
O Departamento de Estado americano convocou o alto diplomata sírio em Washington nesta segunda-feira para acusar seu governo de "comportamento provocativo" ao fornecer armas ao grupo militante Hezbollah, no Líbano.
Um comunicado divulgado pelo departamento não deixou claro os detalhes sobre os acordos armamentícios na Síria, mas citou a transferência de mísseis balísticos Scud, sem dizer, no entanto, que a Síria estava por trás dessa transação.
O presidente de Israel, Shimon Peres, acusou diretamente Damasco, na semana passada, de fornecer mísseis capazes de carregar ogivas de até uma tonelada --muito maiores e certeiros que os foguetes do arsenal do Hezbollah.
O Departamento de Estado dos EUA disse que vice-chefe da missão Zouheir Jabbour foi convocado para "revisar o comportamento provocativo da Síria com relação à potencial transferência de armas ao Hezbollah". Também afirmou que fornecer mísseis Scud ao grupo aumentava o risco de tensões na região onde a situação já é delicada.
Efeito desestabilizador
"Os EUA condenam ao máximo a transferência de quaisquer armas, e especialmente de sistemas de mísseis balísticos como o Scud, da Síria para o Hezbollah", disse o comunicado. "A transferência dessas armas só pode ter um efeito desestabilizador na região e traria uma ameaça imediata tanto para a segurança de Israel quanto para a soberania do Líbano."
Segundo Gordon Duguid, porta-voz do Departamento de Estado que assinou o comunicado oficial, os EUA não estavam confirmando a transferência de mísseis para ao Hezbollah, mas sim procurando respostas sobre acordos de armas da Síria e reiterando a preocupação americana a respeito disso.
Na semana passada, o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que a preocupação dos EUA sobre o assunto foram elevadas ao mais alto nível para o governo sírio.
A Síria apoia fortemente grupos militantes, como o Hezbollah, apoiado pelo Irã, e o grupo radical palestino Hamas, cuja liderança exilada está sediada em Damasco.
Fonte: Reuters
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