quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Presidente da Petrobras defende divisão mais equânime dos royalties do pré-sal


O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, defendeu, nesta quinta-feira, uma divisão mais equânime dos royalties do pré-sal, com Estados não-produtores recebendo uma compensação financeira.

Em sua opinião, não é ideal o modelo que privilegia somente as unidades da federação que produzem petróleo em sua costa. O dirigente, no entanto, rejeitou a proposta aprovada ontem pela Câmara que divide os royalties da commodity entre todos os Estados.

"Para a Petrobras é indiferente, pois teremos que pagar os royalties da mesma forma. Mas eu, como pessoa física, acredito que como está é inadequado. Precisamos achar uma solução, um meio-termo. Não é justo que Estados com exploração recebam a mesma coisa do que os que não tem nada a ver com o pré-sal", afirmou.

Gabrielli elogiou a aprovação, nesta madrugada, pela Câmara, na mudança do modelo de exploração, de concessão para partilha. "Sempre fui um dos defensores dessa proposta", disse.

Pelo texto, que segue para sanção do presidente Lula, o novo modelo de partilha será aplicado na área do pré-sal que ainda não foi leiloada, que equivale a dois terços das reservas já descobertas.

O governo passará a receber parte da produção em óleo e a Petrobras participará de todos os consórcios com ao menos 30% e será a única operadora das reservas.

O presidente da Petrobras não soube responder quando as licitações para a exploração terão início. "É preciso levar em conta a velocidade da indústria. Precisamos levar em conta a capacidade de evolução", disse, após audiência pública na Câmara.

Gabrielli participou de reunião com os deputados para discutir a orientação do TCU (Tribunal de Contas da União) de paralisar algumas obras da estatal. Segundo ele, o volume de condenação que a empresa tem é ínfimo.

"Tenho centenas de pessoas envolvidas nos questionamentos do TCU. Mas, para se ter um exemplo, com a prestação de esclarecimentos, obras que, em 2009, apontavam sobrepreço, depois passaram a ter subpreço", afirmou.

Fonte: Folha

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