
O primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, negou que Moscou tenha qualquer envolvimento na tormenta política que teria levado à queda do governo do Quirguistão. "Nem a Rússia nem este humilde súdito nem nenhum funcionário russo teve qualquer tipo de relação com esses eventos", afirmou o homem forte de Moscou à agência de notícias RIA Novosti.
Putin se disse "completamente surpreso" com a crise quirguiz. O primeiro-ministro russo, porém, criticou o presidente do Quirguistão, Kurmanbek Bakiyev, que teria alcançado o poder condenando a corrupção de seu antecessor, Askar Akayev, mas "incorrido nos mesmos erros".
Rússia envia tropas para defender base de Kant
A Rússia anunciou hoje o envio de 150 paraquedistas à base aérea russa de Kant, no Quirguistão, para garantir a segurança das famílias dos militares dessa instalação.
"Por ordem do presidente (Dmitri Medvedev) tomamos a decisão de enviar duas companhias de paraquedistas com 150 soldados à base aérea de Kant para garantir a segurança das famílias dos militares", informou o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general Nikolai Makarov, citado pelas agências.
Medvedev, a partir de Praga, adiantou o envio dos militares à região. Ele também fez um chamado ao Governo de confiança popular do Quirguistão, formado pela oposição, e às autoridades derrubadas para que retomem o "diálogo pacífico" para evitar novo derramamento de sangue após os confrontos da véspera nos quais morreram pelo menos 75 pessoas, pelos dados oficiais.
A líder opositora Rosa Otunbayeva, quem lidera o Governo de confiança popular quirguiz após a derrocada do presidente Kurmanbek Bakiyev, afirmou o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, que a oposição controla "plenamente" a situação, aos corpos de segurança e às Forças Armadas.
Fonte: Estadão / EFE
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