sábado, 29 de novembro de 2025

Arábia Saudita amplia ambições estratégicas e lidera gastos militares no mundo árabe em 2025

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A Arábia Saudita consolidou, em 2025, sua posição como a maior potência militar do mundo árabe e a quinta maior do planeta em volume de gastos. Com um orçamento estimado em 78 bilhões de dólares para este ano, o Reino reafirma sua estratégia de modernização acelerada das forças armadas e de fortalecimento do setor industrial de defesa, pilares da ambiciosa Visão Saudita 2030.

O investimento militar saudita permanece entre os mais altos do mundo. Apenas em 2024, Riad destinou 74,7 bilhões de dólares ao setor, sustentando uma média anual superior a 74 bilhões ao longo dos últimos três anos. Esses números não expressam apenas prioridades de segurança nacional: refletem uma postura de dissuasão regional, a busca por superioridade tecnológica e um esforço claro para reduzir dependências externas.

O foco saudita recai sobre três eixos: expansão e modernização da Força Aérea, fortalecimento dos sistemas de defesa aérea e mísseis de longo alcance e desenvolvimento de uma indústria bélica própria. Nos últimos anos, o país firmou acordos estratégicos envolvendo aeronaves F-15SA, sistemas Patriot PAC-3 e THAAD, além de contratos de nacionalização da produção de munições e mísseis táticos. Ao mesmo tempo, o governo tem impulsionado a Saudi Arabian Military Industries (SAMI) para colocá-la entre as 25 maiores empresas de defesa do mundo até 2030.

A Força Aérea Real Saudita permanece como um dos braços mais avançados dessa transformação. A aviação de combate do Reino integra F-15S Strike Eagle, Tornado IDS e Eurofighter Typhoon, apoiados por aeronaves de reabastecimento e plataformas de vigilância. A possível aquisição de caças furtivos F-35, cuja negociação está próxima de ser concluída, pode redefinir o equilíbrio de poder aéreo no Oriente Médio ao introduzir capacidades de quinta geração na região. Complementam essa estrutura as baterias Patriot, que formam um escudo essencial contra ameaças de mísseis.

No componente terrestre, a Arábia Saudita desenvolve uma força robusta, composta por brigadas blindadas, infantaria mecanizada, unidades de reação rápida e artilharia moderna. A recente aquisição de lotes adicionais do tanque M1A2 Abrams reforça o poder de fogo do Exército, que também opera sistemas de defesa aérea próprios e plataformas de comando e controle avançadas. O país investe fortemente em treinamento e interoperabilidade com parceiros internacionais, garantindo prontidão e capacidade de resposta em cenários de crise.

A Marinha Real Saudita, por sua vez, mantém uma frota que combina volume com diversidade de capacidades. Com cerca de 11 fragatas, 9 corvetas e 9 lanchas de patrulha, além de navios de contramedidas de minas, a RSNF opera meios equipados com mísseis antinavio como Exocet e Harpoon, sistemas superfície-ar como Aster 15 e Crotale, torpedos e canhões navais modernos. Navios como as fragatas Riyadh, Mecca e Dammam e corvetas da classe Avante ampliam a projeção marítima do Reino e garantem proteção às rotas estratégicas no Golfo.

O volume e a natureza dos investimentos sauditas mostram um país que busca não apenas reforçar sua segurança, mas também ocupar um papel mais assertivo no cenário regional e internacional. Ao apostar em tecnologia, capacidade industrial e interoperabilidade, a Arábia Saudita se posiciona para competir em um ambiente geopolítico cada vez mais complexo e para sustentar sua influência em um dos espaços mais sensíveis do mundo.


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Índia e França avançam em autonomia estratégica com joint venture para produzir munições guiadas HAMMER

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A Índia deu mais um passo decisivo rumo à autossuficiência em defesa ao formalizar, em Nova Delhi, a criação de uma joint venture entre a estatal Bharat Electronics Limited (BEL) e a francesa Safran Electronics & Defence. O acordo, resultado de uma carta de intenções assinada em fevereiro durante a Aero India, estabelece uma empresa de participação igualitária dedicada à produção, desenvolvimento e suporte das munições guiadas de precisão HAMMER lançadas do ar.

A nova companhia atenderá diretamente às necessidades da Força Aérea Indiana (IAF) e da Marinha Indiana, que já operam ou estão prestes a operar aeronaves Rafale. O caça leve Tejas, peça central do programa indígena de aviação de combate, também será adaptado para empregar o armamento da Safran. Segundo as empresas, o conteúdo local deve alcançar 60%, com a BEL responsável pela montagem final, testes e controle de qualidade, enquanto a Safran fornecerá componentes críticos como eletrônicos, sistemas de navegação e unidades de guia.

O movimento se encaixa na estratégia indiana de reduzir dependências externas e consolidar um ecossistema doméstico de alta tecnologia. Para isso, a joint venture irá além da fabricação. As empresas planejam estabelecer um centro de excelência dedicado a produção, projeto, manutenção, reparo e revisão de sistemas de armas, optoeletrônica e equipamentos de navegação. Esse hub deverá fomentar uma rede nacional de fornecedores, com foco em pequenas e médias empresas, ampliando competências locais com apoio da expertise francesa.

O kit HAMMER transforma bombas convencionais em munições de precisão por meio de módulos de direção, sistemas de orientação a laser, infravermelho ou GPS/INS e um motor-foguete que estende significativamente o alcance da arma. Capaz de manter precisão da ordem de um metro mesmo sob interferência de guerra eletrônica, o sistema já demonstrou desempenho em combate, inclusive em cenários do conflito entre Rússia e Ucrânia. Sua integração ao Tejas e ao Rafale reforça a capacidade da Índia de conduzir operações de ataque de alta precisão em diferentes teatros.

Para a Índia, a parceria consolida sua ambição de tornar-se um centro regional na fabricação de armamentos avançados, alinhada às diretrizes do programa Make in India. Para a França, representa uma expansão industrial estratégica em um dos mercados mais dinâmicos do mundo, onde grandes contratos exigem cada vez mais transferência de tecnologia real, e não apenas fornecimento de produtos acabados.

O acordo BEL–Safran simboliza mais que um avanço industrial. Ele materializa a convergência entre dois países que apostam na autonomia estratégica como eixo central de sua política de defesa, e reforça a tendência global de cooperação tecnológica profunda como caminho para enfrentar um ambiente geopolítico cada vez mais contestado.


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Polônia fecha maior contrato internacional da história do Apache e redefine equilíbrio militar no Leste Europeu

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A Boeing anunciou na quarta-feira um dos movimentos mais significativos da aviação de combate das últimas décadas: a produção de novos helicópteros de ataque AH-64E Apache destinados a clientes internacionais, com destaque absoluto para a Polônia, que encomendou 96 unidades sob um contrato de vendas militares estrangeiras avaliado em quase 4,7 bilhões de dólares. As entregas começam em 2028, marcando não apenas o maior pedido internacional da história do programa, mas também um redesenho claro das prioridades de defesa no flanco leste da OTAN.

