domingo, 3 de agosto de 2025

Türkiye testa com sucesso o sistema de armas PUSU, míssil CİRİT acerta alvo aéreo com precisão milimétrica

A empresa turca de defesa Roketsan realizou com sucesso o primeiro lançamento do seu novo Sistema de Armas PUSU contra um alvo aéreo. O teste marcou um avanço significativo na integração de armamentos guiados de alta precisão em plataformas terrestres móveis voltadas ao combate a ameaças assimétricas e alvos aéreos de baixa assinatura, como drones.

Durante o lançamento de teste, um míssil CİRİT, uma míssil guiado a laser desenvolvida pela própria Roketsan, foi disparado e atingiu o alvo com precisão milimétrica. A demonstração prática evidenciou não apenas a confiabilidade do sistema, mas também sua potencial aplicação em diversos cenários operacionais, inclusive defesa aérea de curto alcance.

Um sistema modular e de pronta resposta

O PUSU é um sistema de armas móvel, compacto e de rápida implantação, desenvolvido para enfrentar ameaças em ambientes complexos, como zonas urbanas e áreas de combate irregular. Carrega quatro mísseis CİRİT prontos para disparo, montados em uma unidade compacta que pode ser acoplada a diferentes tipos de veículos, desde utilitários leves a viaturas blindadas.

A operação é realizada por meio do sistema eletro-óptico KARAKURT, instalado na parte frontal da plataforma, que fornece os dados de mira e aquisição de alvos. Alternativamente, o disparo pode ser coordenado por designadores a laser externos, inclusive por tropas em posições avançadas, aumentando a flexibilidade tática da unidade.

Na versão de defesa aérea, o sistema também pode ser equipado com radar AESA (Active Electronically Scanned Array), permitindo detecção precoce e rastreamento de ameaças em tempo real, como drones e helicópteros de baixa altitude.

CİRİT: precisão comprovada

O míssil CİRİT é uma das principais soluções da Roketsan para engajamento de precisão. Com alcance de até 8 km, é guiado por laser semi-ativo, permitindo ataques cirúrgicos com danos colaterais mínimos. Originalmente projetado para helicópteros de ataque, como o T129 ATAK, o CİRİT também vem sendo integrado a plataformas terrestres e navais, ampliando seu espectro operacional.

Durante o teste do PUSU, o desempenho do míssil voltou a chamar atenção. A Roketsan celebrou o sucesso nas redes sociais com a declaração: Um acerto perfeito, uma confiança perfeita! No primeiro lançamento do nosso Sistema de Armas PUSU contra um alvo aéreo, nosso Míssil Guiado a Laser CİRİT atingiu o alvo com sucesso.”

A empresa ainda destacou: “Com sua capacidade de tiro de alta precisão, o CİRİT mais uma vez provou sua eficácia em campo.”

Aplicações e projeções

O PUSU surge como uma resposta eficaz às exigências modernas de combate, principalmente em operações assimétricas nas quais a mobilidade, a precisão e o tempo de reação são críticos. Sua capacidade de neutralizar ameaças aéreas de baixo custo, como drones, e alvos móveis terrestres com letalidade cirúrgica, o torna uma ferramenta estratégica para forças de reação rápida, operações especiais e defesa de pontos sensíveis.

O sistema também está alinhado com a crescente aposta da Türkiye na exportação de sistemas modulares, acessíveis e tecnologicamente competitivos, voltados a países que buscam alternativas aos sistemas ocidentais tradicionais.

O sucesso do primeiro teste do Sistema de Armas PUSU, com acerto preciso do míssil CİRİT em um alvo aéreo, reforça a capacidade da indústria turca de desenvolver soluções inovadoras e eficazes para os desafios contemporâneos de defesa. A Roketsan mais uma vez demonstra seu protagonismo no cenário internacional, enquanto o PUSU se posiciona como uma promissora ferramenta no campo do combate de precisão em ambientes híbridos e urbanos.

Potencial para o Brasil: o binômio PUSU–CİRİT, uma solução de defesa móvel de precisão

O sistema PUSU, em conjunto com os mísseis guiados CİRİT, representa uma solução altamente adaptável para forças terrestres que necessitam de mobilidade, agilidade e capacidade de engajamento preciso contra ameaças assimétricas ou alvos de oportunidade.

No contexto brasileiro, esse binômio poderia atender às necessidades tanto do Exército Brasileiro quanto do Corpo de Fuzileiros Navais, especialmente em proteção de infraestruturas críticas e combate a drones ou veículos em movimento.

A leveza, a modularidade e a precisão do sistema fazem dele uma opção viável para integração em viaturas leves 4x4, como as viaturas já empregadas pelas forças armadas brasileiras (Agrale Marruá, LMV-BR e similares). Além disso, sua operação não depende exclusivamente de sensores embarcados, podendo ser coordenada por forças especiais com designadores a laser, o que amplia a flexibilidade tática da tropa.

Para o CFN, o PUSU poderia ser integrado ao conceito de operações expedicionárias, em missões anfíbias e de segurança em áreas urbanas litorâneas, oferecendo poder de fogo cirúrgico com danos colaterais reduzidos.

A adoção de um sistema com essas características seria coerente com a doutrina de emprego das Forças Armadas Brasileiras em cenários de conflito de baixa intensidade, como os previstos em operações de paz, controle de fronteiras e combate a grupos armados não estatais.


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