
O possível levantamento da proibição de viagens de americanos a Cuba provocou hoje um acalorado debate no Comitê de Assuntos Exteriores da Câmara baixa dos Estados Unidos, onde, em geral, os democratas se mostraram favoráveis e os republicanos contrários.
O presidente do Comitê, Howard Berman, que convocou a audiência para analisar a iniciativa, afirmou que os EUA não devem esperar ter concessões de Havana para levantar à restrição de viagens dos americanos à ilha.
"Permitir que os cidadãos americanos viajem para Cuba não é um presente para os Castro. É nosso interesse nacional. Esperar por uma concessão de Havana antes de fazer algo em nome de nossos próprios cidadãos de forma perversa dá ao Governo cubano o poder de decisão", justificou Berman.
Em sua opinião, todos os americanos podem servir de "embaixadores dos valores democráticos".
Para a maioria dos democratas, o turismo abriria um caminho para o diálogo com o povo cubano e aceleraria a difusão das ideias democráticas na ilha.
A democrata Barbara Lee, que neste ano esteve em Havana, voltou a assinalar os dois lados da proibição de viagens a Cuba, justificando que os americanos podem viajar a países como o Sudão, Coreia e Mianmar, mas não à ilha caribenha, a 144 quilômetros do litoral da Flórida.
Ileana Ros-Lehtinen, a republicana mais respeitada no Comitê, insistiu que qualquer medida para liberar o embargo só "premia com dólares o regime cubano".
Argumentou que "não existe uma proibição de viagens para Cuba", já que, sob 18 distintas formas e categorias, o Governo dos Estados Unidos permite viagens aos estudantes, atletas, artistas e até aos membros do Congresso.
Para a parlamentar, os turistas europeus vão à ilha em busca de "rum, música, sexo, charutos e sol" e isso nunca levou liberdade a Cuba.
Segundo o republicano, Connie Mack, em 2007, 2,1 milhões de turistas foram a Cuba. Naquele ano, o turismo gerou mais de US$ 2 bilhões ao país. Em troca, o Governo mantém "mais de 300 prisioneiros políticos" e "nada faz para mudar isso".
A iniciativa conta com o apoio da Igreja Católica, de diversos grupos progressistas e até de um setor da comunidade cubana no exílio.
Paralelo à audiência, um grupo de cubanos americanos elogiou a postura do presidente Barack Obama de levantar as restrições de viagens para os cubanos com familiares na ilha, mas consideraram que isso não é suficiente.
Silvia Wilhelm, fundadora da ONG "Puentes Cubanos", argumentou que "proporcional ao aumento das viagens e contatos entre os EUA e Cuba, é o crescimento da confiança entre os povos".
"Devemos dar (ao Governo cubano) o exemplo que não fazemos restrições aos nossos cidadãos", declarou.
Fonte: EFE
Nota do Blog: Porque coisas simples sempre são vistas como as mais difíceis para mentes atrasadas?
Eu acredito que a liberação da viagem de americanos a Cuba é um bom sinal, pois indica que em breve pode haver a suspensão do embargo que aquela pequena "Grande" nação vem enfrentando a quase 50 anos. Esta na hora de mudar os rumos da geopolítica mundial, a guerra fria já acabou a muito tempo, estamos partindo para um mundo multipolar. Para os EUA conseguirem se manter como um dos grandes atores do cenário que se desenvolve, é preciso analisar os rumos tomados e traçar uma nova política externa, pois eles estão conquistando uma grande antipatia, seja na América Latina, Europa ou Oriente Médio.
Mais uma vez podemos ver que mentes atrasadas estão por trás do poder de grandes nações que podem fazer muito no sentido de melhorar a vida da humanidade e buscar oq muitos dizem querer mais pouco se faz, PAZ.
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