terça-feira, 3 de março de 2015

Novos dados emergem sobre a venda do Rafale ao Egito

Depois da assinatura no dia 16 de Fevereiro dos contratos celebrados pela Franca e o Egito relativos à aquisição de 24 caças Rafale, uma fragata multi-missões FREMM (Frégate Européenne Multi-Missions), mísseis, equipamentos e serviços associados, surgem agora mais informações sobre este importante logro comercial para a França. Este negócio de 5.2 biliões de euros com o Egito permitirá aumentar consideravelmente as exportações da indústria de defesa Francesa em 2015, quando comparado com os 8,06 biliões de euros logrados em 2014.
Este primeiro contrato de exportação do caça é apresentado como uma importante vitória da França e principalmente do seu Ministro da Defesa Jean-Yves Le Drian, considerado um grande conhecedor da indústria de defesa local e hábil e incansável promotor do tecido industrial. Parte do financiamento da aquisição será coberta pelas autoridades Francesas através de um instrumento público apoiado por bancos privados. A outra parte será da responsabilidade direta do Egito mas estima-se que poderá incluir verbas provenientes de países aliados da região.

A Forca Aérea do Egito dever receber ainda em 2015 os primeiros de 24 cacas, dos quais 16 serão da versão Rafale A monoplace e 8 da versão Rafale B biplace. Os caças serão ao que tudo indica fornecidos à Força Aérea do Egito na configuração Rafale F3 que incorpora o radar Thales RBE2 com tecnologia de varrimento eletrônico ativo, o sistema de guerra eletrônica Thales/MBDA SPECTRA (Self-Protection Equipment to Counter Threats for RAFALE Aircraft) numa configuração melhorada; o diretor de tiro eletro-ótico Sagem OSF (Optronique Secteur Frontal) na sua mais recente versão; e a capacidade de embarcar sensores e armamentos modernos.

Depois de várias tentativas falhadas em vender o Rafale a outro país que não a Franca, o seu fabricante Dassault Aviation e os seus mais chegados parceiros Thales e Safran mostram hoje uma grande satisfação com esta primeira venda. Estima-se que a Franca tenha saído beneficiada com a decisão tomada em 2013 pelos Estados Unidos da América de suspender a venda ao Egito de cacas adicionais F-16 Fighting Falcon.

Outro contrato para 126 aeronaves aguarda ainda uma assinatura com a Índia que poderá estar perto de um desfecho Os próximos tempos poderão trazer outras excelentes notícias para o Rafale que compete em outros países, incluindo o Qatar.

Os caças serão entregues ao Egito armados com mísseis ar-ar MICA (Missile d'Interception, de Combat et d'Autodéfense) e mísseis ar-sol de longo-alcance SCALP-EG (Système de Croisière Autonome à Longue Portée-Emploi Général) da MBDA France; sistemas guiados de precisão ar-sol AASM (Armement Air-Sol Modulaire) da Sagem para bombas de emprego geral; e engôdos da Lacroix Defense. Com as aeronaves, serão ainda fornecidos serviços de treino e manutenção, equipamentos e ferramentas de apoio e potencialmente peças de reposição.

A incorporação dos caças permitirá que a Força Aérea do Egito possa aumentar consideravelmente o seu poder de defesa aérea, hoje principalmente constituído por caças Mirage 2000 e F-16 Fighting Falcon.

Industrialmente, o contrato permitirá uma elevada carga de trabalho para diversos fabricantes intervenientes, e com isso assegurar continuidade da linha de produção por mais alguns anos. Presentemente são anualmente produzidos 11 caças nas instalações que a Dassault Aviation possuí em Mérignac.
Fonte: Defensa.com
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