A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navy Pillay, defendeu hoje em um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a cooperação internacional "ampla" como instrumento para lutar contra os grandes desafios.
"Somente com uma cooperação mais ampla no âmbito internacional, regional e nacional, podemos lutar contra desafios grandes e persistentes", assinalou a sul-africana em declarações à imprensa.
Pillay citou como esses grandes desafios a pobreza, desigualdade, violência, insegurança, impunidade e discriminação "que prejudicam gravemente os direitos humanos".
"O Brasil terá muitas oportunidades de compartilhar experiências, conhecimento e práticas que emergiram de seus programas voltados aos direitos humanos", acrescentou.
No entanto, a comissária reiterou sua preocupação com as execuções extrajudiciais, que qualificou de "inaceitáveis".
A respeito, Lula disse que ela "pode ter certeza de que o Governo brasileiro não tem interesse em esconder absolutamente nada relacionado aos direitos humanos" e enfatizou que o país "tem vontade política e determinação para resolver os problemas" nessa área.
A comissária da ONU destacou o interesse do Brasil em estabelecer laços de cooperação em matéria de direito internacional humanitário com as Nações Unidas e outros países.
Na segunda-feira, Pillay passou por Salvador, onde visitou uma favela e teve reuniões com organizações civis e de promoção dos direitos humanos. No dia seguinte, fez o mesmo em uma comunidade pobre do Rio de Janeiro.
A representante da ONU inaugurou em Brasília um seminário internacional sobre proteção dos direitos humanos e assinou com o chanceler Celso Amorim um acordo de cooperação entre o Governo brasileiro e seu escritório.
Fonte: EFE
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