
O novo ministro da Defesa alemão, o Theodor zu Guttenberg, utilizou pela primeira vez o termo "guerra" ao referir-se ao conflito no Afeganistão, palavra que seu antecessor, Franz-Josef Jung, evitou o tempo todo.
"Não há dúvida que em algumas partes do Afeganistão a situação se assemelha a uma guerra", reconhece Guttenberg em entrevista que publica hoje o jornal "Bild".
O ministro diz que apesar do direito internacional é muito explícito ao assinalar que uma guerra só pode acontecer entre estados, "não há soldado" que possa aceitar este tipo de "sutilezas semânticas".
"Alguns termos tradicionais não são válidos já para as ameaças atuais", sustenta o político conservador, que assegura "entender a qualquer soldado que diga que 'no Afeganistão há uma guerra', independentemente de se me ataca, fere ou mata um Exército estrangeiro ou um terrorista talibã".
Guttenberg se distância da linguagem diplomática de seu antecessor e acrescenta que a operação no Afeganistão é há anos uma missão de combate, na qual "não só nossos soldados" têm a impressão que "os talibã lideram uma guerra contra os soldados da comunidade internacional".
O ministro deixa entrever que não enviará mais soldados à região, como solicitou urgentemente o comandante-em-chefe da Isaf, Stanley McCrystal.
"Somos a terceira nação que mais tropas enviou, mais de 4.300 soldados. Formamos a soldados e policiais e ajudamos onde podemos", explica, anunciando, por outro lado, o envio de mais helicópteros de transporte do tipo CH 53.
Fonte: EFE
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