A decisão polonesa não ocorre isoladamente. Inserida em um ambiente de crescente instabilidade no Leste Europeu, Varsóvia tem acelerado sua transformação militar com investimentos robustos em meios blindados, defesa antiaérea, artilharia e agora aviação de ataque. O Ministério da Defesa Nacional da Polônia já opera oito helicópteros Apache alugados do Exército dos EUA, o que permite ao país treinar pilotos, mecânicos e equipes de apoio antes da chegada definitiva das aeronaves adquiridas.

O AH-64E representa o padrão ouro dos helicópteros de ataque modernos. Equipado com sensores avançados, enlace de dados aprimorado e capacidade plena de integração com drones, o Apache permanece como uma peça central em operações de apoio aéreo aproximado e missões antiblindados. No momento em que adversários estatais investem em negação de área e sistemas de guerra eletrônica mais complexos, plataformas como o Apache continuam a desempenhar papel decisivo em cenários de combate multidomínio.

Segundo a Boeing, mais de 1.300 helicópteros Apache estão em operação no mundo. A contínua demanda internacional reforça o valor de uma plataforma madura, porém em constante evolução tecnológica. Nos últimos meses, novas unidades foram entregues ao Exército Australiano, ao Exército Indiano e à Força Aérea Real Marroquina, evidenciando um interesse global renovado pela aeronave.

O anúncio veio na esteira de outras conquistas importantes da empresa. Um dia antes, o Pentágono havia confirmado que a Boeing recebera dois contratos que ultrapassam 7 bilhões de dólares: o acordo relacionado aos Apaches e outro de 2,4 bilhões de dólares para o Lote 12 de aeronaves de produção da Força Aérea, identificado como G081, além de assinaturas e licenças associadas.

O fortalecimento da frota polonesa de helicópteros de ataque deve reorganizar os equilíbrios militares na região, ampliando a capacidade de resposta rápida e dissuasão de Varsóvia diante de ameaças convencionais. Para a indústria norte-americana, o pacote consolida o Apache como vetor dominante no mercado internacional, mesmo diante de novos competidores e programas emergentes.

Mais do que um simples contrato, o acordo reflete uma tendência clara no cenário de segurança internacional: Estados que observam o retorno da competição estratégica estão buscando plataformas comprovadas, interoperáveis com aliados e capazes de operar em ambientes saturados e contestados. Nesse contexto, o Apache continua sendo uma escolha que combina maturidade operacional com relevância futura.


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Brasil em Transição Estratégica: Oportunidades e Riscos da Nova PND e END em um Mundo Multipolar

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A nova Política Nacional de Defesa (PND), a Estratégia Nacional de Defesa (END) e o Livro Branco de Defesa Nacional (LBDN), aprovados pelo Decreto nº 12.725/2025, representam o esforço mais recente do Estado brasileiro para reposicionar o país diante de uma transição geopolítica complexa: o fim definitivo da unipolaridade e a consolidação de um ambiente multipolar competitivo, volátil e marcado por assimetrias estratégicas.

O documento reconhece que o mundo pós-Guerra Fria não é mais definido pelo predomínio absoluto dos EUA, mas pela emergência de novos polos de poder econômicos, tecnológicos e militares que disputam influência global. Esse diagnóstico, ainda que tardio, é fundamental para um país que aspira autonomia estratégica e pretende reduzir a dependência externa em setores sensíveis.

Uma das principais mudanças do texto é o reposicionamento explícito do Brasil entre as potências emergentes. A política de defesa coloca os BRICS como plataforma prioritária para diversificação de parcerias e fortalecimento da capacidade nacional em áreas estratégicas. O bloco, ampliado desde 2023 com membros como Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã, é apontado como ferramenta relevante para uma governança internacional descentralizada e ampliar o acesso a mercados, tecnologias e cadeias produtivas, especialmente no setor de defesa.

Ao mesmo tempo, o LBDN aponta com clareza que a multipolaridade não implica necessariamente estabilidade. Pelo contrário: a competição entre grandes potências e a ausência de mecanismos eficientes de governança global criam riscos adicionais para países de médio porte, como o Brasil. Permanecer “relativamente afastado das principais áreas de tensão” não significa estar imune a seus efeitos, sobretudo no campo econômico, cyber, espacial e energético.

O documento reforça a necessidade de uma capacidade mínima de dissuasão e de preparo constante para proteção da soberania, seja no Atlântico Sul, na Amazônia ou nos espaços cibernético e aeroespacial. Entretanto, a grande questão que permanece sem resposta é se o país terá, de fato, densidade orçamentária e continuidade política para transformar essa intenção em capacidade real.

Outro ponto relevante é o reposicionamento do Brasil como ator ativo em operações de paz e cooperação militar internacional. A narrativa de protagonismo, reforçada pelo histórico brasileiro nas missões da ONU, é positiva, mas deve ser acompanhada de investimentos concretos em interoperabilidade, modernização e capacidade expedicionária, elementos indispensáveis para quem deseja ter voz em fóruns de segurança global.

A nova PND e END acertam ao enfatizar a necessidade de diversificação de parceiros, autonomia industrial e desenvolvimento tecnológico, pilares indispensáveis para qualquer país que pretenda reduzir vulnerabilidades estratégicas. No entanto, para além do discurso, será preciso enfrentar desafios internos que há décadas limitam o avanço brasileiro: ciclos orçamentários instáveis, descontinuidade de programas, dependência de importações sensíveis e falta de visão de longo prazo na indústria de defesa.

Mais do que apontar caminhos, os documentos expõem uma escolha estratégica: ou o Brasil assume papel ativo no novo equilíbrio multipolar, fortalecendo suas capacidades e investindo de maneira contínua, ou permanecerá vulnerável às decisões alheias, sempre reagindo, nunca influenciando.

O desafio está posto. O país terá maturidade para enfrentá-lo?


por Angelo Nicolaci


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Brasil avança em diplomacia de defesa ao doar helicópteros Bell ao Paraguai e ao Uruguai

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A Câmara dos Deputados aprovou o projeto que autoriza o Brasil a doar helicópteros antigos de sua frota ao Paraguai e ao Uruguai, reforçando a cooperação regional em segurança e ampliando a política de boa vizinhança no Cone Sul. A proposta, originalmente enviada pelo Executivo em 2020 e assinada à época pelo então ministro da Justiça Sérgio Moro, agora segue para apreciação no Senado.

O tema envolve duas iniciativas legislativas: o Projeto de Lei 331/20, aprovado pela Câmara em 2020, e o PL 2216/25, que tratava da doação de outras aeronaves ao Uruguai. Ambos foram apensados, resultando na aprovação conjunta ocorrida nos últimos dias.

A medida permitirá que os dois países vizinhos recebam aeronaves da família Bell, que apesar da idade, permanecem relevantes para missões de segurança pública, vigilância de fronteiras, treinamento e apoio a operações policiais.

