O Exército de Israel anunciou, nesta terça-feira (17), a morte de Ali Shadmani, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas e comandante do centro de comando de emergência do Irã, o Khatam al-Anbiya, durante um ataque aéreo a Teerã.
Shadmani havia assumido o comando militar de alto escalão do Irã após a morte de seu antecessor, Alam Ali Rashid, eliminado no ataque inicial da Operação Leão Ascendente, deflagrada por Israel na sexta-feira passada. O centro de comando onde Shadmani estava foi atingido por jatos da Força Aérea israelense em pleno coração da capital iraniana.
O general comandava diretamente as operações de guerra envolvendo tanto a Guarda Revolucionária Islâmica quanto o exército regular iraniano, sendo o responsável por coordenar as estratégias de resposta militar do Irã ao conflito com Israel.
Escalada e ameaças diretas a Khamenei
A ofensiva israelense desta semana incluiu também ataques contra instalações de defesa aérea, lançadores de mísseis balísticos e infraestruturas de drones no oeste do Irã, segundo informações divulgadas pelas Forças de Defesa de Israel (IDF).
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reforçou que não há intenção de negociar com o Irã e não descartou, publicamente, a possibilidade de um ataque direto ao líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei.
Em entrevista à emissora americana ABC, Netanyahu afirmou que a eliminação de Khamenei não significaria uma escalada, mas sim o fim do conflito. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, fez um alerta ao líder iraniano, comparando sua situação à do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein.
Relatos da imprensa internacional indicam que a liderança iraniana está atualmente refugiada em bunkers em Teerã. Segundo o Iran International, Khamenei e sua família estariam abrigados no distrito de Lavizan, no nordeste da cidade. Há ainda informações de que Teerã teria iniciado contatos com Rússia, Catar, Arábia Saudita e Omã para buscar alternativas de fuga ou negociação.
Fontes diplomáticas afirmam que Moscou ofereceu um corredor seguro de evacuação para o aiatolá e seus familiares, caso o conflito continue a escalar.
Impacto regional e risco de colapso do regime
O governo iraniano enfrenta crescente instabilidade interna, agravada pela pressão militar externa e pelo descontentamento popular. Especialistas alertam para o risco de uma crise de governabilidade ou até mesmo uma guerra civil, caso o regime entre em colapso.
A possível queda do governo dos aiatolás também preocupa outros países da região e o mercado internacional de energia. Uma escalada pode afetar o trânsito de petróleo pelo Estreito de Ormuz, o que já provoca especulação no mercado, com previsões de aumento no preço do barril para além dos US$ 100.
Analistas apontam que, em curto prazo, a Rússia é um dos poucos países a lucrar com o aumento dos preços do petróleo, aliviando os impactos econômicos da guerra na Ucrânia. No entanto, a queda de um aliado como o Irã também poderia prejudicar Moscou, especialmente pela interrupção no fornecimento de armamentos utilizados na campanha militar russa.
Enquanto isso, os combates entre Israel e Irã continuam, com o cenário cada vez mais imprevisível e potencialmente explosivo para todo o Oriente Médio.
GBN Defense - A informação começa aqui
com Reuters, AFP, BBC
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