizada pelo Congresso. No caso do Brasil, o Congresso dos Estados Unidos, em setembro, acelerou este processo para transmitir o pleno e total apoio à venda", disse.

Fonte: Folha

Nota do Blog: Uma boa proposta, mas uma aposta muito arriscada devido ao péssimo histórico do EUA no que diz respeito a transferência de tecnologias.

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