Indústria de defesa vive momento excepcional

Quase dez mil empresas estão envolvidas direta ou indiretamente com a indústria nacional de defesa brasileira, disse nesta terça-feira (06/10) o secretário de Ensino, Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia do Ministério da Defesa, General-de-Exército José Elito Carvalho Siqueira, ao abrir o 7º. Seminário de C&T e Inovação de Interesse da Defesa Nacional. O seminário, promovido pelo Ministério da Defesa, em parceria com o MCT, reúne, no Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, em Campinas, São Paulo, cerca de 160 representantes da indústria de defesa, institutos de pesquisas das Forças Armadas, universidades e instituições autônomas.

O General Elito explicou que a indústria de defesa nacional vive um “momento excepcional” porque possui um caráter de dualidade, ou seja, não se destaca apenas como elemento essencial de proteção territorial mas também como componente do desenvolvimento de toda a indústria brasileira.

Lembrando que a indústria de defesa não é constituída só de tanques e armamentos, mas também de alimentos, vestuário e todos os produtos a ela relacionados, o General Elito ressaltou que a prioridade do momento é ressaltar a importância da defesa para toda a sociedade brasileira, e não limitá-la à esfera militar.

Como parte dessa visão, ele afirmou que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, levará em breve ao presidente Lula e aos integrantes do Congresso Nacional um plano de articulação e reequipamento das forças armadas para os próximos 20 anos. A medida, segundo disse, significará a consolidação de leis e normas que regulam a política de defesa e suas relações com a ciência e tecnologia. Observou que o 7º Seminário de C&T e Inovação de Interesse da Defesa Nacional constitui um avanço na cooperação da indústria da defesa com a área de ciência e tecnologia.

A cooperação da indústria de defesa com a ciência e tecnologia, conforme afirmou o General Elito, é motivada pela percepção, não só pelo governo como também pelo setor privado, de que o Brasil “é dotado de invejáveis recursos naturais e humanos, que o vocaciona para ser potência mundial a curto e a médio prazo”.

“O século 21- prosseguiu o General Elito - definirá as potências que terão três pilares básicos: energia, água e alimento. O Brasil é hoje o país que mais possui os três”.
Além dos três pilares, o General Elito afirmou que a indústria de defesa, associada às universidades e aos institutos de pesquisa, exigirá a busca pela atualização dos conhecimentos. A atualização dos conhecimentos, conforme disse o General Elito, implica uma nova visão do mundo.

Dentro dessa visão, o conceito de guerra convencional cede lugar a um mundo assimétrico. Conforme afirmou o General Elito, a Estratégia Nacional de Defesa leva em conta o desafio da assimetria e, por isso, associa a capacidade de defesa aos avanços científicos e tecnológicos.

“A nossa Estratégia Nacional de Defesa coloca desenvolvimento e defesa em mão dupla permanente”, observou. O General Elito também destacou o caráter estratégico da associação do desenvolvimento tecnológico à defesa nacional. “Nações não dividem poder e não compartilham nem transferem tecnologias. Há necessidade de se investir continuadamente no desenvolvimento autóctone. Nesse contexto, o presente seminário contribuirá para incrementar a sinergia entre nossas instituições, e, dessa forma, inserir a defesa na agenda nacional”.

Também estiveram presentes na abertura do evento o prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos, o diretor da FINEP, Eugenius Kaszkurewics, o diretor interino do Centro de Tecnologia Renato Archer, Silvio Ernesto Barbi, e o diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Defesa, Contra-Almirante Arthur Campos.


Fonte:Assessoria de Comunicação Social
Ministério da Defesa

Colaboração: Hornet