Paraguai

O Paraguai deverá receber dois helicópteros Bell 412, atualmente operados pela Polícia Federal. Essas aeronaves foram amplamente utilizadas em operações de patrulhamento, transporte de equipes e ações especiais. Com a chegada de modelos mais modernos, como o AW109, a PF iniciou o processo de substituição gradual de sua frota de 412, abrindo caminho para a transferência dos equipamentos.

Uruguai

No caso uruguaio, o modelo previsto para doação é o Bell 206 (IH-6A), aeronave que está sendo desativada pela Marinha do Brasil após décadas de serviço. Os IH-6A foram fundamentais na formação de pilotos navais e em missões de esclarecimento, ligação e instrução. A Marinha está substituindo esse vetor pelo Airbus H125M (IH-18), que oferece maior capacidade, modernidade e padronização logística para o futuro.

Modernização brasileira

A política de doações ocorre em paralelo ao esforço brasileiro de atualizar suas frotas aéreas de segurança e defesa. A chegada do H125M (IH-18) na Marinha e dos AW109 na Polícia Federal representa não apenas um salto tecnológico, mas também a oportunidade de estreitar laços com países parceiros ao repassar aeronaves ainda plenamente operacionais para suas necessidades.

Mais do que uma simples transferência de meios, a iniciativa fortalece a interoperabilidade regional, amplia a capacidade conjunta no combate ao crime transnacional e reforça o papel do Brasil como ator central na segurança do Cone Sul.


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Prisão de Policiais da Megaoperação nos complexos da Penha e Alemão Expõe Risco de Paralisação no Combate ao Narcotráfico no Rio

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A prisão de cinco policiais militares que participaram da "Operação Contenção", realizada em 28 de outubro nos Complexos da Penha e do Alemão, reacendeu um debate que vai muito além do episódio específico. O que está em jogo é a capacidade do Estado de atuar em áreas dominadas por facções criminosas, a segurança jurídica de agentes que enfrentam esses grupos e principalmente, o impacto que decisões precipitadas podem gerar no futuro do combate ao narcotráfico no Rio de Janeiro.

O Rio vive uma realidade em que a presença de organizações criminosas se enraíza cada vez mais, expandindo suas fronteiras, recrutando jovens e desafiando diariamente o Estado. Nessas regiões, operações de alto risco não são exceção, são uma rotina. É nesse contexto que se insere a ação do dia 28 de outubro: um confronto direto entre policiais e traficantes em uma das áreas mais sensíveis da capital fluminense.

A decisão judicial de prender preventivamente os cinco agentes, antes mesmo da conclusão da perícia das imagens que motivaram a investigação, provocou críticas de especialistas e acendeu um alerta entre quem conhece a dinâmica da segurança pública no Rio. Entre eles, o advogado criminalista e especialista em segurança pública Marcos Espínola, que representa os policiais detidos.

Para o advogado, a medida desconsidera pilares básicos do Estado Democrático de Direito e as garantias constitucionais que todo cidadão, inclusive policiais, possuem. Ele destaca que os agentes são primários, têm residência fixa, bons antecedentes e estavam no exercício da função pública, atuando em defesa da sociedade. Espínola questiona a necessidade da prisão preventiva, descrevendo-a como desproporcional e sem respaldo técnico enquanto a perícia não for concluída.

Sua análise toca num ponto essencial: o risco de criminalizar a ação policial em cenários de confronto. Há uma diferença profunda entre investigar condutas, o que é dever, e punir antecipadamente agentes que estavam sob fogo inimigo, tomando decisões em frações de segundo. Conforme ressalta Espínola, a tensão desses momentos não pode ser ignorada, e a reconstrução dos fatos exige rigor técnico, não pressões externas ou conclusões apressadas de quem fica atrás de uma mesa no ar-condicionado.

Essa postura pode gerar efeitos perigosos e irreversíveis. Enquanto facções se fortalecem, expandem territórios e ampliam o arsenal, decisões que inibem a ação policial, ou que transmitam a mensagem de que o agente será o primeiro a ser punido, podem resultar na retração operacional. E isso seria um presente para o crime organizado. Policiais que atuam nas áreas mais conflagradas do Rio já trabalham sob estresse extremo, com baixa estrutura, salários defasados e risco permanente de morte. Acrescentar a isso o medo de serem presos ao exercer a sua função tende a corroer o moral da tropa e favorecer ainda mais o avanço das facções.

O caminho correto, como defendido pelo advogado, é claro: perícia técnica, contraditório, escuta dos envolvidos e só então qualquer medida mais gravosa. Investigar é necessário. Punir antecipadamente, não. A segurança pública, já frágil, não pode ser conduzida com decisões que desestimulam quem está na linha de frente, especialmente quando o Estado falha em ocupar territórios que hoje estão, na prática, sob domínio de grupos criminosos.

A Operação Contenção de 28 de outubro deve ser analisada com justiça, técnica e responsabilidade. A prisão dos cinco policiais, antes da conclusão das apurações, não atende a nenhum desses critérios. E mais grave, pode colocar em risco o futuro das operações policiais em áreas dominadas pelo tráfico no Rio de Janeiro, no momento em que o crime organizado demonstra capacidade inédita de expansão e resistência.

Se o Estado recua, as facções avançam. E as consequências são sentidas, primeiro por quem vive nas comunidades, e depois por toda a sociedade.


por Angelo Nicolaci


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Indústria brasileira consolida presença estratégica na EDEX 2025 sob coordenação da ABIMDE

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A indústria brasileira de defesa e segurança inicia dezembro com protagonismo no Cairo. Sob coordenação da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), e com suporte da ApexBrasil, do Ministério da Defesa e do Ministério das Relações Exteriores, o Brasil marca presença na EDEX 2025, uma das mais relevantes feiras de defesa do Norte da África, realizada de 1º a 4 de dezembro no Centro de Exposições Internacional do Egito.

A quarta edição do evento, organizada pela Autoridade Egípcia de Armamento e patrocinada pelo presidente Abdel Fattah El Sisi, reafirma a EDEX como plataforma essencial para governos, forças armadas e empresas que buscam soluções de alta complexidade para ambientes terrestres, marítimos e aéreos. Mais de 35 mil visitantes, 400 expositores e delegações oficiais de dezenas de países participam deste ciclo, reforçando seu peso geopolítico e industrial.

Presença articulada e atuação coordenada

A delegação brasileira conta com a participação do Tenente-Brigadeiro do Ar Heraldo Luiz Rodrigues, Secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, e do Coronel Luciano Fontana, da Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod). Pela ABIMDE, a articulação institucional e o suporte internacional estão a cargo do Coordenador de Projetos Miquéias Souza.

