A Índia surpreendeu a indústria de defesa internacional ao cancelar um contrato de construção de navios com os turcos no valor estimado em US$ 2,3 bilhões. O Ministério da Defesa indiano anunciou a decisão de interromper a licitação com a empresa de defesa turca TAIS para a construção do Navio de Apoio Logístico à Frota.
Inicialmente, a TAIS emergiu como a vencedora de uma competição de cooperação avaliada em US$ 2,3 bilhões, que abrangeria a construção de cinco navios de apoio, totalizando 45 mil toneladas, destinados à Marinha Indiana em 2021. Contudo, o panorama mudou drasticamente com a recente revogação do contrato pelo Ministério da Defesa indiano.
O contrato, assinado em agosto de 2023, previa a entrega dos navios até 2027. A TAIS estava encarregada de diversas responsabilidades, incluindo a modernização do estaleiro, projeto de navios, serviços de engenharia, planejamento e gestão da produção, bem como o fornecimento dos materiais principais.
Entretanto, o cancelamento repentino do contrato sugere implicações políticas. A Índia optou por assumir o projeto por conta própria, através da Hindustan Shipyard Limited. Uma cerimônia marcou o início desta nova fase, com o corte do aço do primeiro navio realizado no estaleiro de Vishakapatnam, com a presença do ministro da Defesa indiano, Giridhar Aramane.
Embora os motivos exatos por trás do cancelamento não tenham sido explicitados, especula-se que questões políticas estejam envolvidas. Esta reviravolta levanta questões sobre as relações diplomáticas entre a Índia e a Türkiye, assim como sobre o futuro das colaborações internacionais no setor de defesa.
O cancelamento do contrato também levanta incertezas sobre o futuro da TAIS no mercado internacional de defesa. Como uma das principais empresas do setor na Türkiye, a decisão da Índia pode ter impactos significativos em suas operações e reputação.
Enquanto isso, a Índia segue adiante com seu projeto de construção naval, demonstrando sua determinação em fortalecer suas capacidades de defesa de forma independente. Este episódio ressalta a complexidade e a sensibilidade das relações geopolíticas no cenário global contemporâneo.
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