
O Pentágono evitou hoje chamar de "ato de guerra" o afundamento de um navio da Coreia do Sul por um submarino do Norte, mas disse que dará seu apoio caso Seul decida responder à agressão.
Um grupo de especialistas de cinco países divulgou hoje em Seul um relatório oficial sobre o caso. O texto aponta que um torpedo lançado por um submarino da Coreia do Norte afundou o "Cheonan", em 26 de março, matando 46 pessoas.
"Aceitamos as conclusões da investigação", disse o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, em entrevista coletiva.
Tanto Gates como o chefe do Estado-Maior Conjunto americano, almirante Michael Mullen, preferiram não qualificar o incidente como um ato de guerra, apesar das várias perguntas dos jornalistas nesse sentido.
O afundamento do "Cheonan" é o incidente mais grave entre os dois países desde 1987, quando a Coreia do Norte detonou uma bomba em um avião sul-coreano matando 115 pessoas.
Apesar das conclusões das investigações, a Coreia do Norte negou responsabilidade no incidente e desqualificou o relatório.
Logo após a divulgação do texto, a Casa Branca emitiu um comunicado qualificando o incidente de "um ato de agressão" da Coreia do Norte.
No comparecimento hoje perante a imprensa, Gates deixou claro que a responsabilidade de responder ao ataque é da Coreia do Sul.
"Foi um ataque contra um navio sul-coreano e é necessário que os sul-coreanos deem os primeiros passos para propor uma (...) ação", disse Gates, que lembrou que Washington mantém contatos "estreitos" com os aliados em Seul.
"Não estamos ocupados demais para não responder", explicou Gates. "Se houvesse um problema (no leste da Ásia) nossas armas principais seriam a Marinha e a Força Aérea, que atualmente têm mais recursos disponíveis que as forças de terra", completou.
O porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley, explicou hoje que o incidente coreano será um dos temas que a secretária Hillary Clinton abordará na viagem iniciada hoje a China, Japão e Coreia do Sul.
Fonte: EFE
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