O estande nacional, o “Espaço Brasil”, reúne nove empresas representativas da tecnologia e da diversidade da Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS): Akaer Engenharia, Avionics Services, BCA Têxtil, CBC, CSA, Mac Jee, M&K Assessoria, Modirum | GESPI e XMobots. O portfólio conjunto evidencia competências que vão da engenharia avançada aos sistemas aéreos não tripulados, passando por munições, têxteis técnicos, manutenção aeronáutica e soluções de alta tecnologia.

Acesso direto a decisores e parcerias estratégicas

Um dos grandes diferenciais da EDEX é seu programa robusto de relacionamento com delegações VIP, ministros de defesa, chefes de Estado-Maior, diretores de compras governamentais e autoridades de alto nível. A edição anterior contou com 108 delegações de 60 países, consolidando o evento como polo de tomada de decisão. Para a indústria brasileira, é uma oportunidade concreta de apresentar soluções, estabelecer diálogos estratégicos e ampliar possibilidades de inserção tecnológica em mercados do Oriente Médio e da África, regiões que intensificam investimentos em modernização e capacidades militares.

Além das demonstrações ao vivo, painéis técnicos e reuniões governamentais, os expositores contam com acesso ao sistema de matchmaking, que conecta empresas brasileiras a potenciais clientes e parceiros industriais, aumentando a probabilidade de negócios estruturados e cooperações duradouras.

Brazil Defense: estratégia de longo prazo

A participação brasileira na EDEX integra o projeto Brazil Defense, iniciativa conjunta ABIMDE–ApexBrasil, com apoio dos ministérios da Defesa e das Relações Exteriores. O programa tem por objetivo ampliar a inserção internacional das empresas da BIDS por meio de plataformas de inteligência de mercado, feiras estratégicas e ações comerciais alinhadas às necessidades reais das empresas exportadoras e das que buscam iniciar sua atuação global.

A estratégia foca não apenas em resultados imediatos, mas na consolidação do posicionamento brasileiro no médio e longo prazo, fortalecendo competitividade, ampliando parcerias e integrando mais empresas em uma agenda de promoção internacional contínua.

Uma vitrine para a capacidade tecnológica do Brasil

Com mais de 240 empresas associadas, a ABIMDE reforça, na EDEX 2025, seu papel de interlocutora legítima da Base Industrial de Defesa e Segurança, articulando políticas, defendendo interesses e promovendo a tecnologia nacional diante de um dos cenários geopolíticos mais relevantes da atualidade.

A presença brasileira no Cairo demonstra maturidade, visão estratégica e capacidade tecnológica. Em um ambiente global marcado por disputas, reconfigurações e novos vetores de poder, o Brasil chega preparado para competir, cooperar e abrir portas que fortaleçam sua indústria e sobretudo, sua posição no tabuleiro internacional.


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Ministério da Defesa destaca papel estratégico do BNDES Exim nos 35 anos da linha de crédito

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O Ministério da Defesa participou, nesta quarta-feira (26), da comemoração pelos 35 anos do BNDES Exim, instrumento essencial para impulsionar as exportações brasileiras de bens e serviços. A cerimônia ocorreu na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, no Rio de Janeiro, reunindo autoridades do governo federal, representantes da indústria e players do mercado financeiro nacional e internacional.

Criado para fortalecer a presença do Brasil no comércio exterior, o BNDES Exim opera em duas modalidades complementares: o financiamento ao pré-embarque, dedicado à produção, e o apoio ao pós-embarque, focado na comercialização de produtos no exterior. Ao longo de mais de três décadas, o programa consolidou-se como uma das principais ferramentas públicas para ampliar a competitividade das empresas brasileiras em mercados estratégicos.

A abertura do evento contou com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e o diretor José Luis Gordon, que ressaltaram os resultados alcançados e a importância da continuidade do apoio estatal às exportações. Ambos defenderam que, em um ambiente global marcado por forte competição entre países, o crédito direcionado é um elemento indispensável para que empresas brasileiras consigam disputar espaço no cenário internacional.

O Ministério da Defesa foi representado pelo Secretário de Produtos de Defesa, Heraldo Luiz Rodrigues, e pelo Diretor do Departamento de Financiamentos e Economia de Defesa, General de Brigada Jason Silva Diamantino. Durante o Painel “Parcerias no Sistema Público de Apoio”, o Secretário Heraldo enfatizou que o financiamento adequado é decisivo para assegurar competitividade às empresas da Base Industrial de Defesa, cuja atuação gera empregos de alta qualificação, atrai divisas e contribui diretamente para a soberania tecnológica do país.

Segundo o Secretário, o debate evidenciou a necessidade de maior coordenação entre ministérios e instituições públicas para que o Brasil ofereça às suas indústrias condições similares às garantidas por outros países exportadores. Ele also destacou que a Secretaria de Produtos de Defesa cumpre papel central como ponto de ligação entre a BID e o BNDES, fortalecendo a articulação para projetos de pré e pós-embarque.

A celebração dos 35 anos do BNDES Exim reuniu representantes da CAMEX/MDIC, Tesouro Nacional, ABGF, CNI e grandes empresas exportadoras como Embraer, WEG, Jacto e Scania. Organizações internacionais, como a AFIC, a EKN Swedish Export Credit Agency e o escritório Norton Rose Fulbright, também participaram, reforçando o caráter global das parcerias que sustentam o crescimento das exportações brasileiras.

O encontro reafirmou a importância da política de financiamento como pilar de competitividade e mostrou que a integração entre governo, indústria e setor financeiro é fundamental para ampliar a presença do Brasil em mercados internacionais, especialmente em segmentos estratégicos como o de defesa.


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Leonardo apresenta o “Michelangelo Dome”, seu novo ecossistema integrado de segurança multidomínio

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A Leonardo revelou em Roma, no "Officine Farneto", seu mais recente e ambicioso projeto no campo da segurança e defesa: o “Michelangelo Dome”. Concebido para responder a um cenário global em rápida transformação, marcado por ameaças cada vez mais complexas, o sistema reúne o que há de mais avançado em sensoriamento, inteligência artificial, comando e controle e integração multidomínio.

A solução foi projetada para proteger infraestrutura crítica, centros urbanos sensíveis, fronteiras, bases estratégicas e ativos de interesse nacional e europeu. Sua arquitetura modular e escalável permite que o Michelangelo Dome seja adaptado a diferentes necessidades, desde cidades e instalações específicas até sistemas nacionais de defesa, alinhando-se à estratégia da Leonardo de consolidar sua liderança na área de Segurança Global.

Durante o lançamento, Roberto Cingolani, CEO e Diretor-Geral da companhia, destacou o caráter estratégico da iniciativa: “Com o Michelangelo, reafirmamos nosso compromisso em desenvolver soluções que protejam cidadãos, instituições e infraestrutura, combinando tecnologia avançada, visão sistêmica e forte capacidade industrial. Em um mundo onde as ameaças evoluem rapidamente, e onde defender é mais custoso do que atacar, a defesa precisa inovar, antecipar e adotar a cooperação internacional.”

