A Elbit Systems está ampliando os horizontes do Iron Beam, sistema de defesa a laser originalmente concebido pela Rafael, ao desenvolver uma versão aerotransportada da arma para a Força Aérea Israelense. A iniciativa promete levar a tecnologia muito além das defesas fixas baseadas em solo, abrindo caminho para uma nova camada de proteção contra ameaças aéreas.
A versão terrestre do Iron Beam, já testada em combate, dispara um laser de estado sólido entre 100 e 150 quilowatts a partir de caminhões, sendo capaz de neutralizar drones, foguetes e até mísseis de cruzeiro a um custo extremamente reduzido. Enquanto cada interceptação com o míssil Tamir, utilizado pelo Domo de Ferro, custa cerca de US$ 50 mil, o disparo do Iron Beam sai por apenas US$ 3,50.
Agora, a Elbit trabalha na adaptação do sistema para plataformas aéreas, com possíveis integrações em caças como o F-35 e o F-15, que poderiam ganhar uma proteção adicional “silenciosa”, ou ainda em helicópteros de ataque, reforçando o poder ofensivo dessas aeronaves.
“Estamos desenvolvendo uma solução aerotransportada de alta potência para a Força Aérea Israelense e há muito interesse por essa solução por parte de outros clientes”, afirmou o diretor executivo da Elbit Systems, Bezhalel Machlis.
O Iron Beam já provou sua eficácia em cenários reais de combate, tendo sido utilizado contra forças iranianas e demonstrado publicamente em 2022, quando neutralizou drones, estilhaços e mísseis antitanque em condições complexas.
Apesar de seu potencial revolucionário, o sistema enfrenta desafios técnicos. O Ministério da Defesa de Israel admite que a arma depende fortemente da visibilidade do alvo, o que compromete sua performance em situações de neblina, chuva ou fumaça.
“Só podemos abater com um laser o que podemos ver”, destacou Yaniv Rotem, chefe da Administração de Infraestrutura de Tecnologia e Desenvolvimento de Armas do Ministério da Defesa.
O futuro da guerra com lasers
A evolução do Iron Beam para os céus reforça a aposta israelense no uso de armas de energia dirigida como uma forma economicamente viável e taticamente versátil de defesa. Caso seja bem-sucedida, a versão aérea poderá não apenas ampliar a cobertura do sistema em combate, mas também transformar a forma como as forças aéreas do futuro encaram a proteção contra ameaças assimétricas.
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