sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Obama vai à Ásia tentar recuperar prestígio dos Estados Unidos


Em sua primeira grande missão depois de ganhar o Nobel da Paz, o presidente Barack Obama partiu de Washington nesta quinta-feira em direção à Ásia, onde deverá se esforçar para voltar a dar à América seu brilho de potência regional, num continente cada vez mais submetido à influência chinesa e aos problemas gerados pelas guerras no Iraque e Afeganistão.

Obama colocará entre parênteses seus grandes projetos internos e o reexame da estratégia afegã para mostrar à Ásia que, apesar da crise econômica, os Estados Unidos não desviam a atenção de uma região tão importante.

"É uma percepção comum na região que a influência dos Estados Unidos começou a declinar na última década, enquanto que a da China está em aumento", assinalou o assessor de Obama para o Leste da Ásia, Jeffrey Bader.

Depois de uma escala no Alasca, onde saudará os soldados americanos, Obama pronunciará um discurso em Tóquio, no sábado.

O presidente dos Estados Unidos buscará fortalecer os laços com o novo primeiro-ministro do Japão, Yukio Hatoyama, e ressaltar a semelhança de suas respectivas cruzadas pela mudança política; mas evitará abordar a polêmica sobre a relocação de uma base militar americana em Okinawa.

Obama participará, em seguida, do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) neste final de semana em Cingapura, quando se tornará o primeiro presidente dos Estados Unidos a sentar-se ao lado dos 10 líderes da Asean (Associação de Nações do Sudeste da Ásia), entre eles os de Mianmar, antiga Birmânia.

Depois de tentar isolar Minmar, um país que suprimiu a democracia, Washington procede, agora, a uma aproximação com a junta militar que governa a nação, embora um encontro entre Obama e o primeiro-ministro Thein Sein seja pouco provável.

Obama visitará Xangai na segunda-feira e irá a Pequim para participar de um jantar e manter conversações com o presidente Hu Jintao.

Tendo em vista a emergência da China como potência mundial, Obama manterá conversações em Pequim sobre assuntos globais, incluindo Coreia do Norte, o programa nuclear iraniano e o Afeganistão.

A visita deverá ser encerrada na Coreia do Sul, aonde deve chegar no dia 18 de novembro para um encontro com o presidente Lee Myung-Bak.

Ao mesmo tempo em que a China adquire maior influência, a dos Estados Unidos sofre com os empréstimos concedidos e os gastos pertinentes à pior crise financeira vivida desde a década de 30.

No entanto, apesar de ter minguado seu papel, os Estados Unidos continuam sendo um jogador importante.

Apresenta-se ainda como garantidor da segurança asiática mediante a presença de 75.000 soldados na Coreia do Sul e no Japão, e no patrulhamento das águas regionais.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, sugeriu que Washington também espera de seus parceiros comerciais asiáticos um aumento da demanda.

Fonte: AFP

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