domingo, 16 de maio de 2010

Agenda bilateral Brasil-Irã busca ir além da questão nuclear


Apesar das restrições em vigor, Brasil e Irã vêm tentando ampliar a parceria econômica para despolitizar a agenda bilateral e dar respaldo pragmático à intensificação de seus laços.

O Itamaraty chegou a imprimir cartilha em persa sobre as exportações brasileiras para ser entregue aos empresários iranianos durante a visita de Lula, que pretende dar continuidade aos contatos feitos no mês passado pelo ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge.

A comitiva de Jorge, que reuniu 86 empresários de vários setores, permaneceu dois dias em Teerã e chegou a ser recebida pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad.

Os iranianos dizem ter interesse em comprar mais produtos brasileiros, principalmente agrícolas. O Brasil ofereceu linhas de crédito para financiar a compra de produtos brasileiros.

Mas os planos de dar um salto na relação comercial e financeira, que não chega a US$ 2 bilhões, esbarram em barreiras tarifárias nos dois lados, na falta de voos diretos entre os dois países, na concorrência da China e principalmente nas sanções já vigentes contra o Irã.

As punições incluem embargo sobre produtos tecnológicos e restrições bancárias. Para contornar sanções, o Irã executa boa parte de sua agenda de comércio exterior por intermédio de outros países, como os Emirados Árabes Unidos.

A Petrobras suspendeu suas atividades no Irã depois de ter sido apontada pelo governo americano como uma das empresas estrangeiras que investiram mais de US$ 20 milhões no setor energético iraniano nos últimos cinco anos --o que a tornaria passível de retaliações em suas atividades nos EUA.

Fonte: Folha

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