
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, instou hoje a Coreia do Norte a dar "passos sérios" nas conversas para pôr fim a seu programa nuclear, depois de se reunir com o líder sul-coreano, Lee Myung-Bak.
Em suas declarações, durante uma entrevista coletiva conjunta em Seul, Obama revelou que o enviado especial americano, Stephen Bosworth, viajará para Pyongyang no próximo 8 de dezembro para tratar de reviver o processo de negociação com esse país e persuadi-lo que volte ao diálogo internacional sobre o programa nuclear norte-coreano.
No diálogo multilateral participam as duas Coreias, China, Japão, Rússia e EUA.
"Se a Coreia do Norte dá passos irreversíveis e verificáveis para pôr fim a suas atividades nucleares, os EUA apoiarão a integração" deste país na comunidade internacional sustentou o presidente americano.
Segundo Obama, a Coreia do Norte não conseguirá "as oportunidades e o respeito mediante ameaças".
Já Lee indicou que os EUA apoiam sua proposta para oferecer a Coreia do Norte incentivos políticos e econômicos em troca do desmantelamento irreversível do programa nuclear de Pyongyang.
No entanto, ressaltou que até o momento não há uma data limite para que a Coreia do Norte dê uma resposta.
O programa nuclear norte-coreano foi o tema em toda a viagem asiática de Obama - Japão, Cingapura, China e Coreia do Norte - e o presidente americano lançou reiteradas chamadas a Pyongyang para que volte à mesa de negociações.
Outra das grandes áreas que se abordaram nas conversas entre o presidente americano e o sul-coreano foi o tratado de livre-comércio, assinado em 2007 durante o mandato de George W. Bush e cuja aprovação se encontra ainda estagnada nos respectivos Parlamentos.
Ambos líderes expressaram seu compromisso em levar adiante o acordo. Concretamente, Lee expressou sua disposição a revisar o capítulo sobre os automóveis, uma área que preocupava aos fabricantes americanos.
O tratado, ressaltou o líder sul-coreano, "beneficiaria não só a Coreia do Sul, mas também os Estados Unidos".
Caso aprovado, representaria para os EUA seu maior acordo de troca comercial com o exterior desde a assinatura do Tratado de Livre-Comércio na América do Norte (NAFTA) durante o mandato de Bill Clinton
Fonte: EFE
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