terça-feira, 13 de outubro de 2009

ONU renova por um ano missão liderada pelo Brasil no Haiti


O Conselho de Segurança aprovou por unanimidade nesta terça-feira a prorrogação da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) por um ano, dizendo que a situação no país continua a constituir uma ameaça para a paz e a segurança internacionais, apesar dos progressos recentes.

A resolução mantém até 15 de Outubro de 2010 a atual dimensão da força de cerca de 9.000 soldados e policiais, que é liderada pelo Brasil.

Mas o Conselho concordou com a recomendação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em seu último relatório sobre a Minustah de reconfigurar a missão para se adaptar à situação de segurança e monitorar locais remotos. Isso significa que o número de soldados será reduzido em 120 homens, para 6.940, com o simultâneo aumento em 120 homens do número de policiais, que passará para 2.211.

Enquanto o Conselho de Segurança reconheceu algumas melhorias em segurança no ano passado, afirmou que a situação de segurança continua frágil.

Para o conselho, a composição da Minustah poderia ser novamente revista à medida que a Polícia Nacional do Haiti ganhar capacidade de assumir a responsabilidade de garantir a segurança. A resolução também reitera o apelo para que a auxilie o governo do Haiti no fortalecimento das instituições do país e nos esforços para impulsionar o desenvolvimento do país mais pobre do continente.

Os quinze membros do Conselho prestaram homenagem aos membros da missão que morreram em serviço. A renovação do mandato acontece quatro dias depois que um avião Casa-212 do contingente uruguaio da Minustah caiu no interior do Haiti, perto da fronteira com a República Dominicana. No acidente morreram os seis soldados uruguaios e cinco soldados jordanianos que formavam a tripulação do avião, que realizava uma missão rotineira de vigilância da fronteira.

A Minustah foi criada pelo Conselho de Segurança em 30 de abril de 2004, por meio da resolução 1542, para restaurar a ordem depois da violenta deposição e saída do país do presidente Jean Bertrand Aristide. Além do Brasil, participam da missão países latino-americanos como Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Guatemala, Paraguai, Peru e Uruguai, assim como Espanha, França, Itália, Canadá e Estados Unidos, entre outros de todos os continentes.

Fonte: EFE

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