Uma cúpula de proteção que cobre todos os domínios

Longe de ser um sistema fechado, o Michelangelo Dome funciona como uma arquitetura abrangente que integra sensores terrestres, navais, aéreos e espaciais, além de plataformas de ciberdefesa, sistemas de comando e controle e efetores coordenados. É um ecossistema pensado para operar de forma simultânea em todos os domínios:

– ameaças aéreas, incluindo mísseis balísticos, vetores hipersônicos e enxames de drones;

– ataques de superfície e subsuperfície no ambiente naval;

– incursões e operações hostis em terra;

– ações cibernéticas e de guerra eletrônica.

A plataforma utiliza fusão de dados de múltiplas fontes e algoritmos preditivos capazes de antecipar comportamentos suspeitos, identificar padrões de ataque e sugerir a resposta mais eficiente, ou até coordená-la automaticamente. O resultado é uma “cúpula de segurança dinâmica”, preparada para enfrentar ataques coordenados e saturação de ameaças, algo cada vez mais comum no campo de batalha contemporâneo.

Aposta europeia em autonomia estratégica e resiliência industrial

Com o Michelangelo Dome, a Leonardo aprofunda sua contribuição para a integração das capacidades de defesa europeias e para os objetivos de autonomia estratégica do continente. O projeto conversa diretamente com iniciativas multilaterais da OTAN e da União Europeia, fortalecendo a cadeia industrial e ampliando a capacidade do bloco de responder a ameaças de alta intensidade.

A empresa, uma das principais forças industriais do setor aeroespacial, de defesa e segurança, emprega 60 mil profissionais e participa de programas-chave como Eurofighter, JSF, NH-90, FREMM, GCAP e Eurodrone. Com forte presença na Itália, Reino Unido, Polônia e Estados Unidos, além de participações estratégicas em empresas como Leonardo DRS, MBDA, ATR, Hensoldt, Telespazio e Thales Alenia Space, a Leonardo fechou 2024 com €20,9 bilhões em novos pedidos e €17,8 bilhões em receitas.

O Michelangelo Dome reforça essa trajetória ao introduzir uma abordagem integrada, preditiva e multidomínio para os desafios de segurança do século XXI, um movimento que tende a influenciar, de forma duradoura, a arquitetura de defesa europeia.


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IACIT conclui entrega do DroneBlocker ao Exército Brasileiro e reforça capacidade estratégica do SISFRON

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A IACIT, uma das principais empresas brasileiras de tecnologia aplicada à defesa, segurança e gestão do tráfego aéreo, concluiu a entrega do último lote do Sistema Antidrone DroneBlocker ao Exército Brasileiro, consolidando um salto relevante na proteção de fronteiras e infraestruturas sensíveis. Os quatro equipamentos finais foram entregues ao Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército (CCOMGEX) e integrados ao Projeto SAD/SISFRON, que expande a capacidade nacional de vigilância e resposta a ameaças de baixa assinatura, como drones usados em ações ilícitas.

A entrega encerra um ciclo iniciado com avaliações técnicas rigorosas do Exército. O sistema foi submetido a provas de desempenho no Forte Marechal Rondon, em Brasília, além de exercícios integrados ao Centro de Instrução de Guerra Eletrônica (CIGE) e ao 1º Batalhão de Guerra Eletrônica, culminando em um programa intensivo de capacitação para operadores. Segundo a empresa, os resultados confirmaram a robustez do DroneBlocker diante de cenários realistas, simulando violações de espaço aéreo e tentativas de emprego de drones hostis.

Para Luiz Teixeira, CEO da IACIT, a aquisição demonstra maturidade tecnológica da Base Industrial de Defesa: “O DroneBlocker é uma solução altamente eficaz contra ameaças reais e foi projetado para responder aos desafios específicos do nosso território, garantindo soberania e pronta resposta em situações críticas.”

Tecnologia nacional para cenários operacionais complexos

Com desenvolvimento integralmente nacional, o DroneBlocker atua por bloqueio de radiofrequência, neutralizando Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas ao cortar o vínculo entre o drone e seu operador. A interrupção do sinal força o pouso controlado ou o retorno ao ponto de origem, permitindo resposta segura mesmo em ambientes densos ou próximos a infraestruturas sensíveis. O sistema opera em modos autônomo ou manual, oferecendo flexibilidade para missões de vigilância, proteção de perímetros ou operações móveis.

A solução já integra o arsenal de instituições estratégicas do Estado. O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência utiliza o DroneBlocker em operações de proteção de autoridades e áreas críticas, enquanto forças de segurança federais e militares aplicam o sistema no combate ao garimpo ilegal, nas ações contra o narcotráfico na Amazônia e na proteção de fronteiras. O equipamento esteve presente em eventos de alta visibilidade, como as Olimpíadas Rio 2016, a Cúpula do G20, encontros do BRICS e, recentemente, na COP30 em Belém.

Em nota oficial, o Exército destacou que a incorporação do DroneBlocker ao SISFRON representa “um avanço significativo para a corporação, reforçando a proteção de estruturas estratégicas, a segurança da tropa e a prontidão tecnológica diante de ameaças emergentes, inclusive as de baixo custo e alta mobilidade.”

Indústria estratégica e fortalecimento da soberania

Fundada em 1986 e certificada como Empresa Estratégica de Defesa pelo Ministério da Defesa, a IACIT mantém sede em São José dos Campos e atua em áreas críticas como defesa, segurança pública, controle de tráfego aéreo e meteorologia. O portfólio da empresa é pautado por tecnologias de alta complexidade e soluções voltadas a soberania, proteção de fronteiras e resposta a cenários críticos, incluindo desastres ambientais e segurança de grandes eventos.

Com a conclusão da entrega do DroneBlocker ao Exército, a IACIT reforça sua posição como fornecedora de referência em sistemas de guerra eletrônica e sua importância no ecossistema brasileiro de defesa, em um momento em que ameaças de baixa observabilidade se tornam cada vez mais comuns no teatro operacional moderno.


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com Rossi Comunicação

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Otokar mira expansão na América do Sul e apresenta TULPAR e COBRA II na Expodefensa 2025

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A Otokar, maior exportadora de plataformas terrestres de Türkiye e um dos nomes mais influentes do setor de defesa global, reforça sua presença na América do Sul ao participar da Expodefensa 2025, que ocorre entre 1º e 3 de dezembro, em Bogotá, na Colômbia. A empresa apresentará modelos em escala do veículo de combate TULPAR e do consagrado COBRA II, destacando seu portfólio avançado e seu compromisso com parcerias estratégicas na região.

A empresa coloca a América do Sul como eixo central de sua estratégia internacional, acompanhando de perto as demandas específicas dos países da região. Na feira, a Otokar buscará ampliar oportunidades de cooperação envolvendo transferência de tecnologia, fabricação local e novos modelos de parceria industrial — pontos cada vez mais relevantes para nações que buscam fortalecer suas capacidades de defesa com autonomia e ganho tecnológico.

Segundo Sedef Vehbi, Head do Military Cluster da Otokar, a empresa já possui veículos militares operando no continente e mantém interlocução ativa com usuários locais: “Mais de 33 mil veículos militares Otokar estão em serviço com mais de 70 usuários em 40 países. A Expodefensa é uma plataforma essencial para consolidar nossas relações e ampliar iniciativas de produção e participação industrial na região. Nosso objetivo é ampliar nossa presença e oferecer soluções sob medida.”

TULPAR: mobilidade, proteção e poder de fogo

O TULPAR será uma das grandes atrações do estande da Otokar. Projetado como um veículo de combate multiemprego sobre lagartas, o TULPAR pode variar entre 28 e 45 toneladas, atendendo desde funções de carro de combate leve até versões especializadas, como viatura de recuperação, porta-morteiros, plataforma antiaérea, posto de comando e unidade de evacuação médica.

Testado em cenários de clima extremo e terrenos complexos, o TULPAR oferece proteção balística e antiminas com blindagem modular e arquitetura comum entre suas variantes. Sua mobilidade superior garante desempenho em áreas urbanas, zonas densamente edificadas e em terrenos onde plataformas mais pesadas enfrentam limitações. Em Bogotá, o modelo será exibido com a torre de 30 mm MIZRAK.

COBRA II: versatilidade modular comprovada em combate

Outro destaque será o COBRA II, já operado por mais de 20 usuários em diversas regiões do mundo. O veículo 4×4 é reconhecido por sua mobilidade superior, ampla capacidade de carga interna e elevado nível de proteção contra ameaças balísticas, minas e IEDs.

Com arquitetura modular e pronta para integração de diversos sistemas, o COBRA II cumpre missões de segurança interna, operações de paz, vigilância, reconhecimento, defesa anticarro, CBRN e evacuação médica. Na Expodefensa 2025, será apresentado com a torre KESKİN.

Presença consolidada e foco em parcerias

Desde 1963, a Otokar desenvolve e fabrica veículos blindados sobre rodas e lagartas, sistemas de armas e plataformas não tripuladas, sendo fornecedora consolidada de organismos internacionais como a ONU e usuários da OTAN. Com mais de 3.500 funcionários e uma área industrial de 552 mil m², a empresa segue ampliando seu alcance global e oferecendo soluções personalizadas com tecnologia própria.

Ao término da feira, a Otokar reforça seu interesse em aprofundar relações com países sul-americanos, incluindo o Brasil, onde o TULPAR figura entre os favoritos na disputa o contrato para fornecer o futuro carro de combate do Exército Brasileiro.


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sexta-feira, 28 de novembro de 2025

F-39E Gripen Lança míssil Meteor e consolida avanço tecnológico da FAB

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A Força Aérea Brasileira deu um passo decisivo na elevação da capacidade de combate do país ao concluir, em novembro, o Exercício Técnico BVR-X, realizado em Natal (RN). O lançamento real do míssil Meteor a partir do F-39E Gripen, em cenários desafiadores e contra alvos manobráveis, marca um avanço concreto no poder dissuasório brasileiro e na consolidação de doutrinas modernas de combate além do alcance visual.

A escolha de Natal para a campanha não foi casual: a geografia, a proximidade com o mar e a regularidade de céu claro nesta época do ano garantiram condições seguras e estáveis para testes de armamentos avançados. Segundo o comandante da Base Aérea de Natal, Brigadeiro do Ar Breno Diogenes Gonçalves, a região reúne requisitos ideais para um exercício que prioriza precisão, telemetria e segurança operacional.

O eixo central do BVR-X foi a realização de dois disparos reais do Meteor contra alvos Mirach 100/5, que simularam aeronaves de caça em alta velocidade e altitude. A campanha mostrou que o binômio Gripen–Meteor, hoje o mais avançado da América Latina, oferece à FAB uma capacidade inédita de combate BVR. A Força insere-se no seleto grupo de países capazes de empregar um dos armamentos mais letais do mundo.

Preparação, integração e execução de alto nível

O Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) participou com quatro aeronaves Gripen, apoiado pelo Grupo Logístico de Anápolis. A preparação envolveu treinamento prévio fornecido pela Saab, seguido de práticas operacionais específicas de emprego do Meteor. Com a proximidade da campanha, as tripulações passaram a operar no mission trainer do Gripen, simulando cenários idênticos aos do exercício.

O nível de complexidade exigiu também integração direta com a MBDA, fabricante do míssil, que forneceu suporte especializado ao Instituto de Aplicações Operacionais (IAOp). Essa transferência de conhecimento, parte do acordo de compensação do programa, reforça o caráter estratégico do Gripen não apenas como plataforma de combate, mas como vetor de desenvolvimento industrial, tecnológico e doutrinário para a FAB.

Meteor: letalidade, inteligência e supremacia BVR

Equipado com motor ramjet de empuxo variável, o Meteor preserva energia durante todo o voo e acelera na fase final, quando o alvo tem mínima capacidade de evasão. Esse diferencial confere ao míssil uma zona de não-escape superior à dos sistemas convencionais.

O link de dados bidirecional permite correções de rota em tempo real, com informações enviadas pela aeronave lançadora ou por outras plataformas aéreas participantes. Além disso, o míssil pode operar com baixa emissão até a fase terminal, dificultando a detecção por sistemas inimigos.

Combinados, esses fatores explicam por que a Europa, a Índia e agora o Brasil tratam o Meteor como um dos pilares de sua postura de defesa aérea.

Exercício de grande envergadura e coordenação interagências

Para garantir realismo e segurança, múltiplos esquadrões e unidades da FAB atuaram de forma integrada. Aeronaves A-1M cumpriram o papel de agressor, enquanto o espaço aéreo foi monitorado pelo Terceiro Centro de Operações Militares e pelo E-99 do Esquadrão Guardião. A defesa do tráfego aéreo foi reforçada por A-29 Super Tucano do Esquadrão Joker.

No âmbito marítimo, P-3AM e P-95BM vigiaram continuamente embarcações que pudessem ingressar na área de exclusão. Para garantir prontidão em eventual emergência, o H-36 Caracal do Esquadrão Falcão permaneceu em alerta para missões de Busca e Salvamento. A BANT atuou como Direção do Exercício, mantendo o fluxo logístico e operacional.

Os alvos Mirach foram lançados e acompanhados em tempo real a partir do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, cuja telemetria foi decisiva para validar os dados de desempenho do míssil. O apoio institucional envolveu COMPREP, COMGAP, DIRMAB, PAMA-SP e PAMB-RJ, mostrando a capacidade da FAB de conduzir um exercício de larga escala em múltiplos domínios.

IAOp: o elo entre ciência, técnica e combate real

Subordinado ao COMPREP, o Instituto de Aplicações Operacionais desempenhou papel central no BVR-X. Coube ao órgão definir perfis de lançamento, supervisionar a integração do Meteor ao Gripen e, posteriormente, analisar todos os dados coletados.

O trabalho do IAOp garante que o conhecimento obtido em campo se transforme em doutrina, atualizando táticas, técnicas e procedimentos que influenciarão decisões futuras de aquisição, modernização e requisitos tecnológicos para a FAB. É a partir dessas avaliações que a Força mantém seus sistemas alinhados às necessidades reais de combate.

Um salto estratégico para o Brasil

O sucesso da campanha com o Meteor evidencia a maturidade operacional da FAB e o acerto das escolhas estratégicas feitas nos últimos anos. O país avança não apenas na capacidade de combate aéreo de longo alcance, mas também no domínio técnico e doutrinário que sustenta uma aviação de caça moderna.

O BVR-X consolida o Gripen como vetor central da defesa aérea brasileira e posiciona o Brasil, de forma inédita, entre as nações capazes de integrar e empregar armamentos de última geração com rigor técnico, precisão e visão estratégica.

Se quiser, posso produzir também uma versão analítica complementar, focada nos impactos para a postura estratégica brasileira ou na evolução futura da capacidade BVR da FAB.


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com FAB


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Operação Aratu X reafirma a prontidão e a maturidade operacional da Brigada Aeromóvel

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Entre 14 e 21 de novembro, a Brigada de Infantaria Aeromóvel conduziu, no Vale do Paraíba, a Operação Aratu X, exercício tático que marcou o encerramento do ciclo anual de adestramento da Força de Prontidão da Brigada. Além de consolidar capacidades já amadurecidas ao longo do ano, o exercício reforça a preparação para a certificação prevista para 2026, que será supervisionada diretamente pelo Comando de Operações Terrestres.

A Aratu X foi estruturada no formato de dupla ação, colocando duas forças oponentes em dinâmica realista, com liberdade de planejamento, tomada de decisão e manobra. O conjunto envolveu mais de 850 militares, 103 viaturas e aeronaves HM-1 Pantera e HM-3 Cougar do 2º Batalhão de Aviação do Exército, compondo um ambiente complexo que exige integração precisa entre elementos terrestres e aéreos.

O núcleo da operação foi um assalto aeromóvel em contexto de guerra, seguido por ações continuadas que permitiram avaliar, de forma objetiva, o desempenho de todas as funções de combate. O emprego combinado de aeronaves para infiltração e conquista de objetivos estratégicos destacou a sinergia entre aviação do Exército e tropas de superfície. Paralelamente, sensores de inteligência, drones, frações de reconhecimento, turma de caçadores e precursores, ampliaram o alcance situacional e a capacidade de antecipação da Brigada.

A operação também dedicou atenção especial ao apoio de fogo. A atuação dos Observadores, Controladores e Avaliadores e da equipe Fire Marker assegurou a integração efetiva entre fogos e manobra, trazendo precisão e aumentando a eficácia das ações. No campo da proteção, a defesa antiaérea atuou para identificar e engajar vetores aéreos inimigos, enquanto os Pelotões de Engenharia Aeromóvel reforçaram mobilidade, contramobilidade e a implementação de barreiras no terreno.

A logística, elemento decisivo para operações prolongadas, foi trabalhada de forma integrada ao esforço tático, com destaque para os pacotes logísticos aerotransportados. Esse emprego mostrou a capacidade da Brigada de sustentar operações em profundidade, alinhando planejamento, entrega e reposição de meios em cenários de alta demanda.

A conclusão da Aratu X reforça a condição da Brigada de Infantaria Aeromóvel como força estratégica do Exército Brasileiro. O exercício demonstrou elevado grau de adestramento, flexibilidade e coordenação entre seus elementos, consolidando a prontidão para atuar com rapidez e precisão em qualquer região do país, seja em ambientes convencionais, seja em cenários assimétricos que exigem adaptação e domínio das capacidades aeromóveis.


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com Exército Brasileiro

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quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Antes da Intel, um Tomcat: O MP944 e a Verdadeira Origem dos Microprocessadores

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O desenvolvimento do MP944 para o F-14 Tomcat marcou um ponto de inflexão silencioso e decisivo na história da computação militar. Décadas antes de a expressão “computador de missão” se popularizar, engenheiros da Marinha dos EUA criaram um sistema digital embarcado que não só processava dados de radar e gerenciava lógica tática do AWG-9 e do míssil AIM-54 Phoenix, como também exercia papel direto sobre a dinâmica da própria aeronave: controle de voo e ajuste automático da geometria variável das asas. Em termos práticos, o MP944 permitia que o avião adaptasse sua configuração aerodinâmica em tempo real durante manobras, reduzindo carga de trabalho do piloto e aumentando segurança e desempenho operacionais, capacidades que à época eram inéditas em plataformas de combate.

O MP944 foi concebido como um sistema distribuído com objetivo militar: múltiplos módulos coordenados, paralelismo de 20 bits, execução em pipeline e tecnologia MOS avançada, operando com frequência de 375 kHz. Essa escolha refletia requisitos claros de engenharia para aviação: tolerância a vibração, robustez eletromagnética, redundância e latência ultrabaixa para responder a sensores e atuadores do avião. A integração entre processamento e controles aerodinâmicos colocou o MP944 em um patamar que hoje chamaríamos de “computador tático embarcado”, não apenas um assistente de missão, mas um elemento ativo no controle de estabilidade e desempenho do F-14.

Em contraste, o Intel 4004, lançado comercialmente em 1971, nasceu com objetivos opostos. Era um processador monolítico de 4 bits, pensado para calculadoras e aplicações generalistas: foco em miniaturização, custo e padronização industrial. O 4004 inaugurou a indústria de microprocessadores ao demostrar viabilidade e aplicabilidade em massa da CPU integrada, mas não foi projetado para enfrentar as exigências ambientais e de resposta real-time impostas por um caça de superioridade aérea.

As diferenças técnicas e de propósito traduzem diferenças estratégicas. O MP944 entregou vantagem operacional imediata: controle integrado de sensores, armas e, crucialmente, da própria aerodinâmica da plataforma, uma capacidade force-multiplier em combates de alta intensidade. O 4004 ofereceu vantagem industrial e escalabilidade, criando o mercado e a base tecnológica que, anos depois, permitiria à defesa incorporar eletrônica compacta, programável e de custo menor.

O MP944 NO F-14 TOMCAT

Hoje apontado como primeiro computador digital de controle de voo já usado em combate, tinha as seguintes funções principais:

  • Processamento aerodinâmico em tempo real
  • Leitura contínua de sensores estruturais e ambientais
  • Cálculo de velocidade, altitude e ângulo de ataque
  • Geração de comandos para o sistema de voo analógico-digital
  • Redução da carga de trabalho do piloto em envelopes extremos
  • Ajuste automático das asas conforme velocidade e manobra
  • Compensação digital de sustentação e arrasto
  • Otimização da performance em combate BVR e manobras de alta energia
  • Sincronização com o radar AWG-9
  • Suporte aos envelopes de engajamento do AIM-54 Phoenix
  • Cálculo e estabilização para tracking de múltiplos alvos

O F-14 tornou-se o primeiro caça operacional a usar computação digital embarcada para controle aerodinâmico crítico.

O objetivo do MP944 era fornecer vantagens táticas reais, entregando controle digital em ambiente de combate, estabilidade em regimes supersônicos, automação crítica para missões ar-ar. O MP944 é o pioneiro funcional, que provou que sistemas digitais podiam comandar aeronaves de combate antes mesmo da indústria entender o potencial dessa tecnologia, enquanto o Intel 4004 é o pioneiro industrial, que transformou essa ideia em uma revolução global.

QUEM FOI O PRIMEIRO?

Se a pergunta for “primeiro a entrar em operação, a resposta é inconteste, o MP944, que no ano de 1970 já estava operacional a bordo do F-14 Tomcat, realizando o controle de voo e asas de geometria variável e provendo demais capacidades.

Se a pergunta for “primeiro chip comercial integrado”, a resposta é o Intel 4004 que em 1971, entrou no mercado civil como o primeiro CPU monolítica programável

O debate historiográfico emergiu no final da década de 90, com Ray Holt defendendo o MP944 como o primeiro microprocessador funcional e engenheiros do Intel 4004 apontando para a primazia do chip integrado e comercial, marcando a disputa entre pioneirismo funcional versus pioneirismo comercial. Há ainda o componente do sigilo: documentos liberados só nas décadas posteriores, controvérsias sobre classificação e relatos da Garrett AiResearch que complicam a narrativa cronológica.

Em suma: o MP944 foi o primeiro processador operacional que além de processar dados em tempo real, atuou diretamente sobre controles de voo e a geometria variável do F-14, antecipando a noção de sistemas embarcados táticos integrados. O Intel 4004 foi o primeiro processador comercial integrado que criou a indústria de microprocessadores. Para o público de defesa e tecnologia militar, a lição é clara: a inovação em ambiente operacional muitas vezes precede e difere da inovação comercial, e entender essa dinâmica é crucial para avaliar riscos, vantagens e trajetórias de adoção tecnológica em programas de defesa.


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com Xataka



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quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Indústria de defesa: motor da economia e da inovação

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A indústria de defesa brasileira é, hoje, um dos setores mais estratégicos da economia nacional. Representando cerca de 4,8% do PIB, o segmento reúne mais de 250 empresas e gera cerca de 3 milhões de empregos diretos e indiretos, com destaque para engenheiros, técnicos e especialistas em áreas de ponta como aviônica, cibersegurança, satélites, radares e sistemas embarcados.

Mais do que garantir soberania, a Base Industrial de Defesa (BID) funciona como motor de desenvolvimento econômico. Cada investimento de R$ 10 milhões em projetos de defesa gera R$ 18,6 milhões em efeitos diretos e indiretos, além de aproximadamente 150 novos empregos. Isso porque os grandes programas, como o PROSUB (submarinos), o SISFRON (monitoramento de fronteiras) e o Gripen F-39, movimentam cadeias produtivas em diferentes regiões do Brasil, estimulando pequenas e médias empresas locais.

Defesa como vetor de inovação tecnológica

Outro aspecto crucial da indústria de defesa é sua capacidade de gerar inovação. Projetos como o Link-BR2, desenvolvido em parceria com a AEL Sistemas, e a integração de tecnologias no caça Gripen criaram novos padrões em comunicação criptografada e displays de alta resolução. Essas inovações, muitas vezes, geram spin-offs para a sociedade civil, em um processo de transferência tecnológica.

Exemplos não faltam: sistemas de navegação desenvolvidos para o caça Super Tucano inspiraram soluções em aviação comercial, enquanto tecnologias de satélites militares também ampliaram o acesso à banda larga em regiões remotas. A cada nova demanda de defesa, abrem-se caminhos para setores como transporte, saúde, telecomunicações e educação.

Desafios e oportunidades do setor

Apesar dos avanços, a indústria de defesa enfrenta desafios históricos. A dependência do orçamento público, a burocracia nos financiamentos e a concorrência internacional são entraves que exigem políticas industriais consistentes e visão de longo prazo. Em paralelo, o setor precisa investir cada vez mais em ciberdefesa, inteligência artificial e sistemas autônomos, áreas que definirão o futuro da segurança global.

Ainda assim, a indústria brasileira já mostra sinais de recuperação e expansão, com aumento de exportações e consolidação de polos tecnológicos em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

40 anos da ABIMDE: a voz da Base Industrial de Defesa

Neste contexto, a ABIMDE (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança) completou 40 anos de história em 2025. Criada para integrar e fortalecer a nascente BID, a entidade acumulou marcos como a participação na Constituinte de 1988, a formulação da Política Nacional da Indústria de Defesa e a conquista de incentivos estratégicos com a Lei 12.598/2012.

Mais recentemente, lançou a Visão 2035, que aponta compromissos para o futuro, como inovação aberta em sistemas não tripulados, práticas robustas de ESG, ampliação da diversidade em carreiras técnicas e internacionalização da indústria brasileira em mercados da América Latina, África e Ásia.

A ABIMDE é, portanto, mais do que uma associação: é o elo entre indústria, governo e academia, responsável por consolidar a defesa como prioridade nacional.

AEL Sistemas: quatro décadas lado a lado com a defesa brasileira

A história da ABIMDE se confunde com a da AEL Sistemas, que também completou 40 anos em 2022. Fundada em Porto Alegre, a empresa nasceu atendendo demandas da Força Aérea Brasileira e, desde então, tornou-se referência em aviônicos, comunicações, sistemas embarcados e aeronaves remotamente pilotadas (ARPs).

Ao longo de quatro décadas, a AEL entregou tecnologias críticas em programas como o Super Tucano, o KC-390 Millennium e o Gripen F-39. Também é protagonista em sistemas não tripulados, com os RQ-450 e RQ-900. No campo das comunicações, lidera projetos estratégicos como o Link-BR2 e o programa de rádios definidos por software (RDS-Defesa), ambos fundamentais para a interoperabilidade das Forças Armadas.

Com mais de 400 colaboradores altamente qualificados e um centro tecnológico de 12 mil m², a AEL mantém o compromisso de desenvolver tecnologia nacional confiável e de contribuir diretamente para a soberania do Brasil.

Se a ABIMDE representa a consolidação da BID como setor estratégico, a AEL Sistemas simboliza, em sua trajetória, a materialização desse esforço. As duas histórias caminham juntas: ambas consolidaram a defesa como motor de inovação e ambas projetam o Brasil como referência internacional. Mais do que um elo histórico, essa sinergia mostra como a defesa nacional não é apenas uma questão militar, mas também econômica, tecnológica e social. Ao olhar para o futuro, tanto a ABIMDE quanto a AEL Sistemas compartilham um compromisso: fazer da indústria de defesa um ativo central para a soberania, a inovação e o desenvolvimento sustentável do Brasil.


Fonte: AEL Sistemas 

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